quinta-feira, 29 de março de 2012

Mundo precisa de agricultura inteligente para conseguir alimentar população, diz relatório

Mulheres africanas cultivam campo (AFP)

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática (leia AQUI), formada por cientistas de diferentes países, afirma que são necessárias grandes mudanças na agricultura e no consumo de alimentos no mundo todo para que gerações futuras consigam se alimentar.

A Comissão de Agricultura Sustentável e Mudança Climática passou mais de um ano avaliando dados enviados por cientistas e responsáveis pela elaboração de políticas alimentares.

De acordo com o documento publicado pela comissão, o setor agrícola precisa intensificar a sustentabilidade, diminuir o desperdício e reduzir as emissões de gases de efeito estufa das fazendas.

A comissão foi presidida pelo professor John Beddington, o conselheiro científico mais importante do governo da Grã-Bretanha.

"Se você vai gerar alimentos o bastante para enfrentar a pobreza de 1 bilhão de pessoas que não conseguem o alimento necessário, imagine com outro bilhão (de aumento na população global) dentro de 13 anos. Você vai precisar aumentar muito a produção agrícola", disse Beddington à BBC.

Como sabemos nós, o atual modelo de agricultura que se desenvolve no mundo, é predador da natureza e se destina ao lucro. Muitas das commodities, como o milho e a soja, destinam-se a alimentar animais e a a produção de combustível. Por outro lado, grandes extenções de terra, que poderiam ser utilizadas para produzir alimentos para os seres humanos, servem para a criação de gado que, chegam a bem poucos privilegiados.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Petroleiros tentam cancelar concessão da Chevron na Justiça


A Cevron já havia demontrado a sua incompetência em um vazamento na Bacia de Campos, mas depois do segundo vazamento,  aí não é incompetência, é crime ambiental mesmo e não acidente.

Agora, Federação Única dos Petroleiros (FUP) entrou com uma Ação Civil Pública no Tribunal Regional Federal da 2ª Região que busca cancelar a concessão de exploração e produção da Chevron no campo de Frade, na bacia de Campos, após vazamento de 2.400 barris de petróleo em novembro do ano passado (leia AQUI).

A ação visa reparação de danos ambientais causados pelo vazamento, e não busca indenização financeira.

"A FUP quer a cassação porque [a Chevron] afrontou o povo brasileiro pelas ações no campo de Frade. Eles praticaram uma exploração predatória e ambientalmente incorreta", disse o coordenador da FUP, João Antônio Moraes.

A FUP representa pelo menos 300 mil trabalhadores na indústria de petróleo.

A federação também abriu processo contra a TransOcean, empresa operadora da sonda no campo de Frade.

A Chevron, uma petroleira noste-americana, é uma queridinha do ex-candidato a presidente, José Serra que, durante sua campanha, defendia que o Brasil entregasse o petróleo da camada Pré-Sal, para esta empresa.

Já pensou?

Lixo espacial deixa astronautas de estação em alerta: sujamos a terra, a água, o ar... e o espaço sideral.

Ilustração mostra circulação de detritos espaciais na órbita da Terra

Na sociedade capitalista e consumista moderna a gestão de um subproduto, o lixo, sempre foi e será um grande problema para o mundo. O lixo, ou os resíduos, poluem rios, oceanos, o solo, as pessoas, enfim, é umproblema insolucionável se, o sitema não mudar. Hoje vivemos em uma racionalidade econômica, onde tudo que é produzido e consumido, visa o lucro. Ao invés de vivermos em um racionalismo ambiental, onde o consumo de bens seja em respaito ao ambiente e a natureza.

Mas o lixo não é somente um problema para quem vive na suprefície da Terra. 

No espaço também há lixo. E, este lixo, também é de orígem humana.

"A tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) teve de se refugiar em cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de lixo espacial (leia AQUI). O pedaço descartado de um foguete russo foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a ISS.

A Nasa (agência espacial americana) afirmou que o objeto não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que era preciso tomar medidas de precaução. Com frequência, a ISS enfrenta o risco de ser atingida por lixo especial. Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.

Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância bem menor, a 23 quilômetros".

Pois é, não poupamos nem o espaço com os nossos resíduos. Um choque com um sestes pedaços de foguetes e satélites, podem testruir qualquer nave que esteja orbitando em torno do nosso planeta.

Senador Demóstenes Torres: o vestal da moralidade e sua imoralidade.



Inúmeras vêzes o senador Demóstenes Torres subiu a tribuna do Senado para axincalhar o Governo Federal e o PT. Sempre chamando-os de corruptos e "denunciando" tudo que ele achava que poderia prejudicar o governo.

Agora, depois de desbaratada uma quadrilha de bicheiros que exploravam jogos ilegais, na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, foi flagrada a estreita ligação entre um dos envolvidos e preso, Carlinhos Cachoeira, com o Vestal da moralidade, o senador Demóstenes Torres.

Meses de conversas telefôniocas interceptadas com ordem judicial do bicheiro preso, lá estão conversas com o senador que, quando se soube que tinha ganho um telefone Nextel de Carlinhos Cachoeira, disse que "não havia nada de ilegal" e ter ganho sete bandido o tal telefone.

Agora, segundo matéria da Folha de São Paulo (leia AQUI|), a coisa ficou complicada para o nobre senador: "O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), entendendo que existem indícios de uma ligação criminosa entre o parlamentar e o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Ele afirmou que requisitou ao tribunal a autorização para a realização de uma série de "diligências", sem entrar em detalhes sobre quais seriam elas, por se tratar de um procedimento coberto pelo segredo de Justiça. Esse é um pedido formal que deverá ser atendido pelo STF, pois nesta fase de uma investigação criminal, o responsável por sua condução é o procurador-geral da República".

Aí eu pergunto, que cara-de-pau deste nobre senador, não é?

Sobe a tribuna do Senado para dar uma de vestal da moralidade, da ética e dos bons costumes mas, na realidade, não passa de um bandido, um imoral e um mentiroso.

Como é que um senador, um dos mais altos cargos da república, se associa a um bandido?

Agora, segundo a mesma matéria, o "nobre" senador está "abatido, passou a manhã em seu gabinete no Senado, mas não circulou pelos corredores da Casa. O democrata procurou líderes partidários para pedir apoio político. Disse que espera o julgamento criminal pela Procuradoria Geral da República, mas espera ser poupado de um processo no Conselho de Ética do Senado --que poderia lhe acarretar a perda de mandato".

Outro desdobramento que virá a tona neste caso, é o envolvimento da revista Veja no conluio com o Carlinhos Cachoeira que era, digamos, correspondente da Veja para assuntos dedenuncismo ( leia AQUI).

Pois é, parece que esta gente não sabe que, sempre é assim: a verdade sempre vem a tona.

terça-feira, 27 de março de 2012

A globalização e a "desindurtrialização" no Brasil: um caminho sem volta?


“As antigas indústrias nacionais foram destruídas e continuam a ser destruídas a cada dia. São suplantadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão de vida ou morte para todas as nações civilizadas (…) Em lugar da antiga auto-suficiência e do antigo isolamento local e nacional, desenvolvendo-se em todas as direções um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. E isso tanto na produção material quanto na intelectual. Os produtos intelectuais de cada nação tornam-se patrimônio comum. A unilateralidade e a estreiteza nacionais tornam-se cada vez mais impossíveis e das numerosas literaturas nacionais e locais forma-se uma literatura mundial”. (Marx; Engels, 2001, pg. 49)


Parece que estas palavras foram escritas hoje. Mas na realidade têm mais de 150 anos.

A globalização, tão discutida nos anos 90, sobre os rumos da economía mundial, ficaram prá trás. Hoje, as grandes corporações se espalharam pelo mundo e o fazem em busca de mais lucros. E isso com um custo ambiental incalculável, que não é computado no preço das mercadorias. As mesmas mercadorias que são transportadas de um lado para outro do planeta em grandes navios consumindo energia e poluindo a atmosfera e os oceanos, agravando o aquecimento global.

Os governos nacionais ficam refens do capital e não ao contrário, como deveria ser. 

