sexta-feira, 1 de junho de 2012

Para quem pensa que o tempo das ditaduras já passaram: Retorno de partido de Pinochet aumenta pressão militar sobre Piñera





















Para quem pensa que o tempo das ditaduras na América Latina já fazia parte do passado, está enganado, pois o fantasmas da ditadura, assombram o Chile e, a todos que viveram estes tempos. Leia a matéria no Opera Mundi

Pois o único partido político no qual militou o ditador Augusto Pinochet, e durou apenas sete anos e em sua única eleição conseguiu apenas 57 mil votos, está retornando no Chile. Vinte anos depois da dissolução, seus líderes voltaram a recolher assinaturas e pretendem anunciar em 10 de junho oficialmente a volta ao cenário político da Avançada Nacional, o partido ultranacionalista chileno.

O anúncio do retorno acontece durante um encontro organizado por militares retirados, onde acontecerá também uma homenagem a Pinochet do Clube Militar do Chile. O esquema de segurança deve ser reforçado, já que organizações ligadas aos direitos humanos convocaram manifestações de repúdio.
























O retorno da Avançada Nacional é visto por especialistas entrevistados pelo Opera Mundi como uma forma de pressionar o governo de direita de Sebastián Piñera a reconhecer méritos econômicos e sociais da ditadura e cumprir com supostas promessas, feitas durante a campanha, de indultos a militares condenados por torturas e assassinatos.

A Ditadura no Chile foi implantada sob o comando do general Augusto Pinochet, responsável pelo assassinato de Allende. Começava então um governo autoritário empenhado em caçar os opositores e os esquerdistas nacionalistas. Politicamente foi um governo que procurou satisfazer todos os interesses dos Estados Unidos, é tido, por isso, como a primeira experiência neoliberal no mundo.


Tal como no Brasil e na Argentina, a Ditadura no Chile também matou e sequestrou milhares de pessoas. Os militares fizeram uso dos mais rudes métodos de tortura e assassinato contra os opositores do regime. Durante longos 26 anos o Chile viveu sob censura, tortura, sequestros e assassinatos.

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