terça-feira, 6 de setembro de 2011

Crescem temores de uma nova recessão global: o deus mercado não atende os apelos de ninguém


Nesta segunda-feira, dia 5/09, as bolsas de valores do mundo acordaram em forte queda. O mini-crash das bolsas europeias é sintoma das perspectivas sombrias para a economia mundial.

O presidente do Deutsche Bank, Josef Ackermann (leia AQUI), disse numa entrevista à Der Spiegel que a atual volatilidade dos mercados “lembra os dias que precederam o colapso do banco Lehman Brothers”. O mini-crash das bolsas de valores europeias desta segunda-feira veio ilustrar a dita “volatilidade”: a bolsa de Frankfurt perdeu 5,28%, a de Londres 3,58%, a de Lisboa 2,82%. Os bancos foram particularmente castigados nas bolsas: as ações do Royal Bank of Scotland Group caítam 12%, as do Deutsche Bank perderam 8,9%, mesmo índice da queda das acções do Société Générale. O Barclays caiu 6,7% e o HSBC Holdings 3,8%.

As declarações durante o fim-de-semana de autoridades financeiras em nada contribuíram para desanuviar o horizonte de agravamento da crise.

No sábado, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciava que o mundo entrou numa “nova zona de perigo”. No domingo, foi a vez de a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertar para o risco de uma recessão global "iminente".

Sexta-feira, ficou-se sabendo que a criação de novos empregos nos Estados Unidos em agosto foi zero.

A situação não é nada animadora... o dinhero não segue a lógica dos mercados. Não adianta o Banco Central Europeu divulgar medidas para resolver a quase insolvência dos países peiféricos da União Européia se o próprio mercado não acredita nestas medidas. Os capitalistas querem é resguardar seus ganhoa e, com isso, vão para outros mercados, menos arriscados.

Este ambiente pré-recessivo, é fruto de políticas neoliberais que pregavam o estado mínimo através da redução de impostos. Esqueceram e os Estados não são empresas em busca de lucratividade. As nações têm de "cuidar" das suas populações e, para isso, orecisam de recursos que vêm via impostos.

O neoliberalismo que dizimou as economias, agora, que socializar os prejuízos. Isso tudo depois de engordar seus lucros, via o não pagamento de impostos.

Bem assim... Estamos diante de uma grave crise mundial que vai causar muitos estragos.


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