quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim de ano, "fim do mundo" e início de férias...hehehe!!!!


Amanhã, no dia do "fim do mundo" eu estou entrando de férias...

Merecidas.


2012 foi um ano muito corrido em todos os aspectos, principalmente profissionais, onde assumi compromissos no Sistema Estadual de Recursos Hídricos e na Vice Presidência do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, com muitas atividades e reuniões. Participei de dois eventos nacionais,  o XVII Encontro Nacional de Geógrafos, em Belo Horizonte e o XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, em Cuiabá.

Espero poder, de vêz enquando, postar alguma coisa aqui no Blog, principalmente fotos das minhas andanças pelas praias por onde pretendo passar e, como está no sangue, sempre com o olhar de geógrafo, nas paisagens e nas pessoas que as produzem.

Dia 22 de janeiro retorno ao trabalho e, com certeza, revigorado para um novo ano, também repleto de atividades.

Desejo a todos que por aqui se aventuram, Boas Festas e um Ano Novo com tudo de bom deste mundo, saúde, paz, amor e muitas realizações.

Um abração a todos.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

"Supremocracia:" ou como dar um golpe na democracia.

Um preceito da democracia é a independência dos poderes. O Legislativo não pode julgar as leis e o Judiciário não pode fazer as leis.

Entre os poderes constituídos, há de ter uma convivência e não interferência. Senão, é golpe.

Falo isso pela decisão do STF em cassar o mandato dos condenado na Ação Penal 470. Cabe ao Poder Legislativo, através dos congressistas, cassar seus pares e não o Judiciário.

Não entro aqui no mérito do julgamento que, na minha opinião, foi uma afronta a toda jurisprudência, onde a máxima, "na dúvida, pró réu", foi jogada no lixo, para atender anseios políticos e a mídia.

Então:  

De acordo com o Art. 102 da Constituição Federal (CF), cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar se leis, decretos, normas e tratados estão de acordo com o texto constitucional.

Mas em nenhuma parte da CF está escrito que cabe ao STF julgar a constitucionalidade do próprio texto da Constituição. Nem poderia, pois se o STF tivesse esse poder de decretar que o texto da Constituição não vale o que está escrito, e sim a interpretação dos doutos ministros, o Tribunal viraria uma Assembléia Constituinte Revisional de 11 membros, e fascista, porque seria auto-proclamada por déspotas sem um único voto popular sequer, sem que o poder emane do povo.

O STF pode interpretar a constitucionalidade das leis infraconstitucionais, mas nunca pode interpretar a "constitucionalidade" de artigos da própria Constituição. Os ministros do STF devem rigorosa obediência à CF como está escrita.

E a Constituição Federal (CF) determina um rito a ser cumprido para cassar mandato de deputado federal.

Vejamos o primeiro passo:

"Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
...

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;"

O STF condenou criminalmente alguns réus do mensalão com mandato de deputado. Logo pode declarar na sentença, se quiser, a consequente perda ou suspensão de direitos políticos. A CF manda parar aí. Daí para a frente o rito passa ao legislativo.

Vejamos o segundo passo:

"Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
...

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
...

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
...

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa."

O segundo passo, em qualquer circunstância, cabe à Câmara dos Deputados. Seja pela Mesa da Casa, seja por voto secreto no plenário. Nos dois casos, assegurada ampla defesa.

Portanto, para um processo de cassação de mandato ter legitimidade Constitucional, precisa seguir este rito. Está escrito em bom português na CF, sem deixar margem de dúvida de que o rito a ser seguido é este.

