quinta-feira, 31 de maio de 2007

Municipalização da educação do RS


Já escrevi aqui um post sobre a questão da educação no Rio Grande do Sul (leia aqui). Não é de hoje que os políticos, em seus discursos pré eleitorais, lançam aos quatro ventos bravatas e mais bravatas sobre a importância da educação, que vão investir, melhorar, ampliar e assim por diante. Mas quando ganham a eleição, encima desses discursos inócuos, o quê vemos? O óbvio, que tudo fica como estava anteriormente. Bom, se ficasse como estava, já é uma grande coisa.

Estamos assistindo, parados e boquiabertos, a presidenta da “República Gaúcha”, a tia Yeda, aquela mesma que inaugurou dias atrás a nossa embaixada em Brasília, promover o desmonte do sistema de ensino do RS. Falta desde giz até professor, falta também vergonha na cara dos políticos que nada fazem pelo futuro das nossas crianças.

O governo da tia Yeda, está incentivando a municipalização da educação. Mas ela se esquece que, a educação é de inteira responsabilidade do ESTADO. Quer “empurrar” para os municípios essa “bomba”. Isso se constitui em um crime contra a população mais pobre, que não têm condições de colocar seus filhos em escolas particulares.

Os municípios mal têm verbas para pagar os seus funcionários, excetuando-se aí, aqueles mais ricos e com maior população, assumir a responsabilidade de manter a as escolas é inviável. Ela, a rainha das pantalhas, também pretende fechar escolas do interior, prejudicando aqueles alunos que residem em áreas rurais.

Mas o que me deixa indignado, não é a proposta da Presidenta Yeda, mas sim os políticos do estado “mais politizado do Brasil”, que aceitam e calam. A tia Yeda segue a cartilha do Estado Mínimo, do neoliberalismo, implementada no Brasil pelo FHC, o Farol da Alexandria e do PSDB, seguida pelo Serra, Aécio e a tia Yeda. Estamos presenciando a derrocada do futuro do RS. Sem educação, não tem solução.

Será uma quadrilha?


Essa é de mais! A muito custo, a oposição na Assembléia Legislativa do RS, conseguiu que fosse instalada a CPI dos Pedágios. Mas, como existe uma base governista que defende a unha seus interesses, essa CPI, já nasceu morta.

É um absurdo e um desrespeito ao cidadão e, principalmente, ao usuário das estradas do RS, que é obrigado a desembolsar valores exorbitantes para transitar por elas.

Vejam o que fizeram, a portas fechadas, numa ação antidemocrática e autoritária, o Presidente da Assembléia Frederico Antunes, o garoto propaganda das papeleiras, indicou o deputado Berfran Rossato para relator dessa CPI. Isso é uma farsa. Essas homens não têm compostura!

Esse senhor, junto com o ex-governador Antônio Britto, foram os que articularam e implantaram, de cima para baixo, os pedágios no Estado. Com contratos lesivos e de tal forma que, fica quase impossível rompe-los.

O que o Berfran vai relatar?

Quem ele vai denunciar?

O que vai acontecer?

Nada, essa CPI já nasceu morta, infelizmente!

MAIS UMA VEZ A ALMA CHARRUA


Ontem a noite, no Estádio Olímpico, o árbitro argentino Sergio Pezzotta, que apitou a vitória do Grêmio sobre o Santos em 2x0, prejudicou visívelmete o time do Peixe. Explico, ele deixou o Grêmio jogar com vinte e dos jogadores, hi, hi, hi...


Pois essa foi a impressão que eu tive, vendo pela TV, e mais todas as pessoas que estavam assistino comigo. Os jogadores do Imortal Tricolor foram incansáveis do início até o apito final. Um jogo de encher os olhos, uma grande partida de futebol, entre dois grandes clubes do futebol mundial.


Os jogadores do Grêmio, praticamente não deixaram os do Santos jogar, tal a vontade e a dedicação e o empenho tático e técnico dos comandados do Mano Manezes.


Os 2x0 não são definitivos, até porque o Santos é uma grande equipe e o Luxemburgo um grande técnico, podendo assim, reverter o placar lá na baixada. Mas é um resultado significativo, pois o jogo do dia 6, na Vila Belmiro, já inicia com a vitória do Grêmio por dois gols de vantagem.


Mas, se novamente o Grêmio jogar com a raça e a dedicação de ontem, não temo em afirmar que o o time gaúcho, de alma Charrua, será o time brasilero na final da Libertadores.


VALEU GRÊMIO, O IMORTAL TRICOLOR.

O feijão com arroz nosso de cada dia


Ninguém dá importância para as coisas que beneficiam os mais pobres. O povão, aquele que se mata trabalhando, que muitas vezes nem salário tem, vivendo a custa de biscates, foi contemplado naquilo que mais lhe importa, a comida. No dia 29/05 eu li uma matéria no Jornal do Comércio que não repercutiu em nenhum outro meio de comunicação.

A matéria trata da comida do pobre. O feijão com arroz, a mistura perfeita de energia que está na mesa, não somente do pobre, mas da maioria das famílias brasileiras.

Segundo a Fundação Getulio Vargas, a combinação mais famosa da culinária brasileira, teve uma redução de 4,75% de janeiro a abril de 2007, sendo a quarta maior queda desde o Plano Real.

De janeiro de 2004 até os dias de hoje, isto é, durante o Governo do Presidente Lula, a queda do preço do arroz e do feijão, foi de 20%. Enquanto isso, no mesmo período, o IPC – Índice de Preços ao Consumidor, teve um aumento de 16%. Se fizermos uma simples “continha” de aritmética teremos que, a queda real do feijão com arroz é de 36%.

Parece que, uma das promessas do Lula, o Fome Zero, está dando resultado. Tenho inúmeros pontos de divergência com o que está sendo feito no Governo Federal, mas tenho de admitir que, em termos sociais, estamos melhorando consideravelmente.

Segundo os dados levantados para esse estudo, são apontados o aumento da produtividade e a importação de arroz da vizinha Argentina, que contribuíram para a melhoria esses índices, que refletem na mesa do povo brasileiro.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Inaugurada a embaixada gaúcha em Brasília.


Ontem em Brasília, a tia Yeda inaugurou a “embaixada gaúcha” no Brasil. Parece piada, mas não é não. Não é nem bairrismo. É separatismo mesmo. Sabemos que essa idéia é antiga, vem desde a Guerra dos Farrapos. Incentivados pelas idéias da “cultura gaúcha”, dos movimentos tradicionalistas e a elite ruralista, acostumada com as benesses do Estado. A mídia e o PRBS (Partido da Rede Brasil Sul), é claro, incentiva essa insensatez.

A colunista chapa branca da Zero Hora, Rosane Oliveira, na sua coluna de hoje (30/05), nos dá conta que, na inauguração tal “embaixada”, estava a presidenta da “República Gaúcha” a tia Yeda, com direito a descerramento de placa alusiva ao evento, que contou com a presença do desavisado Vice-presidente, José Alencar. Esse, se disse surpreso e admirado pela ousadia em denominar a representação do Rio Grande do Sul em Brasília, de embaixada, e comentou: “Embaixada? Embaixada atua na atividade diplomática! É a diplomacia do Rio Grande do Sul chegando a Brasília?”, ironizou Alencar. Que vergonha!

Vejamos então, um estado falido, que não tem dinheiro para a saúde, educação, segurança, etc. Mas tem dinheiro para manter quinze funcionários com salários e diárias e mais, manter uma mansão de 800 m² na capital Federal, dinheiro da onde? Ou isso tudo está sendo financiado por “alguém” interessado? É mole?
Se eu fosse o Lula, mandava a ABIN investigar essa conspiração contra a unidade nacional e o Estado brasileiro, isso é puro separatismo.


