quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Que te viu e quem te vê: Número de pobres nos EUA chega a 46,2 milhões e bate recorde

Pobres em Washington/AFP

As consequências das políticas desastrosas dos EUA nos últimos anos, principalmante durante o governo Bush, levou o país a retroceder no seu desenvolvimento econômico e social. De acordo com os cálculos do economista Joseph Stiglitz (leia AQUI), a invasão do Iraque custou U$S 4 trilhões aos Estados Unidos. Não apenas em função das despesas com a máquina de guerra, mas também com o aumento dos gastos na importação do petróleo.

Resultado: as decisões tomadas pelos falcões “neocons” da Casa Branca estão na gênese da atual crise econômica, que arrastou bancos poderosos, como o Citi, e há poucos meses, colocava no ar uma dúvida aterradora: os Estados Unidos decretariam ou não a moratória de sua dívida? Faltou pouco para que a nação mais rica do mundo desse o calote no resto do mundo – incluindo o Brasil, que é um dos maiores detentores de títulos do Tesouro norte-americano.

Não bastasse a falência econômica, as respostas equivocadas dos Estados Unidos ao atentado terrorista provocaram a decadência moral do país. Na era Bush, os Estados Unidos, antes admirados em boa parte do mundo, passaram a despertar ódio e desprezo. E contribuíram para essa decadência cenas degradantes como as das torturas na prisão de Abu Graib, no Iraque, e em Guantánamo, em Cuba.

Lembro que em 2001, no ataque às torres gêmeas,  Osama bin Laden emiriu comunicado em que dizia que havia atingido seu obletivo em derrotar o império americano pela derrocada de sua economia.

Parece que deu resultado:

Dados divulgados nesta terça-feira (leia AQUI) pelo escritório responsável pelo censo dos Estados Unidos revelam que o número de americanos vivendo na pobreza chegou a 46,2 milhões no ano passado, 
o número mais alto desde que os dados começaram a ser coletados, em 1959.

A taxa de pobreza no país aumentou de 14,3% em 2009 para 15,1% no ano passado, a mais alta desde 1993.

Segundo o censo, quase um em cada seis americanos vive na pobreza – definida como renda anual individual de até US$ 11,13 mil (aproximadamente R$ 18,8 mil) ou renda de até US$ 22,31 mil (cerca de R$ 37,68 mil) para uma família de quatro pessoas.

Os dados refletem a lenta recuperação da economia americana após a crise mundial, em um momento em que aumentam os temores de que o país mergulhe em uma nova recessão.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos é atualmente de 9,1%, patamar que vem se mantendo há cerca de dois anos e que, segundo o próprio governo, é elevado e não tem perspectivas de melhora no curto prazo.

Até agosto, 14 milhões de americanos estavam desempregados.

Estes dados, mesmo que sejamos anti-EUA, são preocupantes para todo o mundo. Os mercados mundiais dependem dos dólares americanos. O Brasil, mesmo que tenha melhores condições para enfrentar a crise financeira mundial, vai sofre, também, as consequências.

Mas na realidade, o grande império está com os dias contados. Mas quem vai pagar pela irresponsabilidade das políticas equivocadas do governo americano?

O povo americano, é claro.

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