Ontem em Porto Alegre ocorreu uma manifestação em pról da proteção da indústria nacional (mas o que é industria nacional?). Com o aumento das importações (muito mais baratas, pois na maioria das vezes é fruto de trabalho escravo ou semi-escravo) astá ocorrendo um processo de "desindustrialização" no Brasil.

Mas como se faz isso, se hoje estamos em um mundo globalizado?

Somente os incentivos governamentais são incipientes perante o interesse especulativo das grandes corporações. 

Vivemos em uma crise não somente econônica do capitalismo globalizado. Esta crise também é ambiental. O Brasil exporta matérias-primas, alimentos e água (contida nos alimentos e na produção das matérias-primas). E a crise mundial, além de retirar a competitividade da indústria nacional, também afeta a exportação da produção primária, pois os países da Europa e os EUA, tem enormes dificuldades econômicas.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos do RS (Abimaq), pelo menos 15 mil vagas de trabalho deixaram de ser criadas em razão da substituição da produção brasileira por importados. "Não existe país rico sem indústria desenvolvida. Caxias do Sul é o segundo maior polo mecânico do Brasil, mas precisa de suporte para competir. Quem transforma o aço em máquina é a indústria, que cada vez mais está desvalorizada", disse o presidente da associação, Luiz Alberto Neto. Leia AQUI.

Mais do que nunca Carl Marx é atual. Sua visão de mundo de 150 anos atrás se mostra agora, viva.

Nem vitrine de 4 anos a frente do executivo dá vantagem a Fortunati na corrida eleitoral em Porto Alegre.



O que o eleitor a prefeito quer?

Quer que a sua cidade, o seu lugar e ele próprio, sejam valorizados.

O que se pode deduzir do reultado da pesquisa a prefeito de Porto Alegre, é que o cidadão portoalegrense não está contente com a atuação de Fortunati na prefeitura.

Fortunati se elegeu como voce do Fogaça e sobreou como prefeito quando este tentou ser governador do RS em 2010. A administração Fo-Fo (Fogaça-Fortunati) foi desastrosa e cheia de falcatruas (licitações fraudulentas, desvio de recursos, etc) além de deixarem a cidade suja e mal cuidada.

Se fosse boa a administração do atual alcaide, certamente seu patamar seria além 33%.

Manuela tem sim grandes chances de concorrer bem e até vencer.

Já o PT com Vilaverde, vai mal. O PT não forjou novas lideranças ao longo dos anos para chegar com consistência esta disputa. Vilaverde não empolga, apesar de ser um ótimo quadro, é pouco conhecido pela população.

Segundo a pesquisa Correio do Povo/Instituto Methodus (leia AQUI) para a eleição à Prefeitura de Porto Alegre em 2012 aponta um empate técnico entre o atual prefeito, José Fortunati (PDT), e a deputada federal Manuela D''Ávila (PC do B), nos três cenários pesquisados.

A vantagem de Fortunati sobre Manuela varia de 0,9 ponto percentual a 3,1 pontos percentuais, conforme o cenário, mas os índices são inferiores à margem de erro admitida para a pesquisa, de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em terceiro lugar nas intenções de voto aparece o deputado estadual Adão Villaverde (PT), com 10%, 10,5% e 11,3% nos três cenários. Não há uma variação significativa nas diferenças entre Fortunati e Manuela em relação à pesquisa anterior do Correio do Povo/Instituto Methodus, publicada em outubro de 2011, quando o deputado Adão Villaverde ainda não havia lançado sua pré-candidatura.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Você quer um lugar para morar?



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A fumaça dos aviões mata mais que os acidentes aéreos.


Na foto vemos um avião em altitude deixando um arco-íris atrás de si. Este belo espetáculo se dá pela luz refletida na fumaça expelida pelas suas turbinas, bonito não?

Nada disso, uma poluição assassina.

Um novo estudo diz que a poluição de aviões causa mais fatalidades que os acidentes. O estudo afirma que a exposição a poluentes tóxicos emitidos por aviões é a causa principal.