Mas e agora, quem será o ilustre gaúcho a ser indicado embaixador da "República gaúcha"?

A mídia: conservadora e golpista.


Desde o último domingo, a mídia brasileira (conservadora e golpista, como diz o Paulo Henrique Amorim), vem editando matéria atrás de matéria sobre o “golpe” do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, à “liberdade de imprensa”. Mas essa mesma mídia, assim como a RCTV, que não teve a sua concessão renovada naquele país, omite, manipula, esconde fatos para chegar a onde quer(veja aqui).

No mundo de hoje, a mídia tem papel fundamental na sociedade. Ela difunde idéias, modismos, comportamentos, que são rapidamente absorvidos pelas pessoas que à ela estão “ligadas”. Assim, a transparência, a autonomia e a liberdade são fundamentais para que a mídia não sirva à vontades obscuras de corporações interessadas em poder. Sim, quem tem a mídia tem poder.

A mídia brasileira, bate na não renovação da concessão da RCTV, por saber que, ela mesma é golpista, assim como foi a RCTV. Existem fatos que comprovam a participação ativa daquele canal de TV no golpe de 2002, manipulando, mentindo, escondendo a verdade e incentivando o golpe. O Estado Venezuelano, governado por Chaves, dentro das prerrogativas constitucionais que regem as concessões dos serviços públicos, não renovou a licença de operação da RCTV, por entender que ela não cumpriu com suas obrigações, enquanto um veículo de comunicação social.

A mídia brasileira tem, também, um forte cacoete golpista. Desde Watergate, e do impitchman do Collor, ela não faz outra coisa que não tentar derrubar o presidente, desde que ele não sirva aos seus interesses. Então, eles ficam com um pé atrás com o que ocorreu na Venezuela, com medo que possa ocorrer o mesmo por aqui. Mas eles podem ficar tranqüilos, o Lula nunca faria algo assim, como o Chaves fez com a RCTV. Mesmo sabendo que, a mídia tupiniquim, fez o que fez para derruba-lo, ele não “compraria” essa briga. Assim, os Sirotzky, os Marinho, os Magalhães e outros grandes grupos midiáticos, podem continuar batendo, mentindo, iludindo, influenciando, omitindo, desinformando...

E viva o Brasil.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Para onde vai a esquerda?


Em seu blog, hospedado no site agenciacartamaior, Emir Sader faz uma reflexão sobre o avanço da direita sobre a esquerda mundial. Ele discute algumas razões, nas quais eu concordo, de que na Europa, esse avanço se deveu a uma mudança do pleno emprego de quase trinta anos para o desemprego, situado em alguns países em dois dígitos; somando-se a isso, a entrada maciça de mão-de-obra estrangeira (de fora da Europa), a disputar os postos de trabalho que restaram.

Emir diz que, também, a influência do eixo Washington-Londres sobre o continente, favoreceram essa guinada à direita. Mas o que me chamou a atenção no artigo do Emir, e que se pode fazer um paralelo ao que está se colocando em curso no Brasil, foi dito no último parágrafo que aqui transcrevo:

“A desconexão entre as mobilizações sociais e suas expressões políticas termina contribuindo para que a direita possa se impor com mais facilidade diante de uma esquerda tradicional excessivamente moderada e distante dos novos movimentos sociais e de uma extrema esquerda envelhecida e fragmentada”.

Isso se pode ver nitidamente no Brasil. A ida de Lula, um sindicalista, ao poder, levando junto de si o PT, de certa forma desarticulou o que tínhamos de mais sólido. A esquerda e os movimentos sociais. Enquanto estavam fora do poder, os movimentos sociais tinham quem por eles lutasse, mas depois...

Além disso, não estão surgindo novas lideranças de esquerda. E, a direita, os conservadores e neoliberais, aliados à elite rural e industrial, mais a mídia. Estão, com um forte discurso de promover melhores condições de vida através da globalização e do desenvolvimentismo econômico, rompendo esse elo.

O discurso da esquerda está obsoleto e longe de cativar a população. E a população, está cada vez mais ávida pelo consumo de bens que antes não tinha acesso. Com isso, as questões sociais ficam para trás. Nossas lideranças de esquerda foram amordaçadas por sucessivas denúncias de escândalos e atitudes governamentais com influência de aliados de direita, acomodados no governo.

Dessa maneira, fica difícil rearticular essa ligação, entre a esquerda e os movimentos sociais. A esquerda tem de saber que, em última análise, são esses movimentos que devem ou deveriam dar sustentação à mudanças antes pretendidas. Não se pode jogar a toalha, pois as desigualdades, se acentuam cada vez mais. Assim, um outro mundo será possível?

Corredores de rua, um esporte democrático.


Tenho como esporte a corrida. Não é regra mas, em média, corro cinco quilômetros cinco dias por semana, além de fazer academia, para fortalecer a musculatura. Como já tenho meus bem vividos cinqüênta anos, tenho de estar em forma, me manter ativo. É algo que recomento a todos, jovens ou não. É um esporte barato e fácil de praticar. Um calção, camiseta e um tênis, está feito. Só ir para a rua, mas tenham cuidado com o trânsito.


E, dentro dessa atividade, procuro sempre que posso, participar de rústicas. Nesse ano já participei de duas até agora, a da Caixa e, no último domingo (27/05), a Rústica de Porto Alegre. Essa última, iniciou às sete e meia da manhã e levantar cedo para ir correr, com o frio que estava, tem de ter vontade. Mas chegando lá, o clima envolve a gente e é uma festa, é muito bom.


Hoje saiu o resultado (clique aqui), no masculino, entre os 659 corredores, consegui a colocação 269, com o tempo de 47:59 minutos. Essa marca foi três minutos melhor do que a da Corrida da Caixa, e senti que poderia até ter forçado um pouco mais, mas como estava frio, fiquei com receio de ter algum problema muscular e fui tranqüilo.


Agora é continuar treinando. Quero, a partir de agora, iniciar treinamentos para as provas mais longas, veremos.

Que frio, e como vivem os necessitados?

Imagem de satélite mostra a estrada da frente fria no Rio Grande do Sul

Segundo os institutos de meteorologia, esse frio que chegou ao Rio Grande do Sul (4°C) nesta madrugada, tende a se manter e até aumentar. Na Argentina, a neve está pegando pesado em diversas regiões. Esse frio, que está chegando ao sul do Brasil, segundo o Inpe pode também provocar queda de neve no planalto do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Essa onda de frio é cruel com aquelas pessoas que não têm casa, que dormem ao relento, muitas das quais são crianças e velhos. Nós, que temos condições, temos a obrigação de, de alguma maneira, minimizar esse sofrimento. Procurem nos armários aqueles agasalhos que já “saíram de moda” e entreguem diretamente às pessoas que deles necessitam.

É muito mais eficaz a solidariedade direta do que ficar entregando à alguma “campanha” que somente serve para promover aquelas pessoas que se importam com o próximo na hora de se promoverem.

Geograficamente situados na porção mais meridional do Brasil, estamos sujeitos a essas “ondas” de frio vindas da Antártida. Nossas casas, mesmo assim, não estão preparadas para invernos mais rigorosos, como nos países europeus. E no verão, como sabemos, o calor é quase insuportável. Por isso eu brinco: nós aqui, não vivemos, sobrevivemos.

Interesses: a quem interessa?


