quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Emissão de gases de efeito estufa chega a novo recorde em 2011

Emissão de gases de efeito estufa chega a novo recorde em 2011

Segundo estudo da Organização Meteorológica Mundial (cuja sigla em inglês é WMO), no período de 1990 a 2011 aumentou em 30% a emissão mundial de gases responsáveis pelo aquecimento global, como dióxido de carbono, metano, e óxido nitroso. A marca representa um novo recorde negativo para a medição. ( eia AQUI )
O secretário-geral da WMO, Michel Jarraud, ressaltou que o aumento do efeito estufa na atmosfera atinge “todos os aspectos da vida na Terra”. “Já vimos que os oceanos estão ficando mais ácidos, como resultado da absorção de dióxido de carbono, com possíveis repercussões para a cadeia alimentar submarina e corais”, destacou.

Jarraud acrescentou que é fundamental “aumentar a capacidade de monitoramento e do conhecimento científico”. Segundo ele, a organização conta com a cooperação de mais de 50 países para fiscalizar e repassar informações de medições sobre a concentração de gases na atmosfera.

O dióxido de carbono é o gás de efeito estufa que permanece mais tempo na atmosfera. Ele resulta de várias atividades, como a queima de combustíveis fósseis e mudanças do uso da terra, inclusive o desmatamento. Também estão entre os gases com efeitos mais duradouros na atmosfera o metano e o óxido nitroso.

O relatório aponta o dióxido de carbono como responsável por 85% do aumento do efeito estufa. Cerca de 40% do metano são emitidos para a atmosfera por fontes naturais, nos pântanos e em cupinzeiros, e 60% vêm do óxido nitroso, por meio de atividades, como a pecuária, o cultivo de arroz, a exploração de combustíveis fósseis, a queima de biomassa e a manutenção de aterros.

A Organização Meteorológica Mundial é ligada às Nações Unidas e atua em parceria com vários países para elaborar os seus estudos. Mais detalhes sobre o relatório referente à emissão de gases de efeito estufa podem ser obtidos no site da entidade.

Temperatura

Inundação de cidades costeiras, agravamento de seca em algumas regiões do mundo e de ondas de calor são cenários prováveis, caso os países não cumpram as promessas que têm firmado de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Estudo encomendado pelo Banco Mundial revelou que se as economias do mundo não adotarem posturas mais ambiciosas em relação ao clima e ao meio ambiente, a temperatura pode registrar até 4 graus Celsius (ºC) a mais no fim deste século.

De acordo com a pesquisa, todas as regiões do mundo sofreriam, mas as nações mais pobres seriam as mais afetadas pelos riscos à produção de alimentos, que podem elevar as taxas de subnutrição e desnutrição, ao agravamento da escassez de água e à maior ocorrência de fenômenos como ciclones tropicais e perda irreversível da biodiversidade.

Algumas cidades de Moçambique, Madagascar, do México, da Venezuela, Índia, de Bangladesh, da Indonésia, das Filipinas e do Vietnã estariam mais vulneráveis à elevação do nível do mar em 0,5 metro (m) a 1m até 2100. O estudo destaca que as regiões mais vulneráveis estão nos trópicos, em regiões subtropicais e em direção aos polos, onde múltiplos impactos podem ocorrer simultaneamente.

Mesmo diante do alerta, os representantes do Banco Mundial destacaram que ainda é possível manter a elevação da temperatura no mundo abaixo dos 2ºC, meta assumida por autoridades de quase 200 países que estiveram reunidos na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em 2010.

A possibilidade de evitar 4°C a mais na temperatura mundial, segundo o estudo, dependeria de uma ação política sustentada da comunidade internacional. Ainda assim, a pesquisa indica que alguns danos e riscos ao meio ambiente e às populações não poderiam ser mais evitados.

Pesquisadores da instituição apontam o uso mais eficiente e mais inteligente da energia e dos recursos naturais como uma das medidas de redução do impacto do clima sobre o desenvolvimento, sem que isso represente ameaça ao ritmo de redução da pobreza no mundo e ao crescimento econômico das nações.

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