Milhares de chilenos fazem protestos e realizam "panelaço" na véspera da greve geral
Ruas de Santiago ontem a noite.
Milhares de chilenos fizeram um "panelaço" na noite dessa terça-feira em Santiago, na véspera de uma greve geral de 48 horas. O "panelaço" reuniu milhares de pessoas no centro de Santiago e na popular Praça Ñuñoa, no leste da capital, convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a maior organização sindical do país.
Nos próximos dois dias, o Chile fará a primeira greve geral dos 17 meses de governo do presidente Sebastián Piñera. No centro de Santiago, a polícia dispersou os manifestantes com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo, enquanto em Ñuñoa os agentes se limitaram a cercar a praça, sem intervir, constatou a AFP.
O protesto em Ñuñoa reuniu famílias, idosos e até crianças, que participaram alegremente, apoiados por um "buzinaço" de carros que passavam pela região. Os manifestantes ocuparam as ruas próximas à praça e o protesto durou ao menos duas horas.
A manifestação teve a participação de cerca de 80 organizações, incluindo sindicatos de servidores públicos e dos transportes. Estudantes e professores, que há quase três meses protestam para exigir ensino gratuito e de qualidade para todos, também engrossaram o panelaço.
Para esta quarta-feira não está previsto qualquer protesto no Chile, mas na quinta haverá uma manifestação no centro de Santiago.
Os protestos também se transformaram em protesto contra o Presidente Piñera, Foi membro do partido de centro-direita Renovación Nacional pelo qual foi eleito presidente eleito do Chile e, que aqui, encarna o espírito de Pinochet. O pvo chileno parece ter acordado da bobagem que fez ao elegê-lo. Piñera é um rico empresário que defende a privatização dos serviços públicos e a diminuição do papel do Estado na economia.
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