segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Enem e sua importância na inclusão social... e na Educação, é claro



Com a criação doVestibular, lá na primeira metade do século XX, a entrada de pessoas pobres na Universidade Pública, passou a ser uma loteria. Com a baixa qualidade do Ensino Público, desmontado por sucessivos governos e, aliado a isso, a necessidade de trabalhar para ajudar na renda familiar, milhões de alunos ficam de fora do Ensino Supreior nos últimas décadas. Ao inverso, estas Universidades Públicas, os alunos de escolas das redes privadas, com um ensino de melhor qualidade e que, quase sempre, estes alunos, depois de fazer um "cursinho" e um "bom" Vestibular, povoam suas salas de aula, principalmente nos cursos de excelência.

O Exame Nacional de Ensino Médio vem para romper este paradigma. O ENEM, não busca saber o que o aluno conseguiu "decorar" nas aulas incrementadas dos "cursinhos" com macetes e mirabolentes técnicas. Quer saber do raciocínio e do potencial do candidato a uma vaga das 59 Universidades Federais brasileiras, entre elas as melhores do Brasil e da America do Sul.

Mas a elite não gosta disso. A elite gosta de manter seus privilégios, não que que os mais pobres tenham as mesmas condições de competir.

Por isso, a elite, representada pela PIG (Partido da Imprensa Golpista), critica tanto o ENEM.

Eles São contra as cotas (o DEM tem uma ação de inconstitucionalidade tramitando no Supremo)

Leia AQUI um post do Paulo Henrique Amorim sobre este assunto:

O PiG (*) tenta o Golpe de Estado da Educação.

O PiG (*) está em pânico diante da bem sucedida batalha de que o Ministro Fernando Haddad desfechou para derrubar a senzala.
Numa serena entrevista coletiva Haddad anunciou que confia 100% na qualidade técnica do exame e que não há a menor possibilidade de cancelá-lo.
As provas foram 99,7% corretas num universo impressionante de 4,6 milhões de alunos que pretendem entrar em universidades públicas.
Em grande parte, pobres, nordestinos e negros.
Que horror !
Haddad explicou na entrevista que a gráfica assumiu a responsabilidade e refará o trabalho sem cobrar nada do Governo.
Haddad disse que, até o momento, o número de prejudicados inicialmente previstos – 1.800 – deve ser até menor.
Um repórter mencionou que se dizia que a culpa era de um funcionário do Inep.
Haddad lembrou que no ENEM de 2009 o PiG (*) também disse que a culpa também era de um funcionário do Inep.
Depois, a investigação da Polícia Federal revelou que o vazamento tinha ocorrido dentro da gráfica da Folha de São Paulo.
Deve ser por isso que o UOL e a Folha odeiam tanto o ENEM.
O ENEM tornou-se o terceiro turno da eleição presidencial.
José Serra tomou uma surra – 56% a 44% – e a elite branca quer refazer o resultado e impedir a ascensão social dos pobres.
A Casa Grande sente o rufar dos tambores que vem da senzala.

Viva o Brasil !

Um comentário:

Gabriel Negreiros disse...

Bom dia, Sr Mario Rangel sou um frequentador assiduo do seu blog mas esse post sobre o enem me chamou atenção pois eu o fiz. Sou estudante e me preparo para o vestibular da UFRGS que tem excelência e competência em mais de 40 anos de vestibulares idoneos. Acredito que o ENEM como exame não tem organização pois são diversas os casos em que fiscais praticamente desconhecem o que dizem os editais do concurso e as regras nele contidas acabam não sendo aplicadas em sua totalidade. Citando situações que meus colegas comentaram em que celulares tocaram durante a prova e os fiscais não fizeram nada, uso de relógios e outros mais. Enfim, a partir do momento que há critérios descriminados no edital não sendo obedecidos já caracteriza falha de organização pois entendo que os fiscais não passaram por algum tipo de treinamento ou se passaram não foi suficiente. O Sr pegou as provas e olho as questoes? O Sr acredita que questões como a que perguntava sobre os movimentos do jogo de voleibol são questões para constarem numa prova que seleciona para o nível universitário? Isso me parece piada. Não tenho o beneficio de cotas mas sou a favor pois meus irmaos mais novos têm, mas acredito que a mudança deve começar pela base do ensino e não "facilitando" o ingresso no ensino superior. A iniciativa das cotas deve ser paliativa enquanto a educação não estiver aprimorada mas se ela for algo permanente indica que o governo está pouco preocupado em realmente reformar o ensino de base.
Não faço parte do PIG e nem da elite, sou trabalhador e estudei em escola pública por uma boa parte da minha vida e é isso que penso. Obrigado pela atenção.