terça-feira, 25 de novembro de 2008

A sanha especulativa do capitalismo globalizado:


Nestes tempos de crise (durante minha vida, já passei por várias) e seus desdobramentos, invariavelmente, quem se dá mal, não são os ricos, é claro.

Seus recursos financeiros, adquiridos com "arduo" trabalho de especular, está bem guardado.

Quem vai pagar mesmo, somos nós, pobres mortais que não temos nada com o que está acontecendo. Não especulamos. Não temos capital. Em fim, trabalhamos simplesmente e, com o que ganhamos, somente vivemos. Uns bem outros não tão bem. Muitos outros mal.

Nos desdobramentos da crise finançeira do capitalismo globalizado, o desemprego é a ameaça mais cruel do sistema. De uma hora para outra, pessoas com uma vida estável, são alijadas do trabalho que as sustentam. Muita pessoas perdem tudo, até mesmo a vida. Miséria. Fome.

É uma situação socialmente cruel e injusta.

Segundo matéria da BBCBrasil, a atual recessão econômica será "sem dúvida a mais grave desde o início dos anos 80 e provocará forte aumento do desemprego", afirma a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (www.oecd.org/) em seu relatório Perspectivas Econômicas, divulgado nesta terça-feira.

A OCDE estima que o número de desempregados nos países que integram a organização poderá aumentar em 8 milhões nos próximos dois anos apenas. O desemprego poderia subir dos atuais 34 milhões para 42 milhões até 2010.

Mas não serão somente os países ricos e desenvolvidos que vão sofrer cortes de empregos. Em relação ao Brasil, a organização prevê que o crescimento econômico vai permanecer forte, "mas irá perder um pouco do fôlego". "Indicadores recentes, como as vendas, a utilização da capacidade industrial e a produção permitem prever, no entanto, uma desaceleração nos próximos meses."

"A atividade no Brasil irá sem dúvida perder o fôlego no primeiro semestre de 2009, em razão das restrições ao crédito, mas deverá retomar o vigor no final do próximo ano e depois em 2010", prevê a OCDE.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ponto sem volta para a Amazônia é de 50%, diz estudo


O limite máximo de desmatamento que a Amazônia pode suportar antes de se transformar irreversivelmente numa savana é 50%, segundo um estudo divulgado hoje em Manaus pelo pesquisador Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o chamado "ponto sem retorno", ou tipping point, em inglês, a partir do qual a floresta perde a capacidade de se regenerar. Hoje, cerca de 20% do bioma já foi desmatado em toda a América do Sul. Se os atuais 20% de área desmatada chegarem a 50%, a situação se tornará irreversível.


Leia a notícia na íntegra aqui.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os monopólios do dinheiro e da palavra


Por Emir Sader

A ditadura militar terminou, porém o Brasil continuou a ser o país mais desigual da América Latina – o continente mais desigual do mundo. Continuamos a ser assim uma ditadura social, em que as mesmas elites se apropriam, de geração a geração, do substancial da riqueza material e simbólica, ao mesmo tempo que ocupam os postos de poder político e ideológico.

A transição da ditadura à democracia foi política, de substituição de um sistema por outro, mas nenhuma reforma substancial promoveu a democratização econômica, social e cultural do país. Ao contrário, desde então o poder do sistema bancário e financeiro só aumentou, da mesma forma que o poder sobre a terra, o mesmo ocorrendo com o monopólio privado da mídia. (Recordemos que o Ministro das Comunicações do primeiro presidente civil foi ACM que consolidou a repartição do sistema de comunicações). Leia mais aqui.

Quem não sabia? Negros ganham menos que "não-negros"


Segundo matéria da Folha, o rendimento médio da população negra na região metropolitana de São Paulo ficou em R$ 4,36 por hora no ano passado, pouco mais da metade dos rendimentos recebidos pelos não-negros (R$ 7,98). Além disso, segundo levantamento da Fundação Seade divulgado nesta terça-feira, a taxa de desemprego para os negros estava em 17,6% em 2007 e o índice dos não-negros era de 13,3%.


A desigualdade de salários não foi apenas observada entre as raças, mas também entre os sexos. Em 2007, os homens negros recebiam R$ 4,84 por hora enquanto os do outro grupo R$ 8,66. No caso das mulheres, o salário da negra era, em média, de R$ 3,86 enquanto os das não-negras era de R$ 6,88.

A pesquisa do Seade verificou que até em grupos mais homogêneos, como ocupados nos Serviços Domésticos, na Construção Civil ou que realizam tarefas de execução sem qualificação, os negros ainda ganham menos do que os não-negros.

