terça-feira, 22 de maio de 2007

Polícia Federal e republicana.


A corrupção não é uma praga exclusivamente brasileira. Está incrustada no âmago do poder e do Estado, seja ele qual for. Assim é porque o ser humano, o que somos todos nós, é mesquinho e egoísta. E onde não há uma firmeza de caráter, há grande possibilidade de haver algum tipo de corrupção.


A história nos mostra isso. A corrupção não é invenção nova. Tanto em países desenvolvidos ou não; em democracias ou não; capitalistas ou não, o dinheiro e o poder estão no centro das atenções. Ter riqueza e poder e inerente à vaidade humana. Somente se combate esse tipo de desvio de conduta, através de instituições fortes e independentes e de uma sociedade crítica e cidadã.


Muitos devem ficar estarrecidos com o número de ocorrências de descobertas de esquemas de corrupção no Brasil, alguns podem até dizer que é culpa do governo Lula. Mas é graças ao governo Lula, que determinou que a Polícia Federal tivesse plena autonomia investigatória que, esses casos vêm a público. Em outros tempos, não muito longínquos, muitos casos de corrupção de agentes governamentais, sequer eram investigados, protegidos por ordens “superiores”.


O que devemos esperar agora é que, tudo o que foi investigado e apurado, não fique engavetado em algum gabinete, onde exista o interesse de protelar ou até mesmo proteger e deixar cair no esquecimento a culpabilidade dos envolvidos.


A última ação da Polícia Federal (que está em greve), a Operação Navalha, desbaratou uma rede de favorecimento de empreiteiras em obras governamentais. O desvio de significativos recursos, tão necessários ao desenvolvimento do País, não pode ficar impune. A Polícia prende, mas a justiça tem de “fazer justiça”, mesmo que suas sentenças desagradem os poderosos. Somente assim vai se justificar o trabalho republicano dos policiais federais.

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