terça-feira, 7 de abril de 2009

A Terra está derretendo: mas tudo continua como está


Matéria da (Folha de São Paulo) dá conta que foi a crônica de uma morte anunciada.
Um satélite europeu flagrou no fim de semana o rompimento da ponte de gelo que prendia uma plataforma de gelo no oeste da Antártida.

Agora é uma questão de tempo até que essa estrutura, a plataforma Wilkins, oito vezes maior que a cidade de São Paulo, termine de se esfacelar. Cortesia do aquecimento global.

O colapso vinha sendo monitorado em tempo real pelo satélite Envisat, da Agência Espacial Europeia, nas últimas semanas. A ponte de gelo, de 40 km de extensão por até 2,5 km de largura, se esfacelou entre sábado e domingo.
______________________________________________
Enquanto o G20 discute os rumos do capitalismo globalizado e como vão salvar “deus mercado” da bancarrota, o Planeta está se desintegrando a olhos vistos. A crise ambiental que está se abatendo sobre a humanidade, parece que não tem a mínima importância, é irrelevante. Nosso futuro é incerto diante do que hoje assistimos.

Ledo engano, a crise ambiental está diretamente relacionada com a crise do capitalismo (não vejo esta crise como sendo financeira, como muitos dizem). Pois o paradigma do consumo e da acumulação capitalista está modificando o clima, destruindo a biodiversidade, contaminando, o solo, a água e a atmosfera.

Na edição deste mês da National Geographic, duas matérias estarrecedoras mostram para onde vai o mundo e a nossa sociedade. A falta d’água no continente australiano está transformando-o em um imenso deserto (aqui).

Em outra matéria (aqui), estudos e modelos matemáticos, dão conta que, a distribuição irregular as chuvas, decorrentes dos efeitos do aquecimento global, vai fazer surgir uma horda de retirantes do clima. E a miséria com certeza ronda hoje milhões de pessoas. Salvar o modelo capitalista de desenvolvimento é ter a certeza da concretização destes prognósticos sombrios.


É inadmissível tratar a crise do capitalismo sem a mudança deste paradigma, sob pena de intensificar as duas crises: a ambiental e a do capitalismo.

Nenhum comentário: