quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Primeira ida do homem ao espaço faz 50 anos em clima incerto.

Nave Vostok 1 no solo. Yuri Gagárin saltou de paraquedas a 7.000 metros.

Pois é, eu tenho a lembrança daquele evento que, para a época, era inimaginável para a maioria da população do mundo. Lembro também do medo. Medo do fim do mundo gerado pela ida do homem ao espaço, local onde Deus provavelmente morava e governava o Universo. Lembro da sala com o rádio ligado, minha mãe, minha tia e primos, escutando atentamente as notícias sobe o passeio de Gagárin ao redor da Terra.

Pois é, fazem 50 anos da ida do primeiro homem ao espaço (leia AQUI), quando Yuri Gagárin, aos 27 anos, decolou para a primeira viagem de um homem ao espaço, o futuro das missões espaciais tripuladas era incerto. A Guerra Fria estava se acirrando e o temor que uma nova guerra, o temor de Hiroshima, da etacombe nuclear, nos enchia de dúvidas quanto o futuro.

Hoje, a grande aposta da agência espacial americana nos últimos 30 anos, os ônibus espaciais, em breve virarão, literalmente, peça de museu. A previsão é que a frota seja aposentada ainda este ano.

A segurança dessas naves foi colocada em xeque após uma série de falhas recentes e dois acidentes fatais --com a Challenger, em 1986, e com o Columbia, em 2003, levando à morte de 14 astronautas.

Por incrível que possa parecer, os americanos ficarão totalmente dependentes da nave russa Soyuz para levar seus astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional). Com o orçamento reduzido e dificuldades técnicas para criar sua próxima geração de naves, a Nasa vai aposentar os "shuttles" (ônibus espaciais) ainda sem ter um substituto.

No discurso oficial, a agência diz que pretende confiar o transporte dos astronautas à iniciativa privada. Isso, no entanto, ainda não tem data para sair do papel.

E os russos, claro, já estão se aproveitando da situação. O preço da "carona" por astronauta, inicialmente combinado em US$ 56 milhões (aproximadamente R$ 90 milhões) acaba de ser reajustado para US$ 63 milhões (R$ 100 milhões).

A corrida espacial, que embalou a rivalidade bélica e científica entre os EUA e a URRS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), só ficou na lembrança e nos livros de história, nesta "corrida", agora outros atores fazem parte e se para EUA e Rússia o programa espacial não tem mais a mesma importância da Guerra Fria, o interesse cresce nos emergentes.

Em 2003, a China tornou-se o terceiro país a levar um homem ao espaço usando meios próprios. O taikonauta --como é chamado o astronauta chinês-- Yang Liwei passou 21 horas na órbita da Terra. O país planeja levar um chinês à Lua até 2020.

Também na Ásia, a Índia tem anunciado planos de exploração espacial tripulada.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Com a queda de Khadafi, o quê vai acontecer na Líbia agora?



 
Não quero ser um passimista. Mas tenho dúvidas sober o futuro da Líbia.


Khadafi governou com mãos de ferro durante quarenta anos a Líbia mas, também é pertinete lembrar que, o regime monarquista anterior, que foi derrubado por Kadaffi, também não era nada democrático. Apoiado pelo Ocidente, principamlente pelos EUA, o petróleo extraído era expostado a baixo preço e o lucro obtido não ia para o povo. O país era dominados por corporações que influenciavam as decisões do regime dominante.

A atual história da Líbia (leia AQUI) teve início em 1969, quando um grupo de oficiais nacionalistas, de forte alinhamento político-ideológico com o pan-arabismo, derrubou a monarquia e criou a Jamairia (República) Árabe Popular e Socialista da Líbia, muçulmana militarizada e de organização socialista. O Conselho da Revolução (órgão governamental do novo regime) era presidido pelo coronel Muammar al-Khadafi. O regime de Muammar Khadafi, chefe de Estado a partir de 1970, expulsou os efetivos militares estrangeiros e decretou a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país.

Bom, agora com a queda do regime de Khadafi, resta saber para que lado vai a Líbia. Se permanece independente ou se vai ao encontro das grandes potências ocidentais, as mesmas que apoiavam a monarquia. Ultimamente, até mesmo a antiga bandeira, que reprentava a monarquia e que foi substituida com ela, é vista nas mãos do rebeldes.

Outro ponto a se levar em consideração é ver o que aconteceu em outros países que passaram por situações idênticas. Afeganistão e Iraque, países em que os regimes foram depostos com a interferência do Ocidente, vivem em clima de insegurança. O terrorismo tomou conta do dia a dia e parece que não terá um fim tão cedo.

Com a crescente preocupação do que pode vir a acontecer no pós-Khadafi, a ONU (leia AQUI) exortou os dois lados do conflito na Líbia a adotar medidas para evitar atos de violência ou vingança. Que pode levar a um cenário de guerrilha e terroismo.

Em um hospital no distrito de Mitiga, o repórter Rupert Wingfield-Hayes, segundo a BBC, contou 17 corpos, todos de militantes rebeldes. Segundo médicos, os rebeldes tinham sido presos pelas forças de Khadafi em uma escola. Os corpos apresentam marcas de tortura e de muitos disparos. O que leva a crer que a guerra travada entre rebeldes e tropas ainda leais a Khadafi está longe de terminar.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A pesar da crise, o desemprego no Brasil tem menor julho desde 2002


A crese financeira que está derubando economias, antes sólidas, vai chegar até nós, com certeza. Mas o Brasil, ainda não sentiu seus efeitos e continua a crescer, mesmo que em um rítmo mais lento.

Em matéria publicada hoje na Reuters, dá conta que o desemprego brasileiro diminuiu em julho, registrando a menor taxa para esse mês desde o início da série histórica, em 2002.

A taxa ficou em 6 por cento em julho, ante 6,2 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Foi também a menor taxa mensal desde dezembro.

Economistas consultados pela Reuters projetavam estabilidade em 6,2 por cento.

O número de trabalhadores ocupados em julho totalizou 22,476 milhões de pessoas, alta de 0,4 por cento sobre junho e de 2,1 por cento ante julho de 2010.

