terça-feira, 22 de maio de 2007

Assentados do MST exportam arroz ecológico.


Constantemente ouvimos e vemos que, essa coisa de reforma agrária não funciona, que os assentados são preguiçosos, vagabundos, marginais e que o MST, é um bando armado que somente quer fazer arruaças, invadir “propriedades produtivas” e assim por diante. Muito se repetem essas falácias que, com o tempo, ficam no imaginário dos mais desavisados e crédulos cidadãos.


Mas a reforma agrária e os assentamentos dão certo sim senhor. É claro que há problemas, nada, em fim, é perfeito. As coisas acontecem com muito trabalho, dedicação e ideal. Pois sem um ideal, a vida passa sem se ter realmente vivido.


Um exemplo de força de vontade e dedicação que dá certo no assentamentos, está no blog RS URGENTE, do Marco Weissheimer, que transcrevo aqui:


“Agricultores assentados na região metropolitana de Porto Alegre começaram a exportar arroz ecológico produzido em seis assentamentos de Nova Santa Rita, Charqueadas, Viamão, Guaíba, Eldorado do Sul e Tapes. A primeira carga foi enviada aos Estados Unidos na semana passada, no assentamento Lagoa do Junco, em Tapes. Foram carregadas 20 toneladas de arroz branco e 20 toneladas de arroz integral, em sacos de 25kg da marca "Arroz Ecológico", do Movimento Sem Terra (MST). O arroz é produzido sem nenhum tipo de agrotóxicos, com a técnica da rizipiscicultura, que consorcia a produção de arroz com a criação de peixes, que fazem o trabalho de eliminar parasitas e plantas invasoras. Segundo o engenheiro agrônomo Nathaniel Schmid, que presta assistência aos agricultores, o arroz ecológico já possui certificações de produto orgânico para os mercados brasileiro, europeu e norte-americano.


O projeto de produção de arroz ecológico do MST envolve 130 famílias de agricultores. Na safra que está sendo concluída, foram produzidos cerca de 55 mil sacas de arroz, em 680 hectares. O arroz também é vendido para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal, atendendo escolas, hospitais e comunidades carentes. Em Porto Alegre, o produto pode ser encontrado na loja da Reforma Agrária, no Mercado Público. Os agricultores querem consolidar o mercado regional, mas a demanda ainda é muito pequena em relação à produção de arroz orgânico. Para quem quiser conhecer e ajudar a fortalecer esse projeto, é só visitar a loja da Reforma Agrária, no Mercado Público”.

É com esses fatos que eu ainda tenho fé de que, a humanidade, pode encontrar um caminho mais justo e igualitário para seguir.

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