segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como o outro incomoda, a solução é eliminá-lo


Conforme matéria da ZH (aqui), "Um morador de rua de Porto Alegre sofreu um grave ferimento no rosto após ter sido atingido com um tijolo na tarde de hoje. Ele estava deitado na Rua Miguel Couto, próximo à esquina com a Avenida Padre Cacique, no bairro Santa Tereza, quando, segundo vizinhos, teria sido agredido por um jovem de classe média que moraria na mesma rua".

É lamentável que uma pessoa, que teria uma boa educação, boa casa, alimentos de qualidade, uma família, em fim, tudo de bom, tenha um comportamento de um animal.

Este não é um fato isolado. A agressão contra moradores de rua, aquelas pessoas que nada têm, não têm ninguém, acontece freqüentemente.

Não existe respeito ao ser humano, principalmente ao que está fragilizado em uma situação de abandono, sem perspectiva, dormindo ao relento.

A atitude de uma pessoa que age de forma covarde, aproveitando-se de sua condição “superior”, é a mostra de que, de nada adianta ter-se tudo, se não se tem respeito ao outro. Penso que, a maior parte de todas as mazelas da história humana, pode ser creditada a não aceitarmos o outro. O outro sempre está errado. O outro sempre nos incomoda, perturba. Então, para nos livrarmos do incômodo do outro, só nos resta eliminá-lo.

Pena...

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