Os desocupados somaram 1,444 milhão de pessoas, queda mês a mês de 2,1 por cento e recuo anual de 12,1 por cento.

O rendimento médio real do trabalhador ficou em 1.612,90 reais, maior valor para um mês de julho desde 2002, registrando alta de 2,2 por cento contra junho e de 4 por cento ano a ano.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As revoltas populares e a “Rua Global”: A rua como o lugar mais democrático.

Sempre digo que, o lugar mais democrático do mundo é a rua. Sim, a rua é onde vemos lado a lado, todas as manifestações sociais e todos os tipos de pessoas. A rua não é do rico nem do pobre, Não é do preto ou do branco. A rua é o palco de todas as manifestações. E este fenômeno ocorre em qualquer rua de qualquer lugar do mundo.

Repasso aqui um ótimo artigo escrito por Manoela Miklos e Reginaldo Nasser, na Carta Maior

Durante meses, os levantes no mundo árabe mobilizaram a atenção do mundo. Em seguida, jovens que questionavam o regime político e econômico vigentes em seu país acamparam nas praças de Madri; as ruas de Antenas foram tornaram-se cenários de manifestações contra medidas de austeridade fiscal tomadas pelo Estado grego que terminaram em confronto violento com a polícia. Pouco tempo depois, Santiago(Chile) foi palco de marchas de estudantes insatisfeitos com reformas nas políticas educacionais. Finalmente, dias atrás, as ruas de Londres e cidades próximas foram tomadas por cidadãos em fúria.

Muitos têm se esforçado para encontrar pontos comuns que aproximem cada um desses casos, inserindo-os dentro de um mesmo processo de revoltas populares. No entanto, uma análise superficial das demandas expressadas pelos diferentes grupos sociais que protagonizaram tais eventos não nos permite avançar muito na compreensão deste conjunto de episódios, suas origens e conseqüências. Em princípio, temos, de um lado, cidadãos de Estados democráticos insatisfeitos diante de políticas de austeridade fiscal que se traduzem no corte de gastos e no estabelecimento de novas prioridades. A reprovação de tais medidas resultou em protestos na Inglaterra, Espanha, Grécia e Chile. De outro lado, temos cidadãos que vivendo sob regimes autocráticos, decidiram tomar as ruas para responsabilizar seus governantes, invocando justiça, transparência, liberdade e democracia como foram as revoltas árabes.

Entendemos que a chave para a compreensão das tendências que fazem de cada um destes episódios parte de um mesmo processo não está nas reivindicações que mobilizam cidadãos em cada um destes contextos distintos, mas para os espaços sociais em que tais mobilizações ocorreram, isto é, grande centros urbanos.

Teses veiculadas pelos meios de comunicação e analistas internacionais insistiam em construir explicações sobre as cauas da revolta árabe em épocas remotas, povoadas por personagens exóticas. Relatos de territórios predominantemente rurais, pequenas vilas e, em especial para o caso líbio, habitados por tribos foram divulgados à exaustão. Relatório da United Nations-HABITAT, divulgado em 2010, afirma que aproximadamente 50% da população síria vive nas cidades. Proporção semelhante é verificada no caso egípcio, sendo que na grande Cairo residem quase 18 milhões de pessoas, o equivalente a 25% da população do país. Quanto à Tunísia, aproximadamente 70% da população vivem nas cidades. Os dados para o caso líbio são ainda mais contundentes: aproximadamente 80% da população Líbia vive nas cidades. Portanto, as revoltas não ocorreram no Egito, mas na grande Cairo, em Alexandria, em Suez. Não ocorreram na Líbia, Síria ou na Tunísia, mas em Bengasi, Tripoli, Damasco, Alepo, Homs, Tunes.

Muito embora as mobilizações, levantes e revoltas citadas acima correspondam à luta por demandas distintas inseridas em contextos diversos, a grande maioria apareceu sob a forma de revoltas urbanas. Essa observação obriga-nos a repensar a cidade na contemporaneidade, entendendo-a como o espaço onde se materializam os mais diversos fluxos transnacionais – legais e ilegais, formais e informais, materiais e imateriais.

Tratam-se, por exemplo, de fluxos financeiros, dos fluxos do tráfico internacional de drogas, armas e pessoas, bem como dos fluxos de idéias e ideologias que transcendem as fronteiras dos Estados nacionais e, nas cidades, se manifestam concretamente. Ganham rostos, nomes, personificam-se. Noutras palavras, a intensificação dos fenômenos de transnacionalização e os demais processos de globalização imprimiram novos contornos ao mundo contemporâneo proporcionando novas dinâmicas às relações internacionais. Neste contexto, as cidades emergem como espaço onde os desafios da governança global ganham concretude. Como disse Sophie Body-Gendrot em artigo para o site Open Democracy, nas cidades é onde se revelam as novas centralidades e marginalidades contemporâneas e inauguram-se uma infinidade de novas potencialidades de conflito.

Este cenário torna-se ainda mais complexo uma vez que a cidade - por seus atributos físicos, demográficos, tecnológico e simbólicos - confere poder ao vulnerável, ao desprovido de poder. Mobilizações em grandes centros urbanos representam, enfim, desafios ao poder do Estado e suas tradicionais práticas coercitivas.

Quando a chamada primavera árabe era ainda novidade, a expressão “rua árabe” foi recuperada e empregada à exaustão. No entanto, talvez seja o caso de se pensar numa “rua global”, como preconiza a socióloga Saskia Sassen, que atravessa os grandes centros urbanos e une a Praça Tahrir, a Plaza Mayor, as ruas de Londres, Birmingham, Liverpool, Nottingham e Bristol. E por que não a Praça da Sé e Cinelândia?

Milhares de chilenos fazem protestos e realizam "panelaço" na véspera da greve geral

Ruas de Santiago ontem a noite.

