segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um ano se passou e, nada: O asssssinato do sem tarra Elton Brun continua sem castigo.


No RS Uregente, foi publicado um artigo de Jacques Tavora Alfonsin, que é Preocurador aposentado do Ministério Público Estadual a resperito da inércia da Justiça Estadual a respeito da investigação sobre o assassinato ocorrido no ano passado durante uma desocupação em São Gabriel.

No dia 21 deste mês de agosto completou-se um ano do assassinato praticado contra o agricultor Elton Brum da Silva, como conseqüência de uma ordem judicial determinada em ação movida contra agricultores sem-terra, como ele, no município de São Gabriel. A agilidade que o Poder Judiciário mostrou para defender o direito de propriedade, no processo que assassinou Elton, é geometricamente desproporcional aos males que esse direito causa, mesmo quando descumpre a sua função social.

Para se ter uma idéia desse fato, é suficiente uma busca de internet no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, comarca de São Gabriel, para se constatar que nem data de audiência para coleta de possíveis provas foi designada, no processo 20900023900, que apura a responsabilidade criminal do policial militar que matou o Elton.

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Não é de se admirar. No meu modo de ver, a Justiça somente é justa, quando é para quem tem dinheiro e/ou poder. Neste caso, e naquela região, as instâncias públicas, são dominadas por agentes ligados ao poder dos latifundiários. Lembro bem que, a época, havia uma procuradora acompanhando a desocupação que delarou que, a ação da brigada militar, havia sido "profissional". Depois, ficou se sabendo que, a tal procuradora, era casada com um grade latifundiário de São Gabriel.

Então dá para entender a morosidade do processo, não é mesmo?

Em tempo: Os excessos da Brigada Militar contra os movimentos sociais tornaram-se rotina sob o governo da tucana Yeda Crusius. Com carta branca da governadora, o comando da corporação reprimiu com brutalidade incomum protestos no campo e na cidade, onde não faltaram até mesmo cenas de professoras ensanguentadas jogadas ao chão diante do Palácio Piratini. O assunto ganhou tanta notoriedade que, em 2009, antes mesmo da morte do sem terra, o Rio Grande do Sul já obtinha destaque negativo no Informe sobre o Estado dos Direitos Humanos no Mundo, editado pela Anistia Internacional.

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