A pesquisa diz que desastres de avião custam mil mortes por ano, mas que as emissões respondem indiretamente um número muito superior de mortes prematuras a cada ano. E não se trata apenas da exposição a poluentes quando os aviões decolam ou aterrissam.

O chefe do estudo, Steven Barrett, engenheiro aeronáutico do Massachusetts Institute of Technology, em Cambridge, diz: "Descobrimos que emissões não reguladas acima de mil metros foram responsáveis pela maioria das mortes."

A causa e efeito são semelhantes à poluição de escapamentos de veículos. Pequenas partículas de dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio entram em nossos pulmões e na corrente sanguínea, causando danos irreparáveis. Câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e respiratórias são as principais doenças.

A pesquisa rastreou a poluição do ar de aviões em altas altitudes correlacionando dados de rotas de vôo, a quantidade média de combustível queimado durante os vôos, as emissões estimadas e colocou tudo em um complexo sistema de computador. O computador modelou as rotas de vôo e, consequentemente, como os poluentes provavelmente se movimentam, onde eles mais provavelmente chegam ao solo, e onde as pessoas os respiram.

O estudo calculou que cerca de 8 mil mortes ocorrem por ano da poluição de aviões que voam a mais de 10 quilômetros de altura, e duas mil como resultado da poluição durante decolagens e aterrissagens, leia AQUI.

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Feliz aniversário Porto Alegre.

Nasci em Porto Alegre. Posso dizer que sou portoalegrense da gema. Pois eu nasci na maternidade do Hospital de Beneficência Portuguesa e fui batizado da Igreja Nossa Senhora da Conceição, bem no centro da capital do Rio Grande so Sul.

Nesta época, a população de Porto Alegre era em torno de 500.000 habitantes, um terço da população atual.

Não vou entrar em um clima saudosista neste aniversário de 240 anos de Porto Algre. Mas não posso deixar de lembrar que como era a nossa "mui leal e valorosa" cidade (título outorgado pelo Império a Porto Alegre, por esta não se incorporar aos farrapos).

A cidade era pacata, poucos automóveis circulavam palas ruas tranquilas, mesmo nas horas de ir e voltar ao trabalho, os bondes, os passeios na Redenção, o "footing" da Rua da Praia, o Porto sem o muro, a Praia de Belas (que era uma praia e não um shopping), os banhos no Lago Guaíba (que naquela época era rio) em Ipanema, os autos de praça (taxis), a fumaça da Usina do Gazômetro a sujar os lençóis no varal de quem morva no centro. As saias plissadas das gurias do Instituto de Educação, as reuniões dançantes... e muitas outras coisas que já se foram, mas permanecem na minha memória e na história da cidade.

Hoje a cidade é outra. Mais corrida, poluída, mais entristecida pelo abandono dos governantes, dos equipamentos quebrados, das ruas esburacadas e entupidas de carros em engarrafamentos intermináveis, mas continua sendo a minha cidade.

Feliz aniversário Porto Alegre.






Era isso.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Comércio mundial de armas cresceu 24% nos últimos 5 anos, aponta estudo

Caça

O nosso planeta vive sempre em estado de alerta. Pois cada vez mais existe um clima belicista entre as nações e dentro delas.

O comércio internacional de armas aumentou substancialmente nos últimos cinco anos, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).


De acordo com o levantamento, o comércio de armas aumentou 24% entre 2007 e 2011, sobretudo por conta da militarização empreendida pelos países asiáticos. Leia AQUI

Os Estados Unidos permanecem como o maior exportador mundial, seguido de Rússia, Alemanha, França e Grã-Bretanha. São sempre os mesmo que, para se manterem no poder do mundo, têm de recorrer a força e ao intimidamento.


A Índia se tornou o maior importador de armas do mundo, seguida de Coreia do Sul, Paquistão, China e Cingapura.

Segundo os autores do estudo, a Índia ultrapassou a China como maior comprador graças em grande parte ao fato de que a indústria bélica chinesa cresceu muito nos últimos cinco anos.

As armas compradas pelos indianos representaram 10% do comércio mundial no período analisado.

O relatório dá assim um novo sinal da corrida armamentista na Ásia. Um estudo também divulgado neste mês por um centro de estudos de Londres indicava que os gastos militares asiáticos superarão os europeus pela primeira vez em 2012.

Stephanie Blencker, da Sipri, afirmou que a China está a ponto de entrar no grupo dos cinco maiores vendedores de armas do mundo, sobretudo por conta de suas vendas ao Paquistão.

Mas seus motivos não são puramente financeiros, segundo ela. A China teria também como objetivo, ao elevar suas exportações de armas, aumentar sua influência.

Porém Blenckner observa que a diferença entre a quantidade de armas vendidas pelos Estados Unidos e pela China ainda é muito grande.

domingo, 18 de março de 2012

+ Considerações sobre a "revitalização" da Orla do Guaíba



Sou frequentador assíduo da Orla do Guaíba. Moro no Centro Histírico e diariamente estou ali, fazendo meus exercícios físicos, correndo, andando de bike, caminhando ou, simplesmente, apreciando a paisagem.

Ontem, domingo, ao contrário do que se diz, de que a população não usa a Orla, mais de vinte mil portoalegrenses estavam usufruindo este local. É uma falácia dizer que, somente com a tal "revitalização" é que a população vai estar presente. O POVO JÁ ESTÁ CURTINDO A ORLA DO GUAÍBA.

Então, quero aqui acrescentar que, a qualificação dos espaços públicos de Porto Alegre, são uma necessidade. E claro que a Orla precisa de melhorias.

Mas me digam, onde foi parar a concessão da Orla di Guaíba para a Pepsi?

Pois é, nestes últimos anos se vê, em qualquer lugar onde se vá, o estado de abandono dos equipamentos públicos, a sujeira, a falta de segurança... o desleixo por parte da prefeitura. e a Orla é um destes lugares.

Trago aqui então, mais alumas considerações sobre o projeto para a tal revitalização de 1,5 km da Orla do Guaíba.

Por que não contratar arquitetos de Porto Alegre para elaborar um projeto destes?

Sim, pois alguém que conhece o local, tem muito mais condições de elaborar algo que realmente vá ao encontro dos anseios da população da cidade. Jaime Lerner, mora e sempre viveu em Curitiba, portanto, outra realidade.

Porque não previlegiar o verde e sim o concreto?

Bom... esta é óbvia: plantar árvores não dá lucro.

Por outro lado, numa cidade como Porto Alegre que, no verão é muito quente e, no inverno, muito fria e úmida, fica claro que, o concreto, vai dificultar (e não promover) a ocupação pela população da Orla do Guaíba.

O interessante naquele local, no verão, é o clima mais ameno com a vegetação que, ao contrário, com o concreto, vai aquecer e afastar seus frequentadores. No inverno, convenhamos, será um gelo...

Para quê "bolinhas de gude" na pista?

Quem vai utilizar (segundo seus idealizadores) frequentar 24 horas por dia a Orla?

Espero que haja mudanças no projeto, pois a Orla precisa sim, de melhorias, mas que integrem o verde e a convivência com a natureza.

Em pempo: quem vai num domingo a tardinha verá, que é bem frequentada, muita gente. Não são necessárias obras faraônicas, tal como gosta o nosso prefeito Fortunati.

O projeto, na realidade, visa o lucro, e não as pessoas. Aí... todo mundo é engambelado, tal qual a revitalização da Orla pela Pepsi.

Mais uma barberagem: vaza petróleo em outro poço da Chevron,


Mais uma vez a chevron comete barberagem na Bacia de Campos. Mais uma vez vaza petróleo de um poço desta empresa americana (a qual, o ex-candidato a presidência do Brasil, José Serra, queria entregar o Pré-Sal).

Agora a Chevron diz que vai parar com suas atividades em território brasileiro (espero que a justiça não faça como fez com os pilotos do Legacy que chocou-se com um avião da Gol na Amazônia... deixou-os ir embora do Brasil).