Milhares de chilenos fizeram um "panelaço" na noite dessa terça-feira em Santiago, na véspera de uma greve geral de 48 horas. O "panelaço" reuniu milhares de pessoas no centro de Santiago e na popular Praça Ñuñoa, no leste da capital, convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior organização sindical do país.

Nos próximos dois dias, o Chile fará a primeira greve geral dos 17 meses de governo do presidente Sebastián Piñera. No centro de Santiago, a polícia dispersou os manifestantes com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo, enquanto em Ñuñoa os agentes se limitaram a cercar a praça, sem intervir, constatou a AFP.

O protesto em Ñuñoa reuniu famílias, idosos e até crianças, que participaram alegremente, apoiados por um "buzinaço" de carros que passavam pela região. Os manifestantes ocuparam as ruas próximas à praça e o protesto durou ao menos duas horas.

A manifestação teve a participação de cerca de 80 organizações, incluindo sindicatos de servidores públicos e dos transportes. Estudantes e professores, que há quase três meses protestam para exigir ensino gratuito e de qualidade para todos, também engrossaram o panelaço.

Para esta quarta-feira não está previsto qualquer protesto no Chile, mas na quinta haverá uma manifestação no centro de Santiago.

Os protestos também se transformaram em protesto contra o Presidente Piñera, Foi membro do partido de centro-direita Renovación Nacional pelo qual foi eleito presidente eleito do Chile e, que aqui, encarna o espírito de Pinochet. O pvo chileno parece ter acordado da bobagem que fez ao elegê-lo. Piñera é um rico empresário que defende a privatização dos serviços públicos e a diminuição do papel do Estado na economia.   

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O povo invade o QG de Kadafi na Líbia: o fim de um regime de 40 anos de opressão.



Tem uma máxima que diz: O POVO UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!

Pois esta máxima é verdadeira, a BBC (leia AQUI) diz que as forças rebeldes entraram nesta terça-feira no quartel-general do líder líbio, Muamar Khadafi, em Trípoli, após horas de confrontos violentos com forças leais ao regime.

Testemunhas afirmam que centenas de rebeldes invadiram o complexo de prédios em Bab al-Azizia, uma das poucas áreas que aparentemente ainda estavam sob controle do regime.

Segundo uma rádio ligada aos oposicionistas, a bandeira tricolor utilizada pelos rebeldes foi hasteada no complexo governamental, no lugar do pavilhão verde utilizado pelo regime de quatro décadas. A informação, no entanto, não tem verificação de fontes independentes.


Que ótimo seria se todos os povos oprimidos fizessem da mesma forma, garanto que os líderes políticos iriam pensar duas vezes antes de agir conta as aspirações populares.

Muamar Khadafi (leia AQUI) govrenava a quarenta anos com mãos de ferro a Libia e, com a onda de rebeldia em busca de democracia que se espalhou pelo mundo, principalmente no Oriente Médio, fez crescer a pressão sobre o ditador que agora é derrubado do poder.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais um ano de Acampamento Farroupilha: o Parque da Harmonia vai sofrer novamente.

Vista Panorâmica do Parque da Harmonia
Parque da Hamonia antes...

Falta praticamente um mês para o vinte de setembro, data comemorativa máxima do Rio Grande do Sul, e a construção da "disneylândia" gaudéria, em homenagem a data, está a mil por hora no Parque da Harmonia.

As estruturas do Acampamento Farroupilha já estão sendo montadas e começarão a ser retiradas somente uma semana após o dia 20 de se tetembro o que vai causar, com certeza, a depedração da vegetação do Parque e de sua fauna. Quer dizer, por quase dois meses ele ficará sobre o Parque. 

Comecei a participar da deste evento há quase vinte anos atrás como visitante e, posteriormente, como "acampado", quando eu participava da ONG Sentinela das Águas, que montava um piquete uma semana antes do desfile.

O Acampamento, como o nome já diz tudo, servia para que os integrantes dos movimentos tradicionalistas que vinham do interior para o desfile do 20 de setembro, pudessem se reunír e descançar para os festejos. Montavam-se barracas, se faziam churrascos, tovava-se chimarrão, uma boa cachaça, tudo isso contando "causos" e embalados ao som de violões e gaitas. No dia do desfile, já se levantava o acampamento antes do desfile e, depois, pé na estrada, cada um prá sua casa.

Mas hoje, o espírito do Acampamento Farroupilha mudou. A festa cresceu. Ao invés de barracas se constróem verdadeiros prédios (que muitos gostariam até de morar), bancos, empresas, comércio, fizeram da festa mais uma desculpa para faturar (é o capitalismo, é claro) e, paulatinamente, o espírito de congrassamento em torno de um ideal, se perdeu.
Parque da Harmonia depois de montada a estrutura (2009)

Não sou contrário a que de festeje o 20 de setembro, mesmo que esta data marque uma derrota dos Farrapos frente as tropas de Império, pondo fim a uma guerra fraticida que durou 10 anos. Mas pelo tamanho do evento, estes festejos, hoje, mereciam um local mais adequado, com infra-estrutura, para que não mais se agredisse o Parque da Harmonia, a sua flora e fauna.

No último sábado, qundo passei próximo do Parque, já deu prá ver que, este ano, a estrutura será maior ainda e mais danos ao meio ambiente acontecerão.

Então eu pergunto.

Onde estão os ambientalistas?

Onde está o espírito campeiro do gaúcho que preserva o meio ambiente?

PS. Mais a diante vou escrever sobre o mito dos Farrapos, da guerra e sua motivação e sobre o gaúcho.  

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sabem o que é recessão econômoca? Nem queiram saber... Mas ela está próxima.



Recessão econômica é o nome dado ao período em que a economia de determinado país sofre um declínio significativo na sua taxa de crescimento econômico. Ou seja, quando há decréscimo na atividade industrial e comercial. Consequentemente há aumento do desemprego e arroxo salarial.

Muito ruim, não é?

Pois o banco de investimentos norte-americano Morgan Stanley (leia AQUI) informou que revisou suas previsões para o crescimento dos EUA e da zona do euro e disse que os novos cálculos indicam que as duas regiões estão se aproximando perigosamente de uma recessão.


