quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dia do Trabalhador: um dia de lutar


Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.

Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes.


No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiram que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.

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Muita coisa mudou no mundo do trabalho de lá para cá, mas ainda há muitos trabalhadores sendo explorados. No Brasil, principalmente, o trabalho escravo ou em condições precárias, como o dos chamados boia-fria ainda é uma realidade. Também os baixos salários pagos por jornadas longas. Em suma, o capital sempre a explorar o trabalhador. Como dizia Lula quando era sindicalista...


Aluta continua companheiro!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Foga$$a, na contramão, quer extinguir ciclovia.


Segundo matéria da ZH, Foga$$a vai desativar o Caminho dos Parques. Uma via protegida para ciclistas que funciona em domingos e feriados, e que liga o Parcão e a orla do Guaíba.


Na contramão da tendência mundial, de incentivar o uso a bicicleta, o nosso alcaide poeta, extingue a via.


Os motivos, segundo o segretário fo Foga$$a é que: "O projeto é muito ruim. Induz as pessoas a riscos. Não pode ter uma ciclofaixa em vias de alta movimentação de veículos, como a (Avenida) Goethe, por exemplo. Por isso, vamos retirar as placas – afirma Luiz Afonso Senna, secretário municipal de Mobilidade Urbana".


Senna não entende é bulhufas de mobilidade urbana, se a intenção de se criar ciclovias é substituir o carro pela bike, como não implementar ciclovias "em vias de alta movimentação de veículos"?


Na realidade, desde que assumiu a prefeitura, não há manutenção e nem fiscalização do Caminho dos Parques. Quer dizer, ele não té nem aí prá ciclista.


Como ando de bike quese que diariamente, vejo com maus olhos esta decisão. Pois se existe a "vontade" de se fazer ciclovias, primeiro se implante as novas e, depois, aí sim, desative a que já existe.


Outra crítica que faço, diz respeito ao que se chama de ciclovia frente ao shoping Barra Sul, que liga nada a lugar nenhum e, ainda por cima, tem piso irregular e serve de calçada para pedestres.


NÃO É UMA CICLOVIA.


É complicado andar de bike na capital do RS...


Até quando?

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Geografia e a Gripe Suína: uma questão ambiental


De repente nos cai no colo a notícia de probabilidade de uma pandemia de Gripe Suína, que se espalha a partir do México. É incrível a velocidade de sua propagação e, mais que isso, a sua origem.

Não vou aqui comentar o que é esta doença, pois penso que já sabemos do que se trata. Um vírus do tipo influenza, que se propaga pelo ar e é altamente infeccioso.

O que se pode dizer, a respeito de sua origem (além da questão biológica), é que, com as políticas neoliberais em curso no México, muito pouco ou quase nada, foi ou é investido em saneamento básico naquele país, principalmente na Cidade do México (a cidade mais populosa do mundo), onde a pobreza faz companhia para quase metade de sua população.

São grandes contingentes de pessoas em ônibus e trens lotados, respirando um ar carregado de toda a sorte de vírus e bactérias (a Cidade do México é a metrópole mais poluída do planeta).

E, agora, o vírus da Gripe Suína, viaja de avião, a partir daquele país, para todas as partes do globo, a uma velocidade de 800 km/h. Rápido o bastante para, em poucas horas, já ser encontrado em pessoas de cinco países (no dia 28/4/09, além do México e Estados Unidos, Israel, Nova Zelândia e Espanha já tem casos confirmados).

E agora, o que fazer?

Além da crise do capitalismo globalizado, da crise ambiental, temos no caminho da humanidade, uma provável crise de saúde pública.

Pois, o que se vai fazer para as pessoas não saírem de casa? Não serem expostas ao vírus?
Como, vai ficar o capitalista, se estas pessoas não saírem de casa, para trabalhar e consumir?

Eu não tenho estas respostas...

Quem terá?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Algumas paisagens

Uma ponte sobre o rio Três Forquilhas - RS

Um dia de chuva no litoral do RS

Lagoa de Itapeva - Torres - RS


Uma Janela da Lapa - Rio de Janeiro - RJ

Lago Guaíba - Porto Alegre - RS

Vinhedos em Bento Gonçalves - RS





quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Dia da Terra: ela está doente.


Hoje, 22 de abril, é o Dia da Terra.

A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de1970. Foi iniciada pelo senador norteamericano Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades.

A pressão social teve seus sucessos e o governo dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.

