quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Crise financeira internacional: Karl Marx estava certo


Dentre outras teorias (leia AQUI), Marx argumentou que o capitalismo tinha uma contradição interna que, ciclicamente, levaria a crises e isso, no mínimo, faria pressão sobre o sistema econômico. As corporações, disse Roubini, motivam-se pelos custos mínimos, para economizar e fazer caixa, mas isso implica menos dinheiro nas mãos dos empregados, o que significa que eles terão menos dinheiro para gastar, o que repercute na diminuição da receita das companhias.


Agora, na atual crise financeira, os consumidores, além de terem menos dinheiro para gastar devido ao que foi dito acima, também estão motivados a diminuírem os custos, a economizarem e a fazerem caixa, ampliando o efeito de menos dinheiro em circulação, que assim não retornam às companhias.

A parir dessa constatação, em encontro recente em Paris (leia AQUI) para discutir a turbulência econômica na Europa, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediram uma maior coordenação econômica da zona do euro.

Entre outras coisas, Merkel e Sarkozy, defenderam a taxação das transações financeiras como forma de arrecadar receita para o bloco.

Pois é, agora, depois de porta arrombada, esqueceram da máxima do capitalismo neoliberal, de deixar que o mercado regule tudo, reduzindo impostos e deixando que o Estado seja somente um ente facilitador para o fluxo dos capitais.
 
Cada vez mais as teorias de Carl Marx se mostram válidas e atuais, mesmo depois de 150 anos.
 
É a cobra engolindo o próprio rabo...

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