No entanto, causa calafrios, só sentidos na época dos Atos Institucionais da ditadura, ver ministros do STF defendendo suprimir estes ritos, "interpretando" de forma imprópria a "constitucionalidade" dos artigos 15 e 55 da CF.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) está certo em dizer que seguirá a Constituição, ignorando atos que a desrespeitem. Se ministros do STF ameaçarem membros do poder legislativo por estarem cumprindo a Constituição, a própria CF determina que cabe ao Senado abrir processo contra ministros STF.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pronto para ser votado, projeto que põe fim a rotulagem de transgênicos recebe críticas


Pronto para a votação final no plenário da Câmara (leia AQUI), o projeto de lei que propõe extinguir a rotulagem específica de produtos com ingredientes transgênicos é criticado por conta dos riscos que pode significar à saúde. O PL 4148, de 2008, de autoria do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), teve requerimento de urgência aprovado em novembro e pode entrar na pauta de votação desta última semana do ano no Legislativo.

Na visão do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a proposta, se aprovada, significa a impossibilidade de rastrear problemas de saúde que afetem a população a longo prazo. O advogado do Idec Flavio Siqueira afirma que o projeto é desfavorável à sociedade por interferir no direito à informação dos consumidores. “Retirar a rotulagem específica afeta a livre escolha do consumidor, sobretudo por não se conhecerem todas as implicações possíveis para a saúde das pessoas no longo prazo. Então, se a pessoa quiser escolher entre usar ou não um produto transgênico, terá seu poder de decisão limitado, pois o produto pode conter elementos transgênicos em sua formulação e não informar”, explica Siqueira.

Só para lembrar.Luis Carlos Heinze é ruralista, e produtor rural, membro da FARSUL (Federação dos Agricultores do Rio Grande do Sul). Assim, não supreende o seu projeto.

Os Organismos Genéticamente Modificados (OGM) ou transgênicos, aida não tiveram a sua segurança assegurada pelos estudos, muita coisa é, como se diz "segredo" das multinacionais que detêm a petente destas sementes, entre elas a Monsanto.

Mais uma vêz, como sempre, que perde, somos nós... Quem manda votar nessa gente descompromissada com o povo...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Uma escolinha de guerra israelense ou como se preparam as crianças



Sempre se diz que tudo que acontece no Oriente Medio... é culpa dos palestinos, estes terroristas...

Mas o que que e isso mesmo? criancas isrrelenses tendo aulas de guerra?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dilma de aniversário ganha presente do povo brasileiro: 78% de aprovação


Nem mesmo toda a força do PIG (Partido da Imprensa Golpista) e seus "colonistas" em bater dioturnamente no PT e no Lula e, mais ainda na Dilma e no Governo Federal. Acompanhados também com as condenações no Julgamento da Ação 470 no STF, apelidado de "mensalão", na Operalçao Porto Seguro da Polícia Federal, que desbaratou uma rede de tráfico de influência em agências reguladoras, não lograram êxito. O prestígio da Presidenta Dilma, que hoje completa 65 anos de idade, e do seu governo, continuam inabaladas:

De acordo com o levantamento, o desempenho pessoal da presidente passou de 77% para 78% em relação aos índices registrados em setembro.
:
Pesquisa CNI/Ibope (leia AQUI) divulgada na manhã desta sexta-feira apontou que a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff foi mantida em 62%, o mesmo índice registrado no levantamento anterior.

O percentual de quem avalia o governo como regular permaneceu em 29% e de quem considera ser ruim ou péssimo, 7%.

A pesquisa foi feita em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro, já depois do impacto do julgamento do mensalão e da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que indiciou a ex-chefe de gabinete do governo em São Paulo Rosemary Noronha.

Foram ouvidas 2.002 pessoas. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A avaliação de que os governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva são iguais subiu de 57% em setembro para 59% neste mês, segundo a pesquisa CNI/Ibope. Este é o maior percentual desde a pesquisa apresentada em março deste ano, quando 60% dos entrevistados consideraram os dois governos iguais. Um ano antes, em março de 2011, essa taxa era de 64%.