Aos poucos as visões vão se clareando, já dizia aquela música cantada pelo Jair Rodrigues nos anos sessenta. Agora fica mais fácil entender porque as empreiteiras bancam 11, 42% das campanhas eleitorais como diz o Estadão de hoje. Sendo que, segundo o TSE, os valores somam a bagatela de R$ 221.564.164,12, onde o recordista é o Governador do Maranhão Jakson Lago (PDT), onde 35,40% de sua campanha foi bancada pelas empreiteiras e empresas do setor de construções.

É óbvio que, essas doações não são feitas porque estas empresas são “boazinhas”, elas estão é de olho nas verbas que serão liberadas mais adiante por aqueles que receberam o dinheiro. É um jogo do toma lá dá cá. Algo que a lei não tem como coibir, pois a legislação é frouxa, elaborada por aquelas que se beneficiam delas. Essas leis lhes são favoráveis.

Também se entende agora, qual o motivo dos políticos serem avessos à reforma política como o gato da água, pois com o fim das “doações” e com o financiamento público de campanhas, eles não tem como auferir “lucros” e favorecer os seus “amigos”.

A matéria do Estadão, discute essa questão quando diz que “O financiamento privado de campanhas no Brasil é objeto de polêmica, justamente pelas relações que pode ajudar a estabelecer entre financiadores, com interesses particulares, e financiados, que, em tese, deveriam representar toda a sociedade. Uma das propostas da reforma política, em discussão há anos no Congresso, é precisamente que o Estado passe a financiar os partidos nas eleições, com dinheiro público, sem interferência de interesses particulares”.

Mas vocês acham que se fará algo para coibir essas ações imorais e ilegais. É muito difícil. Para isso acontecer, somente com muita pressão popular. Pois se não, daqui a pouco se esquece de tudo e segue o baile.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Novamente a Zero Hora




Quando se tenta buscar “notícias” em um jornal, por exemplo, acredita-se que sejam no mínimo coerentes, não digo isentas pois sabemos que, NADA É ISENTO, em tudo há uma intenção. Desde que houve o fechamento da unidade da Vila Cruzeiro, do SUS, essa mídia , momo diz o Paulo Henrique Amorim, “conservadora e golpista”, passou a defender o nosso virtual alcaide José “gasparzinho” Fogaça e, como de costume, atribuir a culpabilidade desse caos, ao Governo Federal, como se a responsabilidade não fosse do município.


Pois é, mas hoje, dia 28/05, há uma matéria nos “mentirosa” (ZH pg. 33), dando conta que, por pura incompetência e falta de projetos do município, 9,3 milhões de reais estão parados e disponíveis para a reforma do HPS. Outros hospitais, mais competentes, receberam as verbas, Mas o HPS, o mesmo dos ratos, do lixo mal acondicionado, da falta de material, está à ver navios, ou tratando mal seus pacientes.


Vejam a incoerência e a contradição dos responsáveis pela editoria da “mantirosa”, não se dão nem mesmo ao trabalho de revisar o que esta sendo dito, na ânsia de defender o Fogaça e a tia Yeda, metem o pau no Governo Federal. Mesmo quando a culpa, não é desse último.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Tem gente que não tem nada na cabeça, outros...


Polícia Federal está desagradando os larápios.


Nada mais me surpreende nessa terra. Primeiro, todos são contra a corrupção e os corruptos, todos têm de ir para a cadeia. Aí, quando a Polícia Federal pega e prende os graúdos, aí vêm os mesmos e dizem que está se indo longe demais. É claro, já não estão prendendo os pobres, os pretos e as putas. Gente de “bem” está tendo de dar explicações, passando vergonha, sendo mostrado na TV. Aí não estão gostado da brincadeira, já tem gente dizendo que está surgindo um “Estado Policial”, ora vejam.

Não sou de acordo com as prisões pirotécnicas, mas quando as figuras de membros do PT que eram estampadas em horário nobre, ninguém falava nada. Ao contrário, aplaudiam, pois ninguém se importava quem estava sendo envolvido, tinha culpa ou não. E mais, tiravam proveito político da situação.

Estou satisfeito com o trabalho da PF, mas não adianta prender e logo em seguida soltar. Mas é claro que, não de pode prender por tempo indefinido um suspeito, pois em que pesem as provas apresentadas, haverá de ter um julgamento. E espero que, quem realmente for culpado, aí sim, passe uma longa temporada atrás das grades.

ZERO HORA MENTE


Zero Hora mente. Quem já não ouviu essa pequena frase, que engloba tanta coisa. Pois é, cada vêz que folheio esse "jornalão", sou obrigado a repeti-la. Mas é uma mentira bem arquitetada, sincronizada, encadeada. Ontem, como todos sabem, foi o Dia Nacional de Lutas, sendo assim, aconteceram diversos protestos e manifestações pelo Brasil a fora.


Por aqui, os empregados do seu Sirotzki, deram um jeitinho de criminalizar e demonizar os movimentos sociais que saíram às ruas. Até mesmo buscando "opiniões" de especialistas, para corroborar as matérias da "mentirosa", como costumo chamar a ZH.


Mas o que não foi dito é que, durante essas manifestações, a Brigada Militar "baixou o pau", inclusive alguns manifestantes tiveram de ser atendidos no HPS. Segundo me informaram, o Júlio Flores, dirigente do PSTU, teve de levar pontos na cabeça em virtude das "cassetadas" que levou. Mas isso não tem importância para a RBS, eram apenas baderneiros.

Finalmente, a Campanha do Agasalho

Antes tarde do que nunca. Parece que a tia Yeda acordou-se e, às pressas, lançou a tradicional Campanha do Agasalho. É verdade que meio atrasada, pois já estamos quase no inverno. Parece que alguém lá do Piratini anda lendo a mídia alternativa e contou para a tia qua a coisa não tava pegando bem. A única coisa que faltou foi a presença do "Primeiro Damo", pois esses assuntos sempre são coordenados pela esposa do governador, sendo uma governadora...

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Quem é o idiota?




Sei muito bem que a mídia defende incondicionalmente seus anunciantes e financiadores. E que estes, se utilizam da cooptação como forma de ludibriar a opinião pública, enganado descaradamente, criando sofismas que são repassados como verdades absolutas, puras mentiras. Por esses motivos, sempre que leio algum jornal, fico com o "um pé atrás". Os articulistas e (de)formadores de opinião chegam às raias do rídiculo e tentam desqualificar e ofender os que têm idéias adversas. Os que não engolem as falácias massificadoras.




Não gosto nem de tocar no nome dessas pessoas, por que para mim, esses sujeitos, não são pessoas, são robozinhos de lata enferrujada, teleguiados pelos interesses dos poderosos. Mas, no jornal O Sul de ontem, passei os olhos pela coluna (que desprestígio para esse jornaleco) do Mendels... não vou completar seu nome, pois não quero emporcalhar o blog, mas aqui em Porto Alegre, esse sujeito ignobil é bem conhecido, assim como as suas posições reacioárias.


Pois bem, ele chama "idiotas verdes" aqueles que, como eu, têm restrições ao plantio indiscriminado das florestas (ou desertos verdes) de pinus e eucaliptos. Quero deixar bem claro que, não é uma questão de ser contra, pois não sou idiota, sei que presisamos de papel. Mas defender a trasformação de biomas característicos de regiões do RS em desertos verdes, tranformando, impactando, destruindo, em nome somente do "econômico", isso sim é idiotice. Pior, é luocuara e inconseqüência. Mas ele defende incondicionalmente o seu patrão, é claro.


Não se pode somente ver pelo lado econômico, que também é importante, mas deve-se ter uma visão global do ambiente, dos prós e contras, e dos "reais" interesses das multinacionais da celulose que vêm para levar para seus países de orígem, as nossas riquezas naturais. O que elas deixam de "vantagens", não passam de migalhas que, devido a total incompetência nossa em produzir essas riquezas, com elas nos fartamos.


