sexta-feira, 30 de março de 2007

E o calor, heim?


Como hoje é sexta-feira, cinco da tarde, está na hora de pensarmos o que fazer nessa noite quente de outono, sim, outono. Quem sabe uma saídinha básica para umas cervejinhas ao ar livre ou um cineminha (ar condicionado). É hora de nos divertirmos um pouco. E por falar em calor no outono, que será daqui prá frente? Vamos ter inverno?

Segundo as pesquisas científicas, nos últimos 150 anos a temperatura tem aumentado constantemente, mesmo que tenham havido épocas mais fias. Muito se fala e se discute a respeito. Muitos cientistas atribuem o aumento a temperatura terrestre ao aumento da queima de combustíveis fósseis, que joga o CO2 para a atmosfera, que é um dos gases responsáveis pela intensificação do efeito estufa.

Outros, dizem que não existe nenhuma relação do aquecimento global com a crescente produção de CO2. Esses, geralmente, acreditam que isso tudo é normal, e que podemos continuar assim, queimado petróleo. Claro, são pessoas ligadas aos grandes grupos industriais, principalmente do setor automobilístico e petroleiro.

Mas o quê realmente está acontecendo? Até onde pode chegar o aumento da temperatura?

Geologicamente, sabe-se que o clima terrestre tem mudanças cíclicas, mas que, essas mudanças são lentas, medidas em milhares de anos. Portanto, são imperceptíveis ao homem, dado a sua existência se limitar a algumas dezenas de anos (no máximo cem anos). A Terra já passou por períodos quentes e por eras glaciais, mas atualmente, com certeza, esse lento processo está sofrendo a interferência do homem, pois é nítido que a cada anos o calor aumenta. Somente no verão de 2006, na Europa, mais de 20.000 pessoas morreram em virtude do calor.

O quê vamos fazer? O nível dos oceanos vai engolir as cidades litorâneas? A raça humana vai sucumbir? Ninguém sabe as conseqüências disso.

Se você tem interesse no assunto, a Internet está repleta de artigos e sites sérios a respeito, é só procurar e dar uma olhada. Tem um que achei bem didático e claro, sem ideologias, bem técnico: http://www.seed.slb.com/pt/scictr/watch/climate_change/change.htm

Quem e o quê está por traz do planejamento familiar?



Em uma breve investigação na internet, no site oficial do Governo Gaúcho – http://www.rs.gov.br/ – para ver o quê e quem está por traz da “castração” de pobres pude contatar que, o tal programa de planejamento familiar, está, principalmente fundamentado e impulsionado, pela idéias de um fabricante de salsichas, presidente de uma ONG chamada Brasil Sem Grades - http://www.brasilsemgrades.org.br/ – Luiz Oderich. Esse senhor teve o infortúnio de perder o filho em um assalto e, desde lá, revoltado com a morte do herdeiro, se atirou de corpo e alma em uma cruzada conta a violência, tendo como lema a “paternidade responsável”, até aí, tudo bem mas, percorrendo o site, nota-se um viés elitista, onde supõe que o filho do pobre, onde geralmente o pai seria mais ausente, é o responsável pela violência reinante.






O tom do discurso de Luiz Oderich, pode rer comprovado em uma palestra proferida durante o 2º Fórum de Planejamento Familiar organizado pela ONG Brasil sem Grades, que é o seguinte: “A desorganização das famílias é uma questão que precisa ser melhor trabalhada porque é terreno fértil para possíveis jovens delinqüentes. Vamos pressionar o poder público, hospitais e serviços para que façam a sua parte. Fazer passeata pela paz já não adianta” - argumenta.
Vamos decifrar as suas palavras. Temos de mandar castrar essa gente.






No site oficial do Governo Yeda, está um trecho do discurso da Governadora durante o lançamento do programa, que reproduzo: "A falta de planejamento familiar recai com mais força em mulheres e crianças de famílias mais pobres. E isto, nos leva a vir aqui a dar todo o apoio e colocar o governo à disposição e fazer com que o planejamento familiar seja incluído como uma questão de desenvolvimento social e pessoal".






E o que nos resta? Como podemos protestar contra essa insensatez? Boicotemos os produtos Oderich. Esse pessoal está superando os nazistas e o mito da raça superior. Onde está a liberdade? As pessoas é que devem escolher o seu destino e sociedade deve prover o sustento dos seus filhos, indistintamente.





Segundo a Wikipédia cartração é o ato de mutilação sexual onde incapacita-se o indivíduo de reproduzir-se sexualmente. Pode consistir na extirpação de gônadas ou pênis em machos, ou do clítoris, útero ou ovário nas fêmeas. É aplicado em casos de doenças (ou o risco de desenvolvê-las) como câncer, ou, no caso de animais domésticos, para evitar sua proliferação e amansar seu comportamento.


Homens castrados são chamados eunucos, e por não poderem se reproduzir, foram por muito tempo escolhidos como guardiões de haréns reais.


Atualmente, a castração é considerada o melhor método para evitar a proliferação de animais de rua, como cães e gatos. O animal castrado não apresenta comportamentos reprodutivos tais como fugir de casa, miados altos durante o cio, brigas, demarcação de território com urina, etc. É uma garantia de segurança para o animal, que embora continue adequado inclusive para guarda de residências, torna-se mais equilibrado e emocionalmente estável.

Não existe nenhuma justificativa


Tem coisas que seriam melhor a gente nem ver mas...O site da BBC publicou hoje uma matéria em que um alto funcionário do governo britânico reconhece as estimativas de 655 mil mortos no Iraque desde a invasão do país em 2003. A pesquisa que aponta esse número de vítimas, feita pelos pesquisadores americanos da John Hopkins Bloomberg School of Public Health e divulgado ano passado pela revista pela revista médica especializada The Lancet, foi considerado "estatisticamente sólida" pelo principal assessor científico do Ministério da Defesa britânico, Roy Anderson.
Um porta-voz Tony Blair, na época da divulgação do estudo, criticou a metodologia da pesquisa e afirmou que seus resultados eram imprecisos. Bush por sua vez também menosprezou seus resultados.Pesquisador fala em um milhão de mortos. Apesar de extremamente grave, os números desse genocidio parcem ser ainda maiores. Segundo o cientista Gideon Polya, a partir do estudo divulgado pela Lancet, esse número atualmente seria de um milhão. Este publicou um post sobre o assunto.

