OAB entra no Supremo contra doação de empresas em eleições: a corrupção na mira.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou nesta segunda-feira (05/09) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para proibir empresas privadas de doarem dinheiro a políticos em campanhas eleitorais (leia AQUI).
A entidade pede que uma liminar suspenda de imediato as leis que liberam financiamento privado. Mas, ao mesmo tempo, propõe que a regra atual valha por dois anos, tempo em que o Congresso votaria nova legislação. Ou seja, na eleição para prefeito no ano que vem, ainda haveria doação empresarial. Em 2014, para presidente e governador, não.
Para a OAB, doações particulares produzem interferência do poder econômico nas eleições e abrem espaço para a corrupção.
“A excessiva infiltração do poder econômico nas eleições gera graves distorções”, diz a ação, ao citar duas implicações. Primeira: “desigualdade política”, pois “aumenta exponencialmente a influência dos mais ricos sobre o resultado dos pleitos eleitorais, e, consequentemente, sobre a atuação do próprio Estado.”
Concordo plenamente com a medida da OAB, mas acho que só esqueceram de combinar com os russos*.
Sim, pois os parlamentares, o mesmos que vão legislarr sobre uma nova lei eleitoral, são os mesmo que se locupletam com as doações e, depois, têm de favorecer seus doadores. Estes parlamentares estão sentados a anos sobre a reforma eleitoral e não desatam.
Tomara que esta medida da OAB dê um empurrão nessa gente... tomara.
* Diz a lenda (porque ninguém prova a veracidade) que certa feita um treinador da seleção brasileira combinou a melhor forma de derrotar os adversários. Bastaria Garrincha driblar um, dois, três, quantos fossem necessários, e fazer o gol. Ao que o cândido personagem respondeu: mas já combinamos com os russos?
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