quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Os protestos se espalham pelo mundo: os jovens dizem não ao neoliberalismo.

Protestos em Santiago do Chile.

Quando as coisas estão bem, não há motivos para as mudanças. Existe uma acomodação natural pois estamos garantidos. Mas quando não vemos perspectivas e os horizontes se estreitam, também, naturalmente, vamos a luta pelas mudanças. Introduzo assim este post para dizer que as coisas estão mudando no mundo em decorrêscia da falta de perspctivas que a sociedade humana vem sentindo.

Além dos protestos que se sucederam (e ainda continuam) em paíse do Oriente Médio, Síria, Egito, etc. por democracia, vemos também outros que mostram bem o tempo histórico que estamos presenciando: os povos estão fartos do modelo econômico imposto pelos neoliberais ao longo dos últimos trinta anos.

No Chile (leia AQUI) milhares de pessoas fizeram um "panelaço" na noite desta terça-feira (9/8) "em Santiago, onde alguns manifestantes montaram barricadas nas ruas, para apoiar o protesto estudantil que exige um melhor ensino público no Chile.

O "panelaço" é o segundo realizado em menos de uma semana e retoma um protesto típico contra a então ditadura do general Augusto Pinochet.

A população foi às varandas e janelas de Santiago para bater panelas, atendendo ao apelo dos líderes estudantis chilenos, que há dois meses protestam para pedir o fortalecimento do ensino público no país".

Foi durante a ditadura que os Chicago Boys, implantaram o neoliberalismo no Chile (leia AQUI) que usurpou do povo chileno conquistas hístóricas, como a privatização da previdência onde hoje, 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social.

Os protestos no Chile então são, além de exigir a melhora do ensino público sucateado pelo neoliberalismo,  fruto da falta de perspectivas de seu povo, que vai às ruas apoiar os estudantes.

Protestos em Longres- Inglaterra.

Já no Reino Unido, a morte de um negro pela polícia, foi o estopim dos protestos e da violência que tomaram as ruas de Londres. Mas por trás desta motivação estão, também, a aversão às políticas neoliberais implantadas pela "dama de Ferro" Margaret Teacher (leia AQUI), que fez com que se retirassem do povo, as mesmas conquistas que foram retiradas dos chilenos e são o 'acumulo' dos últimos 2 anos de recessão, desemprego, cortes em serviços públicos, tudo devido a crise de mais de uma década de 'inchaço' e previsão da explosão da 'bolha especulativa'.

Por todo o mundo, a crise pode deixar toda uma geração com oportunidades muito aquém de suas aspirações, talvez até ao ponto em que a juventude abandone qualquer esperança de futuro. No mundo desenvolvido, a crise significa que os jovens enfrentam trabalhos iniciais mal remunerados em qualquer nível. Os benefícios e o auxílio-educação também estão sendo cortados.

Mas que bom... é ótimo que os jovens (sempre eles) estão fazendo a diferença. Infelizmente a violência é resultado dos ânimos exaltados. Mas, muitas vêzes, a luta se faz com violência. A guerra é violenta. E este momento se caracteriza por uma guerra, guerra por perspectivas que hoje os nossos jovens não vislumbram.

Em breve... Um novo mundo!

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