Barbárie: Sobreviventes relatam horrores de massacre na Síria
Não dá para entender. Não consigo nem imaginar. Não sei como pode, um "ser humano????" executar inocentes... Este massacre, não foi o primeiro e, com certeza, não será o último.
Me parece que estamos chegando, a passos largos, à barbarie.
Segundo a matéria da Folha de São Paulo (AQUI), "Espanha, Reino Unido e Canadá, a exemplo da Austrália, Alemanha e França, determinaram a expulsão de representantes diplomáticos sírios em um movimento conjunto de repúdio ao massacre de Hula.
A reportagem da Folha entrou em contato com o Itamaraty para obter a posição brasileira sobre o episódio.
Pelo menos 108 pessoas, dos quais das quais 49 eram crianças, morreram neste final de semana, em um dos mais sangrentos episódios da onda de revoltas que abala a Síria há cerca de 14 meses.
Uma investigação preliminar das Nações Unidas apontou que a maioria dessas mortes na cidade de Houla, no centro da Síria, foi por conta de execuções, segundo moradores, por milicianos favoráveis ao regime.
O governo sírio nega responsabilidade pelo episódio e atribui o massacre ao que denomina de "terroristas", os insurgentes."
Veja (AQUI) o relato dos sobreviventes e tentem, quem sabe, ao menos imaginar o horror:
Rasha Abdul Razaq, sobrevivente:
"Nós estávamos em casa, eles entraram, a 'Shabiha' e as forças de segurança, eles entraram com fuzis Kalashnikov e rifles automáticos.
Nós perguntamos a eles o que estava acontecendo, e eles nos disseram para entrar. Nós dissemos: 'O que foi? O que vocês querem?'. Eles disseram: 'Mostrem tudo, o que vocês estão escondendo'. E nós dissemos: 'Nós não estamos escondendo nada'.
Eles nos levaram para um quarto e atingiram meu pai na cabeça com uma coronhada e atiraram nele, direto no queixo.
Eles nos levaram para dentro e nos disseram para ficarmos todos juntos, em um canto. Um homem começou a atirar para o alto, então nós todos nos escondemos atrás da minha mãe. Nós éramos cerca de 15 pessoas.
Então eles abriram fogo. Depois que eles atiraram contra nós, eles começaram a pisar em nós, e um dos homens pediu aos outros para checar se nós estávamos todos mortos. Então eles saíram e começaram a atirar para o alto.
Nós éramos oito irmãos, incluindo eu, e minha cunhada e seu filho. Ela estava grávida de seis meses. Também estavam conosco meu pai, a mulher do meu tio e sua filha, nossa vizinha e seus três filhos, minha tia e suas duas filhas. Uma delas ficou apenas ferida, e está aqui comigo agora, ela tem um mês de idade. A outra morreu. Todos nós estávamos na casa.
Eu sobrevivi com minha mãe, a menina de um mês de idade e minha irmã. Eles atiraram contra nós, mas nós sobrevivemos.
O que vai acontecer conosco? Quando ficamos sabendo que o Exército e as forças de segurança estão vindo, nós corremos para as ruas, nós estamos com medo de que eles repitam o que fizeram conosco no outro dia.
Havia cem casas na vizinhança, eles mataram todos os que estavam dentro. Eles entraram nas casas das pessoas e abriram fogo, e mataram todos."
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