Mas parece que agora, pelo menos por enquanto, eles não poderão deixar o País:

Liminar concedida pelo juiz Vlamir Costa Magalhães (leia AQUI), da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro, impede a saída do país de 17 executivos e profissionais da Chevron Brasil e da Transocean Brasil, sem que haja autorização judicial. Entre os nomes está o do presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana. A decisão atende a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira.

sexta-feira, 16 de março de 2012

A Geografia brasileira perde seu maior representante: Morreu Aziz Ab'Saber



Aziz Nacib Ab'Saber, um dos maiores especialistas em geografia física do país, bem como uma voz ativa nos debates sobre biodiversidade e preservação ambiental, morreu na manhã desta sexta-feira, às 10h20. Ele tinha 87 anos. Leia AQUI

Assisti uma palestra do velho mestre no Encontro Nacional de Geografos em 2007, em São Paulo. Uma pessoa simples mas forte em suas idéias. Ele foi um grande estudioso do território brasileiro, seu clima, vegetação e da nossa sociedade. Mesmo eu não concorde com alguas de suas teses, é inegável o seu valor.

Se foi o mestre...

A polêmica dos crucifíxos nas dependências do Judiciário.

[crucifixo.jpg]

Quanta energia gasta em vão. O judiciário entupido de processos esperando serem julgados, as pessoas eperando as decisões, e eles discutindo se tira ou volta o crucifíxo.

O estado é laico, e o crucifíxo é um símbolo religioso. Então, nada mais justo que a ausência deste símbolo religioso das dependencias do Judiciário e, extendendo a medida, em qualquer dependência de órgãos do Estado. E mai, este símbolo, é a todo momento mal usado, pejorado (ver foto a cima)...

Mas por outro lado, não vejo o porquê não deixá-lo pendurado nas suas paredes. Isso não muda nada. Se ele for retirado, vai agilizar os julgamentos... NÃO. Se ele ficar, vai agilizar... NÃO.

Mas daí teremos de pendurar os símbolos de outras religiões, não é?

Sei muito bem a história... sou adépto da filosofia cristã. Cristo foi um grande homem, quem sabe até mesmo um avatar, um salvador, mas não foi ele que criou o crucifixo... foi a Igreja Católoca Apostólica Romana, que na Idade Média matou milhões de pessoas nas Cruzadas, na Santa(?) Inquisição, apoiou as ditaduras e outras coisinhas mais.

Tudo uma grande bobagem. Um conservadorismo exacerbado que somente divide as pessoas. Num mundo cheio de injustiças, violência, guerras... mais uma cisânia é imposta ao povo. Os que são contra e os que são a favor.

Eu lembro então de uma letra do Nei Lisboa:

Prá vajar no cosmos não precisa gasolina.

Eu visito estrelas

Lendas, profecias
Procurando um verso
Que dissesse tudo
A verdade da galáxia
Se algum dia o sol vai derreter
E o povo passa fome
O povo quer comer

Eu solto tudo aqui de cima
Jogo tudo pro céu
Desarmo com carinho as armadilhas
Que entravam meu caminho
A uma vida natural
Mas sempre tem um grilo
Cri-cri-cricando meu prazer
O povo passa fome
O povo quer comer

Barões, fragatas, plutônios,
Neurônios explosivos
Não impedirão
Que o ciclo evolutivo do planeta
Cumpra o seu dever
Mas dando no que der
Já sei que um dia vou morrer
E o povo...

Ah, o povo...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Prefeito de Porto Alegre José Fortunati (PDT) contrata Jaime Lerner (PDT) para encher de concreto a orla do Guaíba.

Divulgação: Prefeitura de Porto Alegre

Divulgação: Prefeitura de Porto Alegre

Divulgação: Prefeitura de Porto Alegre

Divulgação: Prefeitura de Porto Alegre

Um absurdo o que está ocorrendo em Porto Alegre. Uma cidade de concreto e asfalto, com poucas áreas verdes para resfriar o clima urbano, decide colocar mais concreto ainda na cidade.

Mas é óbvio, pois plantar árvores e grama, não dá lucro.