É sempre os pobres!


Mais uma vez, pois a nossa Neo-Governadora está sempre aprontando das suas, quero comentar o que assisti ontem à noite no Jornal da TVE. O lançamento do programa elitista do governo gaúcho de planejamento familiar. Um tema que, é claro, deve ser debatido pela sociedade mas, no seu pronunciamento, a Tia Yeda foi além da conta no seu proconceito. Ela falou da necessidade de se planejar o futuro, blá, blá, blá e, por fim, quem sofre mais com o não planejamento "são os pobres". Vejam bem, é sempre o pobre que é o culpado.


Será que não é melhor o Estado suprir as necessidades básicas da população com as necessidades básicas, como habitação, saúde, educação e trabalho? Sendo assim, o número de filhos seria algo irrelevante não é verdade? E porquê "os mais pobres", e não TODOS? Vemos aqui uma pessoa carregada de preconceito, se achando o máximo A legítima representante da elite. Em resumo, a nossa governadora quis dizer: Chaga de botar mais pobre no mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Luta contra a plasticomania ganha força na Europa


Em maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicará novo relatório assinalando que os efeitos da mudança climática serão ainda mais graves do que os especialistas haviam previsto. Não restam mais dúvidas de que o futuro chegou. Nossa ânsia consumista antecipou o desgaste do meio ambiente em muitos séculos e não há como se omitir de ações que evitem a catástrofe que se desenha. Urge abolirmos completamente o uso dos sacos plásticos.


Desde a década de 1980, tudo o que é comprado no supermercado, na farmácia ou na venda da esquina já é automaticamente embalado. E nos tornamos dependentes. A matéria-prima dessas sacolas é o plástico filme, a partir do polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil, anualmente, são produzidas 210 mil toneladas de plástico filme, que representam 9,7% de todo o lixo do país. Jogados nos bueiros, esses sacos entopem as redes de esgoto (causando enchentes) e dificultar a compactação e decomposição dos detritos nos lixões. Ademais, não são biodegradáveis, levando até 400 anos para desaparecerem no meio natural. São feitos daquilo que a ciência orgulhosamente chama de “moléculas inquebráveis”.



Não bastasse, milhares de animais marinhos, incluído tartarugas em vias de extinção, todos os anos morrem sufocados com sacos plásticos confundidos com comida. A luta contra a “plasticomania” que assola o planeta (500 bilhões de sacos plásticos produzidos anualmente) ganhou importantes aliados entre governos europeus. Na Alemanha, por exemplo, quem não anda com sua própria sacola a tiracolo é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso dos sacos plásticos nas lojas; na Irlanda, desde 1997, se paga um imposto de nove centavos de libra por uma sacola de plástico (plastax), o que provocou a diminuição de seu consumo em 90% e permitiu angariar fundos para projetos de gestão de lixo. Já no Reino Unido, uma rede de supermercados atraiu a atenção dos consumidores com uma campanha ecológica original, de oferecer seus produtos embalados em plástico que se decompõe 18 meses depois de descartados. Esse material, mesmo sem contato com a água, serve de alimento para microorganismos presentes na própria natureza.



No Brasil, a questão caminha a passos tímidos. O estado do Paraná quer aplicar lei de crime ambiental contra supermercados que não adotem alternativas ao uso de sacolas plásticas. A discussão ganhou corpo em Maringá e Curitiba, com programas que prevêem a substituição de sacolas plásticas por sacos de lixo biodegradáveis ou retornáveis. Há pouco menos de 30 anos, as pessoas usavam sacolas de lonas ou de palha para fazer a feira e as farmácias embalavam remédios com singelos, mas recicláveis, pacotes de papel. Depois, a praticidade do plástico tomou conta de tudo, mas nem por isso nos tornamos mais felizes.

Intolerância da UNB

Segundo matéria de hoje no Correio Braziliense, o alojamento destinado a estudantes vindos, através de intercâmbio de países africanos, sofreu um incêndio criminoso nesta madrugada. Toalhas embebidas em gasolina foram queimadas nas portas dos alojamentos do CEU – Casa do Estudante Universitário da Universidade de Basíilia. Em fevereiro, o mesmo alojamento, já avia sido alvo de pichação de cunho agressivo contra estrangeiros na UNB. A Polícia Federal está investigando o caso e já tem suspeitos.

O que fica para se pensar é que, sempre nos vangloriamos de, no Brasil, “não haver racismo”, que somos um povo tolerante. Mas na realidade, o preconceito está presente na nossa sociedade. Somente não se esperava que, atos desse tipo, acontecessem dentro de uma Universidade, que como o próprio nome já diz, é onde se dá a universalização, a integração e a busca do conhecimento.


É uma pena que a lei anti-terror, que está em tramitação no Congresso Nacional, ainda não foi aprovada. Pois seria uma boa oportunidade de se mostrar para aqueles que são intolerantes com a diversidade, que não há mais espaço para esse tipo de comportamento e pensassem melhor sobre seus atos insanos.

A notícia completa pode ser lida em: http://www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp?ID_RESENHA=324595


A aventura humana, uma história de dominação.



A viagem da humanidade pelo universo e pelo tempo está repleta de bons, nem tão bons e, também, de maus momentos. Desde o surgimento deste animal pensante, há cerca de 63 milhões de anos, a Terra vem sendo transformada, sendo adaptada ao seu modo de viver. As descobertas feitas pelo homem, ao logo de sua história, deram-lhe um lugar de supremacia na hierarquia dos seres vivos do planeta. Dentre estas descobertas, o domínio do fogo lhe foi de grande valia, não somente para a sua alimentação, mas também como arma de defesa contra os seus predadores, que insistiam se alimentar deles. Mas com o passar do tempo, o fogo passou a ter outras utilidades, e talvez pelo seu inato instinto de dominação, o homem fez com que o fogo se tornasse um instrumento de conquista, a conquista do espaço e do poder sobre o seu semelhante.


Com o seu desenvolvimento e progresso técnico, durante a história, foram desenvolvidas as armas de fogo, aquelas que vemos em filmes sobre a antigüidade, catapultas que cuspiam petardos flamejantes, que passavam sobre as cidadelas impingindo grande sofrimento aos atingidos, flechas incendiárias e outras armas que talvez tenha esquecido. Mas durante séculos foi assim, a dominação do homem sobre o homem não passava da região mais próxima, não indo muito além das fronteiras vivas dos grandes rios e dos mares.Mas o espaço conquistado vai ficando pequeno e o mundo é imenso, as armas vão se aperfeiçoando, com seu poder de fogo e de morte aumentado.