Na realidade, esses "fazedores de opinião", nos parecem é que estão na folha de pagamento dessas empresas (geralmente por debaixo dos panos), muitas vêzes usufuindo de benesses e prestígio que não pagam o mal que vamos sentir alí adiante. É uma bomba relógio.


Esses sim são idiotas, burros e vendidos (o que é o pior).

Mais uma vez deu o Imortal Tricolor!



Mais uma vez cumpriu-se a escrita. É incrível a força do Grêmio e da sua torcida. Depois de vencer o Defensor do Uruguai por dois a zero, o Imortal Tricolor matou o time adversário por quatro a dois nos penaltis. Como disse anteriormente, não assisti o jogo, mas quando saí da aula, fui correndo para o primeiro lugar que tinha uma TV. Encontrei o Van Gogh, ali na esquina da República com a João Pessoa. Assisti o final das cobranças de penalidades, foi uma glória, o time do Grêmio não é muito feliz em decisões por penaltis, mas deu tudo certo, estamos mas semifinais da Libertadores.

Agora a bronca é com o Santos, o Peixe do Luxemburgo. É briga de cachorro grande e também, tradicionalmente, lá na baixada, o Grêmio não costuma se dar bem, então terá de fazer a lição de casa antes e segurar depois.


Mas depois dos ótimos resultados que o tricolor têm alcançado, não admirem-se se o Grêmio for à final. Time, Torcida e Alma Charrua não vai faltar.

Parabéns nação tricolor. Dá-lhe Grêmio!!!!!!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O big-pastel santamariense.



Meu colega Leandro Signori, diretor da AGB-Associação dos Geógrafos Brasileiros de Porto Alegre, me escreveu pedindo para que eu mostre aqui no blog o tamanho (muito famoso em Santa Maria) do pastel que nós comemos em uma noite, durante o XXVII Encontro Estadual de Geografia. A coisa, quer dizer, o pastel, é algo descomunal, grande mesmo. Também é saboroso.




Estávamos reunidos, tarde da noite, após o encerramento das atividades do dia, quando todos resolvemos jantar. Diversas sugestões mas, tarde da noite, mesmo em Santa maria (cidade de mais de 250 mil habitantes), as opções naquelas horas eram escassas, pois a cidade ainda é cidade de interior, e como a gente não conhecia a cidade...




Então surgiu a idéia da tal pastelaria. Fomos todos. Pedimos os pastéis e cerveja, alguns de nós não conseguiram dar fim a refeição.




Agora vejam o tamanho do pastel, é ou não é um exagero? Olha que esse aí é o médio!


Porto Alegre está atirada às traças.


Porto Alegre, já foi muito mais alegre. O nosso alcaide, José “gasparzinho” Fogaça, o prefeito virtual, está tratando de tirar toda a alegria e o orgulho do seu cidadão. Não bastasse a sujeira que toma conta das principais ruas e avenidas da cidade, outra “praga” começa a incomodar quem por elas tem de transitar.

Falo aqui dos buracos nas calçadas. É impressionante a quantidade deles. São caladas mal conservadas, obras inacabadas, desgaste do material e assim por diante. Talvez o prefeito não veja isso porque não caminha pela ruas da cidade que dirige, pois senão veria a precariedade delas e o descaso do poder público com seus munícipes.

Já presenciei pessoas torcendo o pé e, até mesmo caindo. É um desrespeito aos transeuntes e, principalmente a quem tem deficiências físicas.

Não há fiscalização. Ninguém tá aí para o que acontece na cidade. A nossa mui leal e valorosa não merece tamanha incompetência.

E mais, quem andar pelas ruas do centro, vai ver que, estão sumindo as tampas de ferro de bueiros e de outras redes. Mas os buracos ficam, é um perigo constante.

Eu pergunto a quem quiser me responder, onde está a fiscalização?

Dá-lhe Grêmio, o Imortal Tricolor...




Hoje é o dia, ou a noite! A hora do Imortal Tricolor fazer valer essa marca indelével de sua trajetória futebolística. Logo mais a noite, o Grêmio enfrentará o time do Defensor do Uruguai, com a obrigação de, no mínimo, fazer dois gols para decidir noas penalidades máximas ou, três tentos, para seguir direto para a semifinal da Libertadores.




Sei quem é uma tarefa difícil, mas como todos nós sabemos, o Grêmio é especialista em enfrentar tarefas difíceis, daí o título de Imortal Tricolor. Não vou poder assistir o jogo, pois nesse horário estarei em aula, mas meu pensamento e minhas preces (nem tanto assim), estarão lá no Olímpico.




Mais da metade do Rio Grande do Sul estará ao lado do Grêmio, a outra quase metade, já se bandeou lá para o Uruguai. Em que pese o resultado já estabelecido pelo Defensor, tenho convicção de uma vitória tricolor, se não, daremos adeus ao sonho do tri-campeonato das Américas.




Grêeeeemioooo... Grêeeeemioooo... Grêeeeemioooo... Grêeeeemioooo...

Privatizando a solidariedade: o novo jeito de ajudar


É verdade, mesmo depois de muito relutar, o inverno está chegando, ou já chegou. Frio, chuva, doenças e tudo mais que junto vem com essa estação. Todos os anos, a solidariedade e o envolvimento dos mais afortunados e do governo, na busca de soluções para minimizar o sofrimento dos desassistidos foi fundamental, mas agora, o “novo jeito de governar” acha que isso não é coisa de governo. Deixou na mão dos “empresários”. A iniciativa “privada” vai tomar conta dos pobres miseráveis que perambulam pelas ruas da não muito alegre Porto Alegre.


A tal Rede de Parceria Social, lançada pelo governico da tia Yeda, no seu “novo jeito de governar” vai desonerar o executivo dessa tarefa. As grandes empresas vão destinar parte do ICMS para essa rede. Quer dizer, vão fazer “cartaz” com o dinheiro do contribuinte.


E a mídia chapa branca, como de costume, exalta essa iniciativa. É claro, pois vai beneficia a RBS e seus anunciantes, os mesmos de sempre. Vemos que o povo, aquele que está atirado nas calçadas do centro da cidade, vai ter de esperar, porque a “rede”, com certeza, vai beneficiar quem for lhe trazer mais “ibope”. Os miseráveis, os atirados nas ruas, ninguém vai ajudar, vão comer as migalhas de uma sociedade hipócrita.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Assentados do MST exportam arroz ecológico.


Constantemente ouvimos e vemos que, essa coisa de reforma agrária não funciona, que os assentados são preguiçosos, vagabundos, marginais e que o MST, é um bando armado que somente quer fazer arruaças, invadir “propriedades produtivas” e assim por diante. Muito se repetem essas falácias que, com o tempo, ficam no imaginário dos mais desavisados e crédulos cidadãos.


Mas a reforma agrária e os assentamentos dão certo sim senhor. É claro que há problemas, nada, em fim, é perfeito. As coisas acontecem com muito trabalho, dedicação e ideal. Pois sem um ideal, a vida passa sem se ter realmente vivido.