Na mesma pesquisa, oscilou de 22% em setembro para 21% este mês a avaliação de que o governo Dilma é pior do que o do seu antecessor. Esta é a menor marca desde março do ano passado, quando estava em 13%. Já o grupo dos que consideram o governo da petista melhor do que o de Lula subiu de 18% para 19% de setembro para dezembro, a melhor marca verificada desde o início de seu governo, em janeiro de 2011.

A pesquisa registrou avanço na avaliação pessoal da presidente Dilma. O índice passou de 77% para 78% em relação ao levantamento de setembro. A desaprovação, por sua vez, baixou de 18% para 17% no período. A oscilação ocorreu dentro da margem de erro.

A aprovação de Dilma só não é melhor do que a registrada no terceiro e no quarto ano do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passava de 80%.

Feliz aniversário Presidenta.

A mudança climática chegou e é pior do que se pensava


Aqui repasso um artigo de James Hansen* que nos mostra a gravidade da situação do rumo que vamos em direção ao futuro e, mais do que isso, já no presente:

- Em declaração perante (leia AQUI) Senado naquele caloroso verão de 1988, adverti aos senadores sobre o tipo de futuro que as mudanças climáticas trariam para nós e nosso Planeta. Apresentei um cenário sombrio das consequências no aumento progressivo da temperatura impulsionado pela dependência da raça humana dos combustíveis fósseis. Mas preciso confessar: fui bastante otimista.

Minhas projeções sobre o aumento global da temperatura se confirmaram. Mas falhei quando não percebi que a velocidade do aumento na média da temperatura poderia influir na ampliação da ocorrência de eventos climáticos extremos.

Numa nova análise sobre as variações de temperatura das últimas seis décadas (publicada em 29 de Março), meus colegas e eu revelamos um aumento impressionante na frequência de verões extremamente quentes, gerando consequências profundas e preocupantes para nosso futuro, mas também para nosso presente.

Não se trata de um modelo climático ou de uma previsão, mas sim de observações das ocorrências climáticas que já ocorreram. Nossa análise mostra que não é mais razoável dizer que o aquecimento global aumentará as possibilidades de haver climas extremos, nem repetir o aviso de que qualquer evento particular possa ser diretamente associado às mudanças climáticas. Ao contrário, nosso estudo aponta que, em relação aos eventos extremos de um passado bem recente, não há outra razão se não a mudança climática.

A onda de calor mortal que castigou a Europa em 2003, a feroz canícula russa em 2010 e a seca catastrófica no Texas e em Oklahoma ano passado, cada um desses eventos pode ser atribuído às mudanças climáticas. E assim que os dados forem reunidos ainda essa semana, o mesmo acontece em relação a esse verão extremamente quente o qual os EUA sofrem agora. Esses eventos climáticos não são apenas simples exemplos do que poderá ocorrer. Eles são causados pelas mudanças climáticas. As chances de que uma variação natural foi responsável por esses extremos são minúsculas, praticamente inexistentes. Contar com essa chance é como pedir demissão do seu trabalho e jogar na loteria todos os dias para pagar as contas.

Há vinte quatro anos introduzi o conceito de “dado climático” para tentar distinguir o desenvolvimento das mudanças climáticas em longo prazo das variações diárias do clima. Alguns verões são quentes, outros frios. Alguns invernos brutais, outros temperados. Essa é a variação natural. Porém enquanto o clima esquenta, a variação natural se altera. Num clima normal sem o aquecimento global, dois lados da figura de um dado representariam um clima mais frio do que o normal; dois lados seriam um clima normal e os dois lados restantes representariam um clima mais quente que o normal. Ao jogar o dado repetidamente, estação após estação, os resultados apresentariam certa proporcionalidade na variação climática ao longo do tempo.

Mas quando se insere a variável do aquecimento global, as probabilidades mudam. Terminaria com apenas um lado mais frio do que o normal, um lado normal, e quatro lados com o clima mais quente do que o normal. Mesmo com as mudanças climáticas, ocasionalmente haverá verões com clima mais frio que o normal ou um inverno tipicamente frio. Mas não deixe que isso te engane.

