Discutir é preciso, mas fazer é imprescindível
Participei deste importânte evento, onde foi discutido o saneamento ambiental e as suas conseqüencias sobre a saúde pública. Confesso que achei as palestras muito técnicas (o viés técnico é muito relevante) mas faltaram as bases teóricas que norteiam as políticas públicas na área ambiental.
No meu ponto de vista, o que mais valeu do Seminário, foi a conferência de encerramento, com a presença do Engenheiro Sanitarista da FIOCRUZ, Marcelo Firpo.
Com uma vasta experiência em saúde pública, ele tocou em pontos que, para mim, são o cerne dos problemas ambientais e as suas conseqüencias à saúde pública:
1- a saúde coletiva: onde os principais problemas têm orígem nas desigualdades sociais.
2- a economia ecológica que, segundo Firpo, é a economia da sustentabilidade. Pois atualmente, estamos vivendo uma dicotomia, entre o homem e a natureza, e precisamos integrá-los novamente.
3- a ecologia política, que nos mostra que o atual desenvolvimento é desintegrado do metabolismo social, e que, por si só, é um indicador de insustentabilidade.
4- a justiça ambiental, que somente poderá existir quando se conseguir entender e pôr-mos em prática os pontos 1, 2 e 3.
Assim, toda a atividade humana e social gera impactos ambientais, devendo ser levado em conta e mensurados os seus níveis de impacto, pela análise de suas externalidades.
O Prof. Firpo é militante e engajado nesta discussão, participa ativamente na construção de um novo paradigma ambiental no Brasil através da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. Para saber mais sobre esta rede veja AQUI.
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