Um exemplo de força de vontade e dedicação que dá certo no assentamentos, está no blog RS URGENTE, do Marco Weissheimer, que transcrevo aqui:


“Agricultores assentados na região metropolitana de Porto Alegre começaram a exportar arroz ecológico produzido em seis assentamentos de Nova Santa Rita, Charqueadas, Viamão, Guaíba, Eldorado do Sul e Tapes. A primeira carga foi enviada aos Estados Unidos na semana passada, no assentamento Lagoa do Junco, em Tapes. Foram carregadas 20 toneladas de arroz branco e 20 toneladas de arroz integral, em sacos de 25kg da marca "Arroz Ecológico", do Movimento Sem Terra (MST). O arroz é produzido sem nenhum tipo de agrotóxicos, com a técnica da rizipiscicultura, que consorcia a produção de arroz com a criação de peixes, que fazem o trabalho de eliminar parasitas e plantas invasoras. Segundo o engenheiro agrônomo Nathaniel Schmid, que presta assistência aos agricultores, o arroz ecológico já possui certificações de produto orgânico para os mercados brasileiro, europeu e norte-americano.


O projeto de produção de arroz ecológico do MST envolve 130 famílias de agricultores. Na safra que está sendo concluída, foram produzidos cerca de 55 mil sacas de arroz, em 680 hectares. O arroz também é vendido para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, atendendo escolas, hospitais e comunidades carentes. Em Porto Alegre, o produto pode ser encontrado na loja da Reforma Agrária, no Mercado Público. Os agricultores querem consolidar o mercado regional, mas a demanda ainda é muito pequena em relação à produção de arroz orgânico. Para quem quiser conhecer e ajudar a fortalecer esse projeto, é só visitar a loja da Reforma Agrária, no Mercado Público”.

É com esses fatos que eu ainda tenho fé de que, a humanidade, pode encontrar um caminho mais justo e igualitário para seguir.

Polícia Federal e republicana.


A corrupção não é uma praga exclusivamente brasileira. Está incrustada no âmago do poder e do Estado, seja ele qual for. Assim é porque o ser humano, o que somos todos nós, é mesquinho e egoísta. E onde não há uma firmeza de caráter, há grande possibilidade de haver algum tipo de corrupção.


A história nos mostra isso. A corrupção não é invenção nova. Tanto em países desenvolvidos ou não; em democracias ou não; capitalistas ou não, o dinheiro e o poder estão no centro das atenções. Ter riqueza e poder e inerente à vaidade humana. Somente se combate esse tipo de desvio de conduta, através de instituições fortes e independentes e de uma sociedade crítica e cidadã.


Muitos devem ficar estarrecidos com o número de ocorrências de descobertas de esquemas de corrupção no Brasil, alguns podem até dizer que é culpa do governo Lula. Mas é graças ao governo Lula, que determinou que a Polícia Federal tivesse plena autonomia investigatória que, esses casos vêm a público. Em outros tempos, não muito longínquos, muitos casos de corrupção de agentes governamentais, sequer eram investigados, protegidos por ordens “superiores”.


O que devemos esperar agora é que, tudo o que foi investigado e apurado, não fique engavetado em algum gabinete, onde exista o interesse de protelar ou até mesmo proteger e deixar cair no esquecimento a culpabilidade dos envolvidos.


A última ação da Polícia Federal (que está em greve), a Operação Navalha, desbaratou uma rede de favorecimento de empreiteiras em obras governamentais. O desvio de significativos recursos, tão necessários ao desenvolvimento do País, não pode ficar impune. A Polícia prende, mas a justiça tem de “fazer justiça”, mesmo que suas sentenças desagradem os poderosos. Somente assim vai se justificar o trabalho republicano dos policiais federais.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Ser professor: um sacerdócio?


Ser professor, no atual quadro de descaso do Estado com a educação é, no mínimo, um ato heróico. Há uma desmotivação vinda de todos os lados. Não há vontade de se priorizar a educação. Os professores estão desmotivados face às condições das escolas, da infra-estrutura depredada, salários extremamente defasados e, por outro lado, alunos relapsos, rebeldes, também desmotivados, sem perspectivas de futuro.


Esse quase desabafo é uma triste constatação. Estou lecionando em uma escola estadual de Porto Alegre à noite, onde a desorganização é flagrante, mesmo que alguns professores e funcionários se esforcem para manter o nível, pois é uma luta desigual, onde a precariedade sempre é vencedora.


Como sabemos de longa data, a Geografia sempre foi relegada a um segundo plano. Mesmo sabendo-se que é com a Geografia que o Estado e os Governos planejam a ação sobre o espaço, sobre o território, sua importância no entendimento do mundo é essencial. Mas nessa escola, conseguiram fazer a proeza de dividir os dois períodos de 40 minutos da Geografia, em dois dias. Isto é, não de consegue trabalhar um único conteúdo, não há o mínimo de discussão em aula. Ainda para variar, um período ficou para o último horário de sexta-feira, adivinhem... Não fica ninguém para assistir o “palhaço” do professor que, prepara a aula, se desloca e perde seu tempo.


Na sexta passada, haviam quatro alunos em aula, sendo que desses quatro, dois pediam que eu desistisse de dar aula para eles, também, irem para casa, ou sei lá onde. Resultado, enrolei até onde deu para segura-los. Mas o pior é que, quando saímos, já não havia mais ninguém na escola, salas fechadas, diretoria fechada, em fim, ninguém tá aí para a educação dessas pessoas que, daqui apouco estarão enfrentando o mundo.


Mas vamos lá, ainda tenho esperanças de que, algum dentre esses meus alunos, consigam entender a importância, não somente da Geografia, mas a importância da escola. Tenho pena dos que acham que, a escola não passa de um ponto de encontro da “galera”.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Discussões geográficas: como ocupar os espaços.


Recebi correspondência da Miriam, estudante do curso de Geografia da UFRGS, referente as discussões que relatei sobre a geografia e as novas tecnologias (geotecnologias), que aconteceram durante o XXVII em Santa Maria. Ela também acha que nós, geógrafos, temos de enfrentar o desafio que nos é colocado: o de utilizarmos essas ferramentas e ocuparmos os postos de trabalho que atualmente são ocupados por engenheiros e profissionais de áreas afins.


Vou aqui, modestamente, tentar abrir um fórum de discussões. Vejo que é uma tarefa difícil, pois esse blog tem pouca ou quase nenhuma divulgação. Mas acho que com o tempo, podemos conversar sobre esses assuntos e outros mais que nos interessam.


Em primeiro lugar, penso que a AGB deveria analisar os currículos dos cursos de Geografia, e sugerir mudanças no sentido de que contemplem o estudo dessa novas tecnologias e suas aplicações. Em segundo lugar, é preciso divulgar o trabalho do profissional geógrafo em empresas e órgãos públicos, pois como se diz: a propaganda é a alma do negócio.


Existem inúmeros assuntos a serem tratados quanto a qualificação e atribuições dos geógrafos, que podem aqui ser tratados e, posteriormente, serem encaminhados sob forma de sugestão para a AGB.


A AGB (http://www.agbpa.com.br/), para ser forte, precisa da nossa participação. Profissionais, professores e estudantes têm por comprometimento com a geografia, serem sócios e participarem ativamente da associação, para que possamos pôr em prática essas ações.


Como sugestão, dêem uma olha num site que é sério e direcionado a esse promissor campo para o geógrafo: http://www.mundogeo.com.br/

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Algumas reflexões sobre a chuva


O dia hoje está mais para imbernar do que para trabalhar. Uma chuva insistente desde a madrugada nos remete ao aconchego do quarto, um TV ligada por nada, coberta e, é claro, uma boa companhia. Uma chuva como essa, me transporta às coisas do inverno, aquela sopa quente, feita com carinho pela mãe, o vidro da janela embaçado, onde o olhar procura uma imagem, na rua molhada, nos passos apressados daqueles que têm de trabalhar.


Sempre penso que, a chuva, nunca é demais ou ruim. Ela pode atrapalhar, provocar danos e até causar mortes, mas é a natureza mostrando a sua cara, o seu interminável processo de transformação da paisagem e, por conseguinte, das pessoas. A água da chuva é imprescindível para todos nós. Por quê se diz então que o tempo está ruim? Será que o tempo não é simplesmente o tempo?

