sábado, 30 de agosto de 2008

Discutir é preciso, mas fazer é imprescindível



Participei deste importânte evento, onde foi discutido o saneamento ambiental e as suas conseqüencias sobre a saúde pública. Confesso que achei as palestras muito técnicas (o viés técnico é muito relevante) mas faltaram as bases teóricas que norteiam as políticas públicas na área ambiental.

No meu ponto de vista, o que mais valeu do Seminário, foi a conferência de encerramento, com a presença do Engenheiro Sanitarista da FIOCRUZ, Marcelo Firpo.

Com uma vasta experiência em saúde pública, ele tocou em pontos que, para mim, são o cerne dos problemas ambientais e as suas conseqüencias à saúde pública:

1- a saúde coletiva: onde os principais problemas têm orígem nas desigualdades sociais.

2- a economia ecológica que, segundo Firpo, é a economia da sustentabilidade. Pois atualmente, estamos vivendo uma dicotomia, entre o homem e a natureza, e precisamos integrá-los novamente.

3- a ecologia política, que nos mostra que o atual desenvolvimento é desintegrado do metabolismo social, e que, por si só, é um indicador de insustentabilidade.

4- a justiça ambiental, que somente poderá existir quando se conseguir entender e pôr-mos em prática os pontos 1, 2 e 3.

Assim, toda a atividade humana e social gera impactos ambientais, devendo ser levado em conta e mensurados os seus níveis de impacto, pela análise de suas externalidades.

O Prof. Firpo é militante e engajado nesta discussão, participa ativamente na construção de um novo paradigma ambiental no Brasil através da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Para saber mais sobre esta rede veja AQUI.

Nenhum comentário: