quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Notícia de record de emprego (4,6%) no Brasil, desnuda a face de corvo da mídia ou PIG (Partido da Imprensa Golpista)



(uma vergonha)

Divulgado, hoje pela manhã, pelo IBGE, o índice de desemprego no Brasil em novembro, de 4,6%, é um emblema dos tempos em que vivemos, em muitos sentidos.

Na seara civilizatória, equivale dizer que em meio a um mundo assombrado pela falência múltipla das maiores nações capitalistas, o Brasil se impõe como um modelo econômico ao mesmo tempo sólido e solidário, com antenas voltadas para o futuro e raízes firmes na realidade presente.

Somos um país que compra aviões de caça de última geração, mas que tem como bandeira fundamental a erradicação da fome, da pobreza e da injustiça social.

No entanto, embora os dados de novembro do IBGE revelem a menor taxa de desemprego da história do Brasil, essa circunstância serve também para expor, ainda mais, o depositório de ressentimentos que virou boa parte da mídia brasileira.

Conservadora, reacionária e alinhada ao antipetismo mais rasteiro em circulação nas redes sociais, a mídia brasileira embaralha os conceitos de liberdade de imprensa e de expressão para esconder suas verdadeiras intenções. Esconder que, ao se vender como oposição política, faz oposição ao Brasil.

Não a qualquer Brasil, mas a este Brasil da última década, o Brasil de pleno emprego, o Brasil dos governo do PT.

O Brasil de todos.

É preciso ler o primeiro parágrafo da matéria publicada, hoje, na Folha de S.Paulo, sobre o menor desemprego da história do País, para se entender a dimensão desse ressentimento sem fim.

Diz a Folha, primeiro:

“Apesar do menor ritmo da economia no terceiro trimestre, da freada do consumo e do crédito restrito, as empresas não lançaram mão ainda de demissões e a taxa de desemprego segue em níveis baixos.” (leia AQUI)

Trata-se de um “nariz-de-cera”, como se diz no jargão jornalístico, montado para desmerecer e desqualificar uma notícia que os pobres leitores da Folha ainda terão que procurar muitas linhas abaixo, até chegar na profecia da Cassandra escolhida para anunciar o fim da tragédia.

Diz a matéria da Folha, em seu último parágrafo:

“Um dos indicadores que já sinalizam uma piora é a renda. De outubro para novembro, o rendimento, estimado em R$ 1.965,20, subiu 2%. Já em comparação com novembro de 2012, houve expansão de 3%, num ritmo menor do que nos meses anteriores.”

Ou seja, a piora virá porque, no último mês, a renda subiu 2% – ou 3%, se comparado a novembro de 2012.

Não é só ridículo, é perigoso.

Apesar dos pesares, quis dizer o jornal, no fim das contas, ainda não conseguimos destruir os sonhos nem restaurar o medo.

Triste constatar que, levados a este inferno de mágoas eleitorais pelas mãos de seus patrões, muitos jornalistas brasileiros se transformaram em especialistas na arte de transformar boas novas em presságios de mau agouro.

Parecem não perceber, mas vagam miseravelmente perdidos no vão ideológico em que se meteram, cada vez mais ignorados pela gente do País que mal disfarçadamente desprezam.
                              

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A justiça é para preto, pobre e e puta: Catador é o primeiro condenado após onda de manifestações



Como não poderia deixar de ser, a "Justiça" é para os ricos.

Quem não tem condições (dinheiro) de ter para si um bom advogado, vai em cana.

Nado como ser como o "dono do Brasil" Daniel Dantas, que está por traz da maioria da corrupção no País. Ele tem um time de TRINTA ADVOGADORS, e dos melhores.
Ele nunca cai em cana.

Pois é bem assim, um morador de rua é o primeiro condenado após participação em manifestação ocorrida no Rio neste ano --provavelmente, também o primeiro no país.
 
Acusado de porte de artefato explosivo, ele terá de cumprir cinco anos e dez meses de prisão em regime fechado, segundo decisão de primeira instância da Justiça estadual. Cabe recurso.
 
Rafael Braga Vieira, 26, foi detido em 20 de junho, dia da maior manifestação ocorrida na cidade, com participação de 300 mil pessoas, segundo especialistas da Coppe/UFRJ.
 
O protesto terminou com um rastro de destruição no centro. Naquele dia, cinco pessoas foram presas e três menores de idade foram apreendidos por policiais.
 
De acordo com a polícia e o Ministério Público, Vieira foi detido com dois coquetéis molotov saindo de uma loja abandonada na avenida Presidente Vargas.
 
'PINHO SOL'
 
Na delegacia, ele afirmou ser morador de rua e catador de latinhas. A defesa alegou que nas garrafas havia desinfetante da marca "Pinho Sol" e água sanitária. O caso ganhou as redes sociais. Em uma delas, o grupo Anonymous lançou uma campanha por sua liberdade.
 
O nome de Vieira e de outros presos durante manifestações consta do relatório encaminhado pela ONG Justiça Global à comissão de direitos humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).
 
Em sua sentença, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal, considerou a versão da defesa "pueril" e "inverossímil". De acordo com o magistrado, laudo pericial "atesta que uma das garrafas tinha mínima aptidão para funcionar como coquetel molotov".
 
"O etanol encontrado dentro de uma das garrafas pode ser utilizado como combustível em incêndios, com capacidade para causar danos materiais, lesões corporais e o evento morte", diz o juiz.
 
Duarte definiu a pena em regime fechado considerando a reincidência de Vieira. Ele já foi condenado e cumpriu pena duas vezes por roubo. Vieira já está preso preventivamente em Japeri.
 
A Defensoria Pública, responsável pela defesa dele, disse que não foi notificada.