sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Após Fukushima, 79% dos brasileiros não querem novas usinas nucleares



A civilização "moderna" está calcada na energia. Sem energia o mundo não funciona dentro do modelo adotado deste meados da Revolução Industrial.

Sem energia, práticamente nada funciona. Todas as engenhocas tecnológicas dependem das mais diversas fontes de energia. Penso que ninguém imagina um mundo sem energia. 

Para se fazer energia, temos somente algumas fontes:

A força dos rios.

O prtróleo e o carvão.

O Sol.

O vento.

O movimento dos oceanos (marés e ondas).

A bio-massa.

Os bio-combustíveis.

A fusão nuclear.

Estre estas fontes, as que menos causam danos ambientais, são justamente as que são menos producentes e economicamente restritivas, em decorrência da baixa rentabilidade em relação ao alto custo. Ainda não temos tecnologia para explorar satisfatoriamente a energia solar. A energia eólica é instável. E o uso da força das marés e das ondas ainda engatinha e tem os mesmos problemas da solar e eólica.

Assim, nos restam, para fabricar energia, os hidrocarbonetos, largamente usados no mundo e que estão acelerando o processo que aquecimento global, assim como a bio-massa. Os rios, com suas hidroelétricas, que tem grandes impactos na flora e fauna. E a energia nuclear, que volta e meia, provoca um acidente. Esta última, uma saída para o abastecimento de grandes áreas. Na França, por exemplo, 75% da energia consumida, é de orígem nuclear.

Falo isso porque foi realizada uma pesquesa em diferentes países que já exploram a energia nuclear onde, na média geral entre os 12 países que já têm usinas nucleares ativas (leia AQUI) – Brasil incluído –, 69% dos entrevistados rejeitam a construção de novas usinas, enquanto 22% defendem novas estações. No Brasil, 79% dos entrevistados dizem se opor à construção de novas usinas.

Esses 79% incluem pessoas que acham que o Brasil deve usar as usinas nucleares que já tem, mas não construir estações novas (44%), e pessoas que acham que, como a energia atômica é perigosa, todas as usinas nucleares operantes devem ser fechadas o mais rápido possível.

Apenas 16% dos entrevistados brasileiros acham que a energia nuclear é relativamente segura e uma importante fonte de eletricidade e que, portanto, novas usinas devem ser construídas.

A pesquisa, em 23 países, indica que após o acidente de Fukushima, em março, aumentou a oposição à energia nuclear, tanto em países que a promovem ativamente, como Rússia e França, como em países que ainda planejam a construção de usinas.

Em comparação com resultados de 2005, o levantamento "sugere que houve um elevado aumento na oposição à energia nuclear" em parte dos países, enquanto cresce a defesa da economia de energia e o uso de fontes renováveis em vez da energia nuclear.

Parece que estamos diante de um dilema. Como concilhar crescimento econômico, que precisa de cada vêz mais energia, proteção do meio ambiente.

A rejeição mestrada na pesquisa nos leva a pensar o que quermos para o futuro do nosso planeta.

Difícil...

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