quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pés na cozinha: Lula, homem do povo, é Doutor Hinóris Causa e desperta inveja da elite

O ex-presidente Lula recebeu o titulo de Doutor Honoris Causa pelo Instituto de Ciência Política de Paris, a Sciences Po (leia AQUI e AQUI). Um titulo honorífico que é concedido por instituições de ensino respeitadas àqueles que, de certa maneira, fizeram algo que as instituições acreditem ser relevante.

E a Sciences Po julgou que Lula fez algo de relevante e mereceu o título. Muita gente e instituições pelo mundo têm o mesmo julgamento. "O cara", como já foi chamado, foi homenageado em dezenas de lugares ao redor do mundo. Mas uma parte da imprensa brasileira não vê motivo. Eles enxergam vários problemas do governo Lula e nenhum mérito (ok, para esta parte da imprensa o grande "plus" de Lula foi não ter feito nada exceto continuar as políticas do príncipe FHC).

Valorizar é, por definição, uma ação subjetiva e, como tal, pessoal e intransferível. Se ela, esta parte da imprensa, não vê valores positivos no governo Lula, mais do que normal. Entretanto, como bem retratou o jornal argentino Página 12, a imprensa daqui se portou como escravocrata.

Este é o problema, como é que o Lula, um homem do povo, um retirante, sem estudo superior, pode receber estes tantos títulos (não foi somente este). Os "colonistas", aqueles colunistas serviçais dos poderosos, foram além da crítica. Eles chegaram ao preconceito.

Este é o PIG (Partido da Imprensa Golpista). 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A água em debate: Uma mudança de paradigma para termos acesso a ela

Estou em Porto da Galinhas, Pernanbuco, participando do XIV Congresso Mundial da Água. Aqui é um lugar com praias que são um paraíso, águas límpidas e mornas. Uma paisagem de cinema.

Nas palestras do Congresso, se vê que a situação dos recursos hídricos no planeta são alarmantes. Os mananciais superficiais e subterrâneos estão sendo utilizados de maneira intensiva e podem levar ao colápso até mesmo o abastecimeto da humanidade.

Mas, ao mesmo tempo, observa-se os esforços feitos pelos organismos intenacionais para melhorar a qualidade dos mananciais e levar a água a quem não tem. Países inteiros sofrem com a escassês e, se não forem tomadas medidas fortes, em breve as guerras não serão mais pelo petróleo, mas sim pela água.

Total de trabalhadores de baixa renda cai 25% em 9 anos: a vida melhorou




SÃO PAULO - O número de trabalhadores com rendimento médio per capita familiar de até meio salário mínimo caiu de 17 milhões em julho de 2002 para 12,8 milhões em julho de 2011 em seis das principais regiões metropolitanas do País(leia AQUI), de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje. A redução foi de 24,8% no período, segundo o instituto, que se baseou em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para fazer o levantamento.

Desde a chegada de Lula na presidência do Brasil, as condições de vida da população mais pobre melhoram consideravelmente. Parece pouco para quem tem muito, mas para que sempre lutou para viver melhor, é muito. Tomara que a crise que está a nossa porta não venha a deter o crescimento social desta população, que ainda precisa de melhores condições vida.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Desemprego no Brasil tem menor agosto desde 2002: A crise ainda não chegou.

Ainda não sentimos os efeitos da crise finançeira mundial. É certo que, de alguma forma, os efeitos serão sentidos por aqui. Mas por enquanto o Brasil vai bem.

Segundo dados do  IBGE, O desemprego brasileiro ficou estável em agosto, mantendo-se no menor nível desde dezembro e registrando a leitura mais baixa para esse mês desde o início da série histórica, em 2002.


A taxa nas seis regiões metropolitanas do país ficou em 6 por cento em agosto, a mesma taxa de julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Economistas consultados pela Reuters projetavam leitura de 6,1 por cento, com faixa de respostas de 5,9 a 6,2 por cento.

O número de trabalhadores ocupados totalizou 22,623 milhões, alta de 0,7 por cento na comparação com julho e de 2,2 por cento em relação a agosto de 2010.

A população desocupada somou 1,440 milhão, queda mês a mês de 0,3 por cento e recuo anual de 10 por cento.

O rendimento médio do trabalhador ficou em 1.629,40 reais, alta de 0,5 por cento sobre julho e de 3,2 por cento ante o ano passado.

Preconceito, intolerância e violência: Africano é assasinado por policiais em Cuiabá

A elite conservadora não tolera pobre, preto e puta, como se diz comumente. Assim, este posicionamento preconceituoso defendido por eles, se reflete na sociedade e, consequentemente, os crimes contra pobres, negros e homosexuais fazem parte de uma rotina indesejada.

Dois policiais militares e um empresário foram (leia AQUI) presos em Cuiabá (MT) sob suspeita de participação no espancamento e morte do estudante africano Toni Bernardo da Silva, 27.

Natural de Guiné-Bissau e participante de um programa intercâmbio com a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Silva morava, havia sete anos, em Mato Grosso e cursava economia.

O crime ocorreu por volta das 23h de ontem em uma pizzaria nas imediações da universidade. O estudante, segundo nota da Polícia Civil, chegou ao local aparentando estar "sob efeito de drogas ou embriagado" e tentou "agarrar" a namorada do empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27.

Ainda segundo a versão da polícia, o estudante e o empresário trocavam socos quando dois outros clientes, os policiais militares Higor Macell Mendes Montenegro, 24, e Wesley Fagundes Pereira, 24, se aproximaram e imobilizaram o estudante. "Depois os três passaram a desferir socos e pontapés", diz a nota.

Presos em flagrante, os suspeitos afirmaram que apenas "imobilizaram" o estudante que, segundo o laudo preliminar, morreu por asfixia decorrente de fratura na traqueia. A Polícia Civil solicitou exames toxicológico e de alcoolemia ao IML (Instituto Médico Legal).

E o pior é que, mesmo sendo flagrados em pleno crime, eles tem desculpa para o ato: apenas imobilizaram.