Nosso novo estudo revisado por colegas pesquisadores, publicado pela National Academy of Sciences, mostra claramente que enquanto a temperatura média do planeta aumenta progressivamente devido ao aquecimento global (acima de 1,5° Fahrenheit no século passado), temperaturas extremas vêm ocorrendo com muito mais frequência e intensidade no mundo todo. Quando expusemos as informações num gráfico, temperaturas frias extremas, e mais, os extremos de calor incomum estão se alterando de modo que ambas tornaram-se mais comuns e severas.

A mudança é tão dramática que agora uma das faces do dado representa um clima onde há maior frequência das altas temperaturas extremas. Tais eventos costumavam ser extremamente raros. Medidas elevadas da temperatura cobriam aproximadamente de 0.1% a 0.2% do globo no período base de nosso estudo, de 1951 a 1980. Nas últimas três décadas, enquanto a temperatura média cresceu lentamente, as temperaturas extremas se agudizaram e agora representam 10% das ocorrências no Planeta.

Esse é o mundo que modificamos e agora temos que viver nele; um mundo no qual as ondas de calor como a de 2003, na Europa, que mataram 50.000 pessoas e secas, como a de 2011 no Texas, que causaram mais de 5 bilhões de dólares em prejuízos. Tais eventos, como apontam nossos estudos, ocorrerão com frequência e intensidade cada vez maiores. Ainda há tempo para agir e evitar o pior, mas estamos desperdiçando um tempo precioso. Podemos enfrentar o desafio das mudanças climáticas com uma taxa gradativamente crescente sobre a captura de carbono derivada das empresas de combustíveis fósseis, com 100% desse dinheiro sendo restituído a todos os residentes legais baseado na renda per capita. Este processo estimularia inovações e criaria uma robusta economia com energias limpas e milhões de novos empregos. Esta é uma simples, honesta e efetiva solução.

O futuro é agora. E ele é quente.

* James Hansen é diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Mudanças climáticas: Dados mostram que Antártida e Groenlândia passam por degelo acelerado

Canal formado por derretimento de gelo na Groenlândia

Os mantos de gelo da Antártida e da Groenlândia (leia AQUI) estão em derretimento acelerado e perderam 4 trilhões de toneladas nas últimas duas décadas. O valor representa 20% da água que causou um aumento de 55 mm no nível dos mares nesse período.

Os números vêm de um mutirão científico que produziu um número de consenso, ao reunir dados que antes pareciam discordantes.

Num estudo descrevendo o trabalho na revista "Science", os autores afirmam que o resultado é compatível com o cenário de aquecimento global e que o problema deve se agravar nas próximas décadas, apesar de ainda não ser possível dizer o quanto.

"Nossa estimativa é duas vezes mais precisa do que a apresentada pelo IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática] em seu ultimo relatório, graças a inclusão de mais dados de satélite", disse Andrew Shepherd, climatólogo da Universidade de Leeds (Reino Unido) que liderou o estudo.

O trabalho todo reuniu 47 cientistas de 26 laboratórios e cruzou informações coletadas por dez satélites, usando quatro técnicas diferentes.

Pesquisa: Demanda por água superará a oferta até 2030



Segundo estudos recentes, a água será mais vaiosa do que podemos imaginar. Tratada com descaso, a água com qualidade está prestes a se tornar quase que inatingível pelas populações, pois atualmente, 50% dos mananciais já estão comprometidos pela popuição.

Estudo divulgado por Oracle Utilities (leia AQUI) revela que 39% dos executivos de nível sênior das empresas públicas de abastecimento de água acreditam que o risco da demanda por água ultrapassar a oferta é “altamente provável” ou quase certo. Este cenário indica a necessidade de uma mudança expressiva na gestão e produção dos suprimentos de água.

