segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ONU: 373 desastres naturais mataram mais de 296 mil pessoas e custaram US$ 110 bilhões em 2010

O custo ambiental causado pelo nosso modo de vida consumista, incentivado pelas corporações capitalistas, está se tornando astronômico. As mudanças climáticas, causadas pelo aquecimento global, estão tornando as anomalias climáticas em desastres catastróficos. Também entra nesta conta os terremotos e tsunamis. 

Todos nós temos parcela de responsabilidade ao que está ocorrendo em diferentes partes do planeta. Secas, enchentes, tornados, fuacões, tempestades, deslisamentos são diários. Em 2010 aconteceu praticamente um por dia, isso somente contando os maiores:

Os 373 maiores desastres naturais registrados ao longo do ano passado mataram mais de 296 mil pessoas no mundo e custaram cerca de US$ 110 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (24) pela Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (cuja sigla em inglês é Unidr), órgão ligado às Nações Unidas, com base em informações do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (Cred).

O comando da Unidir alertou que é necessário definir uma estratégia preventiva para evitar que desastres naturais provoquem mortes e danos materiais tão elevados em todo mundo. De 8 a 13 de maio, em Genebra, na Suíça, será debatida a Plataforma Global para a Redução de Desastres.

"Se não agirmos agora, vamos ver mais e mais desastres, devido à urbanização desordenada e degradação ambiental. E desastres relacionados ao clima com certeza vão aumentar no futuro, devido a fatores que incluem as alterações climáticas", disse a secretária-geral da Estratégia Internacional para Redução de Desastres, Margareta Wahlström.

Pela primeira vez, a América liderou a lista dos piores desastres entre os continentes. Do total de mortos, 75% ocorreram no Haiti. Apenas o terremoto de 12 de janeiro de 2010, naquele país, foi responsável pela morte de 222.500 pessoas. A Europa ficou em segundo lugar em decorrência da onda de calor russo, que matou 56 mil pessoas.


Porém, o desastre natural que causou prejuízo mais elevado foi o terremoto de 27 de fevereiro de 2010, no Chile. Segundo o órgão das Nações Unidas, o prejuízo foi de US$ 30 bilhões. Mas está longe do terremoto considerado com efeitos mais caros do mundo – em 2008, o terremoto em Sichuan, na China, causou US$ 86 bilhões em danos.

Também são mencionados entre os desastres naturais as inundações, em junho de 2010, na França, e o inverno rigoroso na maior parte da Europa, em dezembro de 2010. Da lista dos maiores desastres naturais, estão ainda o terremoto na China, em abril do ano passado, que matou 2.968 pessoas, além de outro abalo sísmico na Indonésia que provocou 530 mortes, em outubro de 2010.

A Indonésia sofreu também com as inundações e os deslizamentos de terra, assim como no Paquistão cerca de 2 mil pessoas morreram em decorrência destes desastres naturais. O fenômeno meteorológico do La Niña, que provocou inundações e deslizamentos de terra na Austrália, de abril a dezembro, também foi destacado no documento.

A secretária-geral da Estratégia Internacional para Redução de Desastres, Margareta Wahlström, ressaltou que deve haver um trabalho conjunto dos “governos locais, líderes comunitários e demais parceiros” na busca por um planejamento urbano adequado. “É uma ferramenta estratégica e técnica para ajudar os governos nacionais e locais a cumprirem as suas responsabilidades para com os cidadãos”, disse.

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