Que vergonha.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Correr é tudo de bom



No  próximo sábado, às 20 horas, com saída na Usina do Gazômetro, no Centro Histórico de Porto Alegre, acontece a Nigh Run. Eu vou participar e será mais uma das inúmeras que já corri na minha vida. 

Sou corredor de rua (e quando chove, in door) a muitos anos. Corri a Maratona de Porto Alegre já em 1986 (faz tempo) com um tempo de 4:20 horas. Depois parei por uns tempos e voltei para ir até quando puder.

Não vejo minha vida sem a corrida. Corro em média cinco quilômetros, cinco dias por semana. Já corri em diversas cidades do Rio Grande do Sul e do Brasil, também em Montevideo e Buenos Aires.

Os benefícios são diversos: Físicos, mentais e, até mesmo, comportamentais. A gente melhora a alimentação, com isso a nossa saúde agradece. 

Quando a gente assume a corrida como modo de vida, vemos as coisas de uma maneira diferente. Como a corrida é um esporte individual, quando eu corro, mesmo concentrado na corrida, penso em muitas coisas e, com isso, resolvo questões minhas e de minha relação com a vida e com os outros. A endorfina que é liberada pela corrida para o cérebro, nos trás uma gratificante sensação de bem estar que nos protege do desânimo e da depressão.

Veja AQUI um infográfico com os benefícios da corrida no seu organismo e venha para este esporte que é muito simples e barato.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dilma diz que tem orgulho de ser primeira mulher a abrir assembleia da ONU.


A nossa velha mídia conservadora foi mais conservadora ainda ao divulgar um fato muito significativo para as mulheres brasileiras.

A presidente do Brasil, Dilma Russef, será a primeira mulher a falar em uma abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ao comentar sobre a participação na 66ª Assembleia da ONU (leia AQUI), a presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira, que vai falar de temas importantes como a transparência nas ações do governo, o combate a doenças crônicas no País e a crise econômica mundial. “Tenho muito orgulho de ser a primeira mulher, uma mulher brasileira, a abrir a Assembleia Geral da ONU”, ressaltou no programa semanal de rádio Café com a Presidenta. “O Brasil tem muito a mostrar em cada um desses temas”, completou.

Claro que, para  os poderosos barões da mídia tupiniquim, isso é fato irrelevante, pois quem está no poder no Brasil, não é os que estes batrões gostariam que estivessem a dirigir o país.

Revista cita o crescimento econômico do Brasil e a participação de Dilma nesse processo de mudanças - Newsweek / Reprodução

Outa coisa que passa quase que desapercebido pela nossa mídia é que a presidente Dilma Rousseff é capa da próxima edição da revista Newsweek internacional e da edição nacional americana. A revista deve chegar às bancas nesta semana (leia AQUI). Com o título "Don't mess with Dilma" (em tradução literal "Não mexa com a Dilma"), a reportagem principal aborda o governo, a história política e também a vida pessoal da presidente.


A revista cita detalhadamente o crescimento econômico do Brasil e a participação de Dilma nesse processo de mudanças, iniciado com a gestão Lula. O assunto é endossado pela frase do presidente dos EUA, Barack Obama, quando esteve no Rio de Janeiro em março deste ano, dizendo que o Brasil era o país do futuro. Dilma será a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU, fato descrito como positivo e influente.
 
Então faço aqui o registro.

XIV Congresso Mundial da Água: gerenciar para não faltar.



No próximo domingo estarei viajando a Porto de Galinhas-PE, para participar do XIV Congresso Mundial da Água. Consagrado evento internacional que discute novos instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos inclusive mudanças climáticas, crescimento populacional, expansão urbana e mudanças demográficas, desenvolvimento econômico, degradação da qualidade da água e requisitos do ecosistema água, inclusive para manter a biodiversidade.

Cada um deles vai alterar o modo como a água vai ser gerenciada e, ao mesmo tempo, vai requerer novas prioridades na tecnologia e na infra-estrutura, no gerenciamento e nas políticas, na alocação e na precificação, nas leis e instituições, e acima de tudo uma nova abordagem dos profissionais de recursos hídricos.

Um dos grandes dasfios da humanidade se relaciona a como equacionar a relação entre o homem e o meio ambiente, principalmente com a água. Hoje, quase um terço da população mundial não tem acesso a água de boa qualidade. Este fato é causa de milhões de mortes por doenças de veiculação hídrica, principalmente em países pobres da África e da Ásia. Mas não é somente nestes continentes que existe este problema. No Brasil, que detém em seu território 12% da água doce do mundo, a situação não é tão favorável assim: somente 35% dos esgotos são tratados e a poluição dos mananciais hídricos causam conflitos entre os usuários. As regiões mais densamente habitadas, são as que tem menor volume de água disponível.

Vou ao Congresso apresentar dois trabalhos sobre como se pode gerenciar estes conflitos. Os dois artigos foram produzidos pela equipe do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos da Companhia Riograndense de Saneamento - CORSAN, onde trabalho.

Quem quiser mais informações sobre o XIV Congresso Mundial da Água pode clicar AQUI.

Para saber mais sobre conflitos hídricos AQUI, AQUIAQUI.  

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

B.B. King, o Blues Boy, faz 86 anos... Fazendo shows

B. B. King em uma de suas apresentações no Brasil, em 2006 - JF Diorio/ AE
B.B. King (leia AQUI) comemora nesta sexta-feira 86 anos de idade. Riley Ben King nasceu em 16 de setembro de 1925 no estado do Mississipi, nos Estados Unidos, e sob o nome artístico se consagrou cantor de blues e um grande guitarrista, sempre com uma Gibson, tradicionalmente batizada de Lucille desde os anos 50, aparecendo em terceiro lugar na lista da Rolling Stone atrás apenas de Jimi Hendrix e Duane Allman.

Assisti uma vez um show do B. B. King no Gigantinho. Faz bastente tempo. A sua energia no palco contamina toda a platéia. 

Ainda hoje, após mais de 60 anos de carreira, B.B. King faz shows. No ano passado passou pelo Brasil, fazendo três apresentações na capital paulista pela turnê One More Time, que sucedeu o anunciado tour de despedida The Farewell Tour de 2006.