As principais razões para a redução nas projeções, além dos indicadores econômicos decepcionantes, são recentes erros políticos nos EUA e na Europa somados à perspectiva de mais aperto fiscal em 2012 — informou a instituição.

Mas não são somente os EUA e a Europa que estã citados no comunicado. Os mercados emergentes não ficaram imunes e o Morgan prevê uma desaceleração no crescimento desses países de 7,8% em 2010 para 6,4% neste ano, em comparação com a estimativa anterior de 6,6% neste ano.


O Brasil entre eles.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Crise financeira internacional: Karl Marx estava certo


Dentre outras teorias (leia AQUI), Marx argumentou que o capitalismo tinha uma contradição interna que, ciclicamente, levaria a crises e isso, no mínimo, faria pressão sobre o sistema econômico. As corporações, disse Roubini, motivam-se pelos custos mínimos, para economizar e fazer caixa, mas isso implica menos dinheiro nas mãos dos empregados, o que significa que eles terão menos dinheiro para gastar, o que repercute na diminuição da receita das companhias.


Agora, na atual crise financeira, os consumidores, além de terem menos dinheiro para gastar devido ao que foi dito acima, também estão motivados a diminuírem os custos, a economizarem e a fazerem caixa, ampliando o efeito de menos dinheiro em circulação, que assim não retornam às companhias.

A parir dessa constatação, em encontro recente em Paris (leia AQUI) para discutir a turbulência econômica na Europa, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediram uma maior coordenação econômica da zona do euro.

Entre outras coisas, Merkel e Sarkozy, defenderam a taxação das transações financeiras como forma de arrecadar receita para o bloco.

Pois é, agora, depois de porta arrombada, esqueceram da máxima do capitalismo neoliberal, de deixar que o mercado regule tudo, reduzindo impostos e deixando que o Estado seja somente um ente facilitador para o fluxo dos capitais.
 
Cada vez mais as teorias de Carl Marx se mostram válidas e atuais, mesmo depois de 150 anos.
 
É a cobra engolindo o próprio rabo...

Depois do desastre no Golfo do México, agora é a vez do Mar do Norte.


Sem muito alarde na mídia internacional, a Shell admitiu nesta quarta-feira (16) que o vazamento de petróleo em uma plataforma do Mar do Norte na semana passada pode aumentar pelas dificuldades que as equipes estão tendo para contê-lo. O vazamento, (leia AQUI) que se estende por uma área de 41 quilômetros quadrados, é o maior da última década na região.

Depois do desastre no Golfo do México pelo vazamento de petróleo em uma plataforma da PB, mais uma vez o meio ambiente sofre com a imperícia das petroleiras.
 
Muita vida se extinguirá no mar e na terra.
 
Quem vai pagar?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Crise mundial... mas de alimentos: Mundo ainda está em ‘zona de perigo’ por alta dos alimentos, diz Banco Mundial


A BBC Brasil (leia AQUI) disse hoje que, segundo o relatório trimestral Food Price Watch, divulgado pelo Banco Mundial nesta segunda-feira, em julho (último dado disponível) os preços mundiais dos alimentos estavam 33% mais altos do que um ano antes e próximos do recorde registrado em 2008.

O documento cita ainda os níveis “alarmantes” dos estoques mundiais de alimentos. “Com esses baixos níveis de estoques, mesmo pequenas quedas na produção podem ter efeitos amplificados sobre os preços”, diz o texto.

Depois de um pico em fevereiro, alguns produtos chegaram a registrar baixa de preços, mas a volatilidade é motivo de preocupação.

De acordo com o Banco Mundial, a “esperada volatilidade” nos preços de produtos como açúcar, arroz e petróleo pode ter “efeitos inesperados” nos preços dos alimentos nos próximos meses.

No Brasil, a produção de alimentos está em alta, mas como a soja é o carro chefe, e é uma commodity, ela puxa os preços dos outros alimentos para cima, pois a para grande produção de soja brasileira, os alimentos utilizados para alimentar as pessoas (feijão, milho, arroz) são deixados de lado pelo agro-negócio.

Mas é realmente alarmante a alta dos alimentos no mundo e os que sofrem são os pobres dos países mais ricos e os meseráveis dos países pobres. Hoje assistimos uma crise alimentar sem precedentes na história na Somália, um país destroçado por guerras e pala seca.

Alem da crise financeira, agora a crise alimentar. Uma puxa a outra.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

PARA QUÊ SERVE E COMO SE USA MESMO?



Esta charge do Kayser é bem "educativa". Pois como NADA foi divulgado para orientar e educar a população de Porto Alegre sobre o novo sistema de coleta de resíduos sólidos (lixo), a gente só sabe que eles são incendiados e ponto final.

Mas não é piada não, em Caxias do Sul (leia AQUI) os moradores de rua acharam um melhor uso para os cantâineres... como casa.



Os novos moradores colocaram até um cartaz para indicar que os usuários não devem colocar o seu lixo no contâiner: "TEN JENTE"

Dez maiores gestores de investimentos controlam 8,3 PIBs do Brasil: a especulação corre solta...



As dez maiores empresas gestoras de investimento do mundo administravam, ao final do ano passado, um total de US$ 17,4 trilhões, montante 20% superior ao PIB dos Estados Unidos, maior economia do mundo, e equivalente a 8,3 vezes o PIB brasileiro.


Aos poucos a gente vai entendendo como ocoorem as crises no capitalismo globalizado. Os intereses dos especuladorers (ops!!!), digo, investidores, vai contra ao interesses dos países e de sua população, que são obrigados a reduzir custos, principalmente na área social (saúde, educação, previdência, etc.).

Ema matéria publicada (AQUI) na BBC, segundo um levantamento feito pela consultoria Investment & Pensions Europe (I&PE), os 400 maiores gestores de investimentos do mundo administram recursos equivalentes a US$ 53,6 trilhões, valor 30% maior que a soma dos PIBs das dez maiores economias do mundo.

Vocês imaginam o que representa isso?

Representa o poder.

