terça-feira, 24 de junho de 2008

Autoritarismo e arrogância: MP quer "acabar" com o MST



A cada dia fecha o cerco contra os movimentos sociais no Rio Grande do Sul. Isso se deve, em última análise, à pressão feita pelas grandes corporações transnacionais sobre os órgão de Estado no RS.

Está na mídia a decisão de um tal Conselho Superior do Ministério Público, através de um tal de Gilberto Thuns que quer, na marra, acabar com o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, o MST.

Não confio nessa gente. São, é claro, a favor do capital e, por conseguinte, contra a luta que se trava no campo, pela democratização do acesso à terra. Terra essa que está, majoritariamente na mão do agreonegócio especulativo e predador da natureza. Das papeleiras e dos seus desertos verdes.

O atual desgoverno (da bruxa Yeda), o mais corrupto e autoritário já instalado no Piratini desde a abertura política, é um emaranhado de pessoas que se venderam (e que venderam o Estado) para essa gente, não se importam com as pessoas e nem com e a nossa riqueza e diversidade natural.


O negócio deles é legitimar a usurpação instaurada, sem controle, no estado do RS.

Governo, Ministério Público, Brigada Militar, Justiça (?) , Deputados e, principalmente a mídia, deram início a uma ação arquitetada e articulada para pôr fim a luta de classes (na "porrada"). Mas se esquecem que, segundo recente pesquisa IBOPE, 65% dos moradores dos grandes centros urbanos, apoia a luta do MST. Mesmo que ocorram desvios, por parte de alguns militantes do movimento, não pode ser desqualificada a luta de pessoas, na sua grande maioria pessoas simples, pelo acesso à terra e a produção de alimentos não especulativos.

É importante lembrar que esse movimento surgiu face a expansão e capitalização do agronegócio que, com a mecanização, expulsou milhares de pessoas do campo. É esse modelo econômico de produção capitalista, concentrador de riqueza, o único responsável pelo movimento existir.
Espero ver as pessoas nas rua a defender a legalidade.
Esse desgoverno corrupto não tem legitimidade para impor esse genocídio.
Mais de 300 milhões de pessoas passam fome no mundo, e as grandes corporações transnacionais, detentoras dos monopólios da produção de sementes e de alimentos, assim como a sua comercialização, é que devem ser criminalizadas, e não pessoas que lutam por um mundo melhor e mais justo, sem fome.

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