B. B. Kink no início da sua carreira.
Se mudou para Memphis ainda muito jovem, cenário efervescente da música negra norte-americana e considerado o berço do rock - terra de Elvis Presley - no final dos anos 40, com pouco dinheiro no bolso. Lá, virou nome de clube de blues, a B. B. King Blues Club, hoje com filiais em vários estados.

Seu nome entrou para o Blues Foundation Hall of Fame em 1884 e, três anos depois, para o Rock and Roll Hall of Fame, já ganhou diversos prêmios Grammy e lançou mais de vinte discos.

Aquecimento global: O volume de gelo no Ártico nunca foi tão baixo

Gelo quebradiço visto do navio Artic Sunrise, a cerca de 900 km do polo Norte
Gelo quebradiço visto do navio Artic Sunrise, a cerca de 900 km do polo Norte

Segundo moatérioa publicada AQUI, a superfície de gelo ártico está em seu nível mais baixo do ano, informou o NSIDC (Centro Nacional de Dados da Neve e Gelo) com base no estudo preliminar de imagens tiradas por satélites.

A última medição, no dia 9, mostra que o gelo cobria 4,33 milhões de quilômetros quadrados.

É a segunda maior redução de gelo detectada pelo satélite --a primeira data de 2007--, que começou a operar em 1979.

Nos últimos 30 anos, a extensão do gelo no oceano Ártico tem declinado em praticamente todos os meses, com uma queda maior durante o verão, cuja origem é creditada pelos cientistas à redução ao aquecimento global.

O volume do gelo, porém (leia AQUI), já é o mais baixo registrado na história. Segundo dados da Universidade de Washington (EUA), em julho de 2011 o volume ficou 51% menor do que a média e 62% menor do que a máxima, estimada para 1979.

O volume é uma medida mais importante do que a extensão para prever o colapso do gelo no polo Norte. Isso porque ele informa não só a área de cobertura de gelo, mas sua espessura também.

O chamado gelo permanente (resultado de três ou mais anos de acúmulo) tem diminuído no polo, deixando gelo fino --e mais propenso a derreter-- no seu lugar a cada inverno.

"Somos todos obcecados pela extensão, mas ninguém fala de espessura", diz a geógrafa sueca Frida Bengtsson, da campanha de oceanos do Greenpeace.

Em outubro, o NSIDC divulgará um relatório completo sobre as possíveis causas do degelo.

Mas a gente já sabe bem as causas. A humanidade não abre mão dos progressos adquiridos nos últimos 150 anos, onde a queima de combustíveis fósseis para a geração de energia, é o centro do aquecimento global que está trazendo consigo as mudanças climáticas. A vida nos polos está mudando drásticamente, para o urso polar, por exemplo, que se movimenta sobre as placas de gelo em busca de alimento, que estão cada vez mais raras, pode fazer diminuir a sua população.  

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sarkozy desembarca na Líbia para comandar missão que discutirá futuro político do país: iniciou a partilha da Líbia.

Sarkozy (esq.), Abdul-Jalil, do CNT, e David Cameron, em Trípoli (Reuters)

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou nesta quinta-feira em Trípoli (leia AQUI e AQUI), capital da Líbia, no comando de uma missão que foi ao país para discutir o futuro político da nação com o governo interino. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que junto com Sarkozy tem impulsionado a ação militar contra o regime do presidente Muammar Kadafi, também fará parte das negociações.

A missão inclui representantes de alto escalão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar que ajudou os rebeldes a enfrentar o regime. A representação desembarcou em Trípoli e se dirigirá para Benghazi, no Leste do país, considerada a capital rebelde. A visita inclui discursos públicos na Praça da Liberdade, em Benghazi.

Pois é, como já havia postado AQUI, muitos interesses estão em jogo no desfecho do conflito interno da Líbia. A Europa, em grave crise financeira, poderá dispor de petróleo em condições favoráveis, o que pode der uma amenizada na popularidade dos líderes da União Européia.

Veja antes e depois da reconstrução no Japão



Os japoneses marcaram no domingo (11) o aniversário de seis meses do terremoto seguido de tsunami que devastou a área nordeste do país em 11 de março.


A tragédia deixou mais de 1,5 mil mortos e 4,5 mil desaparecidos.

Em algumas das áreas atingidas pelo tsunami, particularmente nas regiões mais prósperas, perto da cidade de Sendai, a retirada de milhões de toneladas de detritos está progredindo rapidamente.

No site do IG (veja AQUI) está disponibilizado algumas fotos do antes e do depois da reconstrução que está em andamento nas localidades atingidas pela catástrofe.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Coleta automatizada em Porto Alegre: Será uma ação eleitoreira?



Por Paulo Muzell


O Departamento Municipal de Limpeza Urbana, o DMLU, há muitas décadas é uma autarquia deficitária. Se historicamente se ressentiu de adequada estrutura técnico-administrativa, no governo Fo-Fo (Fogaça-Fortunati) a coisa piorou e muito: o pouco que de bom existia foi desmontado. Um grande número de servidores foi transferido para outros órgãos municipais e a terceirização que já era grande avançou ainda mais. Com indesejada freqüência suas mega licitações de contratação de serviços registram problemas. A primeira grande licitação no início do atual governo foi anulada, o diretor-geral da autarquia foi demitido e indiciado por irregularidades ocorridas. O fato se repetiu novamente na recente licitação da coleta mecanizada.

Houve denúncia encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS) de que as especificações do Edital 04/2010 do DMLU eram tão detalhadas que só poderiam ser atendidas por uma das licitantes, configurando uma concorrência “com fotografia”. O TCE/RS, todavia, não atendeu ao pedido de anulação da concorrência e as licitantes entregaram suas propostas no dia 12 de janeiro deste ano. Dia 15, três dias depois, o Diário Oficial da Prefeitura publicou uma matéria com foto que mostrava, coincidentemente, o container da empresa vencedora vários dias antes de ter sido anunciado e homologado o resultado final.