O relatório “Water for All?” concluiu que o comportamento de consumo não responsável de água é a maior barreira para atender às demandas futuras (45%). Um terço dos participantes da pesquisa também apontou as mudanças climáticas (34%) e baixas tarifas, que desestimulam novos investimentos (33%), como os impedimentos importantes.

A necessidade de enfrentar esses desafios estimula a inovação no setor de abastecimento de água. Tanto em países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, as empresas públicas de distribuição de água estão implementando tecnologias que aumentam a eficiência, como dessalinização, sensores de rede e medidores inteligentes, e que ajudam a moderar a demanda e solucionar estes temas com mais eficiência.

Realizado pela Economist Intelligence Unit, o relatório entrevistou 244 executivos sêniores de empresas públicas de abastecimento de água em 10 países – Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Índia, Rússia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Quem viver verá!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Conflitos da água: teremos arroz, mas não teremos água para cozinhá-lo

Desde a grande seca que se abateu sobre o RS no verão 2005/06, quando o rio Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, praticamente secou, todos os anos, a situação de conflito, entre o abastecimento humano de água e a irrigação do arroz inundado, agrava-se.

Não se pode admitir que, primeiro se irrigue, para depois, o que sobrar, vá para o abastecimento das cidades, a população não pode ficar sem água.

Neste momento, por força das condições climáticas e do período de crescimento do arroz, que não pode prescindir de uma lâmina água de uns 5 a 10 cm, em torno de 150 mil pessoas nas cidades de Gravataí, Cachoeirinha e Alvorada, estão desabastecidas pelo baixo volume e pela má qualidade da água do rio Gravataí. O cultivo do arroz irrigado, por submersão do solo, necessita em torno de 2000 L (2 m3) de água para produzir 1 kg de grãos com casca, estando entre as culturas mais exigentes em termos de recursos hídricos. Num Hectare, são necessários 12 mil m³ de água.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, com 65% da produção nacional. Aqui no estado, apenas 5% da disponibilidade hídrica, é destinada ao abastecimento humano, outros 5% vão para a indústria e, os restantes 90% vão para a irrigagão, sendo que a quase totalidade, para o arroz.

Ao se analizar o mapa do Brasil, salta aos olhos, o quanto é intensiva a retirada de água para o arroz, principalmente na metade sul do RS. Este fato demosntra também que, muitas vezes, além do volume retirado para a irrigação, a água retorna ao rio com péssima qualidade, como o que ocorre na Bacia do Rio Gravataí, onde a turbidêz, que tem limite máximo de 100 UNT, passa de 600 UNT. Com isso, há entupimento dos fíltros, o que obriga a constante suspensão do tratamento para a sua limpeza e, com isso, falta água para a população 



É um absurdo!!!! Como pode o poder econômico se sobrepôr ao direito garantido por lei, onde o abastecimento é a prioridade?

A cada ano, a ganância dos grandes empreendimentos que prouz esta commoditie, aumentam as áreas de cultivo, sem ao menos pensar que, com este aumento, vão prejudicar milhares de seres humanos.

Está na hora do Estado tomar para sí a responsabilidade e regual e fiscalizar o plantio e a irrigação do arroz, pois atualmente, a população é refém dos arrozeiros. Não sou contra o cultivo, nós comemos arroz, precisamos de alimento. Mas nesse rumo, vai chegar o momento que teremos o arroz, mas não teremos a água para cozinhá-lo.

Esta situação não se restringe somente ao rio Gravataí. Outros, como o rio dos Sinos, Santa Maria, Camaquã, Ibicuí e outros, passam pelo mesmo problema. 

Em tempo: O Governo do Estado do RS está editando um Decreto de Estado de Emergência para a Bacia do rio Gravataí, no dia 9 de dezembro, o vai permitir que a FEPAM, SEMA, DRH e Batalhão Ambiental, feche as bombas que sugam o Gravataí.   

