quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Coleta Seletiva do Foga$$a no centro


Moro no centro de Porto Alegre, aqui também trabalho e me movimento entre seus prédios, praças e parques. Gosto daqui por estar em contato com a raíz da evolução urbana da cidade. A paisagem do centro é eclética, prédios históricos dividem espaço com a modernidade do "Xópichão" dos camelôs, que se instalam diariamente na Rua da Praia. Por aqui se vêem pessoas de todas as classes, dividindo o espaço das calçadas esburacadas.

Mas essa paisagem conhecida, se transformou em um imenso galpão de reciclagem a céu aberto.


Pois aqui, o nosso alcaide, o prefeito virtual Foga$$a, deixou de fazer a coleta seletiva, que destinava seu produto aos projetos sociais mantidos em parceria com a Prefeitura, esses projetos geravam emprego e sustentavam diversas familias de muito baixa renda.


Mas agora, não mais circulam no centro os caminhões especiais que fazem esse trabalho. Ao invéz disso, carroças e carrinhos de tração humana, fazem o trabalho que era para ser executado pelo DMLU.

As conseqüências, se pode ver diariamente nas calçadas e nas praças do centro de Porto Alegre. Na foto, se vê, na esquina da Riachuelo com a General Portinho, o que está ocorrendo, fruto da política social executada pelo governo do Foga$$a. Essas pessoas, como se vê, fazem a separação por ali mesmo, obstruindo a rua, e deixando resíduos. Fora o que vai para as ilhas do Guaíba, em carroças, para onde é levado preferencialmente, os resíduos que lá serão separados. Nesse processo, o que não é aproveitado vai se acululando por lá, causando impactos ao meio ambiente e a paisagem desses locais.

E porquê isso ocorre?

Porque o Foga$$a, desativou muitos dos projetos sociais destinados a essa população, excluída. E de quebra, ele fez uma espécie de privativação informal da coleta de lixo. Deixando que essas pessoas, façam o que a Prefeitura deixa de fazer.

E assim vai...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O tempo passa... E o que passou, passou...


Estava eu caminhando pela Rua da Praia (Rua dos Andradas), olhando o movimento quando, ao passar pela Esquina Democrática, rumo à Av. Independência, algo me chamou atenção. Um "lojão" de calçados exatamente onde se localizava a mais famosa livraria da cidade, a Livraria do Globo.

Num lapso de tempo me veio a memória a minha infância, o caminhar entre as prateleiras de livros e outras publicações. Era um grande programa folhear, ler, ver figuras. Nesse tempo, não havia Internet e celular. A TV estava começando, preto e branco. Os cinemas de rua. Os bondes e todo mundo parece que passeando, mesmo a trabalho, o ritmo era mais lento, calmo, tranqüilo.

Aí fiquei triste. Uma melancolia abateu-se em mim.

Como pode, uma cidade que mais consome (?) livros, que se vangloria de ser culta, politizada, deixa que, um ícone cultural e histórico, se transforme em uma sapataria?

Nada contra as sapatarias, mas essas, que vão para qualquer outro local.

Em fim, contra o tempo, não existe nada que se possa fazer...

Como diriam os munícipes pós-modernos:

É o progresso...

terça-feira, 20 de maio de 2008

E a mídia, heim?

Quando se fala em mídia, em imprensa, não devemos esquecer que quem sustenta essa máquina, são seus "anunciantes". Portanto, por mais que ela, a mídia, tente passar ao público que ela é isenta, imparcial, nunca será. Pois a mídia e seus donos, defendem os interesses dos seus anunciantes. Isso é claro!

Porquê digo isso?

Por que tenho observado uma maciça campanha para desqualificar os movimentos sociais, os ambientalistas e todos aqueles que tenham uma posição contrária ao establishment. Podemos notar a ânsia de aprovação das barbaridades cometidas contra as pessoas e ao meio ambiente, por parte da população. Jornais, rádios e tevês, numa corporação que beira ao absolutismo de idéias, unidos, querem justificar as ações bárbaras que estão levando o mundo a uma situação dramática de confusão, de caos.

E o quê fazer?

Talvez eu não saiba, mas a luta diária, abnegada de pessoas solitárias que, através de espaços alternativos, faz o contraponto, mostrando o que há por detrás do que mostrado na mídia corporativa.

Então vejamos:

Como um meio de comunicação vai criticar os desertos verdes se a Aracruz, por exemplo, despeja milhares de reais em campanhas publicitárias?

Como vão questionar o absurdo das tarifas de pedágio se a AGCR – Associação Gaúcha de Concessionárias de Rodovias sustenta os salários de jornalistas?

Como certas pessoas, como os jornalistas Diego Casagrande e Políbio Braga, para citar alguns, vão falar mal dos governos Yeda e Foga$$a, se nos seus site borbulham verbas oficiais?

Somente na blogsfera independente dessas benesses é que vamos encontrar pessoas críticas, mesmo que isso vá contra suas convicções político-ideológicas. Ao contrario, na mídia corporativa, mesmo que seja evidente a corrupção, o descaso, a ilegalidade, a falta de ética, a usurpação do Estado, mesmo assim, a crítica, não se fará presente.

Resta a essa rede informal, formados pelos blogueiros, a iniciativa da crítica...

Nada mais!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Prof. Msc. Mario Luiz Rangel

Semana passada, mais uma etapa da minha vida acadêmica foi alcançada. No dia 7/05, quarta-feira, defendi minha dissertação de Mestrado, intitulada A percepção sobre a água na paisagem urbana: bacia hidrográfica da Barragem Mãe D’água – Região Metropolitana de Porto Alegre/RS, que trata, basicamente, da relação da população com a rede hídrica, considerando o processo de urbanização. Na banca, estavam presentes os geógrafos Wagner Ribeiro, da Universidade de São Paulo – USP, Dirce Suertegaray e Luis Basso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Foi um momento muito significativo, pois é fruto de doze anos de caminhada pela Geografia e pela problemática dos recursos hídricos e da água como elemento da paisagem.

Meu trabalho foi muito bem aceito (ainda bem) e, a partir de agora, tenho de dar continuidade a esse trabalho, pois não está encerrada nessa etapa, minha pesquisa.

Mais a diante vou disponibilizar aqui, o texto e a cartografia desse trabalho.