segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Na consulta sobe o Pontal do Estaleiro, 80% disseram NÃO às residências.

Ontem, por volta das 16 horas, peguei minha Bike, e fui votar tranquilamente. Depois, fui para o bar do Marcelo, perto de onde votei, para assistir a vitória do Grêmio sobre o Atlético por 4x1 e, é claro, tomar uma cervejinha num domingo de sol.

O NÃO venceu.

Mesmo com a baixa presença (foi votar, penso eu, que toma para si a responsabilidade de decidir o futuro de Porto Alegre). Foram 18.212 que votaram no NÃO, para que o projeto tenha apenas áreas comerciais. A favor das residenciais, somente 4.362.

Quer dizer que 80% da população não querem a privatização da Orla do Guaíba.

A votação ocorreu das 9h às 17h em 330 urnas distribuídas em 89 locais. O total de votos válidos foi 22.574 (com 22.619 eleitores).

A consulta teve ainda 23 votos brancos e 22 nulos (bah! O cara sair de casa para anular e votar em branco, é dose).

Agora, daqui prá frente, inicia outra batalha: Não deixar que se construam os prédios comerciais, reservando a área para mais um parque, em seguimento aos outros dois, o Parque da Harmonia e o Marinha do Brasil.
A população tem direito a um ambiente saudável e lazer, está na Declaração dos Direitos Universais do Homem. Assim, precisamos de mais natureza, e não de mais prédios, mais concreto...

2 comentários:

Anônimo disse...

É a minha primeira visita, irmão de igreja (Bispo Elias)! Mas já vou dar um pitaco a respeito da consulta do Pontal do Estaleiro. Sou contra a ocupação da orla por qualquer tipo de prédio, comercial ou residencial, mas não votei porque a pergunta restringia-se ao uso residencial, não permitimdo o questionamento do uso comercial já aprovado pela "egrégia" Câmara Municipal de Porto Alegre. Eles usaram um velho truque diversionista - colocar dois bodes na sala e depois retirar um deles, prá turma se sentir mais aliviada. Foi uma tentativa de legitimar o uso comercial sacrificando o residencial (entregar um anel para manter os dedos e os demais adornos). Ainda bem que o expressivo resultado contrário ao uso comercial, ao invés de legitimar essa modalidade de especulação imobiliária, permite resgatar a luta anterior, pela não ocupação comercial. Se o resultado fosse "apertado", com certeza apenas legitimaria o uso comercial. Isso de perguntar só o que interessa, e da forma mais conveniente, é um expediente antigo. Mas, trocando de mala prá cuia, vem por aí outra frente de luta, que é a chamada "revitalização" do cais do porto, cujo projeto implica a construção de torres ao lado da Usina do Gasômetro e nas docas, junto à estação rodoviária. A desculpa para tais aberrações é que o empreendimento tem que ser "autosustentado". Grandes empresas estão por trás disso, é claro! É isso, por enquanto.
Prof. Girafales
chaves123@hotmail.com

Anônimo disse...

Onde se lê "... o expressivo resultado contrário ao uso comercial", leia-se "... o expressivo resultado contrário ao uso residencial"
Prof. Girafales
chaves123@hotmail.com