sexta-feira, 6 de julho de 2012

FMI alerta para desaceleração na economia mundial: menos recursos naturais serão usados?

Dentro do sistema capitalista, as corporações se apropriam dos recursos naturais para a obtenção de lucro. A transformação das matérias primas em produtos, além de depredar da natureza, consome energia e provoca a poluição da água, do ar e do solo, além de estar contribuindo para o agravamento do aquecimento global e para as mudanças climáticas decorrentes.

Então, quanto maior o crescimento da atividade econômica, maior o consumo de bens e, com maior consumo, maior utilização dos recursos naturais. Neste sentido, a redução do rítimo de crescimento econômico mundial, mesmo que seja prejudicial para a vida das pessoas neste momento, pode ser benéfico ao meio ambiente e, consequentemente, ao longo do tempo, também benéfico aos humanos.

Pois a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde (leia AQUI), advertiu nesta sexta-feira que o crescimento mundial registra desaceleração e será inferior ao previsto há três meses pela instituição. "O que posso dizer é que está com tendência de baixa e que será certamente inferior às previsões que publicamos há três meses", disse Lagarde em um fórum econômico em Tóquio.

Nas previsões de abril, o FMI previa um crescimento mundial de 3,5% para este ano e de 4,1% para 2013. No mesmo evento, Lagarde elogiou os progressos alcançados pelos países europeus na reunião de cúpula de Bruxelas de junho, mas afirmou que será necessário fazer mais para superar a crise da dívida.

Lagarde (leia AQUI) expressou preocupação com as perspectivas para a economia global enquanto a crise de dívida da zona do euro prossegue e pediu uma ação mais coordenada dos líderes dos EUA e da Europa. Ontem o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BOE), o Banco do Povo da China (PBOC) e o Banco da Dinamarca anunciaram medidas de relaxamento monetário.

A diretora-gerente do FMI disse não saber se os movimentos foram coordenados, mas destacou que as ações globais mostram que "os bancos centrais estão enfrentando problemas similares".


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