Dela para cá, todos os anos a data é lembrada e, como já éramos alertados na década de 70, o modo de vida da humanidade, continua insustentável, e a Terra sofrendo.

O modelo capitalista de consumo desenfreado está levando a Terra ao colapso. O consumo de energia, através dos combustíveis fósseis, ainda é responsável por 80% da demanda. Este consumo está aumentando os riscos de o Planeta não ter mais condições de se auto-recuperar.


Gaia está pedindo socorro.

Pois como um ser humano acometido por uma infecção, está com febre, a Terra, também está nesta situação: doente e quente... Com febre para debelar o mal que se abate sobre ela.

E o que podemos fazer para ajudá-la?

Pequenas ações não salvarão a Terra, mas podem ajudar a melhorar sua condição.

Reduzir o nosso consumo é essencial: devemos consumir somente o que precisamos, o consumismo é insustentável, tanto do ponto de vista ambiental quanto do ponto de vista social, pois para consumirmos algo, alguém deixa de consumir. Não há para todos.

Separar o lixo, economizar água e energia, são importantes para uma vida melhor para as gerações futuras.

Não podemos ser egoístas e pensarmos somente em nós mesmos. Solidariedade é o que pode mudar o destino da Terra.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Baixa atividade do sol intriga astrônomos



Segundo matéria da BBC, o Sol está em um de seus períodos de menor atividade em quase 100 anos, mas isso não reverte efeitos do aquecimento global.

O astro rei passa por um de seus períodos mais quietos por quase um século, praticamente sem manchas solares (explosões na atmosfera solar) e emitindo poucas chamas.

A observação da estrela mais próxima da Terra está intrigando os astrônomos, que estão prestes a estudar novas imagens do sol captadas no espaço na Reunião Nacional de Astronomia do Reino Unido.

O sol normalmente passa por ciclos de atividade de 11 anos. Em seu pico, ele tem uma atmosfera efervescente que lança chamas e "pedaços" gasosos super quentes do tamanho de pequenos planetas. Depois deste pico, o astro normalmente passa por um período de calmaria.

Esperava-se que o sol voltasse a esquentar no ano passado depois de uma temporada de calmaria. Mas em vez disso, a pressão do vento solar chegou ao seu nível mais baixo em 50 anos, as emissões radiológicas são as mais baixas dos últimos 55 anos e as atividades mais baixas de manchas solares dos últimos 100 anos.

Segundo a professora Louise Hara, do University College London, as razões para isso não estão claras e não se sabe quando a atividade do sol vai voltar ao normal.

"Não há sinais de que ele esteja saindo deste período", disse ela à BBC News.

"No momento, há artigos científicos sendo lançados que sugerem que ele vai entrar em um período normal de atividade em breve."

"Outros, no entanto, sugerem que ele vai passar por outro período de atividades mínimas - este é um grande debate no momento."

Mini era do gelo

Em meados do século 17, um período de calmaria - conhecido como Maunder Minimum - durou 70 anos, provocando uma "mini era do gelo".

Por isso, alguns especialistas sugeriram que um esfriamento semelhante do sol poderia compensar os efeitos das mudanças climáticas.
Mas segundo o professor Mike Lockwood, da Universidade de Southhampton, isso não é tão simples assim.

"Quisera eu que o sol estivesse vindo a nosso favor, mas, infelizmente, os dados mostram que não é esse o caso", disse ele.

Lockwood foi um dos primeiros pesquisadores a mostrar que a atividade do sol vinha decrescendo gradualmente desde 1985, mas que, apesar disso, as temperaturas globais continuavam a subir.

"Se você olhar cuidadosamente as observações, está bem claro que o nível fundamental do sol alcançou seu pico em cerca de 1985 e o que estamos vendo é uma continuação da tendência para baixo (na atividade solar), que vem ocorrendo há cerca de duas décadas."
"Se o enfraquecimento do sol tivesse efeitos resfriadores, já teríamos visto isso a esta altura."

Meio termo

Análises de troncos de árvores e de camadas inferiores de gelo (que registram a história ambiental) sugerem que o sol está se acalmando depois de um pico incomum em sua atividade.
Lockwood acredita que, além do ciclo solar de 11 anos, há uma oscilação solar que dura centenas de anos.

Ele sugere que 1985 marcou o pico máximo deste ciclo de longo prazo e que o Maunder Minimum marcou seu ponto mais baixo.

Para ele, o sol agora volta a um meio termo depois de um período em que esteve praticamente no topo de suas atividades.

Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) mostram que as temperaturas globais subiram em média 0,7 C desde o início do século 20.
As projeções do IPCC são de que o mundo vai continuar a esquentar, e a expectativa é de que as temperaturas aumentem entre 1,8 C e 4 C até o fim deste século.

Ninguém sabe ao certo como funciona o ciclo e altos e baixos na atividade solar, mas os astrônomos se veem, agora, graças a avanços tecnológicos, em uma posição privilegiada para estudar o astro-rei.

Segundo o professor Richard Harrison, do Laboratório Rutheford Appleton, em Oxfordshire, este período de quietude solar dá aos astrônomos uma oportunidade única.

"Isso é muito animador, porque como astrônomos nunca vimos nada assim em nossas vidas", disse ele.

"Temos uma sonda lá no alto para estudar o sol com detalhes fenomenais. Com esses telescópios podemos estudar esta atividade mínima de um modo que nunca fizemos no passado."BBC Brasil

quinta-feira, 16 de abril de 2009

"eu adoro esse cara"... A América também!


Não posso deixar passar em branco esta matéria:


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em primeiro lugar na lista de líderes com melhor aprovação da América, com 70% de popularidade, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira na internet pela empresa mexicana Consulta Mitofsky.


O relatório, correspondente a abril, indica que pouco atrás de Lula está o governante colombiano, Álvaro Uribe, com 69%, seguido pelo mexicano Felipe Calderón, com 68%, e pelo salvadorenho Elías Antonio Saca, com 66%.Em um segundo bloco aparecem os presidentes de Estados Unidos, Barack Obama, com 61%; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo, com 60%; Chile, Michelle Bachelet, com 59%; e Bolívia, Evo Morales, com 58%.


Pouco atrás estão o governante uruguaio, Tabaré Vázquez, com 53%; o costarriquenho Óscar Arias, com 49%; o panamenho Martín Torrijos, com 48%; o guatemalteco Álvaro Colom, com 45%; o dominicano Leonel Fernández e o nicaraguense Daniel Ortega, com 48%; e o peruano Alan García, com 34%.No fim da lista, estão a argentina Cristina Fernández de Kirchner, com 29%, e o hondurenho Manuel Zelaya, com 25%.


A Consulta Mitofsky destacou que a aprovação média dos presidentes americanos em março foi de 52%, só superada pelos resultados de janeiro e maio de 2007, que alcançaram 53% e 54%, respectivamente. No estudo anterior, divulgado em janeiro, Lula, Uribe e Correa dividiam o primeiro lugar, com 70% de aprovação. (EFE - Agência EFE)

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Se o FHC já havia destilado toda a sua inveja ao elogio recebido por Lula do presidente Barak Obama, agora então, piorou.


O doutor honóris nunca, em seus oito anos de reinado no Brasil, chegou sequer perto da popularidade do Lula, um operário metalúrgico, que colocou definitivamente o Brasil entre as maiores potências mundiais.


Em matéria recente da revista inglesa The Economist publicada na semana passada reconhece o equívoco de um dos principais pilares do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): a venda indiscriminada de empresas e bancos estatais. No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil, acreditava-se que um fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao País uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma "situação favorável incomum ao Brasil".


Dá para ver a diferença, não é mesmo?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Enquanto isso no RS...


Apertem os cintos, o piloto sumiu: Yeda abandona seus eleitores.


Tinha me prometido não falar mais sobre os desmandos do des-governo Yeda (PSDB), a não ser se tivesse um fato "relevante".


Mas esta de sair do Estado e não passar o cargo ao vece (que também saiu para Punta), ou ao Presidente da Assembélia, no caso um membro da oposição, não dá prá não comentar, o des-governo Yeda ganhou ares de surreal.


No ato me lembrei daquele besteirol, "Apertem os cintos, o piloto sumiu"...


O RS está sem comando (faz tempo). Na realidade, a presença ou não de Yeda, pouco importa, pois a incompetência governamental é pública e notória. Então prá que governo?


Segundo o panfleto Zero Hora, "Para evitar a entrega do cargo máximo do Executivo para o desafeto Feijó ou para o maior partido de oposição, o Piratini se ampara em um parecer de sete páginas da Procuradoria-Geral do Estado. O documento, produzido em 2007, menciona a evolução tecnológica como argumento para que o governador exerça seu mandato de qualquer parte do mundo. Além disso, uma liminar de 1992 retirou da Constituição Estadual a previsão de perda do cargo pelo governador que deixar o país sem transmiti-lo".


Que chique, a destrambelhada agora faz suas trapalhadas desde "Niu Iorqui" pela "tenéti".