O arquiteto Jaime Lerner apresentou, na última quarta-feira (15), o projeto para a revitalização da orla do rio Guaíba, em Porto Alegre, durante uma reunião da Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento (Cauge). O projeto prevê espaço para quiosques, deques, ciclovia e marina pública. (leia AQUI)

Segundo a matéria, Praticamente todo o trajeto de 1,5 km contará com arquibancadas formadas a partir do relevo natural do terreno, criando espaços de convivência. Concentradas nas pontas e no centro do trajeto, as arquibancadas seguirão o curso do rio, criando formas onduladas. O projeto ainda prevê a iluminação de toda a área, para que a região da orla possa ser utilizada nas 24 horas do dia.


Para o chão, o arquiteto propôs o emprego de pavimento de concreto com bolas de gude. Em contraste com a iluminação inclinada, as bolas de vidro refletirão os raios de luz. A vegetação será adequada para que, ao nível da rua, não haja interferência visual. Essa, inclusive, é uma das principais características buscadas pelo arquiteto.

Uma das premissas do projeto era evitar altos custos de manutenção. Por isso, o arquiteto dispensou grandes instalações e favoreceu os espaços abertos, que transformam o local em um parque. "Criamos um projeto de ecoarquitetura, que aproxima as pessoas e fortalece a ideia de um parque no local", enfatizou Lerner, que já é responsável, em parceria com o escritório espanhol b720, pelo projeto de revitalização do Cais Mauá, situado bem próximo da orla.

Segundo a prefeitura, a partir de agora será iniciado o processo de Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) para a primeira etapa de revitalização da orla. A previsão é de que a prefeitura abra licitação para a execução das obras até o final deste semestre.

É um absurdo, um projeto megalomaníaco do Prefeito medíocre de Porto Alegre. Quer fazer nome com obras faraônias e se esquece do principal, as pessoas e a natureza.

Indo na contra-mão das tendências mundiais, Fortunati que encher de concreto a orla do Guaíba, bolinhas de gude, e outras porcarias, só para encher os bolsos dos amigos de dinheiro.

S.O.S Orla do Guaíba, não podemos deixar que isso se concretize

segunda-feira, 12 de março de 2012

Após um ano do tsunami no Japão, os problemas continuam... e graves.


No dia 11 de março de 2011, após um grande terremoto, um tsunami arrasou 500 km da costa do Japão.

O número de mortos foi de 15.645 e os desaparecidos 4.984, totalizando 20.629. Desses, 1.046 tinham 19 anos ou menos, entre mortos e desaparecidos. Não resta dúvida que a dor da tragédia é profunda e não há como eliminá-la em tão pouco tempo.

Desde então, não se conseguiu sequer resolver o problema dos 22,53 milhões de toneladas de entulho e lixo gerados na ocasião. O entulho amontoado formam montanhas e, em Ishinomaki, na provincial de Miyagi, têm forma piramidal. É a mais concreta demonstração da calamidade ocorrida. Uma outra parte dos escombros flutua no oceano Pacífico em direção aos EUA, devendo chegar à costa americana em 2016.

As províncias afetadas estão lutando para que as demais províncias do arquipélago colaborem para incinerar o lixo produzido, mas, com a falta de credibilidade que tomou conta do país, ninguém acredita que esse lixo esteja isento de radiação prejudicial e, por isso, a resistência a colaborar é enorme. Leia AQUI.

A força implacavel da natureza não pode ser detida e, depois da destruição, a reconstrução é algo lento e doloroso.

Existem aproximadamente um bilhão de telefones com câmeras em todo o mundo. No Japão, cerca de 90% da população tem um. Em 11 de março de 2011, quando o terremoto e o tsunami ocorreram neste país asiático, milhares de pessoas tiveram a coragem de registrar o momento fatídico. No primeiro aniversário desta catástrofe japonesa, será possível ver e ouvir esta história através dos olhos e das câmeras das pessoas que a viveram em primeira mão.

Hoje a noite, segunda-feira, dia 12, às 22 horas, no canal 82 da NET, o History Chanel, exibe um documentário com cenas fortes de como aconteceu o tsumami e como os habitantes das cidades atingidas reagiram ao fenômeno. Vale a pena ver, mas são cenas muito dramáticas da força da natureza.