E como, quanto mais o homem tem, mais ele quer. A sua índole dominadora o faz ir adiante, as armas se sofisticam, e ficaram cada vez mais mortais, deixando estarrecidos os que a elas se submetem, por medo de perderem as suas vidas, entregam suas terras e a sua dignidade, tornando-se escravos de seus dominadores. Nações inteiras ficam a mercê da boa vontade dos seus conquistadores, espoliados ao extremo de suas riquezas e estes fracos, não conseguem livrarem-se, são pessoas sem futuro, que sucumbem e prostram-se sem forças para reagir.O mesmo fogo que serve para fazer o alimento que dá saúde ao ser humano, é também o que impulsiona o míssil que causa a morte de milhares se pessoas. O fogo que leva-nos à lua, também é o mesmo que queima as florestas para abrigar a expansão humana. E o homem sem se importar com as conseqüências de seus atos, faz do fogo, que antes servia para a vida é agora o seu próprio algoz. A dominação parece não ter limites.






Os governantes modernos, com a falácia de defesa da liberdade invadem, destroem e matam seus semelhantes. Pois só pode prevalecer a sua liberdade, o seu direito de se desenvolver, não importando que para tanto, que a liberdade e o desenvolvimento dos outros povos lhes seja negada. Assim como o fogo, tudo que cai na mão dos humanos, tudo que serve para o bem dos seus semelhantes, transforma-se também, em instrumento para a dominação do homem pelo homem. Basta saber até quando será assim? Será que somente deixaremos de cometer estes equívocos quando não houver mais nada para dominar? Porquê não podemos viver e deixar viver? São perguntas que não calam jamais.

O Rio Grande do Sul, não merece!



Os governantes não podem gerir o Estado, tal qual está sendo feito pala nossa Governadora, como uma empresa a ser “saneada”. O Estado não está aí para “dar lucro”. Estamos vivendo o início da derrocada, onde a economia estagnada do Rio Grande do Sul, vai fazer com que, em pouco tempo, todos os serviços não mais funcionem a contento, causando mais exclusão social. Neste cenário, somente terão acesso à educação, saúde, e segurança, que puder por isso pagar.
A insensibilidade da Tia Yeda e seus soldadinhos de chumbo, não dá e não dará ouvidos aos reclames do povo, que já se ouve nas ruas como um murmúrio. Ontem, já se iniciou um movimento de rebeldia, frente ao Palácio Piratiní, contra o que é apresentado aos funcionários responsáveis pelos serviços essenciais à população e com o desmonte do serviço público estadual.

Esperamos que, se nada mudar, essa rebeldia se avolume e mostre que não vamos ficar calados e assistirmos o nosso próprio fim. O Rio Grande do Sul, pela sua história de vanguarda e luta, há de mostrar a força do seu povo.



Trancada em seu gabinete refrigerado, essa “nova” dama de ferro, toma medidas contrárias ao que prometeu em sua recente campanha. Foram todas levadas pelo vento. Hoje, a apenas três meses de mandato, vêmos escolas sem professores, alunos sem transporte, hospitais não recebem repasses, policiais sem suas diárias, salários atrasados e, para completar, quer dar início às famigeras privatizações, veementemente negadas, mas que toma forma com a desculpa de sanear as finanças. É! o Rio Grande do Sul, não merece.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Especialistas dão idéias para bom uso da água


É preciso adotar novos métodos para a irrigação, que consome 70% dos recursos hídricos. Apesar de ser o setor que mais consome água, a agricultura de irrigação tende a crescer de 15 a 20% nos próximos 30 anos, atendendo à demanda por mais alimentos de uma população projetada em 8 bilhões de pessoas, além de responder à demanda econômica por produtos agrícolas de maior valor agregado. Um adulto precisa de 4 litros d'água por dia para beber, mas para produzir seu alimento diário são necessários de 2 a 5 mil litros.


Na média mundial, cerca de 70% dos recursos hídricos hoje disponíveis são destinados à irrigação, ante 20% para a indústria e menos de 10% para abastecimento da população (higiene e consumo direto). Nos países desenvolvidos, o percentual de uso da água para irrigação é ainda maior, chegando perto dos 80%. Mas, mesmo lá, apenas 1% das áreas irrigadas adotam o método de gotejamento, um dos mais eficientes na relação alimento por litro de água usada, uma vez que reduz a possibilidade de evaporação, como explica Sandra Postel, diretora do projeto Global Water Policy, de Massachusetts. `Se a agricultura conseguir aumentar a produtividade da água, a pressão sobre os preciosos recursos hídricos pode ser reduzida e a água seria liberada para outros setores`, afirma Kenji Yoshinaga, diretor da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO).


Pelos cálculos de Yoshinaga, a simples melhora de 1% na eficiência do uso da água de irrigação, nos países em desenvolvimento de clima árido, significaria economia de 200 mil litros de água, por agricultor, por hectare/ano. O suficiente para matar a sede de 150 pessoas no período. Ele diz, ainda, que as áreas irrigadas nos países em desenvolvimento devem aumentar dos atuais 202 para 242 milhões de hectares. Nos desenvolvidos, o total irrigado fica em torno de 50 milhões de hectares, mas o potencial de expansão é menor, porque a agricultura já é intensificada. Por isso, a escolha da tecnologia adequada e de métodos de irrigação que evitam o desperdício é fundamental para atender à demanda por alimentos com o mínimo de impacto ambiental. Em muitos perímetros irrigados, a baixa qualidade das águas de superfície levou os agricultores a optar pelas subterrâneas. Porém, o uso descontrolado está levando ao rebaixamento dos aqüíferos, em alguns casos no impressionante ritmo de 1 a 3 metros por ano. Para evitar problemas, a FAO sugere a adoção de tecnologias mais eficientes do que a tradicional inundação de campos ou o uso de aspersores e pivô central (os dois métodos mais utilizados no Brasil). (Liana John)