Também pudera, que diferença faz? Alguém vai sentir se ela sai ou não?


E dizem que este é o Estado mais politizado do Brasil...


Que veronha!!!!!!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A Terra está derretendo: mas tudo continua como está


Matéria da (Folha de São Paulo) dá conta que foi a crônica de uma morte anunciada.
Um satélite europeu flagrou no fim de semana o rompimento da ponte de gelo que prendia uma plataforma de gelo no oeste da Antártida.

Agora é uma questão de tempo até que essa estrutura, a plataforma Wilkins, oito vezes maior que a cidade de São Paulo, termine de se esfacelar. Cortesia do aquecimento global.

O colapso vinha sendo monitorado em tempo real pelo satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia, nas últimas semanas. A ponte de gelo, de 40 km de extensão por até 2,5 km de largura, se esfacelou entre sábado e domingo.
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Enquanto o G20 discute os rumos do capitalismo globalizado e como vão salvar “deus mercado” da bancarrota, o Planeta está se desintegrando a olhos vistos. A crise ambiental que está se abatendo sobre a humanidade, parece que não tem a mínima importância, é irrelevante. Nosso futuro é incerto diante do que hoje assistimos.

Ledo engano, a crise ambiental está diretamente relacionada com a crise do capitalismo (não vejo esta crise como sendo financeira, como muitos dizem). Pois o paradigma do consumo e da acumulação capitalista está modificando o clima, destruindo a biodiversidade, contaminando, o solo, a água e a atmosfera.

Na edição deste mês da National Geographic, duas matérias estarrecedoras mostram para onde vai o mundo e a nossa sociedade. A falta d’água no continente australiano está transformando-o em um imenso deserto (aqui).

Em outra matéria (aqui), estudos e modelos matemáticos, dão conta que, a distribuição irregular as chuvas, decorrentes dos efeitos do aquecimento global, vai fazer surgir uma horda de retirantes do clima. E a miséria com certeza ronda hoje milhões de pessoas. Salvar o modelo capitalista de desenvolvimento é ter a certeza da concretização destes prognósticos sombrios.


É inadmissível tratar a crise do capitalismo sem a mudança deste paradigma, sob pena de intensificar as duas crises: a ambiental e a do capitalismo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fogaça gasta cerca de R$800 mil só com propagandas


A prefeitura de Porto Alegre publicou nesta terça-feira (31/3), cerca de cinco páginas de publicidade nos principais jornais da Capital. De acordo com levantamento elaborado pela Bancada do PT, foram quase R$800 mil gastos com a propaganda sem nenhum caráter informativo.


Para a vereadora Maria Celeste (PT), está clara as ações para o futuro candidato ao governo do Estado em 2010. "É uma propaganda claramente eleitoreira, sem caráter de informação das atividades da prefeitura. Isto vai contra a legislação vigente", argumentou.


Confira abaixo a íntegra dos custos que a prefeitura teve apenas com a propaganda:


- Zero Hora – R$ 55.510,00 (por página)R$ 277.550, 00 (5 páginas compradas pela prefeitura)


- Correio do Povo – R$ 68.380,00 (por página)R$ 341.900,00 (5 páginas compradas pela prefeitura)


- Diário Gaúcho – R$ 29.802,50 (por página)R$ 149.012,50 (5 páginas compradas pela prefeitura)


= TOTAL: R$ 768.462,50 São quase R$800 mil reais em apenas um dia.


Com estes recursos, o Município poderia formar mais de quatro equipes de saúde da família ou construir dois postos de saúde na cidade.

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É assim que essa gente se elege, pagando "mensalinho" para a mídia corporativa. O Foga$$a, com aquela cara de "songa-monga", é muito mais esperto que muito espertinho por aí. Enquanto a cidade está atirada às traças, os "jornalões" embolsam a grana que deveria ir para atender o povo. Mas o povo, continua votando neles.


É assim que funciona: uma mão lava a outra... e as duas lavam a B... cara. Cara-de-pau do prefeito.

Mais sobre a crise: para onde vai o Capitalismo?


A crise financeira internacional que praticamente desmontou o capitalismo globalizado exigiu dos estados nacionais atitudes emergenciais para frear a bancarrota do próprio sistema. Do final de 2008 até agora, trilhões de dólares foram gastos (falo em gasto, por ser esta dinheirama toda, necessária para melhorar a vida de milhões de pessoas que vivem no limiar a miséria) para aplacar a voracidade do Deus Mercado.

