quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Capitalismo em crise: Grã-Bretanha se prepara para maiores cortes de gastos desde a 2ª Guerra

Desde a crise de 2008, que afetou a economia do mundo globalizado, os países desenvolvidos buscam saídas para superar os problamas econômicos que persistem. O "deus" mercado, não conseguiu, até o momento, se "auto-reular", levando a bancarrota instituição financairas e, até mesmo, governos.

A França e Sarkosy, vivem fortes greves que tentam barrar cortes e ajustes contrários aos interesses dos trabalhadores e do povo francês.

Agora (leia AQUI) o governo da Grã-Bretanha deve anunciar nesta quarta-feira o maior pacote de cortes de gastos públicos desde a Segunda Guerra Mundial, numa tentativa de combater o crescente déficit público do país.

As medidas, que serão anunciadas pelo ministro das Finanças, George Osborne, devem afetar todas as áreas do governo, incluindo saúde, bem-estar social, transporte e segurança pública.

Espera-se cortes de cerca de 25% em média em todos os departamentos, com o fechamento de cerca de 500 mil postos de trabalho no serviço público até o ano fiscal de 2014/15.

A Grã-Bretanha tem hoje o maior déficit público de sua história, de mais de 150 bilhões de libras (cerca de R$ 398 bilhões). Isso equivale a 11% do PIB do país, um dos níveis mais altos entre os países ricos.

Estas medidas devem levar a reações indêntias as que estão ocorrendo na França, levando insegurança à Europa e ao mundo todo.

Mas não é somente na Europa, o governo do Japão disse que a economia do país "está paralisada", devido à alta na cotação do iene e à redução da demanda global por exportações japonesas.


Em um relatório mensal, o governo japonês rebaixou a classificação da economia pela primeira vez desde fevereiro de 2009.

Nos últimos meses, o governo vinha insistindo que a economia estaria se recuperando, mas agora a previsão é de que ela continue debilitada por algum tempo.

A queda nas exportações para a Ásia está afetando fortemente os exportadores que já estavam sofrendo com a força da moeda local.

Parece mesmo que a crise de 2008 está longe de ser superada. O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta quinta-feira que a chamada “guerra cambial” em curso entre alguns países é prejudicial à economia global. Países como China e Estados Unidos estariam desvalorizando artificialmente suas moedas para equilibrar suas finanças.

O ministro Guido Mantega disse que países como Japão e Estados Unidos, ao permitir a desvalorização de suas moedas, acabam roubando mercados de economias com bom desempenho, como a brasileira.


O ministro disse ainda que o Brasil não deveria ser prejudicado por causa da política cambial desses países.

Nesta semana, Mantega anunciou o aumento de 2% para 4% da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de estrangeiros no mercado de renda fixa no Brasil.


Nenhum comentário: