quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Desastres ambientais agravam crise de água na China: a destruição do futuro pelo racionalismo econômico.

Trabalhadores retiram o lixo acumulado represa das Três Gargantas, no rio Yang-Tsé

O gigante asiático, a China, entrou na era do desenvolvimento econômico capitalista, sem ter os recursos hídicos necessários para a sua população. O país ex-comunista, entrou para o mercado global, com taxas de crescimento em torno de 10% mas, por outro lado, foram deixados de lado, qualquer cuidado ambiental, principalmente com a água.

De acordo com a Folha de São Paulo (leia AQUI), a sucessão de acidentes ambientais nas águas da China está agravando o problema de abastecimento no país, que sustenta 20% da população mundial com apenas 7% dos recursos hídricos disponíveis no planeta.

Com estes dados, segundo as Nações Unidas, cada cidadão chinês dispõe de 2.138 metros cúbicos de água por ano, quatro vezes menos que a média dos países desenvolvidos.

Ainda, segundo a matéria, As últimas estatísticas oficiais apontam que os acidentes ambientais duplicaram em relação ao ano passado, com 102 incidentes apenas nos seis primeiros meses de 2010.

O Ministério de Proteção Ambiental chinês apresentou na semana passada os negativos resultados de um estudo oficial realizado este ano em milhares de amostras de águas da superfície do país.

Segundo a avaliação oficial, apenas 49,7% das águas estão aptas para o consumo e 26,4% são destinados à indústria, por não serem adequadas.

De fato, mais de 100 das 600 maiores cidades da China sofrem cortes regulares e outras 400 vivem problemas temporários de abastecimento dependendo da temporada.

Mais uma vez temos de dizer que, o desenvolvimento econômico pretendido pelos donos do poder, está levando o nosso planeta a sua exaustão. Enquanto predominar o racionalismo econômico ao invés do racionalismo ambiental, estamos indo muito mal. Nossa sociedade consumista, parece não dar importância para os fatos e, assim, caminhamos para tempos muito difíceis num futuro não tão distante.

Como vão viver as próximas gerações. Parece-me que isso não importa. O que importa mesmo é o lucro... aqui e agora.

Uma pena...

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