Na CPMI do Cachoeira, 'insetos' internautas vencem dinossauros da velha imprensa
A Veja, neste último fim de semana, se imbuiu de fazer uma patética auto-defesa do que chamou de "insetos da internet" (leia AQUI). Segundo a sua ótica, "enquanto não houver uma governança mundial centralizada sobre a internet, nos moldes que propugnam Falcão e outros acipitrídeos, pandionídeos e falconídeos partidários, será essa indecência". Quer dizer, a tal liberdade de imprensa (opinião) somente pertence ao grandes meios de comunicação, ou o PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Repasso aqui, um artigo extraído do Brasil Atual (leia AQUI, sobre este assunto. É bol ler os dois, para se ter uma posição sobre a tal liberdade que os Barões da Mídia querem para si.
A veja, como já ficou bem claro, tem sim interesses, econômicos, políticos e partidarios, unindo-se a quem quer que saja, para atingí-los:
"Com a democratização da informação através da internet, bastou vazar relatórios da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, para que milhares de internautas se debruçassem sobre os textos e diálogos, e publicassem informações inéditas e análises em primeira mão na imprensa alternativa, nos blogs "sujos" e nas redes sociais.
A revista Veja chegou ao vexame de escrever um artigo em defesa própria, chamando internautas – que a desmentem de forma fundamentada – de "insetos" ou "robôs".
Enquanto os "insetos" em revoada fazem as informações circular em sua íntegra, a velha imprensa se move como dinossauros, tentando ainda controlar e direcionar o fluxo de informações de acordo com seus interesses, usando a velha máxima da parabólica de Ricúpero, quando o ex-ministro tucano combinava com a Rede Globo em "off" para manipular o noticiário politicamente: "... o que é bom, a gente mostra. O que é ruim, a gente esconde... Eu não tenho escrúpulos", disse, sem saber que estava sendo ouvido nas TV's com antenas parabólicas.
O resultado é que a velha imprensa (que podemos chamar de “imprensauro”), está publicando com dias, e até semanas de atraso, o que os "insetos" já sabiam e publicavam há muito tempo, socializando a informação livremente em tempo real.
O imprensauro primeiro tentou manipular a pauta, como é de vício. Não faltaram jornalões, revistas e Redes de TV's querendo absolver sumariamente o envolvimento de uma grande revista com a organização; e querendo desviar o grosso dos fatos de Goiás para o Distrito Federal, ou para Brasília. Forçaram a pauta sobre os contratos da Delta no Estado do Rio de Janeiro, omitindo que a empreiteira tem grande atuação no Estado de São Paulo e na prefeitura da capital paulista, além dos estados de Tocantins, Mato Grosso, conexões no Paraná e Santa Catarina. Tentaram blindar o Procurador-Geral da República até de responder por falha, quando há evidências óbvias de as ter cometido.
Nada disso deu certo. Nem telejornais do porte do "Jornal Nacional", estão conseguindo controlar a pauta, com os "insetos" a todo momento dando "furos" de notícias, chegando a conclusões que o imprensauro tem que engolir dias ou semanas depois.
Exemplo foi o tratamento dado aos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF). Quem acompanhou o Jornal Nacional dos últimos dias pensaria que Agnelo não resistiria ao cargo, enquanto Perillo sequer era citado. Quem leu os "insetos" na internet sabia que a situação era oposta. Os dias foram passando e o imprensauro foi sendo paulatinamente obrigado a ajustar a cobertura para algo mais próximo da realidade.
Outro caso foi do Procurador-Geral da República. O imprensauro escolheu a pauta de não cobrar explicações de Gurgel, atribuindo ao "mensalão". Os "insetos" já haviam apontado contradições nas explicações até dentro da técnica jurídica, além da politização partidária indevida.
Mais um dia se passou, e o impresauro, ao ouvir "especialistas" e se dar conta do que disseram os delegados da Polícia Federal, perceberam que os "insetos" estavam certos. No dia seguinte o "Jornal Nacional" recuou e já não colocava a mão no fogo por Gurgel, apesar de procurar mudar o foco do assunto, dentro da lógica do "o que é ruim a gente esconde".
O contraponto factual e bem fundamentado dos "insetos" tem chegado às áreas de comentários do próprio imprensauro, desmonta versões manipuladas.
A TV Record rompeu o corporativismo dos barões da mídia, e divulga as mesmas informações e análises dos blogs "sujos" e da imprensa alternativa.
A CPMI do Cachoeira mal começou, mas já está produzindo resultados. A velha imprensa virou um parque de dinossauros nesta cobertura, com notícias viciadas ou já velhas quando são publicadas.
É um ano de revolução em rede, em que a velha imprensa está “comendo poeira” e sendo pautada pelos "insetos" dos blogs "sujos", da imprensa alternativa e das redes sociais".
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