Para onde vai o orgulho gaúcho?
Vocês lembram daquele slogan, “Orgulho de ser gaúcho”? Pois é não se sabe mais orgulho de quê? O Rio Grande do Sul está cada vez mais na rabeira do desenvolvimento e cada vez menos gaúcho. Não bastasse a crise econômica incentivada pela dupla Rigotto/Yeda, que está tratando de desmontar o estado, mas principalmente pela saída de grandes grupos da cadeia produtiva instalada no Estado. Mas pergunto novamente: onde fica o nosso orgulho?
Com a venda da Ipiranga, tradicional grupo com mais de setenta anos de atuação “gaúcha” no ramo do petróleo no Brasil, foi repassada ao controle da Petrobrás, Ultra e Braskem. Assim o controle dessa marca tão querida dos viventes desses pagos, está definitivamente longe do Rio Grande do Sul. A nossa economia será cada vez comandada bem de longe.
Mas não é só isso, pois nos últimos anos temos visto empresa após empresa ser vendida para fora, e é com tal velocidade que se dão esses negócios que ficamos atônitos. Vimos a VARIG, Lojas Renner, Correio do Povo caírem em mãos “estranhas” e antes, já havíamos deixado partir a CRT, partes da CEEE e empresas como a Kepler Weber e SLC entre outras menores que sequer foram vendidas e sim fecharam as suas portas. Bom, só falta venderem o Banrisul e a Corsan.
Bom, e o quê nos resta agora? A única coisa que pode acontecer, para acabar de vez com o orgulho gaúcho, é trocarmos de vez a paisagem do Pampa, o lar do gaúcho, pela monocultura “estrangeira” do pinus e do eucalipto. Bom aí é o fim. O nosso querido Laçador, que mudou recentemente de casa, terá de trocar agora o laço pelo machado, que ele terá de usar para a derrubada das "novas florestas”. O Laçador será então o Lenhador.
Aí eu pergunto: Onde estão os capitalistas do Rio Grande do Sul, onde está a Federasul, a Farsul. Onde está o “Estado que trabalha unido” e agora com “um novo jeito de governar”, que não fizeram frente às investidas desses forasteiros. Por que não barraram, como bons descendentes dos destemidos Farrapos e em nome do orgulho de ser gaúcho, a decadência do nosso estado outrora pujante? É, isso fica para pensarmos.
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