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Emissão de gases de efeito estufa chega a novo recorde em 2011

Emissão de gases de efeito estufa chega a novo recorde em 2011

Segundo estudo da Organização Meteorológica Mundial (cuja sigla em inglês é WMO), no período de 1990 a 2011 aumentou em 30% a emissão mundial de gases responsáveis pelo aquecimento global, como dióxido de carbono, metano, e óxido nitroso. A marca representa um novo recorde negativo para a medição. ( eia AQUI )
O secretário-geral da WMO, Michel Jarraud, ressaltou que o aumento do efeito estufa na atmosfera atinge “todos os aspectos da vida na Terra”. “Já vimos que os oceanos estão ficando mais ácidos, como resultado da absorção de dióxido de carbono, com possíveis repercussões para a cadeia alimentar submarina e corais”, destacou.

Jarraud acrescentou que é fundamental “aumentar a capacidade de monitoramento e do conhecimento científico”. Segundo ele, a organização conta com a cooperação de mais de 50 países para fiscalizar e repassar informações de medições sobre a concentração de gases na atmosfera.

O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa que permanece mais tempo na atmosfera. Ele resulta de várias atividades, como a queima de combustíveis fósseis e mudanças do uso da terra, inclusive o desmatamento. Também estão entre os gases com efeitos mais duradouros na atmosfera o metano e o óxido nitroso.

O relatório aponta o dióxido de carbono como responsável por 85% do aumento do efeito estufa. Cerca de 40% do metano são emitidos para a atmosfera por fontes naturais, nos pântanos e em cupinzeiros, e 60% vêm do óxido nitroso, por meio de atividades, como a pecuária, o cultivo de arroz, a exploração de combustíveis fósseis, a queima de biomassa e a manutenção de aterros.

A Organização Meteorológica Mundial é ligada às Nações Unidas e atua em parceria com vários países para elaborar os seus estudos. Mais detalhes sobre o relatório referente à emissão de gases de efeito estufa podem ser obtidos no site da entidade.

Temperatura

Inundação de cidades costeiras, agravamento de seca em algumas regiões do mundo e de ondas de calor são cenários prováveis, caso os países não cumpram as promessas que têm firmado de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Estudo encomendado pelo Banco Mundial revelou que se as economias do mundo não adotarem posturas mais ambiciosas em relação ao clima e ao meio ambiente, a temperatura pode registrar até 4 graus Celsius (ºC) a mais no fim deste século.

De acordo com a pesquisa, todas as regiões do mundo sofreriam, mas as nações mais pobres seriam as mais afetadas pelos riscos à produção de alimentos, que podem elevar as taxas de subnutrição e desnutrição, ao agravamento da escassez de água e à maior ocorrência de fenômenos como ciclones tropicais e perda irreversível da biodiversidade.

Algumas cidades de Moçambique, Madagascar, do México, da Venezuela, Índia, de Bangladesh, da Indonésia, das Filipinas e do Vietnã estariam mais vulneráveis à elevação do nível do mar em 0,5 metro (m) a 1m até 2100. O estudo destaca que as regiões mais vulneráveis estão nos trópicos, em regiões subtropicais e em direção aos polos, onde múltiplos impactos podem ocorrer simultaneamente.

Mesmo diante do alerta, os representantes do Banco Mundial destacaram que ainda é possível manter a elevação da temperatura no mundo abaixo dos 2ºC, meta assumida por autoridades de quase 200 países que estiveram reunidos na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em 2010.

A possibilidade de evitar 4°C a mais na temperatura mundial, segundo o estudo, dependeria de uma ação política sustentada da comunidade internacional. Ainda assim, a pesquisa indica que alguns danos e riscos ao meio ambiente e às populações não poderiam ser mais evitados.

Pesquisadores da instituição apontam o uso mais eficiente e mais inteligente da energia e dos recursos naturais como uma das medidas de redução do impacto do clima sobre o desenvolvimento, sem que isso represente ameaça ao ritmo de redução da pobreza no mundo e ao crescimento econômico das nações.