O estudo apontou que a população negra na PEA (População Economicamente Ativa) representava um terço do total, porém a taxa de desemprego nesse grupo atingia 42,9% no ano passado.

"Em grande parte, esse descompasso reflete o acúmulo de carências ao longo de várias gerações, cujos efeitos levam ao comprometimento de uma formação adequada que prepare o indivíduo para o mercado de trabalho", afirma o Seade em comunicado.


Especulação imobiliária, lavagem de dinheiro e as desigualdades sociais.

Esta foto feita por mim , mostra um prédio ocupado pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia - MNLM, no Centro do Rio. Na bandeira a rinvidicação pela reforma urbana.

Estava no Rio de Janeiro, mas atento na votação da Câmara de Porto Alegre, sobre o famigerado projeto especlativo do Pontal do Estaleiro. E, através a Internet, vi o trágico desfecho: sua aprovação.


Estava na cara, com os empreendedores fazendo pre$$ão sobre os vereadore$, já estava garantido a sua aprovação.


Aí me deparo com uma matéria no RS Urgente, onde o "Um estudo do economista Mauro Salvo, especialista na prevenção de crimes financeiros aponta a existência de indícios de lavagem de dinheiro no mercado imobiliário de Porto Alegre".


É mais do evidente, imóveis de luxo sendo "consumidos" com tanta voracidade, não se destinam somente à moradia.
É só abrir a ZH e vemos um avanço desproporcional deste tipo de imóvel em Porto Alegre. Mas por outro lado, há falta de investimentos em habitação popular, a verdadeira necessidade para sanar o problema de moradia de milhares de pessoas.


Aí não vemos nada, somente os investimentos pontuais da Prefeitura do Foga$$a que, por incrível que possa parecer, foram decididos a mais de quatro anos, pelo Orçamento Participativo, do Governo do Partido dos Trabalhadores.


Novos investimentos na área popular, atualmente, nada...


Na realidade, o que realmente falta mesmo, é uma reforma urbana profunda que permita uma melhor qualidade de vida a uma população historicamente excluída de morar em unidades minimamente decentes.


Assim, como está, somente veremos mais desigualdades sociais.

Emissão de gases cresce 2,3% em países industrializados

da BBC Brasil

Novos dados divulgados pela Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira apontam que a emissão de gases causadores do efeito estufa cresceu em média 2,3% entre 2000 e 2006 nos 40 países mais industrializados do mundo.

Os maiores aumentos foram registrados nos países do antigo bloco soviético e no Canadá, cujas emissões cresceram 21,3% desde 1990, quando deveriam ter caído 6%.

A ONU alertou para as graves conseqüências para o clima global caso as nações industrializadas não se esforcem mais para controlar as emissões destes gases.

Mesmo entre os países industrializados que assinaram os Protocolos de Kyoto, em 1997, as emissões de gases cresceram a partir de 2000.

Apesar do aumento, os dados mostram que em 2006 as emissões caíram 0,1%, mas o número foi considerado "estatisticamente insignificante" pela ONU.

Segundo Yvo de Boer, secretário-executivo da UNFCCC (Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), o maior aumento nas emissões nos seis primeiros anos desta década se deu entre os ex-países socialistas do Leste e da Europa Central, "que tiveram um aumento de 7,4% nas emissões de gases entre 2000 e 2006".

Conferência

"Estes dados claramente ressaltam a urgência de que sejam feitos progressos nas negociações de Poznan e que seja desenvolvido um novo acordo para responder aos desafios das mudanças climáticas", disse De Boer.

O secretário-executivo da UNFCCC se referia à conferência sobre as mudanças climáticas que acontece na cidade polonesa de Poznan entre os dias 1 º e 12 de dezembro e que servirá de preparação para outra conferência sobre o clima marcada para o ano que vem em Copenhague, Dinamarca.

A conferência de Poznan, que acontece em pouco mais de duas semanas, marca a metade das negociações de um tratado de diminuição nas emissões de gases que substitua os Protocolos de Kyoto, que vencem em 2012.

No encontro, os países signatários vão avaliar os progressos que fizeram até o momento e discutir o que precisa ser feito para que se chegue a um novo acordo sobre o clima em 2009.


Extraído da Folha

Yeda e o RS: Um governo de papel



Não acredito no que leio e vejo na mídia lacaia gaudéria. É lamentável a conivência (interesseira) sobre a falácia do propalado "déficit zero".

Assim, com tanta "força" é muito fácil fazer evento para divulgar esta façanha de mentira.

NÃO EXISTE DÉFICIT ZERO.

O que existe é a não aplicação dos repasses constitucionais para a saúde, educação, segurança, precatórios, ICMS aos municípios e fornecedores. Quer dizer, o que o desGoverno Yeda trata como déficit zero, não passa de um calote na sociedade Riograndense.

Vemos os funcionários da Educação e da Segurança do Estado em greve, exigindo melhores salários e condições de trabalho e a desGovernadora fazendo showzinho, anunciando este grande feito (?) e mais o pagamento sem parcelamento do 13° salário (uma obrigação).

É muita cara de pau!

Fica no ar uma outra questão:

E o empréstimo junto ao Banco Mundial, onde foi parar?

Não serviu para maquiar estes números?

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Rio de Janeiro: Lá é Brasil de "verdade"...


Meu olhar sobre a cidade do Rio e do seu povo, me remete a pensar que lá está o Brasil. Diferente de nós, aqui no Rio Grande do Sul, o povo dessa cidade global, expressa a sua brasilidade, seja no "jeitinho" de driblar os problemas de moradia, transporte, segurança, etc. e de encarar a vida, sempre alegre e divertido, como se os problemas não existissem.

Fiquei hospedado em um hotel na Lapa, centro do Rio, por ser próximo onde aconteceu o evento que participei. Isto me proporcionou conhecer ( já fui ao Rio umas três vezes) uma cidade diferente, onde a vida começa depois da cinco da tarde, com o chopinho num dos incontáveis botecos, a conversa com os amigos e terminando em uma das casas noturnas com música ao vivo, samba e MPB, é óbvio.

Diferente daqui, do RS, as bandeiras que lá se vê, são as do Brasil. Não existe essa coisa de "somos melhores", levamos o "resto" do País nas costas, somos "politizados" e assim por diante. Em fim, como diz aquela música do Gilberto Gil:

"O Rio de Janeiro continua lindo".

X Encontro Brasileiro de Comitês de Bacias Hidrográficas - Rio de Janeiro/RJ


Não sei se alguém chegou a sentir minha ausência, mas eu estava fora, na Cidade Maravilhosa, participando de um evento muito importante para a gestão dos recursos hídricos no Brasil. O X Encontro Brasileiro de Comitês de Bacias Hidrográficas, que aconteceu no Rio de Janeiro de 19 à 14 de novembro último, reuniu mais de 1.200 representantes de comitês de bacias hidrográficas de norte a sul do País.

Este evento teve como objetivo a integração e troca de experiências na gestão deste recurso natural e bem público do povo brasileiro, tão importante para a vida e o desenvolvimento social e econômico da sociedade brasileira.

Pude constatar que, mesmo com as inúmeras dificuldades encontradas na consolidação do Sistema Nacional de Recursos Hídrcos - SNRH, avanços significativos já foram alcançados, graças ao empenho e a dedicação de milhares de cidadãos, da sociedade civil organizada, dos órgãos públicos e dos mais diversos usuários da água, que vêem no bem comum, a fórmula para preservar os nossos mananciais.

Mas mesmo assim, não se pode achar que é tudo um mar de rosas pois, em conseqüência do modelo capitalista de desenvolvimento, o meio ambiente sofre com a poluição, com a apropriação desmedida dos recursos naturais, que grera, invariavelmente, graves problemas sociais e ambientais, principalmente sobre os corpos d'água que, via de regra, são os depositários de um cem número de dejetos das nossas casas (esgotos), das nossas indústrias (efluentes) e da agricultura (pesticidas e adubos).

Mas tenho fé em que o homem ainda vai acordar para o imenso mal que está fazendo a si e a toda natureza.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eleições americanas

Obama eleito!


E agora?

O Mundo não será mais o mesmo?
Ou tudo continua igual?

São questionamentos que nos vêm a mente neste momento. A palavra "mudança", nunca foi tão usada nos EUA e no Mundo. A crise financeira (do capitalismo globalizado) e a crise ambiental (do uso indiscriminado dos recursos naturais) devem ser temas obrigatórios a serem tratados pelo novo presidente norte americano.
Mas não nos iludamos, Obama é somente "O" presidente, por trás dele, muitos interesses ocultos (e explícios) estão em jogo no tabuleiro geopolítico internacional.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

A natureza é inexorável


Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira, 30, na revista NatureGeoscience demonstra, pela primeira vez, que a ação humana é responsável pelo significativo aumento da temperatura nos pólos nas últimas décadas. O aquecimento no Ártico e na Península Antártica (região mais ocidental do continente) já havia sido comprovado antes, mas as mudanças não foram atribuídas diretamente à influência do homem, que permanecia como uma das hipóteses possíveis, mas sem comprovação.

Ver a matéria completa aqui.