quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Taxa de desmatamento da Amazônia é a menor desde 1988, diz Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

A área de floresta devastada na Amazônia Legal entre agosto de 2009 e julho de 2010 foi de 6.451 quilômetros quadrados, o que representa a menor taxa anual de desmatamento registrada desde 1988, quando teve início a série de medições feitas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Os dados, que fazem parte do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal (Prodes), foram divulgados nesta quarta-feira e indicam uma redução de 13,6% no desmatamento em relação ao período anterior (2008/2009).

A área desmatada no período é pouco maior que as dimensões do Distrito Federal, que tem cerca de 5,7 mil quilômetros quadrados.

Na medição anterior (2008/2009), o desmatamento na Amazônia Legal havia sido de cerca de 7 mil quilômetros quadrados.

Redução

Durante a apresentação dos dados, o diretor do Inpe Gilberto Câmara afirmou que a redução geral no desmatamento é fruto de “ações coordenadas”, incluindo fiscalização pelo Ibama e pela Polícia Federal com a ajuda de informações obtidas pelo monitoramento via satélite, e a “responsabilidade empresarial” para evitar a compra de soja e carne provenientes de áreas desmatadas.

“Em geral, todos os Estados apresentaram queda no desmatamento”, disse o diretor do Inpe, citando Pará, Mato Grosso e Roraima, que já foram considerados os campeões em derrubada de florestas.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse durante a cerimônia que a medição faz com que o Brasil se aproxime da meta de redução do desmatamento prevista para 2015, de acordo com Plano Nacional de Mudanças Climáticas.

Pelas metas, o desmatamento na Amazônia Legal terá de cair para 5 mil quilômetros quadrados até 2017.

Os dados do Inpe devem ser apresentados pela ministra na conferência sobre mudanças climáticas que está sendo realizada em Cancún, no México.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou a cerimônia de anúncio dos números de desmatamento dizendo que o Brasil está “cumprindo compromissos assumidos” e, assim, “aumentando a vantagem comparativa para os produtos (agrícolas) brasileiros no exterior”.

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