segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Desmatamento da Amazônia tem queda de 49%, diz Inpe

O bioma amazônico é o mais importante ecossistema brasileiro e, também, um dos mais frágeis. Toda a foresta frondosa da Amazônia, está práticamente assentada sobre uma grande bacia sedimentar. E por ser sedimentar, os sedimentos, são as areias, com baixos índices de nutrientes.

Mas então por quê existe tanta vegetação na Amazônia?

Na realidade é a própria floresta que se autosustenta, toda a matéria orgânica que é produzida pela floresta, serve de "alimento" para esta mesma foresta.

Quando áreas são desmatadas, acaba o alimento para a vegetação existente e, sem alimento, a floresta está condenada a desaparecer. Assim, se continuar o desmatamento desenfreado da Floresta Amazônica, não somete a sua biodiversidade acabará, mas o planeta inteiro sofrerá com as mudanças climáticas resultantes deste processo, pois como todos os seres vivos são composto de carbono, com o desmatamento, mais CO2 estará presente na atmosfera, agravendo o aquecimento global.

Assim podemos entender a importância de se manter este ecossistema o mais preservado possível.

Hoje o INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais e o DETER - Sistema de Detecção em Tempo Real da Amazônia (AQUI) , através do Ministério do Meio Ambiente, divulgou nesta segunda-feira uma queda de 49% no desmatamento da Amazônia entre agosto de 2009 a junho de 2010, com relação ao detectado de agosto de 2008 a junho de 2009. Nesse período, o desmate passou de 3.536 km2 para 1.808 km2.

A queda nos números da destruição foi comemorada pelo governo, que espera que este ano a taxa anual não ultrapasse os 5.000 km2, menos do que a meta que o Brasil apresentou na Conferência do Clima de Copenhague, no ano passado. No entanto, os dados divulgados nesta segunda-feira se referem ao sistema Deter, que capta apenas cortes em grandes áreas e cobre somente cerca de 40% da área total da Amazônia Legal. A tendência de queda identificada hoje só será confirmada no final do ano, quando o Inpe divulga o consolidado pelo sistema Prodes, que por sua vez captura tanto áreas com pequenos desmatamentos, quanto as maiores.

Mas ainda é pouco... muito pouco.

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