quarta-feira, 14 de março de 2007

As redes do poder – o papel da mídia.

Podemos, de certa forma, dizer que: o dinheiro não é poder. O sujeito pode, como acaba de acontecer, ganhar na Mega Sena 40 milhões e ficar milionário, mas essa dinheirama toda não lhe trouxe poder. O poder depende de outros fatores. Esse mesmo sujeito pode, com todo o dinheiro que ganhou, se tornar poderoso, se souber como utilizar essa grana para esse fim: ser poderoso.
Inicio dessa forma para analisar a compra do tradicional jornal gaúcho, o Correio do Povo, pelo grupo paulista Rede Record, do Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus.


A expansão das redes, nesse caso das redes de mídia, estão na pauta daqueles que buscam ou já detém o poder. Dessa forma conseguem influenciar e manipular, não somente os seus leitores, ouvintes e telespectadores, mas também a cena política, social e econômica. Isso é poder.

Podemos concluir que, dessa maneira, os conservadores gaúchos, ligados a elite rural, estão passando o poder, de bandeja, para os paulistas. Não tenho nada contra os paulistas e paulistanos, um povo que trabalha duro e que forjou a pujança daquele estado, pelo contrário, quem sabe se, com a vinda de “sangue novo” nesses pagos, possamos sair desse marasmo provinciano que nos encontramos?

Falando um pouco do Bispo Edir Macedo, gostem ou não, achem legal ou não, ele soube transformar a fortuna arrecada através do dízimo extraído do bolso de seus fiéis em poder, um poder que ainda vai crescer muito mais.

Um comentário:

Claudinha disse...

Mario, cheguei até o teu blog através do Diário Gauche. De fato, muita gente reconhece o póder da mídia e se engalfinha para tê-la: menos os partidos de esquerda e, em especial, o PT. E já que és um atento observador da cidade, um estudioso da área, te sugiro ir, de câmera em punho, até o terminal de ônibus ao lado do Mercado Público de POA. Rende fotos inusitadas dos moradores de rua e dá muito o que pensar sobre a ação do poder público a pessoas tão desamparadas em tempos de Fogaça. Abraço!