quinta-feira, 14 de julho de 2011

Historiador diz que só fim do euro salva a União Europeia: será o fundo do poço?



O Senado italiano aprovou nesta quinta-feira o pacote de austeridade elaborado pelo governo, que prevê cortes de 79 bilhões de euros para evitar que o país seja o próximo a afundar na crise da dívida europeia.

Pressionado pelos mercados e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o governo italiano anunciou na quarta-feira um reforço no pacote de ajustes fiscais para evitar que a crise chegue ao país. O novo pacote permitirá ao governo economizar 32 bilhões de euros adicionais. Leia AQUI.

As mudanças no pacote vão incluir privatizações de empresas estatais e redução de benefícios fiscais, além de cortes de gastos, anunciou o ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti.

Pois é, os tais "gastos" que a metéria se refere, nada mais são do que os benefícios sociais que o Estado italiano concede aos seus trabalhadores, estes trabalhadores que podem, dependendo do ancalçe da crise européia, perderem seus empregos e, nem assim, terem a proteção estatal. Como a gente pode ver na notícia, quem está por trás dos ajustes(?) é o FMI (Fundo Monetário Internacional) que já ditou nosras idênticas no Brasil.

Sobre a crise da União Européia, o historiador Niall Ferguson, professor da Universidade de Harvard, nos EUA, sempre foi um crítico do uso de uma moeda única na União Europeia (UE).

Em 2000, após a adoção do euro, ele já previa que a moeda não duraria dez anos devido às diferenças fiscais entre os países.
Agora, afirma, a Europa precisa agir rápido: acabar com a união monetária para salvar a União Europeia.

Ferguson deu nesta quarta-feira uma palestra em Edimburgo (Escócia) dentro da TED, conferência sobre tecnologia, entretenimento e design que termina na quinta-feira.

Autor do livro "Civilization: The West and the Rest" (Civilização, o Ocidente e o Resto), falou sobre o declínio do Ocidente, após mais de 500 anos de domínio sobre o resto do mundo.

Leia AQUI a entrevista:

O que a Europa deve fazer para conter a crise da dívida?
Quando a Europa adotou o euro, eu já dizia que não iria funcionar, porque você não pode ter uma união econômica sem união fiscal. Em 2000, escrevi que a moeda não duraria mais de dez anos, porque as enormes diferenças entre os países causaria o colapso do sistema. É o que vemos agora.

A política de empréstimos não está revolvendo o problema. O que fazer?
Há duas opções para a Europa hoje, ou se transformar numa federação, como os Estados Unidos, ou abandonar essa ideia de moeda única. Mas não há vontade política para a federação. Estamos muito próximos de uma crise enorme. Os mercados já se voltaram para países como Itália e Espanha. Não faz sentido manter uma política de moeda única se você questionar a participação desses países.

Não é possível excluir países e salvar a moeda?
Eu acho que é preciso acabar com a moeda única para salvar a UE. Não há outra solução. A Grécia não vai ser competitiva com a mesma política monetária da Alemanha. Portugal também não. Há seis meses, ainda era possível manter o euro e excluir da união monetária um país ou outro. Mas essa solução foi sendo adiada e hoje não é mais uma opção.

Por que a Europa está demorando para tomar uma atitude mais drástica?
Porque as pessoas em Bruxelas (sede da UE) e em Frankfurt (sede do Banco Central Europeu) continuam a negar a realidade.

Pois é, como eu já havia dito AQUI, a golbalização dos merdados não trás benefícios a ninguém. Em virtude das diferenças entre países e de suas característias sociais e econômicas estas, são empecílho para que os blocos econômicos, e o mais conhecido, a União Européia, mantenham equilíbrio fiscal e aduaneiro. Na minha modesta opinião, como diz Niall Ferguson, as "pessoas" que querem que continue como está, representam interesses que não vem a público. 

Money is money...    

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