terça-feira, 24 de novembro de 2009

Kyoto é um engodo: Concentração de gases-estufa no mundo cresceu 6,5% desde 1997.


A concentração de gases do efeito estufa na atmosfera continua a crescer (leia aqui), apesar de todos os esforços mundiais e discursos inflamados de líderes políticos para reduzi-la. Em 2008, chegou ao índice mais alto registrado desde o início da era industrial, segundo um relatório divulgado ontem pela Organização Mundial de Meteorologia (WMO, em inglês).


Desde 2007, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto - tratado internacional para baixar as emissões -, o aumento foi de 6,5%. A concentração de dióxido de carbono (CO2), gás que mais contribui para o problema do aquecimento global, chegou a 385,2 ppm (partes por milhão), com potencial para chegar a 390 ppm já no ano que vem.


"Faz um milhão de anos que não chegamos a 390 ppm", disse o físico John Barnes, diretor do Observatório de Mauna Loa, no Havaí, um dos que contribuem com informações para a WMO. Em relação à era pré-industrial (antes de 1750), o aumento foi de 38%. "Temos de pensar o que é que isso vai causar." O limite considerado "seguro" pela maioria dos cientistas, para evitar mudanças climáticas mais catastróficas, é 450 ppm.


Como se pode ver, não há interesse de governos e corporações em frear as emissões dos gases do efeito estufa. Apesar do alertas da comunidade científica, nada á feito. Estamos já em um ponto que NÃO HÁ MAIS RETORNO, as mudanças climáticas são irreversíveis e catastróficas para a humanidade.


Um dos efeitos mais estudados é o derretimento de geleiras.


Desde 2000, a Groenlândia perdeu mais de 1,5 trilhão de toneladas de gelo. A Antártida também perdeu 1 trilhão desde 2002. As inundações em consequência do degelo em uma centena de grandes cidades poderiam causar danos de US$ 28 bilhões, segundo um estudo divulgado ontem pela organização WWF. Isso porque, o aumento do nível dos mares em cidades como Nova York - que poderia chegar a 15 centímetros - provocaria tormentas e furacões.

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