Fonte: Jornal Hoje (Rede Globo de Televisão) Data: 20/03/2003 Perdas no Brasil atinge 46% da água coletada Para os especialistas, além de evitar a poluição que ameaça as reservas, é preciso investir no reuso da água e acabar com o desperdício, que só no Brasil atinge 46% da água coletada. São Paulo está cercada por rios e represas. Mas a ocupação desordenada e a poluição vão minando as reservas. O Brasil não utiliza nem metade da água potável disponível no país. Mas a grande vilã ainda não é a poluição. Ela perde, de longe, para o desperdício. Quase 30% da água já tratada vai para o ralo dentro do próprio sistema de abastecimento: tubulações antigas, vazamentos e falta de manutenção. Outro tanto se perde na cultura do desperdício. Da mangueira de jardim ao vaso sanitário. `É comum se utilizar em uma descarga 20 litros, quando se poderia utilizar uma caixa acoplada com seis ou quatro litros apenas` - disse o engenheiro ambiental Ivanildo Hespanhol. Uma saída seria reaproveitar as sobras. Em uma casa em Sorocaba, interior de São Paulo, toda água já utilizada passa por um tratamento e vai para uma caixa d’água separada. `Essa caixa d’água serve todos os vasos sanitários e as torneiras de limpeza da casa` - explicou o dono da casa André Rubini Sobanski. O sistema permitiu a economia de oito mil litros por mês, quarenta por cento do consumo da casa. Uma solução que poderia existir em larga escala. No sistema de reuso, o esgoto passa por um tratamento semelhante ao da água potável. O líquido final pode ser utilizado em serviço de limpeza e na indústria e custa três vezes menos. Em uma fábrica de São Paulo é com água reaproveitada que são tingidas toneladas de fios e linhas de costura. A economia na conta foi de 70%. `Ë claro que o custo dela é muito inferior. Então, estamos trabalhando nesse sentido, preservando o meio ambiente e também reduzindo os custos da empresa` - falou o gerente da empresa Mário Alves Rodrigues. Por enquanto, a água reutilizada só é fornecida para empresas e prefeituras do Estado de São Paulo. Para que o uso fosse geral seria necessária uma rede própria de abastecimento. Um futuro inevitável. `A parcimônia no uso da água e o reuso são palavras chaves hoje. Nós temos que imediatamente começar a aplicar` - falou Hespanhol.

Será que estamos todos dementes?

Não há desculpas, a nossa demência cresce a cada dia. Ela cresce quando tentamos julgar e rotular seres humanos. As lutas de classe vêm desde a antigüidade, os movimentos libertários, a luta pelos direitos, que estão escritos na história do mundo, hoje são tratados como atos de bravura, heroísmo e patriotismo.



Dizer que os movimentos populares que hoje se desenrolam no Brasil, e no Mundo, tratam-se de baderna, que são desrespeito às leis ou até mesmo que são desocupados que não querem trabalhar, isso é que é demência. Se existe por parte destes movimentos dureza nas suas palavras e ações, é por quê existe igual má vontade e intolerância em resolve-los por parta sociedade. Se agora os conflitos oriundos das lutas populares estão mais evidentes, mais na mídia. É por quê, durante décadas, a sociedade brasileira e a sua elite, não deram ouvidos ao reclames do povo.



O narcotráfico, os sem-teto, os sem-terra, somente se proliferaram, pela demência das forças ditas democráticas que tratam com desdém as necessidades e anseios das pessoas menos favorecidas, atirando-as ao infortúnio de verem seus filhos passando privações, enchendo-se de desesperança. Se a situação no campo está exasperada, se os líderes destes movimentos, chegam a dizer o que dizem, é por que se sentem impotentes diante de pessoas que , também cometem estes mesmos atos. Existe sim, muita terra em mãos de pessoas que só as tem como um bem, uma propriedade que rende status, e lhe confere algum poder. Devemos saber sim que não são os grandes latifundiários os maiores responsáveis pela produção agrícola brasileira, tão alardeadas por eles próprios.


Os verdadeiros responsáveis pelo progresso no setor agrícola, são as pequenas e médias propriedades, em que seus proprietários lutam com dificuldade para obter financiamento para suas atividades, sem acesso ás grandes linhas de crédito, e que produzem as alimentos indispensáveis para o povo brasileiro. Existem não 23 milhões, que estão nesta luta, se somarmos a estes mais este tanto, talvez, teremos o número de pessoas abaixo da linha da pobreza, sem esperança, desassistidos pela sociedade, que cada vez mais engrossam os movimentos populares. Se na União Soviética, milhões morreram, em decorrência dos "radicalismos". Quantos morrem hoje por dia grassas, ao radicalismo do capital?


As leis, as formalidades, as garantias jurídicas, são muito bem lembradas por aqueles que precisam delas para manter o seu status, mas e a humanidade. Estes dogmas, estas regras, é claro são essenciais para a vida em sociedade, mas quando a vida é ameaçada, quando estas pessoas se tornam a escória, o que lhes resta senão lutar contra o seu algoz? É claro que ninguém quer o confronto, ninguém quer está embaixo de lonas pretas, passando todos os tipos de necessidades e ainda ser escorraçados. Demência é ser cego, surdo e mudo aos problemas que enfrentam estas hordas de desesperados, fazendo crescer o ódio em seus corações, ódio por um sistema desumano que condena a marginalidade quem não teve as mesmas oportunidades que nós.

terça-feira, 27 de março de 2007

Lá vem o Deserto Verde!


O homem, o maior predador do Planeta, não consegue entender que, mesmo tendo alcançado grandes avanços científicos e tecnológicos, ainda é um animal que depende pura e exclusivamente da Natureza. Mas o homem é, também, um ser social, e na nossa sociedade, o dinheiro é fundamental para termos os meios de sobrevivência. Então, ao invés de plantarmos o trigo, compramos o pão no super mercado. Mas mesmo assim, o trigo continua sendo plantado, pois o pão não se faz por mágica.
O que quero dizer é que, estamos “brincando” de Deus, e interferido intensivamente com a Natureza que, em pouco tempo, teremos o dinheiro mas não teremos o pão para comprar.
Falo isso porque no nosso Estado (falido), a bola da vez na atração de investimentos á o plantio da monocultura do pinus e do eucalipto, destinados para a fabricação do papel. Sendo assim, facilitando ao máximo, o deputado Nelson Härter (PMDB) quer jogar para 2011 o prazo para conclusão do zoneamento para o plantio de eucalipto e piuns no RS. Se fosse uma luta, é como se a regra do combate fosse estabelecida depois do nocaute. Isto é depois de plantado, ninguém vai querer arrancar.
Isso abre frente para o plantio indiscriminado de eucalipto e piuns, sem qualquer estudo de impacto ambiental, podendo causar, a médio e longo prazo, graves problemas, não somente ambientais, mas também socio-ecomômicos. Tal qual os já ocorridos em outros estados do Brasil.
Foi até mesmo criada uma frente parlamentar pró-plantio na Assembléia Legislativa, onde seus integrantes foram “agraciados” com “mimos” das empresas interessadas. Votorantim, Aracruz e Stora Enso doaram cerca de R$ 1,5 milhão para 21 deputados estaduais e 14 deputados federais eleitos no Rio Grande do Sul. A governadora Yeda Crusius teve em sua campanha o reforço de R$ 400 mil, divididos entre Votorantim e Aracruz.
Aí amigos, dá para entender a “vontade” desses parlamentares em defender as monoculturas de eucalipto e piuns.