POSTE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 100% ALIMENTADO POSTE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 100% ALIMENTADO POR ENERGIA EÓLICA E SOLAR

  

Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.

O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.

Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.

Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.

Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.

À prova de apagão

Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Documentário mostra que dieta açucarada e gordurosa faz criança ter coração de idoso.

poster

Existe um antigo provérbio chinês que diz que "o homem morre pela boca"...

Sim, a alimentação ou, a má alimentação, é a causa de inúmeras doenças crônicas da população mundial.

Mas o que muita gente talvez não saiba é que, as doenças crônicas, que geralmente acomete as pessoas acima dos cinquenta anos, começa a afetar também as crianças.

Yan, 4 anos, obeso, cardiopata e com insuficiência pulmonar (leia AQUI), mora no interior do Amazonas. Ele se joga no chão para comer salgadinho antes do almoço, mas perde o ar durante a malcriação.

O pai cede a guloseima e come junto com a criança. A birra é infantil, mas a falta de fôlego sugere que o coração e o pulmão já são típicos de um idoso.

O menino é um dos personagens do documentário Muito além do peso, que acaba de estrear nas salas de cinema do Brasil. Percorrendo as histórias de crianças brasileiras com excesso de peso – todas com quadro clínicos de doenças crônicas que no passado só apareciam após os 60 anos – a obra estimula a reflexão sobre a maior epidemia infantil da história, a obesidade.

O documentário coloca a indústria alimentícia e a publicidade infantil como dois dos principais motivos para explicar o aumento da obesidade na infância. Os brinquedos que são entregues junto com os lanches nas grandes redes de fast-food, a utilização de personagens infantis nas embalagemns de biscoitos recheados e chocolates, além das peças publicitárias que dizem “ser mais felizes” aqueles que consomem uma marca de refrigerante foram apontados pelos especialistas entrevistados no filme – e pelas próprias crianças participantes do documentário – como os responsáveis pela alimentação maléfica e engordativa.


Este é o capitalismo, que faz das crianças inocentes o seu alvo preferido.

Que você pensa a respeito?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mais vale uma cachorro amigo do que um amigo cachrro

Retorno de Cuiabá, um dos lugares mais quente que conheci... Mas quente mesmo!

De volta a Porto Alegre, depois de uma semana em Cuiabá, onde participei do XIV ENCOB, já retornei ao trabalho e, normal, muito trabalho. Amanhã vou a Osório para participar de uma reunião sobre o Termo de Referência (TR) para a construção de um barramento móvel entre as lagoas da Fortaleza e Miguel Nunes, entre os municípios de Pinhal e de Cidreira. É um tema controverso que merece toda a atenção dos envolvidos na questão.

Mas eun touxe de Cuiabá, além de umas "bugigangas", conhecimento e conhecidos. Num evento dessa magnitude, tem-se muita coisa a aprender e debater e, os conhecidos, são as pessoas do Brasil inteiro, que trazem para o debate as suas visões de mundo e os problemas nas suas comunidades, nos seus rios.

Também fiz uns passeios clássicos, como um ao Pantanal Matogrossesse e outro a Chapada dos Guimarães, lugares pitorescos que, como geógrafo e estudioso da paisagem, é sempre oprtuno conhecer.

A cidade de Cuiabá, em si mesma, é meio inóspita. É quente, muito quente. Quando chegeuei lá, no dia 4/11, a temperatura estava em 37°C. Com seus quinhentos mil habitantes, na minha visão, uma cidade média mas que tem problemas excessívos, principalmente o transito caótico e as ruas muito estreitas onde, na periferia, corre até esgotos a céu aberto. Fora os transtornos das obras para a Copa 2014. Sem um time de expressão, o melhorzinho é o Mixto, vai construir um estádio de R$520 milhões para três partidas 

Aqui algumas fotos:










quinta-feira, 1 de novembro de 2012

XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica em Cuiabá.


