quarta-feira, 28 de março de 2007

Será que estamos todos dementes?

Não há desculpas, a nossa demência cresce a cada dia. Ela cresce quando tentamos julgar e rotular seres humanos. As lutas de classe vêm desde a antigüidade, os movimentos libertários, a luta pelos direitos, que estão escritos na história do mundo, hoje são tratados como atos de bravura, heroísmo e patriotismo.



Dizer que os movimentos populares que hoje se desenrolam no Brasil, e no Mundo, tratam-se de baderna, que são desrespeito às leis ou até mesmo que são desocupados que não querem trabalhar, isso é que é demência. Se existe por parte destes movimentos dureza nas suas palavras e ações, é por quê existe igual má vontade e intolerância em resolve-los por parta sociedade. Se agora os conflitos oriundos das lutas populares estão mais evidentes, mais na mídia. É por quê, durante décadas, a sociedade brasileira e a sua elite, não deram ouvidos ao reclames do povo.



O narcotráfico, os sem-teto, os sem-terra, somente se proliferaram, pela demência das forças ditas democráticas que tratam com desdém as necessidades e anseios das pessoas menos favorecidas, atirando-as ao infortúnio de verem seus filhos passando privações, enchendo-se de desesperança. Se a situação no campo está exasperada, se os líderes destes movimentos, chegam a dizer o que dizem, é por que se sentem impotentes diante de pessoas que , também cometem estes mesmos atos. Existe sim, muita terra em mãos de pessoas que só as tem como um bem, uma propriedade que rende status, e lhe confere algum poder. Devemos saber sim que não são os grandes latifundiários os maiores responsáveis pela produção agrícola brasileira, tão alardeadas por eles próprios.


Os verdadeiros responsáveis pelo progresso no setor agrícola, são as pequenas e médias propriedades, em que seus proprietários lutam com dificuldade para obter financiamento para suas atividades, sem acesso ás grandes linhas de crédito, e que produzem as alimentos indispensáveis para o povo brasileiro. Existem não 23 milhões, que estão nesta luta, se somarmos a estes mais este tanto, talvez, teremos o número de pessoas abaixo da linha da pobreza, sem esperança, desassistidos pela sociedade, que cada vez mais engrossam os movimentos populares. Se na União Soviética, milhões morreram, em decorrência dos "radicalismos". Quantos morrem hoje por dia grassas, ao radicalismo do capital?


As leis, as formalidades, as garantias jurídicas, são muito bem lembradas por aqueles que precisam delas para manter o seu status, mas e a humanidade. Estes dogmas, estas regras, é claro são essenciais para a vida em sociedade, mas quando a vida é ameaçada, quando estas pessoas se tornam a escória, o que lhes resta senão lutar contra o seu algoz? É claro que ninguém quer o confronto, ninguém quer está embaixo de lonas pretas, passando todos os tipos de necessidades e ainda ser escorraçados. Demência é ser cego, surdo e mudo aos problemas que enfrentam estas hordas de desesperados, fazendo crescer o ódio em seus corações, ódio por um sistema desumano que condena a marginalidade quem não teve as mesmas oportunidades que nós.

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