Em 2010 o DMLU arrecadou 87 milhões com a taxa de lixo e gastou quase o dobro: 161 milhões de reais. A taxa cobriu pouco mais da metade da despesa resultando um déficit de 74 milhões, coberto com receitas da Fazenda Municipal que desviou recursos que deveriam ser aplicados no atendimento das demandas do OP, em obras e serviços essenciais, como a saúde, por exemplo, para cobrir o “buraco” da autarquia. É que a taxa de lixo, cobrada pela Prefeitura junto com o IPTU tem valor e reajustes anuais que nada tem a ver com o efetivo custo do serviço.

Neste contexto, o governo Fo-Fo, no final do ano passado, anunciou a grande novidade: o serviço de coleta de lixo da cidade passaria a ser mecanizado. No final de 2010 o edital foi publicado tendo como objeto a contratação de serviços de coleta de lixo orgânico, por containers -1.200 nesta primeira etapa – numa área central da cidade, de cerca de 400 hectares para atendimento, segundo o edital, de uma população de, no mínimo, 90 mil habitantes.

O novo sistema traz inegáveis vantagens; a principal é que deixaríamos de nos deparar cotidianamente com aqueles enormes caminhões que costumam trafegar pelas ruas da cidade nos horários mais inconvenientes, atravancando o já caótico trânsito, perseguido por peões sem luvas ou botas, carregando e rompendo sacos de lixo na sua contumaz e frenética perseguição ao veículo coletor.

O problema é que o novo sistema é muito caro: o custo da coleta por tonelada é duas vezes o do sistema hoje existente. Acontece que a coleta do lixo – orgânico e seco – representa praticamente dois terços da despesa total do DMLU. Se a mecanização for estendida a toda cidade, o custo do serviço seria acrescido, no mínimo, em cerca de 80 milhões de reais, o que elevaria o déficit da autarquia – hoje já extremamente elevado – para mais que o dobro -, algo em torno dos 150 milhões de reais/ano, montante inviável para ser bancado com recursos fazendários. A solução seria adequar a taxa de lixo ao custo do serviço, algo que só poderá ser feito ao longo de vários anos – cinco ou seis no mínimo – com sucessivos e suportáveis reajustes anuais da tarifa acima da inflação. Aumentos que, certamente, não começarão em 2012, justamente um ano eleitoral. Fica claro que esta nova experiência de coleta mecanizada ficará neste projeto-piloto que atende apenas 7% ou 8% da cidade e restrito à coleta de resíduos orgânicos.

Configura-se neste episódio a conhecida figura da “laranja de amostra” que ocorre com freqüência próximo de episódios eleitorais. O administrador sinaliza para a população um avanço significativo, alardeia e faz propaganda de que encaminha a solução de um importante problema da comunidade, dá o primeiro passo criando apenas ilusões, falsas expectativas de uma solução definitiva que certamente não virá.

Que te viu e quem te vê: Número de pobres nos EUA chega a 46,2 milhões e bate recorde

Pobres em Washington/AFP

As consequências das políticas desastrosas dos EUA nos últimos anos, principalmante durante o governo Bush, levou o país a retroceder no seu desenvolvimento econômico e social. De acordo com os cálculos do economista Joseph Stiglitz (leia AQUI), a invasão do Iraque custou U$S 4 trilhões aos Estados Unidos. Não apenas em função das despesas com a máquina de guerra, mas também com o aumento dos gastos na importação do petróleo.

Resultado: as decisões tomadas pelos falcões “neocons” da Casa Branca estão na gênese da atual crise econômica, que arrastou bancos poderosos, como o Citi, e há poucos meses, colocava no ar uma dúvida aterradora: os Estados Unidos decretariam ou não a moratória de sua dívida? Faltou pouco para que a nação mais rica do mundo desse o calote no resto do mundo – incluindo o Brasil, que é um dos maiores detentores de títulos do Tesouro norte-americano.

Não bastasse a falência econômica, as respostas equivocadas dos Estados Unidos ao atentado terrorista provocaram a decadência moral do país. Na era Bush, os Estados Unidos, antes admirados em boa parte do mundo, passaram a despertar ódio e desprezo. E contribuíram para essa decadência cenas degradantes como as das torturas na prisão de Abu Graib, no Iraque, e em Guantánamo, em Cuba.

Lembro que em 2001, no ataque às torres gêmeas,  Osama bin Laden emiriu comunicado em que dizia que havia atingido seu obletivo em derrotar o império americano pela derrocada de sua economia.

Parece que deu resultado:

Dados divulgados nesta terça-feira (leia AQUI) pelo escritório responsável pelo censo dos Estados Unidos revelam que o número de americanos vivendo na pobreza chegou a 46,2 milhões no ano passado, 
o número mais alto desde que os dados começaram a ser coletados, em 1959.

A taxa de pobreza no país aumentou de 14,3% em 2009 para 15,1% no ano passado, a mais alta desde 1993.

Segundo o censo, quase um em cada seis americanos vive na pobreza – definida como renda anual individual de até US$ 11,13 mil (aproximadamente R$ 18,8 mil) ou renda de até US$ 22,31 mil (cerca de R$ 37,68 mil) para uma família de quatro pessoas.

Os dados refletem a lenta recuperação da economia americana após a crise mundial, em um momento em que aumentam os temores de que o país mergulhe em uma nova recessão.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 9,1%, patamar que vem se mantendo há cerca de dois anos e que, segundo o próprio governo, é elevado e não tem perspectivas de melhora no curto prazo.

Até agosto, 14 milhões de americanos estavam desempregados.

Estes dados, mesmo que sejamos anti-EUA, são preocupantes para todo o mundo. Os mercados mundiais dependem dos dólares americanos. O Brasil, mesmo que tenha melhores condições para enfrentar a crise financeira mundial, vai sofre, também, as consequências.

Mas na realidade, o grande império está com os dias contados. Mas quem vai pagar pela irresponsabilidade das políticas equivocadas do governo americano?

O povo americano, é claro.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sem saída: para onde vai nos levar a crise financeira mundial.

Entre o colapso global (leia AQUI) em meados de 2008 e o início do ano passado, as três regiões mais ricas do mundo (EUA, União Europeia e Japão) perderam 17 milhões de empregos - gráfico a cima.

