terça-feira, 6 de julho de 2010

O homem busca Deus no infinito Universo: mas o povo passa fome...


O homem, desde os tempos imemoriais, sempre se perguntou de onde veio, onde está e para onde vai. O mistério da vida (e da morte) sempre atormentou-nos. As reigiões tentam colocar uma luz, mas, de fato, nada sabemos do nosso mundo e de nossa existência.

À luz da ciência, também, pouca coisa se sabe sobre nossa origem. Ficamos na periferia do que somos feitos e o que somos. Mesmo com nossos avanços técnicos e científicos, ainda agimos como simples animais, sempre em busca da sobrevivência.

Não conseguimos viver em paz com nós mesmos. Vivemos em um mundo de guerras sem sentido por terra e poder. Milhares de pessoas morem de fome no mundo. Nós não conseguimos nem ser feizes, sempre angustiados por nossas dúvidas, por nossos medos. Mas sempre olhamos para fora em busca do que está dentro de nós.

Mas a vida continua. E com ela, o avanço técnico vai, aos poucos, desvendando algumas pequenas coisas que nos demosntram o quanto somos insignificantes no imenso Universo que nos rodeia.

Esta matéria do Estadão sobre a imagem obtida do satélite Planck é mais um passo que o homem dá no sentido de tentar desvendar os primórdios da criação do todo:

A missão Planck, da Agência Espacial Europeia (ESA), produziu sua primeira visão do céu inteiro. Segundo pesquisadores da ESA, o mapa oferece não somente uma nova visão do processo de formação de estrelas como ainda dá pistas sobre a formação do universo após o Big Bang.

"Este é o momento para o qual o Planck foi concebido", disse, em nota, o diretor de Exploração Robótica e Ciência da ESA, David Southwood. "Não estamos dando a resposta. Estamos abrindo as portas de um Eldorado onde cientistas poderão buscar as pepitas que levarão à compreensão de como nosso Universo veio a ser e como ele funciona agora".

O disco principal da Via Láctea corta o centro da imagem. faixas de poeira fria se projetam acima e abaixo da galáxia. Essa teia galáctica é onde novas estrelas estão surgindo, e o Planck encontrou diversos locais onde estrelas individuais começam a nascer ou dão início ao ciclo de desenvolvimento.

O fundo manchado da imagem é radiação de fundo de micro-ondas, a forma de radiação mais antiga do Universo. A imagem da Via Láctea mostra o estado atual de nossa vizinhança cósmica, e as micro-ondas, como o Universo era antes que surgissem as primeiras estrelas.

A missão do Planck é decodificar esse padrão do pando de fundo e mostrar o que aconteceu nos primórdios do tempo e do espaço.

O padrão de micro-ondas é a planta a partir da qual os atuais aglomerados e superaglomerados de galáxias foram construídos. As diferentes cores representam pequenas diferenças de temperatura e densidade de matéria no céu. Essas irregularidades evoluíram, ao longo de bilhões de anos, em regiões muito densas, que deram origem às galáxias atuais.

O pano de fundo cobre todo o céu, mas muito dele fica escondido, nesta imagem, pela emissão da Via Láctea, que era de ser filtrada digitalmente para que o padrão das micro-ondas apareça por completo.

Quando esse trabalho estiver pronto, o Planck terá gerado a mais precisa imagem do fundo de micro-ondas já criada. A questão principal é se os dados revelarão a assinatura de um período, chamado inflação, que é previsto em muitas teorias sobre os primórdios do Universo. A inflação teria ocorrido logo após o Big Bang, levando a uma expansão violenta do Universo num período muito curto.

Quando sua missão se encerrar em 2012, o Planck terá completado quatro varreduras completas do céu.

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