Representa que os países não se governam, é pura ilisão, os países são governados por estes fundos que sempre influenciam os rumos da economia mundial.

E lucram, óbvio.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Aprovação do governo Dilma continua alta: Mas o desgarte do cargo fez cair 6%

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que vê com "tranquilidade" o resultado da pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apontou queda em sua popularidade.

"Acho que pesquisa a gente tem que tratar com respeito, olhar e falar 'é importante saber que houve essa variação'. Agora, você não pode pautar sua ação só pela pesquisa. Ela sobe, ela desce, e a gente vai tocando. Eu vejo com muita tranquilidade", afirmou, em entrevista coletiva concedida a rádios de Fortaleza.

O levantamento mostrou que a aprovação da presidente caiu de 73%, em março, para 67%. Apesar da queda, o governo continua com "avaliação favorável". Para 48% dos entrevistados, o governo Dilma é ótimo/bom. Para 36%, a avaliação é regular e 12% consideram péssimo.

Já a confiança na presidente permanece em patamar considerado elevado pela CNI (65%); em março, esse item registrava 74%. A pesquisa entrevistou 2002 pessoas com mais de 16 anos em 141 municípios no período de 28 a 31 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Claro que, depois de seis meses no cargo, enfrentando os problemas e desvios em ministérios com a demissão de ministros, o desgaste é natural e, pode até cair mais, se ela não enfrentar com rigor a corrupção e, agora, a crise que se aproxima a passos largos. Acho que a Dilma tem razão em dizer que encara com tranquilidade a pesquisa, pois manter-se com mais de 50% de aprovação já é um grande feito, imaginem mais de 70% como estava em março, é quase impossível.




TEM UM CHIP DO TEA PARTY NA CABEÇA DE CADA DIRIGENTE EUROPEU NESSE MOMENTO: Mas para onde vai o mundo mesmo?



Editorial do Carta Maior de hoje (AQUI):

Em uma 4º feira de novas quedas nas bolsas da Europa e dos EUA, dirigentes europeus tentam acalmar os mercados bovinamente com promessas de novas rodadas de arrocho fiscal, que só farão aprofundar a crise e a recessão. Berlusconi promete antecipar cortes de isenções fiscais, escalpelarem aposentadorias e liberar privatizações em massa até dia 18.

Na Espanha, viúvas já perderam bonificação anual em algumas províncias. O preço do transporte sofreu uma alta de 50% , as pesquisas indicam vitória da direita na sucessão de Zapatero e o premiê continua a falar em ‘ajuste'. Acossado por dúvidas sobre a saúde de bancos franceses, com carteiras atreladas a títulos públicos, Sarkozy equilibra-se na ponta dos pés, empina o nariz gaulês e bate forte no peito: cortar, cortar, cortar.

Espanha e Itália têm que colocar algo como US$ 375 bilhões em títulos públicos até dezembro junto a investidores ariscos. Fundos de investimento ferozes e capitais deliquentes, desses que saem quebrando tudo pela frente --famílias, países, nações-- querem 'garantias' de austeridade que se traduzam em juros maiores. A esses, Cameron não ameaça com cacete & canhão de água.

Infectados por um vírus que os impede de contrastar a lógica financista, os dirigentes europeus cumprem sem ganir, nem mugir, o roteiro do matadouro. E empurram o mundo para o abismo da recessão. O Tea Party está incrustado como um chip na cabeça de cada um deles nesse momento.

O economista turco, Nouriel Roubini, já havia antecipado: deixada à própria lógica, essa crise se desdobra em outra.

Começou como crise imobiliária nos EUA; virou uma crise financeira; atingiu sua fase fiscal com Estados que se arrebentaram no socorro trilionário a bancos e especuladores. Agora vive o cume político que paralisa países e incendeia populações acuadas. A solução é renegociar a digestão do imenso débito egresso da desregulação do sistema financeiro. Dilatar prazos e reduzir juros para sobrar espaço ao crescimento, sem o qual não há saída. A persistir a lógica atual, as chamas de Londres serão lembradas como a faísca de um incêndio maior.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os protestos se espalham pelo mundo: os jovens dizem não ao neoliberalismo.

Protestos em Santiago do Chile.

Quando as coisas estão bem, não há motivos para as mudanças. Existe uma acomodação natural pois estamos garantidos. Mas quando não vemos perspectivas e os horizontes se estreitam, também, naturalmente, vamos a luta pelas mudanças. Introduzo assim este post para dizer que as coisas estão mudando no mundo em decorrêscia da falta de perspctivas que a sociedade humana vem sentindo.

Além dos protestos que se sucederam (e ainda continuam) em paíse do Oriente Médio, Síria, Egito, etc. por democracia, vemos também outros que mostram bem o tempo histórico que estamos presenciando: os povos estão fartos do modelo econômico imposto pelos neoliberais ao longo dos últimos trinta anos.

No Chile (leia AQUI) milhares de pessoas fizeram um "panelaço" na noite desta terça-feira (9/8) "em Santiago, onde alguns manifestantes montaram barricadas nas ruas, para apoiar o protesto estudantil que exige um melhor ensino público no Chile.

O "panelaço" é o segundo realizado em menos de uma semana e retoma um protesto típico contra a então ditadura do general Augusto Pinochet.

A população foi às varandas e janelas de Santiago para bater panelas, atendendo ao apelo dos líderes estudantis chilenos, que há dois meses protestam para pedir o fortalecimento do ensino público no país".

Foi durante a ditadura que os Chicago Boys, implantaram o neoliberalismo no Chile (leia AQUI) que usurpou do povo chileno conquistas hístóricas, como a privatização da previdência onde hoje, 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social.

Os protestos no Chile então são, além de exigir a melhora do ensino público sucateado pelo neoliberalismo,  fruto da falta de perspectivas de seu povo, que vai às ruas apoiar os estudantes.

Protestos em Longres- Inglaterra.