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Não se sabe se vai adiantar, espera-se que sim, pois como vão, os mega grupos financeiros continuar existindo, sem a “ajudinha” do Estado? É assim mesmo, depois de embolsar fortunas no cassino da ciranda financeira global, o capitalista, agora em apuros, quer socializar o prejuízo.
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Pois é, estão reunidos em Londres, os vinte países mais ricos do planeta, para tentar resolver a crise criada por eles mesmos. O chamado G20, quer agora, fazer o que os revolucionários comunistas e socialistas não conseguiram sequer chegar perto, controlar o mercado e o fluxo de capitais para evitar o agravamento da crise e, até mesmo, saná-la.
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Segundo matéria do Estadão, O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estão entre os líderes do Grupo dos 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento (G-20) que compartilham as metas de regulação financeira internacional apresentadas na quarta-feira pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, disse o secretário de Negócios britânico, Peter Mandelson.
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Na quarta-feira, França e Alemanha apresentaram uma frente unida para tentar aprovar a agenda regulatória rígida deles. Sarkozy disse em entrevista coletiva com Merkel que os dois países queriam princípios de uma nova regulação financeira no encontro do G-20 e que isso era "não negociável".
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Os dois querem um acordo alcançado e apresentado no texto final do encontro sobre as seguintes questões: países que não atendem padrões internacionais sobre tributação, supervisão e lavagem de dinheiro; registro de fundos de hedge; remuneração de banqueiros e operadores; e regras mais duras para agências de rating de crédito. O G-20 deve concordar em impor sanções nos países que não atendem às regras de transparência fiscal da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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Sabem o que isto significa? É o controle do Estado sobre o mercado.
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Tudo que o neoliberalismo sempre apregoou, está indo para a lixeira. O Estado Mínimo, onde o mercado é quem regula as relações entre capital e produção, sem a interferência dos governos, é agora rechaçada. Os governos agora, correm contra o tempo para salvar o que resta deste sistema em fase de falência.





quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Ditadura Militar: Uma cicatriz que ainda doi...


Hoje, 1° de abril, não é somente o popular dia dos bobos. É também aniversário (ou desaniversário) da “redentora” ou o dia do golpe, em que se instalou no Brasil a Ditadura Civil-Militar que duraria 26 anos (leia aqui).
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Sob o pretexto de livrar o país do “comunismo”, a elite brasileira, sempre pronta a manter suas benesses em detrimento do bem do povo, laçou o Brasil nas sombras dos porões do DOI-CODI, DOPS, e outros aparelhos repressivos a disposição na época.
A DitaduraMilitar no Brasil foi um governo iniciado em abril de 1964, após um golpe articulado pelas Forças Armadas, em em 31 de março do mesmo ano, contra o governo do presidente eleito Jõao Gourat
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As Forças Armadas tinham um projeto político-ideológico definido e, para executá-lo, pretendiam permanecer longamente no poder (o que de fato aconteceu).
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A principal razão, entre as que motivaram o golpe, foi o medo da implantação do conjunto de reformas, especialmente a reforma agrária, que traria como consequência imediata a divisão das grandes propriedades - os latifúndios. A reforma agrária diminuiria o poder dos grandes proprietários, principalmente no Nordeste. Conhecidos como "coronéis", os latifundiários mantinham os camponeses sob seu domínio e assim manipulavam as eleições, elegendo representantes que defendiam sempre seus interesses, prática que impedia a formação de uma consciência de cidadania: os trabalhadores rurais explorados e subjugados, mal tinham condições de sobrevivência.
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Muito dos problemas sociais e econômicos que perduram no Brasil iniciaram durante o regime ditatorial implantado pelos militares. Para manterem-se no poder por tanto tempo, distribuíram concessões de rádio e televisão, terras, poder e, muito dinheiro. Durante este período, deu-se o “milagre brasileiro”, onde as grandes obras de infra-estrutura fizeram surgir as grandes construtoras (a Camargo Correa vem desta época) que enriqueceu muita gente.
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Mas o povo, este, ficou a ver navios. Empobreceu, tanto materialmente quanto culturalmente. A Censura não deixou que as pessoas pudessem saber o que realmente se passava no País. Tortura, desaparecimentos e morte de opositores ao regime, chamados de “terroristas”, tirou de cena políticos, artistas e pessoas que poderiam fazer a diferença hoje.
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Em fim. Os anos de chumbo deixaram uma marca que nunca será apagada.
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Uma cicatriz dolorida que nunca será esquecida.