segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A "IN"justiça barsileira: de como livrar a cara dos "amigos"...

Em entrevista do delegado Protógenes Quiróz a Revista Época desta semana, em parte transcrita no blog DiárioGauche , pinço uma resposta que, para mim, é o ponto central de toda a celeuma en torno das escutas telefônicas utilizadas para prender o mafioso banqueiro Daniel Dantas (solto por duas vêzes pelo ministro do STF Gilmar Mendes, ex-advogado de Fernando Henrique Cardoso):

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Revista Época: Mas a investigação que o senhor fez é alvo de pelo menos quatro procedimentos para apurar possíveis desvios.

Protógenes Queiróz: Há que apurar os ilícitos, e não tentar produzir provas para o bandido. Com todo o respeito pelos encarregados dessas investigações, a defesa está esperando o resultado para pedir a anulação da operação. Isso é deprimente. "Para mim, quem protege bandido, bandido é."
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Existe uma forte, fortíssima, ação para tornar nulas as provas contra o mafioso Daniel Dantas. Pois os "figurões" da República podem ficar em maus lençóis se o dito cujo der com a língua nos dentes e, todo o conteúdo dos HDs, encontrados em uma parede falsa da cada do Dantas, venha a público.

Como se pode ver, ainda no Brasil, a justiça é para "pobre, puta e preto". Os ditos crimes do colarinho branco, por força do interesses inimagináveis, nunca são tratados como crimes, talvez, meros desvios de conduta.

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