Chuva - Juan Gelman

hoje chove muito, muito,
e parece que estão lavando o mundo.
meu vizinho do lado contempla a chuva
e pensa em escrever uma carta de amor/uma carta à mulher que vive com ele
e cozinha para ele e lava a roupa para ele e faz amor com ele/
e parece sua sombra/
meu vizinho nunca diz palavras de amor à mulher/
entra em casa pela janela e não pela porta/
por uma porta se entra em muitos lugares/
no trabalho, no quartel, no cárcere,
em todos os edifícios do mundo/
mas não no mundo/nem numa mulher/
nem na alma/quer dizer/nessa caixa ou nave ou chuva que chamamos assim/
como hoje/que chove muito/
e me custa escrever a palavra amor/
porque o amor é uma coisa
e a palavra amor é outra coisa/
e somente a alma sabe onde os dois se encontram/
e quando/e como/
mas o que pode a alma explicar?/
por isso meu vizinho tem tormentas na boca/
palavras que naufragam/
palavras que não sabem que há sol
porque nascem e morrem na mesma noite em que amou/
e deixam cartas no pensamento que ele nunca escreverá/c
omo o silêncio que há entre duas rosas/
ou como eu/que escrevo palavras para voltarao meu vizinho que contempla a chuva/
à chuva/ao meu coração desterrado/


"Balada da Chuva"
A tarde se embaça: - um pingo, outro pingo
respinga um respingo de encontro à vidraça;
um pingo, outro pingo, e a chuva aumentando
e eu nada distingo,- respinga um respingo
tinindo, cantando de encontro à vidraça

A noite esta baça e a chuva enervante
batendo, batendo, constante, cantante
de encontro à vidraça

A terra se alaga o céu se nevoa,
e a chuva é uma vaga fininha, descendo,
parece garoa!
parece fumaça!
- e as águas decendo e as poças subindo
e a chuva descendo e a chuva não passa!

O dia surgindo, manhã turva e baça.
A chuva fininha miudinha, miudinha,
parece farinha lá fora caindo,
através da vidraça.

A tarde está escura, a noite está baça,
e as brumas de um tédio
de um tédio sem cura
talvez sem remédiominha alma esfumaça:

- um dia, outro dia e os dias passando
em lenta agonia segunda a domingo;
um pingo, outro pingo,respinga um respingo,
batendo, cantando, mil dedos tocando
de encontro à vidraça...
-que chuva! que chuva!
e a chuva não passa!

Constante, cantante caindo distante
nas folhas molhadas,
nas poças paradas despidas e nuas,
e murmurejante rolando nas ruas;
-um pingo, outro pingo
na lata cantando goteira se abrindo
pingando, pingando

batendo, batendo
tinindo, tinindo
parece um tinido, de taça com taça,
e a chuva chovendoe a chuva não passa!
O vento nas folhas de leve perpassa,
e as gotas nos fios rolando, escorrendo
lá fora estou vendo através da vidraça,
- que dias sem alma!
- que noites um graça!e a chuva, que calma!

chovendo, chovendonão passa! não passa!
A terra está envolta nas brumas de um véu,
de um véu de viúva que o dia escurece,
e a noite enfumaça.

- E' a chuva que chove, e do alto se solta
descendo, descendo, rolando, escorrendo
nos olhos do céu...Nos olhos do céu e no olhar da vidraça!
-que chuva! que chuva!

parece um dilúvio,
quem sabe?
- parece que a chuva não passa!

(Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro " AMO ! " 1a edição 1938 )

terça-feira, 15 de maio de 2007

Nosso adeus ao meio ambiente


O site oficial do RS (http://www.rs.gov.br/ ) diz que a governadora Yeda Crusius nomeou, nesta segunda-feira (14) o procurador do Ministério Público Estadual Carlos Otaviano Brenner como secretário do Meio Ambiente. Que beleza não é? É de se perguntar qual a sua experiência com as questões ambientais, qual a sua formação? Não conheço, mas posso dizer que, a princípio, ele não vai defender a natureza, mas sim, os empreendedores, ávidos em obter as licenças ambientais para seus investimentos.


Essa indicação, e a da Ana Pelini para a Fepam, somente servem aos interesses dos empresários. Não se iludam, no RS, a cooptação de membros de órgão do governo e do legislativo é fato notório. Parlamentares e partidos recebem “recursos”, principalmente das papeleiras, dos quais elas esperam retorno em forma de apoio.


Todos sabemos que o dinheiro compra tudo. Inclusive pessoas e as posições dessas pessoas. O atual governico da tia Yeda, tem tudo para acabar com os “entraves” que tentam disciplinar a utilização dos recursos naturais do nosso estado. Ela esta passando por cima de estudos sérios em nome de fazer o seu “nome”. Quem sabe ao estilo do ex-governador Antônio Britto que, depois de perder o governo para o Olívio, foi trabalhar para a empresa que ele beneficiou com renuncia fiscal.


Se não tomarmos uma posição forte a respeito das questões ambientais, se a sociedade não se impor criticamente a esses fatos, estamos muito mal arranjados!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O Bento foi para casa...


Encerrada a visita papal-vaticano-conservadora ao Brasil, quero aqui externar minha visão sobre o que vi dessa empreitada. Pode-se partir do principio de que, o Papa Ratzinger, veio numa missão bem definida, patrolar os movimentos sociais e das populações mais pobres e excluídas. Tentou destituir de legitimidade da parcela da igreja mais progressista, mais humana, representada aqui pela Teologia da Libertação. Ao dizer que “a Igreja é fé, não ideologia” o Sumo

Pontífice quer afastar os que lutam por seus direitos do convívio da Igreja, onde, muitas vezes, encontram um pouco de alento para as suas angústias.


A Igreja continua indo na contramão. O Papa e seus comandados, querem uma Igreja medieval, em pleno século XXI. Em resumo, tentou dar o recado que, todo o prazer é pecado. Inclusive tenta interferir nas questões de Estado, quando entrega ao Presidente Lula, as reivindicações da igreja. O Estado brasileiro é laico. Não pode ficar atrelados a dogmas. Camisinha, aborto, casamento, divorcio, castidade, e outros assuntos, não podem sofrer a interferência direta da Igreja. Ela até pode se manifestar, e seus discípulos as seguirem, mas daí a querer que TODOS as sigam, é querer demais.


A história nos conta o que representa o Vaticano e a Igreja Católica Apostólica Romana. A inquisição. O atraso. A intransigência. Hoje, são outros tempos. Não se pode simplesmente impor a vontade de meia dúzia de “padres”, confinados em seus aposentos. A Igreja é para servir a Deus na “salvação” da humanidade, e não ser um algoz de pessoas que sofrem de todas as formas a indiferença e o desprezo de quem deveria faze-las felizes.


Nada contra a fé, ao contrário. A fé é a força que nos move. A fé de que podemos ser melhores. A fé de termos um Mundo melhor, com menos desigualdades e mais fraternidade. Disso o Papa Ratznger esqueceu-se em sua viagem. É uma pena, mas já era esperado.
De resto, viu-se uma cobertura midiática exagerada. Gastos que superaram a casa dos 20 milhões de reais que, se o Papa deixasse de lado um pouco de tanta pompa, poderiam ser utilizados para saciar a necessidade de pessoas que nada tem, a não se fé.

Zero Hora mente!


Como é de se esperar de uma “empresa jornalística chapa branca”, a ZH dominical fez a sua parte na contribuição para a desinformação do povo desse Estado. Quando me caiu nas mãos o exemplar dominical desse “jornalão”, fui logo ler a matéria que tratava de uma avaliação dos quatro meses do “governico” da Tia Yeda.