Hoje, elas ainda mantêm um saldo negativo em torno de 14 milhões de vagas cortadas. O desemprego nos EUA atinge 9% e vai a 20% em países como a Espanha.

Isso é resultado do desaquecimento provocado pelo endividamento de famílias, bancos e governos.

Na sua origem, a irresponsabilidade dos bancos. Eles chegaram a emprestar mais de US$ 30 para apenas US$ 1 que tinham em caixa antes da crise. Quando a inadimplência dos tomadores começou, não tiveram como suportar perdas.

Os bancos foram então socorridos com trilhões em dinheiro estatal. O objetivo era reforçar seus caixas para que voltassem a irrigar o mercado de crédito a fim de socorrer famílias e empresas endividadas.

Isso não aconteceu.

Sim, o que aconteceu foi que os bancos, não passam de uns agiotas. Sempre "contam com o ôvo na cloaca da galinha"... quer dizer, eles emprestam o que não possuem: dinheiro de verdade.

Também não se pode esquecer que os maiores responsáveis pela crise de 2008, os bancos, emprestavam para qualquer mortal que quesesse tomar emprestado... deu no que deu. 

E a história é sempre assim: Os lucros, são para alguns poucos capitalistas... os prejuízos, divididos entre todos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A matemática macabra do 11 de setembro



Amanhã fazem dez anos do ataque às torres gêmeas de mudaram o mundo.

Repasso aqui um artigo que mostra uma matemática macabra sobre este assunto que pode ser lido integralmente AQUI.

O mundo se tornou um lugar mais seguro, dez anos depois dos atentados de 11 de setembro e da “guerra ao terror” promovida pelos Estados Unidos para se vingar do ataque?

A resposta de Washington ao ataque contra o World Trade Center e o Pentágono engendrou duas novas guerras – no Iraque e no Afeganistão – e uma contabilidade macabra.

Para vingar as mais de 2.900 vítimas do ataque, mais de 900 mil pessoas já teriam perdido suas vidas até hoje. Os números são do site Unknow News, que fornece uma estatística detalhada do número de mortos nas guerras nos dois países, distinguindo vítimas civis de militares. A organização Iraq Body Count, que usa uma metodologia diferente, tem uma estatística mais conservadora em relação ao Iraque: 111.937 civis mortos somente no Iraque.

Quer dizer, para cada americano morto no 11 de setembro, de 10 a 100, dependendo da metodologia utilizada, morreram em vingança.

Como se diz, é a lei de Talião ou "olho por olho,dente por dente".

Desse jeito, a humanidade vai acabar cega... e desdentada.  

No mínimo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Percepção sobre a água na paisagem urbana: bacia hidrográfica da Barragem Mãe D'Água - Região Metropolitana de Porto Alegre/RS

Na imagem, lixo acumulado na Barragem Mãe d'Água, localizada (por incrível que pareça) no Campus do Vale da UFRGS. Atualmente existe um projeto de recuperação que vai tentar saneá-la e melhorar a qualidade da água que vai em direção ao Lago Guaíba.

Estou disponibilizando aqui um link que vai levar até a minha Discertação de Mestrado defendida em 2008, no Programa de Pós Graduação em Geografia - PPGG da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Link: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/15720

Título: A Percepção sobre a água na paisagem urbana: bacia hidrográfica da Barragem Mãe D'Água - Região Metropolitana de Porto Alegre/RS


Autor: Rangel, Mario Luiz

Orientador: Verdum, Roberto

Palavra-chave:

Analise ambiental
Geografia física
Mãe D'Água, Barragem (Porto Alegre e Viãmão, RS)
Paisagem urbana
Porto Alegre, Região Metropolitana de (RS)
[en] Landscape awareness
[en] Urbanization
[en] Water
[en] Water resources



Resumo:  O presente trabalho tem como principal objetivo saber qual a percepção que os moradores, trabalhadores locais e usuários e gestores públicos têm da água inserida na paisagem em uma bacia hidrográfica urbana. A área de estudo é a bacia de captação da Barragem Mãe d'Água, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), na divisa dos municípios de Porto Alegre e Viamão - RS.

O estudo também tenta determinar se essas pessoas, através de sua percepção, têm consciência de que a água que chega nas torneiras de suas casas, que é utilizada para seus diversos usos, deriva daquelas águas que passam pelos cursos d'água onde moram. Para atingir esse objetivo, parte-se da hipótese de que o grau de percepção da população relacionado às questões ambientais, a paisagem e a água inserida na paisagem, o ciclo hidrológico, são influenciadas pela cultura, pelas condições sócio-econômicas e pelo grau de instrução destas pessoas.

A pesquisa baseia-se em dados do Índice de Qualidade das Águas (IQA) obtidos em três épocas distintas (1990/91, 2002 e 2007), onde foram feitas coletas para a determinação da qualidade de água em três pontos dessa bacia hidrográfica. É realizado, paralelamente, um estudo sobre o processo de urbanização na área de estudo, através de imagens de Sensoriamento Remoto e levantamento fotográfico dos pontos de amostragem, das habitações e da infra-estrutura oferecida aos moradores, dando-se ênfase às condições ambientais, principalmente dos cursos d'água.

Para o entendimento e a determinação do grau da percepção da paisagem urbana e, principalmente, da água na paisagem pelas pessoas que vivem nesta bacia hidrográfica, é aplicado um questionário elaborado a partir do conceito descrito pelas Ciências Sociais como entrevista semi-estruturada. De posse desse universo de dados e do seu processamento e análise, é testada a hipótese formulada nesse estudo em que, a cultura, as condições sócio-econômicas e o grau de instrução têm influencia na percepção das pessoas, interferindo ou atenuando o olhar crítico quanto aos problemas ambientais, principalmente aos relacionados com a percepção da água na paisagem.

Os resultados deste estudo estão espacializados em mapas temáticos, onde são incluídas as paisagens preferidas e aquelas que desagradam. Também são propostas intervenções, a partir da percepção dos entrevistados, que tenham o objetivo qualificar o espaço urbano, a paisagem, principalmente naquelas em que a água está presente.