O "novo jeito" da educação


Todos os candidatos e partidos, em suas campanhas, alardeiam que, a educação será prioridade, que sem educação não há desenvolvimento, blá blá blá... E não poderia ser diferente com a Tia Yeda, neoliberal convicta. Durante sua campanha, aquela do “jeito novo de governar” e mesmo nas suas entrevistas como governadora eleita, a educação sempre foi tida como prioridade. È verdade, a Tia Yeda está cumprindo à risca suas promessas. A educação, em fim, é prioridade, de desmonte.
A situação está tão grave na rede estadual de ensino que os trabalhadores realizam um dia de paralisação nesta quarta-feira. Professores e servidores irão realizar debates nos 21 núcleos do Cpers do Estado e participar de um ato com outras categorias do funcionalismo público em frente ao Palácio Piratini.
Segundo a direção do Cepers, a situação está insustentável: falta tudo nas escolas. Não há professores, bibliotecas fechadas, falta transporte no interior e ainda, o atraso dos salários, podem desencadear uma greve em pouco tempo. É assim que se governa? Não priorizando as necessidades básicas do cidadão? Onde a educação, junto com a saúde e a segurança são a essência do Estado.
Ou será que a Governadora quer nossos filhos fiquem “burros”, para serem manipulados pela mídia, pelos maus políticos? Ou será que ela que privatizar a educação, e lavar as mão dessa obrigação?
Como professor, fico indignado com esse descaso com o povo que precisa de escola, justamente aquele povo mais sofrido. Mas como observador, não me surpreende essa postura, quase a metade do Rio Grande do Sul já sabia de suas intenções. A outra, foi convencida pela mídia comprometida com os grandes grupos econômicos do Estado.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Aniversário de Porto Alegre, comemorar o quê?




Hoje, dia 26 de março, se comemora os 235 anos da “mui leal e valorosa” Porto Alegre. Como se diz, sou porto-alegrense da gema, nascido na Beneficência Portuguesa e batizado na Igreja da N.S. da Conceição, há 50 anos. Cresci com a cidade. Naquela época uma cidade acanhada mas agradável. Anos dourados do pós-guerra, os bondes, os autos de praça, o footing da Rua da Praia, as matinês do Cine Rio Branco. Vi as transformações urbanas ocorridas ao longo dos anos, como o aterro do Guaíba, o Túnel da Conceição, o Parque Marinha do Brasil, as avenidas perimetrais, em fim, a construção de uma grande cidade.
Mas as mudanças não foram somente “as boas”. Vivemos em uma cidade com graves problemas sociais, que cresceram junto com Porto Alegre.
Já passei por várias administrações, das que me lembro, estão as da época da ditadura, onde os prefeitos eram os indicados pela ARENA, entre essas estão as dos prefeitos Célio Marques Fernandes, Thompsom Flores e do Villela. Depois muitos outros, já eleitos pelo voto. O mais polêmico, o Collares. Após, as quatro legislaturas do PT, que imprimiram uma marca progressista à capital gaúcha. O Orçamento Participativo, a Administração Popular, voltada às camadas mais necessitadas da população. A regularização de lotes, construção de casas aos mais pobres e o Fórum Social Mundial e a projeção internacional.
Hoje, vejo uma cidade triste. Mesmo com inúmeras comemorações programadas pela Prefeitura, acho que não temos muito a comemorar. A cidade está jogada às traças. Está suja. Com um crescente contingente de moradores de rua. Programas sociais extintos. Coleta seletiva do centro paralisada. Os equipamentos públicos sem manutenção. Os “azulzinhos” multando sem parar. E o José “gasparzinho” Fogaça, o prefeito virtual entregando aos empresários o Araújo Viana, e o que der.
É, comemorar o quê? Uma cidade em que o prefeito se vangloria de superávit de 93 milhões de Reais, mas deixa a cidade suja, entregue à própria sorte. Veremos o que vai acontecer no ano que vem, o Fogaça já se lançou à reeleição e nós, vamos deixar assim?

Governadora tucana, mostra para que veio.


Desde que assumiu o Palácio Piratini, no dia primeiro de janeiro (à três meses), a Tia Yeda já mostra as suas unhas afiadas para cima do patrimônio público. Após sua derrota na assembléia, na proposta de tarifaço, ela agora investe contra o Banrisul. Já é corrente a intenção da venda de 49% das ações do banco que tem “orgulho de ser gaúcho. Tudo isso com a desculpa de que não há dinheiro para o funcionalismo. Convenhamos, essa proposta é um passo para a sua privatização, veementemente defendida pelo seu vice, Paulo Feijó.
Todos sabemos que o PSDB e PFL (ou será PD?), são os representantes do neoliberalismo do Fernando Henrique, que entregou de bandeja aos “amigos” importantes estatais brasileiras. Sabe-se também que, essa turma, defende o que se chama de estado mínimo, onde o governo quase que inexiste, deixando ao mercado a tarefa de regular os serviços públicos.
Em princípio, não sou contra que a iniciativa privada assuma a responsabilidade de gerir e fornecer certos serviços públicos, contanto que se exerça um forte controle social. Mas no Brasil, como todos sabemos, as instituições são frágeis, ineficazes e dominadas pelos interesses do capital, assim sendo, é como deixar a raposa cuidar do galinheiro, somente o povo perde.
Agora, o certo é que, o “novo jeito de governar” está dando as caras, que o é jeito da enganação e da ludibriação. Pois a Tia Yeda e seus asseclas, estão fazendo exatamente o contrário do prometido em campanha, que é a não privatização das estatais que o Britto não teve tempo de vender. Senão houver uma mobilização, podemos dar adeus ao Banrrisul, a Corsan e ao que restou da CEEE. Se o problema é falta de recursos, porque não investir então, na cobrança dos devedores? Acabar com renúncia fiscal que somente beneficia as grandes empresas? São mais ou menos 6 bilhões de reais deixados de arrecadar que estariam solucionando a propagada falta de dinheiro do Estado.

