segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Confusão no mercado financeiro internacional: Agora os EUA provam o amargo remédio.


Durante muito tempo os Estados Unidos usufruíram dos resultados obtidos graças a sua posição de xerife do mundo e credor de diversas dívidas de países emergentes. O Tio San sugou a vida e a alma de milhões de pessoas. Impôs guerras sanguinárias a custa de bilhões de dólares que poderiam ser usados para alimentar famintos, dar dignidade aos povos que sofrem com a fome e as doenças.

Enquanto os norte-americanos gastavam, os outros deixaram de comer.

Mas parece que, agora, serão os Estados Unidos que vão provar do amargo remédio que impuseram ao mundo.

Com o rebaixamento do rating da dívida americana ( leia AQUI) de AAA para AA, muita coisa vai mudar para o povo norte-americano que vai ver seu estilo de vida mudar.

E, mesmo com as medidas anti crise tomadas no final da semana passada (leia AQUI), parece que o “deus mercado” não se conformou com os sacrifícios feitos com a intenção de acalmá-lo.

A situação é dramática. A recessão mundial que se avizinha pode e, com certeza vai, chegar ao Brasil, pois como vivemos em um mundo globalizado, não escaparemos ilesos, com certeza.

Parece-me que, o que está ocorrendo hoje no mundo, nada mais é do que o resultado das políticas neoliberais aplicadas na economia mundial a partir do Consenso de Washington (leia AQUI). Que incorpora a idéia de que o Estado deveria deixar que o mercado fosse o balizador dos rumos da economia e que este ajustaria a nossa vida. Assim, com a perda de força do Estado na economia, a especulação tomou conta e, os investimentos na realidade, na produção, foram trocados pelo virtual, pelos ganhos de capital que, numa hora, iriam se mostrar fictícios.

O engraçado (ou triste) é o discurso da direita, aquela mesma direita que formalizou o neoliberalismo como sendo a “salvação” do mundo. Dizem agora que é a social democracia a culpada pela crise. Sim, desta maneira indireta, querem culpar os governos de esquerda e os progressistas pela crise, como se não fosse o capitalismo globalizado, o “deus mercado” o mentor deste fracasso.

Mas o fracasso é dos estados, não dos capitalistas, pois estes continuam ricos.

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