sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Emissões de CO2 diminuíram em 2008, mas são as maiores em 2 milhões de anos


Foi divulgado nesta semana pela prestigiada revista científica Nature Geoscience, um estudo que tem entre seus autores Jean P. Ometto, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CST/INPE).


Segundo o estudo (leia aqui), o aumento na concentração de CO2 atmosférico foi de 1,8 ppm em 2008, ligeiramente abaixo da média para o período 2000-2008, que foi de 1,9 ppm por ano (ppm = partes por milhão). Esse aumento trouxe a concentração atmosférica de CO2 para 385 ppm em 2008, 38% acima do registrado no início da Revolução Industrial (cerca de 280 ppm em 1750). Esta seria a concentração mais elevada pelo menos dos últimos 2 milhões de anos.


Levando-se em conta este estudo, pode-se dizer que estamos ultrapassando a barreira do "reversível". Isto é, ponto em que se poderia, caso se tomassem as medidas cabiveis para a redução das emossões dos gases do efeito estufa, fear as mudanças climáticas.


Segundo James Lovelock (leia aqui ), autor da Teoria de Gaia, "o efeito estufa chegou a um ponto sem retorno e 'bilhões' morrerão neste século".


"Nosso planeta tem se mantido saudável e apto à vida, assim como um animal, por mais de 3 bilhões de anos de sua existência. Foi má sorte que nós tivéssemos começado a poluí-lo numa época em que o Sol está quente demais.


Nós causamos 'febre' a Gaia e logo seu estado irá piorar para algo parecido com um coma. Ela já esteve assim antes e se recuperou, mas levou mais de 100 mil anos.

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