sexta-feira, 16 de março de 2007

DEGELO NO ÁRTICO ATINGE PONTO CRÍTICO



O degelo no Ártico acelerou-se nas últimas décadas e pode causar uma sucessão de mudanças nas regiões temperadas do planeta, alertam estudos divulgados nesta quinta (15) pela revista Science. Segundo esses estudos, há quatro geleiras árticas cujo degelo, causado pela poluição atmosférica, ameaça aumentar o nível do mar. Mark Serreze, cientista do Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo na Universidade do Colorado, afirma que o desaparecimento do gelo nos mares árticos chegou a um momento crítico, cujo impacto não se limitará à região ártica. Segundo Serreze, o acúmulo de gelo nos mares árticos vem apresentando números negativos desde 1979, quando começaram a ser utilizados satélites para sua observação. Desde aquele ano, foi perdida uma média anual de cerca de 100 mil quilômetros quadrados de gelo como resultado do aumento da concentração de gases na atmosfera.
Nos últimos anos, vem se repetindo uma mesma tendência: a região perde muito gelo no verão e gera menos gelo no inverno. Serreze advertiu que a situação está chegando a um tal ponto de desequilíbrio que é possível que “estejamos avançando rapidamente rumo a um Ártico sem gelo”. O cientista disse também que, como o aumento das temperaturas nas últimas décadas deve-se à emissão de gases na atmosfera, no curto prazo não é possível prever um fim da diminuição do gelo no Ártico.
Ele lembrou que os efeitos negativos desse degelo não se limitam aos ursos polares e à fauna da região, como acreditam algumas pessoas. A diminuição das camadas de gelo no pólo norte do planeta, advertiu, está associada às mudanças nos padrões atmosféricos que provocam aumento ou diminuição das precipitações nos Estados Unidos e na Europa.
Um levantamento realizado por cientistas da Universidade de Edimburgo (Escócia) e da University College de Londres concluiu que o degelo está ocorrendo a uma razão de 125 milhões de toneladas por ano. Responsáveis por esse estudo, os cientistas Andrew Shepherd e Duncan Wingham disseram que esse volume de degelo é suficiente para provocar um aumento do nível do mar em 0,35 milímetro por ano. Um outro estudo, efetuado por cientistas da Universidade Pierre e Marie Curie, de Paris, afirma que o aquecimento global está ocorrendo cada vez mais rapidamente no norte do planeta, em função da maior concentração de gases estufa naquela região, a mais industrializada do planeta. Cientistas reunidos na cidade de Hannover, no Estado norte-americano de New Hampshire, garantiram que as conseqüências das mudanças climáticas afetarão todos os habitantes do planeta, em todas as regiões.
Extraído de www,rsurgwnte.zip.net

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