Sete de setembro também foi dia de protesto.


Internautas organizaram uma marcha contra a corrupção ontem 7 de setembro, quando foi comemorada a independência do País.Segundo matéria publicada no jornal Correio Braziliense, o protesto mobilizou 6 mil pessoas. O movimento ganhou mais adeptos depois da absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF).

 A Câmara dos Deputados arquivou o processo de cassação do mandato de Jaqueline Roriz, acusada de quebra de decoro após aparecer em uma gravação de vídeo recebendo dinheiro do operador do esquema de propina no governo do DEM do Distrito Federal, Durval Barbosa, quando era candidata a deputada distrital.

Penso que a população deve ir às ruas e protestar contra os desmando que ocorrem no Brasil. Para que sejamos um GRANDE PAÍS, não basta termos erradicado a pobreza, melhorado a educação, saúde e a segurança dos brasileiros, e também de melhorar a distribuição de renda.

Para que sejamos grandes, a corrupção, um mal endêmico, tem de ser combatido e seus autores punidos.

BC abre mão de R$ 18,6 bi para que bancos do Proer paguem suas dívidas


PARA LEMBRAR

Governo FHC salvou bancos

Em novembro de 1995, o governo FHC criou o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) para salvar os bancos de um colapso. Com a estabilização da moeda, muitas instituições que dependiam de ganhos inflacionários tiveram dificuldades em manter suas operações.

Para impedir a contaminação de todo o sistema financeiro, o BC interveio, injetando recursos públicos. Muitos bancos faliram e estão em liquidação extrajudicial. Na época, sete instituições tiveram acesso às linhas de financiamento do programa: Nacional, Econômico, Bamerindus, Mercantil, Banorte, Pontual e Crefisul. Apenas os bancos Pontual e Crefisul não estão mais na lista do BC. O uso de dinheiro público para salvar bancos foi alvo de CPI, mas o governo foi inocentado.

Pois é, agora, o Banco Central (leia AQUI) vai abrir mão de R$ 18,6 bilhões para que quatro bancos que quebraram nos anos 90 quitem suas dívidas. Essas instituições estão inscritas no Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer).

Em dezembro do ano passado, a dívida de Banorte, Econômico, Mercantil de Pernambuco e Nacional, que estão em liquidação, somava R$ 61,705 bilhões. Com os descontos proporcionados pelo Refis da Crise, eles podem quitar os débitos por R$ 43,048 bilhões.

Mesmo com o desconto, a guerra nos bastidores persiste. Os cálculos feitos pelos bancos divergem dos números do BC, que, por sua vez, não está disposto a negociar valores. Pela interpretação dos bancos falidos, a Lei do Refis garante um abatimento de R$ 25,186 bilhões, ou seja, o endividamento seria reduzido para R$ 36,518 bilhões.

Em entrevista ao Estado, o procurador-geral do BC, Isaac Sidney, afirmou que as contas feitas pelo governo impedem uma perda de R$ 6,529 bilhões para os cofres públicos. Segundo ele, "o BC não está fazendo um acordo com os bancos liquidados, mas apenas aplicando a lei que determinou a concessão de desconto aos devedores e a aceitação de títulos públicos federais como forma de pagamento".

Vocês imaginam o que daria para fazer com estes 18 bilhões?

É O CAPITALISMO...

Dilma e a independência: a construção de um grande País



A Presidenta em seu primeiro desfile de 7 de setembro ao lado da filha e do neto. Mas o que mais marcou foi seu pronunciamento em rede nacional na noite anterior.

Segura em sua fala, Dilma mostrou claramente sua vontade e empenho em levar o Brasil a superar seus problemas, principalmente de tirar 16 milhões de brasileiros da miséria. Também de enfrentar de frente a crise financeira mundial que já tem os reflexos sentido no Brasil.

Para o bem de todos e felicidade geral da nação... espero que ela consiga.

A NESTLÉ é gaúcha desde pequenininha...

Ontem, feriado de dia sete de setembro, data máxima do Brasil, fui encontrar uns amigos que me convidaram para um churrasco em um piquete no Acampamento Farroupulha. Não tenho afinidade com o evento, mas, vá lá...

Não tinha como não observar com olhar crítico o acampamento que hoje se transformou em uma "dyisneilândia gaudéria". 

Bom, olhando pelo lado ambiental foi chocante, pude ver de tudo, árvores pregadas para sustentar estruturas, ou sufocadas por piquetes, grama pisoteada, brita espalhada sobre canteiros, etc. Em fim, um desrespeito total ao patrimônio do parque.

Mas o que me chamou a atenção é a questão de identidade com o evento. Pois como tenho sempre dito, o espírito Faroupilha, já se foi a muito tempo. Mas me chamou mais ainda a atenção (foto a cima) é que o poder econômico está se sobrepondo à tradição. É muito difícil de se conseguir um espaço. Mas a Nestlé, por exemplo, tem um "piquete" de dois andares em um local nobre.

Então pergunto:

O que tem a NESTLÉ, uma empresa multinacional de orígem holandesa, haver com o movimento tradicionalista gaúcho?

A resposta é óbvia: NADA!!!

Bom, o que a NESTLÉ quer mesmo é fazer média e vender a sua marca.

É o captalismo capitalizando a tradição e territorialidade, oportunisticamente... só isso. 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma breve reflexão sobre o que está (ou estaria) por trás da derrubada de Kadaffi.


O que a mídia jamais vai mostrar sobre a Líbia.

I – KADDAFI. SEJA O BIZARRO QUE FOR, A ONU CONSTATOU EM 2007:

1 - Maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é maior que o do Brasil);

2 - Ensino gratuito até a Universidade;

3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, tudo pago;

4 - Ao casar, o casal recebe até US$50.000 para adquirir seus bens;

5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc.;

6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;

7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.

E assim vai...

II - POR QUE DETONAR A LÍBIA, ENTÃO?...

Três (3) principais motivos:

1 - Tomar seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;

2 - Fazer com que todo o Mar Mediterrâneo fique sob controle da OTAN.

