sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Com a queda de Khadafi, o quê vai acontecer na Líbia agora?



 
Não quero ser um passimista. Mas tenho dúvidas sober o futuro da Líbia.


Khadafi governou com mãos de ferro durante quarenta anos a Líbia mas, também é pertinete lembrar que, o regime monarquista anterior, que foi derrubado por Kadaffi, também não era nada democrático. Apoiado pelo Ocidente, principamlente pelos EUA, o petróleo extraído era expostado a baixo preço e o lucro obtido não ia para o povo. O país era dominados por corporações que influenciavam as decisões do regime dominante.

A atual história da Líbia (leia AQUI) teve início em 1969, quando um grupo de oficiais nacionalistas, de forte alinhamento político-ideológico com o pan-arabismo, derrubou a monarquia e criou a Jamairia (República) Árabe Popular e Socialista da Líbia, muçulmana militarizada e de organização socialista. O Conselho da Revolução (órgão governamental do novo regime) era presidido pelo coronel Muammar al-Khadafi. O regime de Muammar Khadafi, chefe de Estado a partir de 1970, expulsou os efetivos militares estrangeiros e decretou a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país.

Bom, agora com a queda do regime de Khadafi, resta saber para que lado vai a Líbia. Se permanece independente ou se vai ao encontro das grandes potências ocidentais, as mesmas que apoiavam a monarquia. Ultimamente, até mesmo a antiga bandeira, que reprentava a monarquia e que foi substituida com ela, é vista nas mãos do rebeldes.

Outro ponto a se levar em consideração é ver o que aconteceu em outros países que passaram por situações idênticas. Afeganistão e Iraque, países em que os regimes foram depostos com a interferência do Ocidente, vivem em clima de insegurança. O terrorismo tomou conta do dia a dia e parece que não terá um fim tão cedo.

Com a crescente preocupação do que pode vir a acontecer no pós-Khadafi, a ONU (leia AQUI) exortou os dois lados do conflito na Líbia a adotar medidas para evitar atos de violência ou vingança. Que pode levar a um cenário de guerrilha e terroismo.

Em um hospital no distrito de Mitiga, o repórter Rupert Wingfield-Hayes, segundo a BBC, contou 17 corpos, todos de militantes rebeldes. Segundo médicos, os rebeldes tinham sido presos pelas forças de Khadafi em uma escola. Os corpos apresentam marcas de tortura e de muitos disparos. O que leva a crer que a guerra travada entre rebeldes e tropas ainda leais a Khadafi está longe de terminar.

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