Já no Reino Unido, a morte de um negro pela polícia, foi o estopim dos protestos e da violência que tomaram as ruas de Londres. Mas por trás desta motivação estão, também, a aversão às políticas neoliberais implantadas pela "dama de Ferro" Margaret Teacher (leia AQUI), que fez com que se retirassem do povo, as mesmas conquistas que foram retiradas dos chilenos e são o 'acumulo' dos últimos 2 anos de recessão, desemprego, cortes em serviços públicos, tudo devido a crise de mais de uma década de 'inchaço' e previsão da explosão da 'bolha especulativa'.

Por todo o mundo, a crise pode deixar toda uma geração com oportunidades muito aquém de suas aspirações, talvez até ao ponto em que a juventude abandone qualquer esperança de futuro. No mundo desenvolvido, a crise significa que os jovens enfrentam trabalhos iniciais mal remunerados em qualquer nível. Os benefícios e o auxílio-educação também estão sendo cortados.

Mas que bom... é ótimo que os jovens (sempre eles) estão fazendo a diferença. Infelizmente a violência é resultado dos ânimos exaltados. Mas, muitas vêzes, a luta se faz com violência. A guerra é violenta. E este momento se caracteriza por uma guerra, guerra por perspectivas que hoje os nossos jovens não vislumbram.

Em breve... Um novo mundo!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Credibilidade, cara de pau e dívida: O neoliberalismo destruindo a vida.


Li um artigo no Estadão, de um liberal, Paul Krugman (leia AQUI) em que ele mostra o que está por trás da crise norte-americana,  envolvendo a decisão da Standard & Poor’s, a agência de classificação de crédito (leia AQUI sobre a ira provocada pelas decisões destas agências sobre os Estados Nacionais), de rebaixar a nota dos títulos da dívida americana.

Ele diz que "é preciso ter em mente duas ideias aparentemente (mas não de fato) contraditórias. A primeira é que os Estados Unidos não são mais o país estável e confiável de antes. A segunda é que a própria S&P goza de credibilidade ainda menor; é o último lugar de onde alguém deveria esperar avaliações sobre as perspectivas do país".

Estas agências, é óbivio, estão a serviço dos capitalistas e grandes investidores e, naturalmente, das corporações transnacionais. Ele inicia sua análise dizendo que não há qualquer credibilidade nesta decisão da S&P. "Se há uma expressão que descreve a decisão da agência de classificação de crédito de rebaixar a nota dos EUA, esta é a cara de pau – definida pelo exemplo do jovem que mata os pais e então implora por clemência alegando ser um órfão".

A crise americana atual, vem de sde 2008, se arrastando, em virtude do imenso déficit orçamentário dos EUA é em grande parte resultado de um declínio econômico que se seguiu à crise financeira de 2008. "E a S&P, juntamente com as demais agências de classificação de crédito, desempenhou papel importantíssimo na precipitação dessa crise, concedendo notas AAA a ativos lastreados em hipotecas que desde então se transformaram em lixo tóxico", disse Krugman

Pois num episódio agora famoso, a S&P concedeu ao Lehman Brothers, cujo colapso deu início a um pânico global, uma nota A até o mês da sua quebra. E qual foi a reação da agência depois que esta empresa foi à falência? Ora, a S&P publicou um relatório negando ter feito qualquer coisa de errado.

E são estas as pessoas que agora dão sua eminente opinião sobre a credibilidade dos Estados Unidos?

Mas a coisa não para por aí. "Antes de rebaixar a nota da dívida americana, a S&P enviou ao Tesouro dos EUA um rascunho do seu comunicado à imprensa. Os funcionários americanos logo repararam num erro de US$ 2 trilhões nos cálculos, algo que qualquer especialista em orçamento teria calculado corretamente. Depois de certo debate, a S&P reconheceu o erro e rebaixou a nota mesmo assim".

Na realidade, estas agências, deveriam cuidar de sua própria solvência, elas levam em conta somente o lado monetário da realidade (não muito real, mais virtual) pois o humano, o social, não interessa, isso não gera lucro ou poder.

"Assim, não há motivo para levar a sério o rebaixamento da nota da dívida americana na sexta feira. Estamos falando das últimas pessoas de quem deveríamos aceitar conselhos".

Na parte final do seu artigo, o autor fala que, esses problemas, "estão pouco relacionados com a aritmética orçamentária de curto e mesmo médio prazos. Ora, não é a matemática orçamentária que está fazendo com que os EUA pareçam pouco confiáveis, e sim a política".

E o que mais me chamou a atenção neste artigo, escrito por um liberal, em um jornal liberal de direita é que  ele diz:  "por favor, não comecemos com as declarações habituais que responsabilizam ambos os lados. Nossos problemas são causados por um único lado – mais especificamente, são provocados pela ascensão de uma direita extremista que prefere criar crises a ceder um único centímetro nas suas exigências".

E para finalizar seu artigo Krugman diz que, "mantidas as políticas atuais, uma população de idade cada vez mais avançada e o custo cada vez mais alto do sistema de saúde acabarão fazendo com que os gastos aumentem mais do que as receitas. Mas os EUA apresentam um gasto com a saúde muito maior do que o de outros países avançados, e sua carga tributária é considerada muito pequena comparada aos padrões internacionais. Se pudéssemos ao menos nos aproximar um pouco mais daquilo que é internacionalmente considerado normal para esses dois dados, nossos problemas orçamentários seriam solucionados.

E o que nos impede de fazer isso? O problema é que temos neste país um poderoso movimento político que preferiu correr o risco de uma catástrofe financeira em vez de concordar em aceitar um aumento nos impostos cobrados, por menor que fosse.

Mesmo em termos fiscais, o verdadeiro problema dos EUA não é se o país conseguirá cortar do déficit um trilhão aqui ou acolá. A questão é saber se os extremistas que agora bloqueiam todo tipo de medida política razoável podem ser derrotados.

Então, dito isso por um liberal, criticando a direita (extrema), a não cobrança de impostos justos, que mantenha em funcionamento a vida, se pode ver a dimensão da derocada do neoliberalismo que deixa que a especulação financeira se sobreponha a vida.

