Os protestos se espalham pelo mundo: os jovens dizem não ao neoliberalismo.
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Protestos em Santiago do Chile.
Quando as coisas estão bem, não há motivos para as mudanças. Existe uma acomodação natural pois estamos garantidos. Mas quando não vemos perspectivas e os horizontes se estreitam, também, naturalmente, vamos a luta pelas mudanças. Introduzo assim este post para dizer que as coisas estão mudando no mundo em decorrêscia da falta de perspctivas que a sociedade humana vem sentindo.
Além dos protestos que se sucederam (e ainda continuam) em paíse do Oriente Médio, Síria, Egito, etc. por democracia, vemos também outros que mostram bem o tempo histórico que estamos presenciando: os povos estão fartos do modelo econômico imposto pelos neoliberais ao longo dos últimos trinta anos.
No Chile (leia AQUI) milhares de pessoas fizeram um "panelaço" na noite desta terça-feira (9/8) "em Santiago, onde alguns manifestantes montaram barricadas nas ruas, para apoiar o protesto estudantil que exige um melhor ensino público no Chile.
O "panelaço" é o segundo realizado em menos de uma semana e retoma um protesto típico contra a então ditadura do general Augusto Pinochet.
A população foi às varandas e janelas de Santiago para bater panelas, atendendo ao apelo dos líderes estudantis chilenos, que há dois meses protestam para pedir o fortalecimento do ensino público no país".
Foi durante a ditadura que os Chicago Boys, implantaram o neoliberalismo no Chile (leia AQUI) que usurpou do povo chileno conquistas hístóricas, como a privatização da previdência onde hoje, 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social.
Os protestos no Chile então são, além de exigir a melhora do ensino público sucateado pelo neoliberalismo, fruto da falta de perspectivas de seu povo, que vai às ruas apoiar os estudantes.
Protestos em Longres- Inglaterra.
Já no Reino Unido, a morte de um negro pela polícia, foi o estopim dos protestos e da violência que tomaram as ruas de Londres. Mas por trás desta motivação estão, também, a aversão às políticas neoliberais implantadas pela "dama de Ferro" Margaret Teacher (leia AQUI), que fez com que se retirassem do povo, as mesmas conquistas que foram retiradas dos chilenos e são o 'acumulo' dos últimos 2 anos de recessão, desemprego, cortes em serviços públicos, tudo devido a crise de mais de uma década de 'inchaço' e previsão da explosão da 'bolha especulativa'.
Por todo o mundo, a crise pode deixar toda uma geração com oportunidades muito aquém de suas aspirações, talvez até ao ponto em que a juventude abandone qualquer esperança de futuro. No mundo desenvolvido, a crise significa que os jovens enfrentam trabalhos iniciais mal remunerados em qualquer nível. Os benefícios e o auxílio-educação também estão sendo cortados.
Mas que bom... é ótimo que os jovens (sempre eles) estão fazendo a diferença. Infelizmente a violência é resultado dos ânimos exaltados. Mas, muitas vêzes, a luta se faz com violência. A guerra é violenta. E este momento se caracteriza por uma guerra, guerra por perspectivas que hoje os nossos jovens não vislumbram.
Em breve... Um novo mundo!
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