Só falta agora a Síria;

3 - E o maior, provavelmente: O Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro. Suas reservas são toneladas de ouro, dando respaldo ao valor da moeda, o dinar, e desatrelando-o das flutuações do dólar. O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.

III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:

1 - A OTAN, comandada pelos EUA, já bombardeou as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e a infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão seriamente danificados;

2 - As bombas usadas contêm DU (Urânio depletado); tempo de vida 3 bilhões de ano (causa câncer e deformações genéticas);

3 - Metade das crianças líbias está traumatizada psicologicamente por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;

4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo, as crianças são as mais atingidas;

6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia estão deixando o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;

7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver ( Água, comida e remédios) de uma população de 6,5 milhões de pessoas.

Em suma: O bombardeio "humanitário" acabou com a nação Líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.

SIMPLES ASSIM

OAB entra no Supremo contra doação de empresas em eleições: a corrupção na mira.


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou nesta segunda-feira (05/09) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para proibir empresas privadas de doarem dinheiro a políticos em campanhas eleitorais (leia AQUI).

A entidade pede que uma liminar suspenda de imediato as leis que liberam financiamento privado. Mas, ao mesmo tempo, propõe que a regra atual valha por dois anos, tempo em que o Congresso votaria nova legislação. Ou seja, na eleição para prefeito no ano que vem, ainda haveria doação empresarial. Em 2014, para presidente e governador, não.

Para a OAB, doações particulares produzem interferência do poder econômico nas eleições e abrem espaço para a corrupção.

“A excessiva infiltração do poder econômico nas eleições gera graves distorções”, diz a ação, ao citar duas implicações. Primeira: “desigualdade política”, pois “aumenta exponencialmente a influência dos mais ricos sobre o resultado dos pleitos eleitorais, e, consequentemente, sobre a atuação do próprio Estado.”

Concordo plenamente com a medida da OAB, mas acho que só esqueceram de combinar com os russos*.

Sim, pois os parlamentares, o mesmos que vão legislarr sobre uma nova lei eleitoral, são os mesmo que se locupletam com as doações e, depois, têm de favorecer seus doadores. Estes parlamentares estão sentados a anos sobre a reforma eleitoral e não desatam.

Tomara que esta medida da OAB dê um empurrão nessa gente... tomara.

* Diz a lenda (porque ninguém prova a veracidade) que certa feita um treinador da seleção brasileira combinou a melhor forma de derrotar os adversários. Bastaria Garrincha driblar um, dois, três, quantos fossem necessários, e fazer o gol. Ao que o cândido personagem respondeu: mas já combinamos com os russos?

BOLSAS DESPENCAM NO MUNDO: O DINHEIRO NÃO OBEDECE E NÃO HÁ NINGUÉM PARA DOMÁ-LO


O euro esfarela desde o início da crise, mas nesta 2ª feira ensaiou estrebuchar.

(Editorial da Carta Maior AQUI).

A União Européia praticamente não faz mais jus ao nome. O laço monetário que a sustentava deixou de ser um trunfo para se consolidar em algoz. A Grécia, submetida à terapia ortodoxa para manter a moeda única, naufraga numa recessão que deixará de pé apenas as ruínas antigas, no dizer dos oposicionistas. O PIB deve cair 5,5% este ano. Credores exigem juros de 50% para rolar a dívida grega por mais dois anos. Foi no que deu o pacote de arrocho imposto pela Alemanha e o BCE para devolver a confiança aos credores. A Grécia está paralisada pela crise política: governo, credores e sociedade não se entendem.

A exemplo de Atenas, a Itália patina nas mãos de mercados que desconfiam da solvência de um país que deve 120% do PIB, é incapaz de arrecadar mais impostos da plutocracia, depende apenas de arrocho sobre os assalariados, tem Berlusconi no comando e está às voltas com uma greve geral que paralisou os transportes nesta 3ºfeira.

Impasses semelhantes vivem a Espanha e Portugal. A crise aponta urgências inadiáveis.

A salvação da UE passa pela socialização do resgate fiscal de Estados periféricos, que o dinheiro sozinho não fará. É preciso comandá-lo para:

a) arrecadar mais dos ricos e corporações e desafogar Estados capturados pelo rentismo;

b) lançar euro-bonus que diluam as fragilidades periféricas na força das economias centrais, Alemanha e França, sobretudo.

Ângela Merkel, a dama-de-ferro resiste em permitir que a UE seja mais que um cliente cativo das exportações germânicas. Mas nem o aço ortodoxo de que é feita resiste à maré vazante. Derrotada em sua própria base nas eleições regionais de domingo último, Merkel deixou de ser referência de futuro para se transformar em fator de incerteza no presente.

Bolsas do mundo mergulham no vermelho nesta 3ª feira. E ainda há na mídia demotucana quem, de posse plena de suas faculdades mentais, critique o corte na taxa de juro brasileira.

Crescem temores de uma nova recessão global: o deus mercado não atende os apelos de ninguém


Nesta segunda-feira, dia 5/09, as bolsas de valores do mundo acordaram em forte queda. O mini-crash das bolsas europeias é sintoma das perspectivas sombrias para a economia mundial.

O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann (leia AQUI), disse numa entrevista à Der Spiegel que a atual volatilidade dos mercados “lembra os dias que precederam o colapso do banco Lehman Brothers”. O mini-crash das bolsas de valores europeias desta segunda-feira veio ilustrar a dita “volatilidade”: a bolsa de Frankfurt perdeu 5,28%, a de Londres 3,58%, a de Lisboa 2,82%. Os bancos foram particularmente castigados nas bolsas: as ações do Royal Bank of Scotland Group caítam 12%, as do Deutsche Bank perderam 8,9%, mesmo índice da queda das acções do Société Générale. O Barclays caiu 6,7% e o HSBC Holdings 3,8%.

As declarações durante o fim-de-semana de autoridades financeiras em nada contribuíram para desanuviar o horizonte de agravamento da crise.

No sábado, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciava que o mundo entrou numa “nova zona de perigo”. No domingo, foi a vez de a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertar para o risco de uma recessão global "iminente".

Sexta-feira, ficou-se sabendo que a criação de novos empregos nos Estados Unidos em agosto foi zero.

