quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mais sobre a crise: para onde vai o Capitalismo?


A crise financeira internacional que praticamente desmontou o capitalismo globalizado exigiu dos estados nacionais atitudes emergenciais para frear a bancarrota do próprio sistema. Do final de 2008 até agora, trilhões de dólares foram gastos (falo em gasto, por ser esta dinheirama toda, necessária para melhorar a vida de milhões de pessoas que vivem no limiar a miséria) para aplacar a voracidade do Deus Mercado.

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Não se sabe se vai adiantar, espera-se que sim, pois como vão, os mega grupos financeiros continuar existindo, sem a “ajudinha” do Estado? É assim mesmo, depois de embolsar fortunas no cassino da ciranda financeira global, o capitalista, agora em apuros, quer socializar o prejuízo.
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Pois é, estão reunidos em Londres, os vinte países mais ricos do planeta, para tentar resolver a crise criada por eles mesmos. O chamado G20, quer agora, fazer o que os revolucionários comunistas e socialistas não conseguiram sequer chegar perto, controlar o mercado e o fluxo de capitais para evitar o agravamento da crise e, até mesmo, saná-la.
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Segundo matéria do Estadão, O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, estão entre os líderes do Grupo dos 20 países desenvolvidos e em desenvolvimento (G-20) que compartilham as metas de regulação financeira internacional apresentadas na quarta-feira pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, disse o secretário de Negócios britânico, Peter Mandelson.
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Na quarta-feira, França e Alemanha apresentaram uma frente unida para tentar aprovar a agenda regulatória rígida deles. Sarkozy disse em entrevista coletiva com Merkel que os dois países queriam princípios de uma nova regulação financeira no encontro do G-20 e que isso era "não negociável".
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Os dois querem um acordo alcançado e apresentado no texto final do encontro sobre as seguintes questões: países que não atendem padrões internacionais sobre tributação, supervisão e lavagem de dinheiro; registro de fundos de hedge; remuneração de banqueiros e operadores; e regras mais duras para agências de rating de crédito. O G-20 deve concordar em impor sanções nos países que não atendem às regras de transparência fiscal da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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Sabem o que isto significa? É o controle do Estado sobre o mercado.
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Tudo que o neoliberalismo sempre apregoou, está indo para a lixeira. O Estado Mínimo, onde o mercado é quem regula as relações entre capital e produção, sem a interferência dos governos, é agora rechaçada. Os governos agora, correm contra o tempo para salvar o que resta deste sistema em fase de falência.





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