Vejo ainda que, a direita, os "articulistas" do PIG (Partido da Imprensa Golpista) falam da crise que se avoluma no mundo, mas descolada da agenda neoliberal imposta a aprtir da década de 1990.

A falácia de que o deus mercado regula tudo, se mostrou uma grande mentira.

E durma-se com um barulho desses.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Confusão no mercado financeiro internacional: Agora os EUA provam o amargo remédio.


Durante muito tempo os Estados Unidos usufruíram dos resultados obtidos graças a sua posição de xerife do mundo e credor de diversas dívidas de países emergentes. O Tio San sugou a vida e a alma de milhões de pessoas. Impôs guerras sanguinárias a custa de bilhões de dólares que poderiam ser usados para alimentar famintos, dar dignidade aos povos que sofrem com a fome e as doenças.

Enquanto os norte-americanos gastavam, os outros deixaram de comer.

Mas parece que, agora, serão os Estados Unidos que vão provar do amargo remédio que impuseram ao mundo.

Com o rebaixamento do rating da dívida americana ( leia AQUI) de AAA para AA, muita coisa vai mudar para o povo norte-americano que vai ver seu estilo de vida mudar.

E, mesmo com as medidas anti crise tomadas no final da semana passada (leia AQUI), parece que o “deus mercado” não se conformou com os sacrifícios feitos com a intenção de acalmá-lo.

A situação é dramática. A recessão mundial que se avizinha pode e, com certeza vai, chegar ao Brasil, pois como vivemos em um mundo globalizado, não escaparemos ilesos, com certeza.

Parece-me que, o que está ocorrendo hoje no mundo, nada mais é do que o resultado das políticas neoliberais aplicadas na economia mundial a partir do Consenso de Washington (leia AQUI). Que incorpora a idéia de que o Estado deveria deixar que o mercado fosse o balizador dos rumos da economia e que este ajustaria a nossa vida. Assim, com a perda de força do Estado na economia, a especulação tomou conta e, os investimentos na realidade, na produção, foram trocados pelo virtual, pelos ganhos de capital que, numa hora, iriam se mostrar fictícios.

O engraçado (ou triste) é o discurso da direita, aquela mesma direita que formalizou o neoliberalismo como sendo a “salvação” do mundo. Dizem agora que é a social democracia a culpada pela crise. Sim, desta maneira indireta, querem culpar os governos de esquerda e os progressistas pela crise, como se não fosse o capitalismo globalizado, o “deus mercado” o mentor deste fracasso.

Mas o fracasso é dos estados, não dos capitalistas, pois estes continuam ricos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fome já matou 29 mil crianças em apenas 3 meses na Somália: O quê somos mesmo? Humanos???

Não precisa dizer nada. A imagem fala por si.
Enquando os ricos ficam cada vêz mais ricos, os pobres... morrem de fome.
E viva o capitalismo!
 

Estamos exaurindo a Terra: a prata boliviana está acabando

Carmelo Ticona (leia AQUI) é um boliviano de 28 anos, e sabe que lhe resta pouco tempo de vida. Morador da cidade de Potosi, família pobre, ele não teve escolha: adotou, ainda adolescente, a profissão que, no fim das contas, era seu destino certo e inadiável, a mineração.

Apesar de seguir uma tradição familiar, a busca de riqueza não é o seu objetivo; a falta de oportunidades é o que está em pauta. Mas Carmelo tem consciência do que resulta lutar, dentro das minas, pela sobrevivência: uma morte prematura. "Sei que posso morrer a qualquer momento, em algum acidente ou com a [doença pulmonar] silicose. É o destino do mineiro. Nós não vivemos muito", diz, resignado.

Tanto na ocupação como na lucidez, Carmelo não está sozinho. Ele integra uma legião de, aproximadamente, 13 mil mineiros, que, hoje, vasculham as entranhas da montanha-símbolo de  Potosi - e também da Bolívia. Eles trabalham dentro do Cerro Rico. Foi aos pés desse enorme cone de pedra que, em 1545, o pastor de lhamas Diego Huallpa viu aflorar, à luz da fogueira, uma pequena quantidade de terra prateada.

Não demorou para que os espanhóis, na condição de colonizadores, começassem a ordenar diversas escavações. A extensão das reservas argentíferas que eles encontraram pode ser medido pela quantidade de prata que extraíram. Segundo documentos da Casa da Moeda de Potosi, entre 1545 e 1825 - ano em que a Bolívia conquistou sua independência -, tirou-se da montanha aproximadamente 35 mil toneladas do nobre metal.

Embora tenha sido, entre os séculos 16 e 17, uma das principais fontes de riqueza da Coroa Espanhola na América, Potosi é hoje a capital do Estado mais miserável da Bolívia - que, por sua vez, é o país mais pobre da América do Sul.

Com a prata exaurida, carente de indústrias e situado a quatro mil metros acima do nível do mar, a única coisa que o lugar ostenta atualmente são dados estatísticos alarmantes.

Esta é ó resumo de 500 anos de exploração continuada da prata. O metal está escasso e caro. No Brasil, o estoque de prata era principalmente extraído, não de minas, mas de negativos de filmes fotográficos e de chapas de raio X, saturadas com Nitrato de Prata. Com a adoção de câmeras digitais, os filmes estão quase extintos, até mesmo o famoso Kodacolor, que serviu a grandes fotógrafos no mundo inteiro, hoje não é mais fabricado.

Mas não é somente a prata que está em extinção na natureza, muitos outros recursos que levaram milhões de anos para se formarem, hoje são raros e se tornaram fonte de disputa.  

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Os containers estão transbordando: Cadê o Fortunati?

Já havia falado aqui sobre a implantação da coleta por containers na região central de Porto Alegre e de como não se faz. Sim, pois sem um projeto de educação ambiental, as pessoas (não todas) não sabem como utilizar o novo sistema. O prefeito Fortunati daveria ter se dado conta de que as pessoas (não todas) não sabem nem mesmo o que é "lixo seco" e "lixo orgânico".

O resultado desta verdadeira falta de vontade em fazer bem feito está tirando a paciência dos moradores do centro de porto alegre.