Já sabia o que encontraria mas, quem sabe, algum empregado do seu Sirotzky, tivesse tido um rompante de rebeldia e escrevesse uma análise criteriosa do que foi o caos institucionalizado e a falta de direção desse arremedo de governo. Mas não, a matéria é de um cinismo descarado que não tive estômago para ir até o fim.


A análise ds prós e dos contras, deram a entender que, o atual (infelizmente) governo, está ganhando, digamos de um a zero, nem empate eles deram. Eles não aprofundam em nada. E tratam de desviar o foco dos problemas criados por uma total falta de critérios de um amontoados de partidos ávidos pelas benesses da maquina estatal.


Não são tocados nassa matéria, o caos da educação, a falta de transporte escolar, a crise da segurança, o escândalo da SEMA e Fepam, o atraso de salários dos funcionários estaduais, a falta de repasses para a saúde, que fez com que tivéssemos o primeiro surto de dengue na história do Rio Grande do Sul. Quer dizer, a ZH faz nuvem de fumaça para que o povo não veja para onde vamos.


Está faltando aqui, um posicionamento da oposição e de quem verdadeiramente pensa por esses pagos. Não vejo nenhuma voz levantar-se contra tudo isso. Desse jeito, não tem jeito. Estamos fadados a sermos servos submissos de uma ditadura travestida de democracia, pois vemos executivo, judiciário, legislativo e a mídia unidos e uníssonos, não há o contraditório. Estão entregando o estado para as papeleiras, acabando com a educação, saúde e segurança, mas fazem crer que, está tudo normal.

Um pouco do XXVII EEG, em Santa Maia - RS


Estou retornando de uma breve viagem que fiz a cidade de Santa Maria - RS, para participar do Encontro Estadual de Geografia. Não conhecia essa cidade e fiquei surpreso com o seu poder. Sim poder, é a maior concentração militar do Brasil, isto é, ela tem uma quantidade de quartéis que não é superada em nenhuma outra localidade. Possui também, um grande contingente de estudantes, estão ali localizadas sete universidades, sendo que a maior é a Federal de Santa Maria.


Localizada na região central do estado, mais precisamente na Depressão Periférica, na borda do Planalto. São aproximadamente 250 mil habitantes que têm residência fixa e mais uns 30 mil “flutuantes”, entre militares e estudantes. Fiquei surpreso com o movimento pelas ruas, realmente parece uma “cidade grande”, com suas facilidades, mas também com os problemas característicos de cidade grande. Na sexta-feira à tarde, antes da programação noturna do Encontro, fiz a minha corrida básica de quarenta minutos, percorrendo diversas ruas, nesse horário o movimento é bem significativo.


O encontro estava ótimo, bem organizado, grande participação, temas importantes foram discutidos sendo que, poriam ser mais aprofundados, os que tratam da inserção dos profissionais de Geografia às novas tecnologias. Esse tema foi tratado de forma generalista, quase uma introdução. Talvez pela teimosia de alguns que vêem na Geografia, apenas como uma ciência humana e crítica, torcendo o nariz para os novos tempos.


As novas tecnologias, ao meu ver, estão aí para serem utilizadas como mais uma ferramenta disponível, para que nós, geógrafos, possamos emprega-las nas nossas análises e estudos geográficos. Sobretudo o Geoprocessamento, as ferramentas em Sistema de Informações Geográficas (GIS), Sistema de Posicionamento Geográfico (GPS), Internet, etc. Vejo que os nossos encontros deixam a desejar nessa área, mais profissional, mais prática. Temos de buscar preparar o geógrafo para esses novos tempos se não, deixamos uma lacuna que é prontamente ocupada por profissionais de outras áreas, principalmente os engenheiros, que tem uma visão mais aberta aos avanços tecnológicos.


O próximo encontro, em 2008, será realizado em Bento Gonçalves, uma bela cidade da serra gaúcha. Esperamos que a AGB – Associação dos Geógrafos Brasileiros, seção Porto Alegre, seja sensível aos novos rumos e às novas tecnologias. Fui convidado, pela diretoria, a participar de uma câmara técnica, para ajudar a pensar esse novo encontro. Durante as conversas, ficou claro que temos de qualificar o encontro, trazendo empresas, instituições e profissionais que atuam na área das geotecnologias. Mostrar produtos (softwares) e equipamentos disponíveis e as suas utilidades.


Os geógrafos não podem ficar a margem. Não devem se eximir de sua responsabilidade na busca de uma sociedade mais espacialmente e ambientalmente equânime. A nossa formação é diferente das outra áreas que estão competindo com nós. Temos a visão do todo. Podemos e devemos ser sujeitos úteis nas transformações que o Brasil e o Mundo precisam.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

XXVII Encontro Estadual de Geografia - Santa Maria.


Amanhã pela manhã, estarei indo rumo a cidade de Santa Maria, na região central do Estado, para participar do XXVI Encontro Estadual de Geografia, que se realizará nos dias 10, 11 e 12. Serão discutidos temas importantes, tanto para bacharéis como para licenciados, assim como os estudantes, que terão a oportunidade de integração e intercâmbio de conhecimento.

Como não sei se terei um acesso tranqüilo à Internet, talvez eu somente volte a postar algo na segunda-feira que vem. Vou fazer muitas fotos que vou disponibilizar a seguir aqui no blog.

AGORA É OFICIAL, A DENGUE JÁ ESTÁ EM PORTO ALEGRE, REGISTRADO O PRIMEIRO CASO


O Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria da Saúde, informou no final da tarde desta terça-feira que foi confirmada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) a ocorrência do primeiro caso de dengue na Capital autóctene no Estado. Vejam no que deu o descaso do “novo jeito de governar” da tia Yeda.


Ela cortou as verbas da Secretaria da Saúde e isso se refletiu diretamente na vigilância sanitária do estado, onde está incluída o monitoramento e controle do vetor (o mosquito) A ocorrência ainda precisa ser confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Conforme os novos números oficiais divulgados, já são 503 casos suspeitos notificados na região epidêmica do Rio Grande do Sul (Norte e Noroeste). Foram confirmados como autóctones (adquiridos dentro do próprio território) 91 casos e 21 foram considerados importados. Os demais estão em investigação laboratorial.


Em Porto Alegre, são seis casos de doença contraída fora do Estado. Já nos municípios fora da região epidêmica, a secretaria registra desde 1º de abril até esta terça 154 notificações, com a confirmação de 22 casos importados, quatro casos possivelmente autóctones (confirmados pelo Lacen-RS e aguardando confirmação pelo Instituto Adolfo Lutz-SP), 29 casos descartados e 99 em investigação.

McDONALD's É A MARCA ODIADA NA INGLATERRA


No site vide versus, está divulgada uma pesquisa de opinião que mostra a rede multinacional de fast-food McDonald's e a empresa Pot Noodle, que produz macarrão artificial com molho, como as marcas mais odiadas no Reino Unido.

Na mesma votação, o site de buscas Google e a gigante de telecomunicações Nokia saíram como "as mais queridas" do país.

Ainda nas dez marcas mais bem lembradas encontram-se a companhia aérea British Airways, a Coca-cola e a fabricante de molhos de tomate Heinz, além da Persil e da O2. A sondagem, foi realizada entre 2.412 consumidores britânicos, foi conduzida pela empresa Joshua G2 para a revista Marketing.

Vejam bem que, mesmo entre os aliados de língua inglesa, nem tudo é absorvido. Os ingleses não querem saber dos sanduíches americanos.