sexta-feira, 23 de março de 2007


Aproveitando o ocorrido que comentei abaixo, sobre a desocupação do prédio invadido na área centra de Porto Alegre, gostaria de tecer um breve comentário, para pensarmos.
Aqui no centro da cidade, nos lugares onde andei, as opiniões se dividem, é óbvio imperando sempre uma visão burguesa. Mas deixando isso de lado, o que vi é que há muita desinformação ou, má informação. Pois a mídia sempre tratou esse tipo de assunto, resguardando o interesse do seu patrão –o capital.

É prudente lembrar, antes de alguém emitir alguma opinião sobre o ocorrido que, no modelo capitalista em que vivemos, as grandes incorporadoras e construtoras, estão voltadas para a construção de imóveis de alto padrão, para os mais abonados (por lucrarem mais), deixando de lado os imóveis de baixo custo (menor lucratividade). Desde a extinção do BNH, a classe pobre e os operários, se vêem forçados em, com suas próprias forças, “arrumar” um lugar para morar. Vão rumo às periferias das grandes cidades, ocupam áreas impróprias, organizam-se em cooperativas, em fim, fazem de tudo para terem um teto.

Bom, quando estão lá na periferia ou num buraco qualquer, ninguém se importa, é só não ir lá e não ver. Mas quando é em uma área nobre, lá vem o incômodo, a lei a polícia e aí, todo mundo “prá” rua. Azar, ninguém mandou invadir. Não importa quem são e quais os motivos que levaram essas pessoas ao desespero de chegar ao ponto de invadir um prédio para morar.

São muitos os paradoxos, um País pobre, em que a construção civil é voltada para os ricos. Financiamento só para que tem dinheiro e assim por diante. Assistimos, nos últimos trinta anos, o crescimento desordenado das cidades e, com ele, o agravamento as desigualdades. É muito fácil criticar a ação feita pelos movimentos sociais dentro de uma boa casa, com ar condicionado, um bom carro na garagem, um emprego estável mas, e as pessoas sem oportunidades? Criadas em meio a miséria e o descaso. Sem saúde e sem educação, sobrevivendo em lugares insalubres, onde o Estado só chega quando vem a polícia.

Façamos uma reflexão. Onde está a solidariedade? A que ponto do egoísmo chegamos? Isso tudo me lembra aquela música do Legião Urbana (que falta faz o Renato Russo), Teatro dos Vampiros, em que ele canta: Este é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante...


O que queremos para o nosso Mundo?

O Gran Circo Gaúcho.




A polícia montou uma verdadeira operação de guerra, ou quem sabe um grande circo, para efetuar a desocupação, de pessoas ligadas ao MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia, do prédio que o PCC usou, no centro de Porto Alegre, para realizar um assalto às agências do Banrisul e Caixa no ano passado. Plano que foi brilhantemente frustrado por uma ação "cirúrgica" da Polícia Federal. Essa desocupação deixou a capital gaúcha literalmente parada desde às primeiras horas da manhã dessa sexta, dia 23.
O que é estranho, é o tamanho da operação, contra famílias que reivindicam a inclusão do prédio, no programa de revitalização de prédios abandonados ou em litígio, para sua ocupação por pessoas fora do mercado imobiliário. Cabe salientar que, essas pessoas, tentaram por diversas vezes uma negociação, sem resultado. Abrigada Militar, Polícia Civil e EPTC, a mando da Justiça (?) e da "tia" Yeda, só sabem confrontar com pessoas simples, marginalizadas, transformando um conflito social em um conflito policial.È esse o “novo jeito de governar.

terça-feira, 20 de março de 2007

Para onde vai o orgulho gaúcho?



Vocês lembram daquele slogan, “Orgulho de ser gaúcho”? Pois é não se sabe mais orgulho de quê? O Rio Grande do Sul está cada vez mais na rabeira do desenvolvimento e cada vez menos gaúcho. Não bastasse a crise econômica incentivada pela dupla Rigotto/Yeda, que está tratando de desmontar o estado, mas principalmente pela saída de grandes grupos da cadeia produtiva instalada no Estado. Mas pergunto novamente: onde fica o nosso orgulho?

Com a venda da Ipiranga, tradicional grupo com mais de setenta anos de atuação “gaúcha” no ramo do petróleo no Brasil, foi repassada ao controle da Petrobrás, Ultra e Braskem. Assim o controle dessa marca tão querida dos viventes desses pagos, está definitivamente longe do Rio Grande do Sul. A nossa economia será cada vez comandada bem de longe.

Mas não é só isso, pois nos últimos anos temos visto empresa após empresa ser vendida para fora, e é com tal velocidade que se dão esses negócios que ficamos atônitos. Vimos a VARIG, Lojas Renner, Correio do Povo caírem em mãos “estranhas” e antes, já havíamos deixado partir a CRT, partes da CEEE e empresas como a Kepler Weber e SLC entre outras menores que sequer foram vendidas e sim fecharam as suas portas. Bom, só falta venderem o Banrisul e a Corsan.

Bom, e o quê nos resta agora? A única coisa que pode acontecer, para acabar de vez com o orgulho gaúcho, é trocarmos de vez a paisagem do Pampa, o lar do gaúcho, pela monocultura “estrangeira” do pinus e do eucalipto. Bom aí é o fim. O nosso querido Laçador, que mudou recentemente de casa, terá de trocar agora o laço pelo machado, que ele terá de usar para a derrubada das "novas florestas”. O Laçador será então o Lenhador.

Aí eu pergunto: Onde estão os capitalistas do Rio Grande do Sul, onde está a Federasul, a Farsul. Onde está o “Estado que trabalha unido” e agora com “um novo jeito de governar”, que não fizeram frente às investidas desses forasteiros. Por que não barraram, como bons descendentes dos destemidos Farrapos e em nome do orgulho de ser gaúcho, a decadência do nosso estado outrora pujante? É, isso fica para pensarmos.

segunda-feira, 19 de março de 2007

O que vamos fazer a respeito?



