quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Ditadura Militar: Uma cicatriz que ainda doi...


Hoje, 1° de abril, não é somente o popular dia dos bobos. É também aniversário (ou desaniversário) da “redentora” ou o dia do golpe, em que se instalou no Brasil a Ditadura Civil-Militar que duraria 26 anos (leia aqui).
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Sob o pretexto de livrar o país do “comunismo”, a elite brasileira, sempre pronta a manter suas benesses em detrimento do bem do povo, laçou o Brasil nas sombras dos porões do DOI-CODI, DOPS, e outros aparelhos repressivos a disposição na época.
A DitaduraMilitar no Brasil foi um governo iniciado em abril de 1964, após um golpe articulado pelas Forças Armadas, em em 31 de março do mesmo ano, contra o governo do presidente eleito Jõao Gourat
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As Forças Armadas tinham um projeto político-ideológico definido e, para executá-lo, pretendiam permanecer longamente no poder (o que de fato aconteceu).
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A principal razão, entre as que motivaram o golpe, foi o medo da implantação do conjunto de reformas, especialmente a reforma agrária, que traria como consequência imediata a divisão das grandes propriedades - os latifúndios. A reforma agrária diminuiria o poder dos grandes proprietários, principalmente no Nordeste. Conhecidos como "coronéis", os latifundiários mantinham os camponeses sob seu domínio e assim manipulavam as eleições, elegendo representantes que defendiam sempre seus interesses, prática que impedia a formação de uma consciência de cidadania: os trabalhadores rurais explorados e subjugados, mal tinham condições de sobrevivência.
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Muito dos problemas sociais e econômicos que perduram no Brasil iniciaram durante o regime ditatorial implantado pelos militares. Para manterem-se no poder por tanto tempo, distribuíram concessões de rádio e televisão, terras, poder e, muito dinheiro. Durante este período, deu-se o “milagre brasileiro”, onde as grandes obras de infra-estrutura fizeram surgir as grandes construtoras (a Camargo Correa vem desta época) que enriqueceu muita gente.
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Mas o povo, este, ficou a ver navios. Empobreceu, tanto materialmente quanto culturalmente. A Censura não deixou que as pessoas pudessem saber o que realmente se passava no País. Tortura, desaparecimentos e morte de opositores ao regime, chamados de “terroristas”, tirou de cena políticos, artistas e pessoas que poderiam fazer a diferença hoje.
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Em fim. Os anos de chumbo deixaram uma marca que nunca será apagada.
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Uma cicatriz dolorida que nunca será esquecida.

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