A situação não é nada animadora... o dinhero não segue a lógica dos mercados. Não adianta o Banco Central Europeu divulgar medidas para resolver a quase insolvência dos países peiféricos da União Européia se o próprio mercado não acredita nestas medidas. Os capitalistas querem é resguardar seus ganhoa e, com isso, vão para outros mercados, menos arriscados.

Este ambiente pré-recessivo, é fruto de políticas neoliberais que pregavam o estado mínimo através da redução de impostos. Esqueceram e os Estados não são empresas em busca de lucratividade. As nações têm de "cuidar" das suas populações e, para isso, orecisam de recursos que vêm via impostos.

O neoliberalismo que dizimou as economias, agora, que socializar os prejuízos. Isso tudo depois de engordar seus lucros, via o não pagamento de impostos.

Bem assim... Estamos diante de uma grave crise mundial que vai causar muitos estragos.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Para os leitores deste Blog, as revoltas populares pode mudar a vidas dos povos.

80% dos leitores deste blog, que responderam a pesquisa sobre o que pode acontecer com os movimentos populares pelo mundo, disseram que eles podem mudar a vida das pessoas.

A partir deta contatação, penso como eles também, pois no neu entender, não basta apenas retirar os governantes inescrupulosos e anti-demoráticos do poder. Estes povos devem saber para quem vai este poder. Pois correm o risco de entregá-lo para quem, também, não tem compromissos com o povo e com a democrecia.

Então vemos o caso do Iraque, foi deposto, condenado e executado o ditator Saddam Hussein e o povo iraquiano ficou nas mão dos invasores ocidentais. Parece que quase nada mudou.

Continua a violência, a intolerância e a má qualidade de vida do povo.

Tomara que isso não se repita em outros países.

Regular a mídia é resguardar a democracia: os donos acham que não.


Quem é que já não se deu conta que a mídia defende seus interesses?

Quem é que tem a mídia em suas mãos?

Quem é que não se deu conta ainda que a mídia é o quarto poder?

Pois é isso mesmo, os meios de comunicação de massa (a mídia) ou o que o Paulo Henrique Amorim chama de PIG (Partido da Imprensa Golpista) é um veículo poderoso de divulgar e de influir no pensamento das pessoas e, a partir disso, manipulam e impõem suas idéias através de um monopólio que está longe de ser democrático.

É só ver o caso da Revista Veja, que semana após semana, descarrega acusações sem provas e, muitas vêzes, destrói reputações de uma vida inteira.

Fique claro aqui que não sou contra a imprensa denunciar as mazelas dos governos. Sim, a mídia pode e deve ajudar para que os desmandos sejam coibidos e que, os culpados, paguem por estes desmandos. Mas não se pode fazer isso sem se ter provas. Não se pode acusar em letras garrafais e, depois de se investigar, ver que a informação não procede, se fazer um desmentido, simplesmente numa notinha de rodapé, bem escondidinha. Ou o Jornal Nacional, outro exemplo, mostrar em rede nacional uma matéria tendenciosa e editorialista, distorcendo dados, escutando somente um lado. Sem ouvir todas as pessoas envolvidas.

Também não pode, uma rede ter propriedade sobre todos os meios de comunicação de um determinado lugar ou região, sob pena de vivenciarmos uma espécie de pensamento único, o do dono.

Neste sentido, o Partido dos Trabalhadores, lançou as bases para se levar a diante a regulação da mídia no Brasil. Esta regulação, ao contrário dos conservadores e da oposição demotucana, não é censura. É sim trazer à responsabilidade quem veicula notícias, para que não se cometam injustiças e até crimes contra as pessoas. Não é somente o PT que está levando a diante esta regulação, o governo também está empenhado neste sentido.

Documento petista (leia AQUI e
A “democratização da comunicação” é o conceito geral usado no documento petista em defesa de uma série de propostas. A carta cobra, por exemplo, que o Congresso e o marco regulatório possam “impedir a existência de oligopólios” nos meios de comunicação. Na prática, isso significa criar condições para que novas empresas entrem e sobrevivam no setor.

O veto a oligopólios nos meios de comunicação está previsto no artigo 220 da Constituição. Mas nunca foi regulamentado - não há uma lei que defina oligopólio nem o que deve ser feito, caso algum seja identificado.

O PT acha que deve se vetar a propriedade cruzada dos meios de comunicação, ou seja, impedir que um mesmo grupo tenha mais um de tipo de mídia (jornal, rádio, TV). Essa proibição existe em outros países, como os Estados Unidos.

Os petistas também cobram a regulamentação do artigo 221 da Constituição, que lista os princípios que a programação de rádio e TV deve seguir. O dispositivo impõe cotas de regionalização da produção cultural, artística e jornalística, mas a definição do tamanho das cotas também depende de lei.

Recentemente, o governo teve uma espécie de experiência piloto sobre a dificuldades de debater cotas de programação. Isso aconteceu na votação, pelo Congresso, de projeto que muda a regulamentação do mercado de TV por assinatura e, entre outras coisas, abriu o setor à participação de operadoras de telefonia.

O projeto estebelece cotas de conteúdo regional e nacional para os canais. As empresas brasileiras que operam TV a cabo fizeram lobby contra o projeto no Congresso e agora pressionam o governo para que vete o dispositivo.

O documento defende ainda mais investimento em duas empresas públicas da área de comunicação, a Empresa Brasil e Comunicação (EBC) e a Telebrás, a criação de conselhos de comunicação social em todos os estados (só existe um em nível federal) e a realização da segunda Conferência Nacional de Comunicação.

A primeira aconteceu em dezembro de 2009 e deu início do projeto de novo marco regulatório da mídia que hoje está em debate no governo.

PSDB: censura

Em documento oficial divulgado nesta segunda-feira (05/09), o PSDB, por meio do Instituto Teotônio Vilela (ITV), responsável pela formulação de críticas ao governo de rumos para os tucanos, criticou as teses petistas. "O PT tem horror à crítica flerta com a censura".

Para os tucanos, o Congresso do PT mostrou disposição para "o enfretamento aos meios de comunicação".