Estou indo participar do XIV Encontro Nacional de Comitês de Bacia Hidrográfica (AQUI)  que acontece em Cuiabá, de 4 a 9 de novembro. Serão discutidos nestes dias, os rumos da gestão das águas no Brasil, e a sustentabilidade dos Recursos Hidricos.

Vou participar na condição de Vice Presidente do Comitê Gravatahy com o apoio da CORSAN.

Não conheço Cuiabá, que é a porta de entrada da Amazônia e com muita proximidade do Pantanal Matogrossense e da Chapada dos Guimarães.

O Comitê Gravatahy é o primeiro comitê de gerenciamento de bacia hidrográfica a ter o seu Plano de Bacia concluído e aprocado pelo Conselho Estadual de Recursos Hidricos do Rio Grande do Sul.

Após dois anos de estudos e intenso debate entre os usuários da água, agora, existe diretrizes e ações para a melhoria da qualidade da água do rio Gravataí. Nesta bacia hidrográfica, onde vivem 1,3 milhões de habitantes, os conflitos de uso são uma constante.

Setembro tem recorde de calor e de gelo na Antártida

Imagem do gelo antártico tirada pelo satélite Aqua, da NASA
Imagem do gelo antártico tirada pelo satélite Aqua, da NASA
O mês de setembro passado foi o mais quente já registrado na Terra, dizem cientistas de uma agência governamental americana que estuda o clima e o oceano. (leia AQUI)

A média da temperatura global dos continentes e dos oceanos no mês passado foi de 15,67º C ou 0,67º C acima da média geral do século 20.

A temperatura média global só dos continentes em setembro foi a terceira mais quente já registrada para esse mês.

A Rússia central, o Japão, o oeste da Austrália, o norte da Argentina, o Paraguai, o oeste do Canadá e o sul da Groenlândia tiveram temperaturas maiores que a média em setembro, enquanto o leste da Rússia, o oeste do Alasca, a África do Sul, grande parte da China e partes do Centro-Oeste superior e sudeste dos Estados Unidos registraram temperaturas notavelmente abaixo da média.

POLOS OPOSTOS

A cobertura de gelo no Ártico atingiu seu menor nível histórico no último mês, enquanto a Antártida registrou sua maior cobertura de gelo na história.

"A magnitude dos recordes em cada região (ártica e antártica) é muito diferente", diz Deke Arndt chefe do monitoramento climático da agência americana. "O Ártico está deixando todos os recordes para trás, não existem superlativos suficientes para descrever o que vem acontecendo lá nos últimos cinco ou seis anos".

Para contextualizar o atual recorde negativo de gelo no Ártico, basta comparar com o último recorde, registrado em 2007, quando especialistas disseram que a queda na cobertura de gelo no Polo Norte era "assombrosa" e um sinal claro da aceleração do aquecimento global.

Portanto se o recorde de gelo na Antártida é o "rei do pedaço", diz Arndt, "o recorde que o Ártico vem construindo é totalmente diferente. A mudança é maior, mais rápida e está estabelecendo novas características na região".

As condições do Ártico são importantes, já que a região é às vezes chamada de "ar condicionado da Terra" por sua capacidade de influenciar a temperatura no planeta.

O aumento do gelo antártico, apesar de contraintuitivo, é devido a mudanças no padrão dos ventos, o acaba que empurrando o gelo do mar para fora, aumentando a sua extensão.

"Um mundo mais quente pode ter consequências complexas e às vezes surpreendente ", disse pesquisador Ted Maksym, de um navio de pesquisa australiano cercado por gelo marinho da Antártida.

David Vaughan, da Pesquisa Antártica Britânica diz que "sim, o que está acontecendo na Antártica tem as impressões digitais da atuação humana nas mudanças climáticas."