Os containers ficam abarrotados de tudo quanto é tipo de resíduo. Tudo misturado.

E transbordando pelos containers...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Chuva, frio e doenças: uma constante do inverno do Rio Grande do Sul


Depois de uma semana de incessantes chuvas, o Rio Grande do Sul volta a ter temperaturas extremamente baixas, fio de "renguear cusco" (de deixar manco o cahorro), como dizem os gaudérios.

Hoje pela manhã (leia AQUI) vento, que chegou a 61km/h, associado à temperatura em torno de 10ºC faz aumentar a sensação de frio em Porto Alegre na manhã desta terça-feira. Desde a madrugada, a temperatura caiu cerca de 5ºC. Às 9h35minfoi registrada a temperatura de 9,9ºC e uma sensação térmica de -3ºC na capital gaúcha.

Mas o mais grave é que, com as chuvas desta semana, o nível do Lago Guaíba está a 2,00 metros acima do seu nível normal, fazendo suas águas atingirem as casas dos moradores das ilhas que, na sua maioria, são de pessoas mais pobres. É bom lembrar que o Guaíba, recebe a água de cinco importantes rios do Rio Grande do Sul, o Caí, Gravataí, Jacuí, Taquari e Sinos que, com as recentes chuvas, estão "bombando".

Porto Alegre e a Região Metropolita, são sucetíveis aos transbordamentos de seus rios, aqui já tivemos enchentes históricas como a de 1941. Leia AQUI e AQUI.   

Pois é, com tudo isso, quem sofre são os mais necessitados e, principalmente os idosos e as crianças que superlotam os hospitais de Porto Alegre (leia AQUI)...

E haja saúde para sobreviver em meio a tanta umidade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Acordo sobre dívida nos EUA traz alívio... mas até quando?

LONDRES, (leia AQUI e AQUI) Os investidores impulsionavam as ações e vendiam ativos mais seguros nesta segunda-feira, apostando que o acordo de último minuto em Washington significará que a economia dos Estados Unidos evitará um calote de dívida.

Existe a possibilidade, porém, de que agências de classificação de risco rebaixem os Treasuries, tirando-os da nota "AAA" -- medida que pode ter impacto sobre os valores de uma série de outros ativos.

Os líderes do Congresso dos Estados Unidos corriam nesta segunda-feira para definir votos republicanos e democratas sobre um plano para elevar o limite de dívida do país e evitar uma moratória sem precedentes. O Senado começa a discutir o plano às 12h (de Brasília). Após meses de debate para elevar o teto de endividamento de US$ 14,3 trilhões, uma nova batalha está tomando forma em torno de um incendiário tópico: os impostos.

Votações devem acontecer mais tarde na Câmara dos Deputados e no Senado sobre um plano para cortar ao menos US$ 2,4 trilhões ao longo de 10 anos, formar um novo comitê parlamentar para recomendar um pacote de redução de déficit até o fim de novembro e elevar o limite de dívida até 2013.

Segundo um alto funcionário americano que pediu para não ser identificado (leia AQUI) disse ainda que os cortes serão no setor militar e em outros programas, com pelo menos 350 bilhões em cortes no orçamento de Defesa nos próximos 10 anos.

A medida será acompanhada de uma primeira redução de despesas de 1 trilhão de dólares. Uma comissão especial composta igualmente por republicanos e por democratas será encarregada em seguida de obter, antes do Dia de Ação de Graças, no final de novembro, reduções adicionais das despesas de cerca de 1,5 trilhão de dólares.

Se o Congresso não votar para essa data, cortes pelo mesmo valor entrarão em vigor automaticamente em 2013, divididos igualmente entre Defesa e não-Defesa.

Segundo estas notícias sobre a dívida americana, mesmo com o aumento do teto do endividamento, a crise é grave. Digamos que seja uma "sobre-vida" ao império norteamericano. Como se pode ver, a máquina de gerra que consumiu trilhões de dólares do povo americano, vai ser reduzida, mas vai continuar...

Até quando o Tio San aguentar.  

Em outubro, mundo chegará a 7 bilhões de humanos


No dia 31 de outubro deste ano (leia AQUI), em algum lugar da Índia, um parto marcará um ponto crítico na história do planeta: com esse nascimento, o mundo passará a ter 7 bilhões de habitantes. A projeção foi feita pela ONU e, apesar de a data ser apenas uma estimativa e o país apenas uma probabilidade, a realidade é que o ano terminará com um novo marco em termos demográfico que promete aprofundar os desafios sociais e ambientais.

O avanço da ciência médica é responsável pela explosão demográfica ocorrida no mundo nos últimos 200 anos. Novas drogas, vacinas, saneamento, são em grande parte resonsáveis pelo crescimento sem precedentes da humanidade.

Segundo o estudo, a primeira vez que o planeta registrou 1 bilhão de pessoas foi em torno de 1800. Para chegar a 2 bilhões de pessoas, o mundo precisou de mais 125 anos. Mas, apenas nos últimos 50 anos, a população mundial passou de 3 bilhões para 7 bilhões. Os números de 2011 serão duas vezes maior que a população do planeta em 1960.

O pico da expansão de fato ocorreu nos anos 70, quando o mundo crescia cerca de 2% ao ano. Hoje, essa taxa caiu para 1%. Mas, segundo o estudo, a expansão continuará e ocorrerá nos países mais pobres. Até 2050, o mundo terá 9,3 bilhões de pessoas, das quais 97% do crescimento ocorrerá nas regiões mais pobres.

Resta saber se o planeta Terra pode suportar tamanho crescimento. Hoje já vemos os problemas causados pela retirada de matérias primas da natureza. Dois gargalos para o superte de vida devem ser superados: energia e alimentos.

Como será o nosso futuro?

Uma pergunta difícil de responder, mas como estamos vendo, o nosso futuro na Tarra, é incerto.

PS: Se vocês forem ao fim do blog, bem em lá em baixo, poderão visualizar o Relógio do Mundo onde, entre outra informações, mostra o crescimento populacional do nosso planeta.