Quem sabe se a “alma charrua”...


Segundo alguns torcedores do Grêmio, para gozar os colorados, estão dizendo que o jogo de logo mais a noite, contra o São Paulo, pela Taça Toyota Libertadores, é tão importante que até o Papa Bento XVI veio ao Brasil. Em resposta, os alve-rubros contra-atacam dizendo que o Papa veio é para fazer um milagre para o tricolor dos pampas. Cada um tem uma opinião, é claro.



Mas, indiscutivelmente, neste grande clássico do futebol brasileiro e sul-americano, onde temos o Grêmio com onze participações em Libertadores e dois títulos e o São Paulo com doze participações e três títulos, tem tudo para ser um grande jogo. Sendo assim, tudo pode acontecer pois, mesmo com a desvantagem gremista, há plenas possibilidades de reversão do resultado e o “Imortal Tricolor” pode, com suas forças, passar à próxima fase.


Nesse sentido, como bom gremista, vou torcer para que a “alma charrua”, guerreira, invada o Estádio Olímpico, a torcida e, principalmente, os jogadores, para que, lá pela meia-noite de hoje, mais da metade do Rio Grande do Sul, possa comemorar mais uma vitória.

Sei que é difícil, sei que o adversário é poderoso, mas o Grêmio é valente e lutador.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Essa é boa , é do Kayser


Tia Yeda de agenda cheia


Mais uma do alcaide "José "gasparzinho" Fogaça, nada escapa!


A Feira Ecológica da José Bonifácio, é agora, a bola da vez do Prefeito José “gasparzinho” Fogaça. Dentro do seu lema “manter o que está bom, mudar o que precisa”, le está fazendo exatamente o inverso. Quer impor “novas” formas de funcionamento a esse já consagrado evento alternativo e de economia solidária, onde os produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos, são comercializados pelos próprios produtores. O mesmo padrão de tratamento com que trata os camelôs irregulares, com constrangimentos, multas e ameaças de toda a ordem.


O nosso alcaide quer acabar com as conquistas. Nas administrações da Frente Popular em Porto Alegre foi conquistado pelos produtores orgânicos e feirantes (são os mesmos, não há atravessadores nesta atividade) um tratamento-cidadão. Eles foram classificados entre feirantes permanentes e feirantes safristas. Os alvarás eram concedidos de forma coletiva às cooperativas a qual estão filiados. Hoje, a administração Fogaça quer exigir alvará individual e a instituição de licitação pública - nos termos da lei 8666 - para os pretendentes a continuar em atividade na José Bonifácio.


Quer dizer, quer mudar o que está bom, mas lá no centro da cidade, onde os camelôs irregulares vendem uma infinidade de produtos piratas, ninguém incomoda.

Vamos fazer exercícios?


Ontem, aqui em Porto Alegre, fez um dia de verão, mesmo sendo outono. Parece que devemos modificar o calendário. Mas de qualquer forma, mesmo sabendo dos porquês dessa desordem climática, o dia estava excelente. O lago Guaiba estava um espelho, o céu azul com poucas nuvens e um leve brisa.



Como gosto de correr, e quando posso participo das corridas na cidade, ontem participei da etapa de Porto Alegre do Circuito de Corridas da Caixa. Corri bem, para o meu condicionamento é claro, já que não sou, digamos, um atleta de elite. Fiz o percurso de dez quilômetros em 50:26 minutos, uma média boa, sem esforço, tranqüilo. Deu para curtir o trajeto que teve largada na Usina do Gasômetro, e foi até a quadra de ensaios da Escola de Samba Imperadores.



Agora, o que é legal é o “clima” do evento, centenas de atletas de elite e outros como eu, na mesma vontade. Uns em ganhar a corrida e outros (como eu) vencer o seu próprio limite.
Aproveito para recomendar aos leitores que não fiquem somente parados na frente do seu computador, exercício é fundamental para melhorar a nossa qualidade de vida, a nossa saúde.



Claro que não precisa ficar correndo feito louco, cada pessoa terá de buscar a melhor maneira e o melhore tipo de exercício para si. Ah! Não esqueçam de consultar um médico antes de iniciar uma atividade física mais intensa.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Acordos ou conchavos?


Para não destoar do novo jeito de governar da Rainhas das Pantalhas, a tia Yeda, a última crise deste governico está acabando. Claro que com desfecho favorável, não ao povo e ao Estado, mas apara as papeleiras. A nossa governadora acabou de jogar no lixo o “famigerado” Zoneamento mbiental que tinha como meta, ordenar o plantio dos desertos verdes aqui no pago.
Segundo a ZH, um acordo entre todos, abrandou e agradou as empresas e o governo. Tudo na santa paz. Agora, as papeleiras podem iniciar o plantio dos pinus e eucaliptos Rio Grande a fora.


A esquizofrenia governamental é insólita, primeiro manda fazer o zoneamento, depois manda desfazer o zoneamento. Tudo em nome do racionalismo econômico, dane-se o meio ambiente.
Mais adiante vou aqui escrever sobre o porquê dessas empresas virem instalar-se nos países mais pobres, como os da América do Sul. Uma coisa posso lhes adiantar, a intenção delas não é ajudar-nos.


Veremos onde isso irá nos levar.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

O descaso com a educação:


A mídia chapa branca faz de tudo para maquiar as (des)ações do (des)governo da tia Yeda. A ocupação da ante-sala da Secretaria da Educação, por dirigentes do Cepers, foi tratada simplesmente como mais uma notícia, aquelas de rodapé. Não se deram ao trabalho de explicar os motivos do por quê do ato. Segundo a Secretária da Educação, não há motivos para essa invasão “eles (os professores), que preocupem-se em dar aula”. Mas de que jeito?


Olhem, eu estou fazendo um estágio em uma escola pública estadual da capital (não vou revelar qual), mas é no bairro Petrópolis, portanto é central. E eu sou testemunha do descaso com a educação desse (des)governo. Não existe direção, ela está lá, mas não tem o que fazer. As salas estão todas pixadas, lixeiras destruídas, faltam professores (isso todos sabem), o horário é constantemente modificado para “acomodar” a disponibilidade dos que lá estão. Não existe apoio pedagógico.


Me lembro das promessas da tia Yeda na campanha, mas o que nos parece é que está sendo tudo feito ao contrário. E o pior é que a imprensa, tenta sempre maquiar os problemas. Vocês arriscam um palpite do por quê? São os “interésses”, como dizia o Brizola.

O novo jeito de privatizar


Levando em conta que o Estado não privatizar a segurança do Rio Grande do Sul (ia pegar mal), a tia Yeda resolveu federalizar essa tarefa, genuinamente, de sua responsabilidade. Depois da meteórica passagem do secretário Enio “arrebenta-bate e prende” Bacci, a Rainha das Pantalhas chamou para o cargo o delegado da Polícia Federal, José Francisco Mallmann. Não contente, agora ela, com a maior cara de pau, em encontro com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, quer também que o Governo Lula pague a conta dos investimentos que são de responsabilidade do Estado.


Foi apresentado um pacote com 66 projetos, totalizando investimentos na casa dos R$ 262 milhões. Os projetos estão relacionados à assistência em saúde mental, construção de presídios, construção de novos prédios para o Instituto Geral de Perícias (IGP), reaparelhamento das polícias, reforma de um helicóptero da Brigada Militar, formação de bombeiros mirins, ampliação do sistema de comunicação, construção e reforma de prédios da polícia. A contrapartida do Estado seria de R$ 52 milhões. Quer dizer ela quer TUDO e mais um pouco.


Esse é o novo jeito de privatizar, e é assim que será o (des)governo da tia Yeda.