sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Confiança do consumidor atinge segundo maior nível desde 2001: Serra foi derrotado no debate da Band.


Depois do debate de ontem, e vendo hoje os sites pró Dilma e pró Serra, cada um diz que o seu candidato venceu o debate da Band. Para uma debutante em debates, para meu entendimento, a Dila foi muito bem, mesmo com o nervosismo de uma estréia, Dilma soube lever até ao fim a tarefa e, ainda, colocou o FHC no pescoço do Serra.

Já o Serra, que está atrás nas pesquisas, deveria vencer o debate. Até porque ele, aposta tudo nos debates, por entender que a sua suposta expriência, lhe traria vantagem sobre Dilma. E isso não ocoreu. Assim, seguindo estes argumentos. Houve, digamos, um empate entre Dilma e Serra no debate da Band. Mas este empate, foi a vitória da Dilma e, a derrota para o Serra, que precisava equilibrar a disputa. A Marina e o Plínio foram quadjuvantes e, penso eu, ajudaram a Dilma. A Marina com sua fala mansa, de menina pobre, elogiando as ações do Lula. E o Plínio, solto, dizendo o que viesse a sua cabeça, sua participação alegrou o debate morno.

As vantagens são todas para Dilma. À frente nas pesquisas, ela pode contar com a aceitação do governo Lula, que é seu principal cabo eleitoral

A aceitação do governo Lula, vai além da sua popularidade, algo em torno de 84%, mas também do índice que mede a expectativa dos brasileiros com a economia. Este índice, atingiu em julho, o segundo maior nível desde o início da medição em 2001, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). (AQUI)

O INEC (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor) cresceu 1,8% em relação ao mês anterior, para 116,8 pontos. O número perde apenas para o patamar registrado em 117,2 pontos. Os números acima de 100 indicam otimismo e a média histórica do índice é de 108,9 pontos.

Os brasileiros estão mais confiantes em relação à inflação. O índice que mede a perspectiva de aumento de preços avançou 1,8% em relação a junho, com 43% dos entrevistados apostando em estabilidade.

A pesquisa mostrou mais confiança em relação ao desemprego. As respostas apontaram que 40% dos entrevistados acreditam em estabilidade do desemprego e 24% apostam em queda no índice.

Os dados da pesquisa revelam que o endividamento preocupa menos os brasileiros. O indicador geral de otimismo com o endividamento subiu 2,9% na comparação com junho.

O crescimento econômico do país contribuiu para levar mais confiança em relação a renda pessoal e a situação financeira. Os dois índices medidos apontaram melhora em relação a junho. Metade das pessoas entrevistadas acreditam que a renda não vai mudar e a situação financeira vá ficar estável. Já 36% acham que vão aumentar os rendimentos e 35% apostam em melhora na condição econômica.

O indicador que mostra as expectativas com relação às compras de bens mais caros registrou a segunda queda consecutiva. Isso significa que diminui a intenção de compra, já que mais pessoas esperam que esse tipo de despesa vai diminuir, ou ficar estável.

A pesquisa ouviu cerca de 2.000 pessoas no período entre 23 e 27 de julho. O índice de confiança é calculado com base na média ponderada pela frequência relativa de cada resposta a perguntas qualitativas referentes a fatores que afetam a intenção de consumo.

Como estão indo as coisas, o Serra terá de mudar sua estratégia. Tem de motivar correligionários (o que não está acontecendo) e angariar para si simpatia (o que ele definitivamente ele não tem) e, ainda assim, concilhar ser oposição e não atacer Lula.

Uma tarefa hercúlea para Serra, que eu, sinceramente, espero que ele não consiga executar.

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