Esta matéria foi, me desculpem, pela sua gravidade e imporância, copiada do blog RS URGENTE, escrita pelo jornalista Marco Weissheimer. Ela nos mostra por onde anda os cuidados do "bixo homem" com o seu habtat:

A destruição da biodiversidade no planeta foi classificada como muito preocupante, sexta-feira, em Potsddam, pelos ministros do Meio Ambiente do G8 (países mais ricos do mundo) e de outros cinco países, entre eles o Brasil. Os ministros concordaram em incluir o tema na agenda dos chefes de Estado e de Governo do G8 e dos cinco países que será realizada na Alemanha, de 6 a 8 de junho, e que terá como questão principal a mudança climática no planeta. A destruição da biodiversidade está ocorrendo a uma velocidade de progressão geométrica. Cerca de 150 espécies estão desaparecendo a cada dia, advertiu o ministro alemão Sigmar Gabriel.
Segundo ele, a indústria, com suas emissões de gases de efeito estufa, e outras atividades econômicas consomem altas quantidades de recursos naturais, e estão destruindo o banco de dados da natureza. Nas próximas semanas, será preparado um informe sobre o atual estágio da destruição da biodiversidade. As perdas ocasionadas por esta destruição também são econômicas, uma vez que 40% do comércio mundial se desenvolve com base no aproveitamento de recursos naturais.

sexta-feira, 16 de março de 2007

DEGELO NO ÁRTICO ATINGE PONTO CRÍTICO



O degelo no Ártico acelerou-se nas últimas décadas e pode causar uma sucessão de mudanças nas regiões temperadas do planeta, alertam estudos divulgados nesta quinta (15) pela revista Science. Segundo esses estudos, há quatro geleiras árticas cujo degelo, causado pela poluição atmosférica, ameaça aumentar o nível do mar. Mark Serreze, cientista do Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo na Universidade do Colorado, afirma que o desaparecimento do gelo nos mares árticos chegou a um momento crítico, cujo impacto não se limitará à região ártica. Segundo Serreze, o acúmulo de gelo nos mares árticos vem apresentando números negativos desde 1979, quando começaram a ser utilizados satélites para sua observação. Desde aquele ano, foi perdida uma média anual de cerca de 100 mil quilômetros quadrados de gelo como resultado do aumento da concentração de gases na atmosfera.
Nos últimos anos, vem se repetindo uma mesma tendência: a região perde muito gelo no verão e gera menos gelo no inverno. Serreze advertiu que a situação está chegando a um tal ponto de desequilíbrio que é possível que “estejamos avançando rapidamente rumo a um Ártico sem gelo”. O cientista disse também que, como o aumento das temperaturas nas últimas décadas deve-se à emissão de gases na atmosfera, no curto prazo não é possível prever um fim da diminuição do gelo no Ártico.
Ele lembrou que os efeitos negativos desse degelo não se limitam aos ursos polares e à fauna da região, como acreditam algumas pessoas. A diminuição das camadas de gelo no pólo norte do planeta, advertiu, está associada às mudanças nos padrões atmosféricos que provocam aumento ou diminuição das precipitações nos Estados Unidos e na Europa.
Um levantamento realizado por cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) e da University College de Londres concluiu que o degelo está ocorrendo a uma razão de 125 milhões de toneladas por ano. Responsáveis por esse estudo, os cientistas Andrew Shepherd e Duncan Wingham disseram que esse volume de degelo é suficiente para provocar um aumento do nível do mar em 0,35 milímetro por ano. Um outro estudo, efetuado por cientistas da Universidade Pierre e Marie Curie, de Paris, afirma que o aquecimento global está ocorrendo cada vez mais rapidamente no norte do planeta, em função da maior concentração de gases estufa naquela região, a mais industrializada do planeta. Cientistas reunidos na cidade de Hannover, no Estado norte-americano de New Hampshire, garantiram que as conseqüências das mudanças climáticas afetarão todos os habitantes do planeta, em todas as regiões.
Extraído de www,rsurgwnte.zip.net

quarta-feira, 14 de março de 2007

As redes do poder – o papel da mídia.

Podemos, de certa forma, dizer que: o dinheiro não é poder. O sujeito pode, como acaba de acontecer, ganhar na Mega Sena 40 milhões e ficar milionário, mas essa dinheirama toda não lhe trouxe poder. O poder depende de outros fatores. Esse mesmo sujeito pode, com todo o dinheiro que ganhou, se tornar poderoso, se souber como utilizar essa grana para esse fim: ser poderoso.
Inicio dessa forma para analisar a compra do tradicional jornal gaúcho, o Correio do Povo, pelo grupo paulista Rede Record, do Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.


A expansão das redes, nesse caso das redes de mídia, estão na pauta daqueles que buscam ou já detém o poder. Dessa forma conseguem influenciar e manipular, não somente os seus leitores, ouvintes e telespectadores, mas também a cena política, social e econômica. Isso é poder.

Podemos concluir que, dessa maneira, os conservadores gaúchos, ligados a elite rural, estão passando o poder, de bandeja, para os paulistas. Não tenho nada contra os paulistas e paulistanos, um povo que trabalha duro e que forjou a pujança daquele estado, pelo contrário, quem sabe se, com a vinda de “sangue novo” nesses pagos, possamos sair desse marasmo provinciano que nos encontramos?

Falando um pouco do Bispo Edir Macedo, gostem ou não, achem legal ou não, ele soube transformar a fortuna arrecada através do dízimo extraído do bolso de seus fiéis em poder, um poder que ainda vai crescer muito mais.

terça-feira, 13 de março de 2007

O mapa da (in)segurança.


É uma questão geográfica. A “sensação de segurança” que o Governo Yeda tenta desesperadamente passar ao seus súditos está restrita a certas regiões de Porto Alegre, diga-se de passagem, aquelas em que os seus “iguais” estão presentes. Os moradores dos bairros nobres da cidade, que já contavam com vigilância particular, cercas eletrificadas, câmeras, etc. podem agora contar com a ajuda da Brigada Militar na guarda do seu patrimônio. As viaturas estão constantemente trafegando nesse bairros, mostrando serviço. Já a periferia e os bairros populares, continuam atirados à própria sorte. Todos os dias há corpos espalhados, o tráfico corre solto. Lá a policia não vai e, quando vai, age com desmedida truculência e autoritarismo. Pois lá, na periferia, nos bairros populares, os cidadãos são, talvez, cidadãos de segunda classe, não merecedores de respeito como os cidadãos dos locais mais nobres da cidade. Recentemente, o Secretário Enio Bacci, trouxe para a mídia, uma estatística inconsistente e sem fundamento onde, para provar o seu desempenho “positivo”, se utilizou de dados de míseros dois meses (janeiro e fevereiro), de onde tenta provar que estamos mais seguros. Mas na realidade, o “novo jeito de governar” não tem nada a mostrar, pois nada mudou, isso tudo nada mais é do que uma propaganda de algo que não existe – segurança.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Brasil x EUA - muita coisa mudou.


Segundo o que se viu, na recém terminada visita do presidente dos Estados Unidos, George Bush, ao nosso País, mostrou que o Brasil não precisa mais ficar de joelhos perante o império. O presidente Lula fez, e bem feito, o seu papel, recepcionou o mandatário norte americano e mostrou as potencialidades brasileiras, principalmente da “bola da vez”, o etanol. Mas nem tudo foram flores para Bush, os protestos foram incisivos e tiveram um papel importante em mostrar que, os brasileiros não vêem com bons olhos a política americana. A grande imprensa brasileira é que não gostou das relações entre o Brasil a os Estados Unidos, levadas em bons termos pelo presidente Lula. De modo geral, a cobertura foi morna, tentando sempre relativizar e, até mesmo, em alguns casos, desqualificar os resultados do encontro. Infelizmente é comum esse tipo de comportamento entre os profissionais de meios de comunicação, quando são oposição ao governo, são até mesmo oposição ao Brasil.

ONU: Apenas 2% da população detêm metade da riqueza mundial

Dois por cento dos adultos do planeta detêm mais de metade da riqueza mundial, incluindo propriedades e ativos financeiros, revelou um estudo realizado por um instituto de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado nesta terça-feira (5/12).
Apesar de a renda global estar distribuída de forma desigual, a distribuição da riqueza é ainda mais distorcida, afirmou o estudo do Instituto Mundial de Pesquisa sobre a Economia do Desenvolvimento, da Universidade das Nações Unidas.
"A riqueza está fortemente concentrada na América do Norte, na Europa e nos países de alta renda da Ásia e do Pacífico. Os moradores desses países detêm juntos quase 90% do total da riqueza do planeta", disse a pesquisa.
O instituto, com sede em Helsinque, afirmou que o estudo era o primeiro de abrangência mundial a respeito da questão, para a qual há poucos dados disponíveis. "Nós calculamos que os 2% dos adultos mais ricos do mundo possuem mais da metade da riqueza global enquanto os 50% mais pobres, 1%", disse Anthony Shorrocks, diretor do instituto.
Shorrocks comparou o quadro a uma situação hipotética em que, de um grupo de dez pessoas, uma teria US$ 99 e as demais, apenas US$ 1 dólar. "Se pensarmos que a renda vem sendo distribuída de forma desigual, a riqueza está distribuída de forma ainda mais desigual", disse o diretor do instituto.
Segundo o estudo, em 2000, um casal precisava de um patrimônio de US$ 1 milhão para estar entre o 1% de mais ricos do mundo, grupo que reúne 37 milhões de pessoas. Mais de metade dessas pessoas moram nos EUA ou no Japão.
O estudo descobriu também que um patrimônio líquido de US$ 2.200 por adulto colocaria uma família na metade superior da distribuição de riqueza.

A Teoria de Gaia - a Terra, um planeta doente.

Neste fim de semana, iniciei a leitura do livro Gaia – Cura para um planeta doente de James Loveloke. Pelo que pude observar, passando os olhos “por cima”, pode-se ver que se trata de um trabalho com base científica, em que, o autor vê a Terra como uma senhora de meia idade, que já sofreu de vários percalços durante a sua vida, mas que, atualmente, encontra-se enferma - gravemente enferma, precisando de um médico planetário. Sua abordagem não é mítica, trata a Terra do ponto de vista de sua fisiologia, analisando-a como um sistema auto-regulável, que está em crise. Essa crise se mostra, principalmente, através do clima. Como se esse desajuste fosse o sintoma de algo grave que está a ocorrer e que deve se agravar. Quem tem interesse no assunto pode adquirir o livro sem medo, não se trata de simplesmente aceitar as suas idéias, mas discutir o que é proposto.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Vamos começar assim!

Neste primeiro post, quero me apresentar e dizer a todos que, por acaso ou intencinalmente, acessarem esse blog, não estou querendo criar nehuma polêmica, e sim uma intensa discussão sobre o mundo na ótica geográfica. Assim, a Geografia que quero é aquela que está presente no nosso cotidiano, das coisas, dos homens, da Natureza. Não sou e nem pretendo ser o "dono" da verdade, pelo contrário, quero sempre aprender.

Sou geógrafo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, professor de Geografia do Curso Pré-Vestibular Popular de Porto Alegre (mais adiante falo disso). Além disso sou Técnico em Hidrologia da Cia. Riograndense de Saneamento - CORSAN. Sou também Artesão e exponho minhas jóias no Brique da Redenção todos os domingos. Toco um violão de vez em quando (pouca coisa).

Nasci em Porto Alegre - RS em 1956 (faz tempo), mas me sinto um jovem. Atualmente estou me dedicando ao curso de Mestrado em Geografia na área de Análise Ambiental, também pela UFRGS. Sou diretor de Divulgação e Imprensa de Organização Não-Governamental para a Educação Popular, que promove o Curso Pré-Vestibular Popular. Sou Gremista. Gosto de música (mais de música instrumental - jazz). Arte. Fotografia. Viajar. Partico esportes (faço academia). Gosto de uma cervejinha com os amigos e sair com a Luciane (aquela que me agüenta) e tenho uma filha, a Sussila. Bom, espero que tenha dito o principal.

Então, aqui nesse espaço, vai pintar um pouco de tudo isso. Com prioridade para a Geografia e a crítica ao que acontece, poderia acontecer, não acontece ou faz de conta que acontece. Do nosso dia-a-dia, na Cidade - Porto Alegre, no Estado - RS, no Brasil e no Mundo. Espero que eu possa contribuir, de alguma forma, na coscientização de que temos de saber onde estamos e o que podemos fazer para melhorar o nosso Mundo